sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Évora Perdida no Tempo - Escola de Condução Victor Santos

Autor David Freitas
Data Fotografia 1950 - 1970
Legenda Escola de Condução Victor Santos
Cota DFT4745 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

PSP reforça efectivos durante a passagem de ano

A PSP de Évora vai reforçar o número de efetivos na rua durante a passagem de ano. Com a capacidade hoteleira praticamente esgotada na cidade, a PSP vai ser mais visível, com mais patrulhas apeadas e com a presença da brigada de intervenção rápida nas zonas mais movimentadas. A Policia de Segurança Pública revela que dentro das preocupações está a segurança rodoviária. Nesse sentido vão realizar-se mais fiscalizações a viaturas e ao consumo de álcool. Alvo de atenção estará também o funcionamento dos estabelecimentos de diversão noturna. Estas medidas estão integradas na Operação Festas Seguras, que até agora, em todo o país, levou à detenção de 808 pessoas.  Diana FM

Évora Perdida no Tempo - Antigo Palácio do Farrobo


Antigo Palácio do Farrobo (antigo Quartel dos Bombeiros), demolido em 1963 para dar lugar ao Palácio da Justiça.
Autor David Freitas
Data Fotografia 1963 ant. -
Legenda Antigo Palácio do Farrobo
Cota DFT3019.1 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Parque de Ciência previsto para Évora vai ter laboratórios para apoiar empresas em várias áreas

O Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo, previsto “nascer” em Évora, no próximo ano, vai agregar laboratórios para apoiar empresas em várias vertentes, como energias renováveis, ambiente e clima, agroalimentares, protótipos e mecatrónica ou informática.

“Vários laboratórios vão ser instalados no parque para prestarem serviços a empresas, por exemplo no estudo de materiais e construção de protótipos”, adiantou hoje Manuel Cancela d'Abreu, vice-reitor da Universidade de Évora.

O responsável explicou à Agência Lusa que o parque, assim como todo o Sistema Regional de Transferência de Tecnologia (SRTT) em que está integrado, num projeto para ser implementado no Alentejo e na Lezíria do Tejo, vai abranger várias vertentes de atuação.

“Uma delas, muito importante, é a das indústrias e empresas agroalimentares. Outras são as energias renováveis, a mecatrónica e protótipos, as indústrias ligadas ao ambiente e ao clima e a informática”, revelou.

A ideia é que existam laboratórios e outras estruturas de investigação que promovam a transferência de tecnologia da Universidade de Évora e dos institutos superiores politécnicos de Beja, Portalegre e Santarém para as empresas da região.

“O Parque de Ciência e Tecnologia e o SRTT são importantíssimos porque, hoje em dia, as empresas e as regiões desenvolvem-se e conseguem criar emprego através da inovação, pelo que é fundamental o trabalho em conjunto com as instituições de ensino superior e de investigação”, frisou.

O SRTT vai ser criado por um consórcio de 21 parceiros e prevê um investimento global de quase 42 milhões de euros, dos quais cerca de 30 milhões (70 por cento) são apoios comunitários, através do Programa Operacional InAlentejo.

Uma das vertentes mais importantes do SRTT, que também engloba incubadoras de empresas em vários pontos da região, é o Parque de Ciência e Tecnologia que, no próximo ano, vai ser construído em Évora.

A sociedade gestora do parque, que vai também coordenar todo o SRTT, é constituída formalmente quarta-feira, na Universidade de Évora, com a assinatura da escritura.

O capital da sociedade é de 575 mil euros, detido maioritariamente (quase 76 por cento) pela Universidade de Évora, seguindo-se o Banco Espírito Santo e a empresa Glintt, que atua em várias áreas, nomeadamente a informática e as energias renováveis.

Os restantes parceiros da sociedade são a Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo, a Associação Nacional de Jovens Empresários, os institutos Politécnicos de Beja, Portalegre e Santarém e a empresa Decsis.

Évora Perdida no Tempo - Claustro do extinto Convento S. Domingos


Vestígios arquitectónicos do claustro do extinto Convento de São Domingos, cuja demolição se iniciou em 1836.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1950 - 1966
Legenda Claustro do extinto Convento S. Domingos
Cota DFT4404 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Évora: Dois mortos e cinco feridos, um grave, em cinco acidentes

Duas pessoas morreram e cinco ficaram feridas, uma delas com gravidade, em cinco acidentes de viação ocorridos na madrugada e início da manhã de sexta-feira nas estradas do distrito de Évora, disse à Lusa fonte dos bombeiros.
O primeiro acidente, em resultado do despiste de um veículo ligeiro, ocorreu cerca da 1h45, na Estrada Nacional (EN) 4, entre Montemor-o-Novo e Arraiolos, adiantou fonte da GNR.
A fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Évora disse à Agência Lusa que o acidente causou um morto, um ferido grave e dois feridos ligeiros. As vítimas foram transportadas para o Hospital Distrital de Évora.
Uma outra vítima mortal resultou de uma colisão entre um motociclo e um veículo pesado de mercadorias, ocorrida ao início da manhã desta sexta-feira também na EN 4, próximo de Vimieiro, concelho de Arraiolos.

