segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Em Évora não houve Palhas para Portugal

- Praça de Toiros: Arena d’ Évora
- Data: 12/09/2009
- Empresa: Terra Brava
- Ganadaria: Palha
- Cavaleiros: Luís Rouxinol, Vítor Ribeiro e Francisco Palha
- Grupos de Forcados: Amadores de Montemor-o-Novo
- Assistência: Meia casa forte
- Delegados da IGAC: Delegado Técnico Tauromáquico Sr. Ricardo Pereira assessorado pelo Médico Veterinário Dr. Matias Guilherme
- Banda de música: Soc. Imparcial 15 de Janeiro de Alcochete

A corrida da “OLÁ! SEMANÁRIO” Alentejo, tinha anunciado no seu cartel os “ingredientes” necessários para ser uma boa corrida de toiros, os toiros Palha e os Amadores de Montemor a pegar em solitário, na comemoração dos 70 anos.

O curro enviado para a Arena de Évora estava desigual em tipo e peso, o terceiro toiro estava demasiado pequeno, só tinha cara, e para que um toiro tenha trapío os cornos e o corpo tem de ser proporcionais, os restantes estavam apresentáveis.
No que toca a bravura muita escassez, salvo o quarto e último da noite, toiros com idade e muito sentido e de arrancadas de mansos, a não colaborar com os cavaleiros, a revelar a casta que levam dentro só nas pegas. Acusaram na balança o seguinte peso, 1º - 500 kg, 2º - 550 kg, 3º - 490 kg, 4º - 520 kg, 5º - 530 kg e o último com 580 kg.

Luís Rouxinol lidou com esforço o primeiro da noite fez toda a lide com o mesmo cavalo, cravou 2 compridos e os restantes curtos com acerto. No segundo da noite Rouxinol teve toiro e não defraudou os espectadores, toureou a gosto e deixou bons ferros, de realçar um violino um ferro de palmo e um bom par de bandarilhas.

Vítor Ribeiro andou em noite não, e não teve nenhum toiro que colaborasse, no seu primeiro um toiro sempre fechado em tábuas de realçar um violino por dentro a aproveitar a pouca investida do toiro. No seu segundo cravou com acerto e como pôde, não se entendeu com o toiro.

Francisco Palha andou completamente desastrado na colocação da ferragem comprida no seu primeiro, redimiu-se depois nos curtos mas não se entendeu com o toiro. O seu segundo, foi um toiro sério que veio de menos a mais, mas o jovem cavaleiro não tirou partido dele, andou apressado e só no último ferro, fez o que deveria ter feito nos anteriores, lidar e cravar com serenidade.

Os Amadores de Montemor, em ano de 70º aniversário de fundação, pegaram sozinhos os seis toiros.
Nunca é tarefa fácil, e o grupo não teve a vida facilitada, mas atravessam um bom momento de coesão e de confiança entre todos, o que faz ultrapassar todos os obstáculos.
João Caldeira foi o primeiro a abrir praça, forcado com cite bonito e com confiança mandou no toiro, mas este veio a medir o forcado e não saiu com a prontidão desejada, não se conseguiu fechar à primeira, na segunda tentativa o toiro teve o mesmo comportamento mas o forcado concretizou a pega.
Noel Cardoso foi chamado para o segundo da noite o toiro nº 200 da ganadaria Palha, não foi um toiro fácil, o forcado não esteve correcto com ele no momento da reunião, não recuando sequer, o toiro saiu com pata e a pedir contas, não conseguiu reunir e saiu lesionado em maca. Para a dobra foi o forcado João Romão Tavares, decidido e com vontade foi para o toiro, mas este nem lhe deu hipóteses de se fechar, na segunda tentativa já com ajudas carregadas, também “despachou” todo o grupo, na terceira tentativa com o grupo todo em cima, o toiro tropeçou no momento de pôr a cara no forcado e este fechou-se com decisão e vontade, o experiente e valoroso rabejador João Comenda sentiu bem o poder do toiro, não conseguindo rabejar da forma eficaz que nos tem habituado.
Gonçalo Saúde foi para a cara do terceiro da noite, não se mostrou ao toiro e não esteve bem a receber, não se conseguiu fechar, na segunda tentativa também não mandou no toiro, este saiu pronto e o forcado fechou-se com decisão.
Pedro Santos foi para a cara do quarto da noite, forcado com experiencia e a atravessar um bom momento esteve sereno mas não teve uma boa reunião, emendou-se na viagem e pegou à primeira tentativa.
João Braga foi o escolhido para pegar o quinto da noite, esteve bem e calmo no cite, o toiro saiu pronto e o forcado fechou-se correctamente na cara do toiro, este saiu da trajectória do grupo e proporcionou uma pega emocionante à primeira tentativa, com o forcado bem fechado na cara.
Para fechar foi o Cabo do grupo José Maria Cortes, forcado a atravessar um excelente momento de forma, arrancou uma grande pega, sereno no meio da praça mostrou-se ao toiro, este saiu pronto, com pata e uma arrancada espectacular, o forcado aguentou firme recuou-lhe na cara o quanto basta e reuniu de forma soberba, ficando como uma lapa agarrado ao toiro, o grupo ajudou e consumou uma grande pega à primeira tentativa.

O Mais e o Menos
+ A grande pega do cabo José Maria Cortes
- A fraca prestação dos toiros em termos de bravura
A apresentação do 3º toiro da noite

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