O alerta foi recebido no CDOS de Évora às 6h48, sendo a vítima mortal o motociclista. Durante a madrugada ocorreram ainda mais três acidentes no distrito, dois deles nas cidades de Montemor-o-Novo e Évora e outro na EN 4, entre Borba e Elvas, dos quais resultaram dois feridos ligeiros. Do despiste ocorrido entre Borba e Elvas, quando os bombeiros chegaram ao local encontraram apenas o veículo.

Évora Perdida no Tempo - Vista nocturna do Templo Romano


Vista nocturna do Templo Romano, com a fachada da Igreja dos Lóios em segundo plano.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1950 - 1960
Legenda Vista nocturna do Templo Romano
Cota DFT435 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Campanha de Natal “Évora, distrito mágico”



A Câmara Municipal de Évora decidiu neste Natal utilizar a maior parte da verba disponível para as iluminações de Natal no apoio às famílias mais carenciadas do Concelho.
Deste modo, enquadrada na campanha “Évora, distrito mágico”, desenvolvida em parceria com a Associação Comercial do Distrito de Évora, a autarquia transferiu 10 mil euros para a Associação Comercial (contribuindo o conjunto dos comerciantes aderentes com 5% do valor total a atribuir), verba que foi distribuída pelas famílias mais carenciadas através de vales de compras no valor de 50 euros por agregado familiar.
Os agregados familiares foram referenciados pelas associações “Pão e Paz” e “Caritas Diocesana” e informados através de carta da Câmara Municipal distribuída aos utentes pelas referidas associações.

Estes vales foram levantados na sede da Associação Comercial e utilizados em estabelecimentos comerciais do concelho que aderiram à iniciativa, a qual beneficiou 210 agregados familiares, totalizando mais de 500 munícipes abrangidos.

A Vereadora da Câmara de Évora, Cláudia Sousa Pereira, explicou que tal acção se insere na relação entre a Câmara e a Associação Comercial no que concerne à iluminação das ruas do Centro Histórico nesta quadra festiva, a qual visa atrair um maior número de pessoas ao centro da cidade e assim dinamizar mais as vendas no comércio tradicional.

“Este ano nós preferimos trocar a vertente estética pela vertente solidária, ou seja, daquilo que estava previsto gastar em iluminações de rua retiramos apenas uma pequena verba para as iluminações que este ano estão aí e a maior parte da verba optámos por entregá-la às pessoas mais carenciadas do Concelho”, explica, com visível satisfação, a Vereadora.

“Juntamente com duas associações que trabalham directamente com pessoas e famílias carenciadas - a Pão e Paz e a Caritas Diocesana - fizemos uma selecção dos mais carenciados e entregámos-lhe vales no valor de 50 euros para utilizar em compras no comércio tradicional”, especifica a autarca.

Por ser novidade, a iniciativa ainda não conta com uma grande adesão de representantes do comércio tradicional fora do Centro Histórico, mais concretamente nos bairros e nas freguesias, mas a Vereadora espera que no futuro isso aconteça, bastando para tal esses comerciantes mostrarem o seu interesse junto da Associação Comercial.

“Trata-se de uma iniciativa muito válida, que vai representar o princípio de uma relação ainda melhor com a Associação Comercial, não só na época natalícia, como noutras situações, nomeadamente na dinamização do Centro Histórico”, acrescenta a Vereadora.

Évora Perdida no Tempo - Montra da Ourivesaria Fernando

Autor David Freitas
Data Fotografia 1950 - 1960
Legenda Montra da Ourivesaria Fernando
Cota DFT5037 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Os Duques de Cadaval



A família dos Duques de Cadaval, título criado no século XVII, constitue uma ramificação da Casa Real de Bragança. A actual duquesa de Cadaval é Dona Diana Álvares Pereira de Melo, também Princesa de Orleans e Duquesa de Anjou.

O Ducado de Cadaval foi criado pelo rei Dom João IV no dia 26 de Abril de 1648, dia do nascimento do infante Dom Pedro, futuro Dom Pedro II, rei de Portugal. O título foi criado a favor de Dom Nuno Álvares Pereira de Melo (1638-1727), filho de Dom Francisco de Melo, um dos sustentáculos da Restauração da Independência de 1640, de quem herdaria os títulos de Conde de Tentúgal e Marquês de Ferreira.

A fusão destas Casas tornou Dom Nuno o mais poderoso nobre do reino, para o que muito contribuiu a luta desta família pela causa da Independência, tanto durante a crise de sucessão de 1580, como na Restauração da Independência em 1640.

Entre os privilégios da Casa de Cadaval, contava-se a autoridade senhorial de poder nomear ou confirmar as vereações municipais, podendo nomear os ouvidores, escrivães, inquiridores, contadores e outros cargos nas terras sob sua jurisdição.

Até ao momento, o Ducado de Cadaval teve 11 titulares, sendo a actual duquesa de Cadaval, Dona Diana Álvares Pereira de Melo, 11º Duquesa de Cadaval, título confirmado por Dom Duarte Pio, duque de Bragança e chefe da Casa Real de Portugal.

No 21 de Junho de 2008, Dona Diana Álvares Pereira de Melo, 11º Duquesa de Cadaval, contraiu matrimónio com Sua Alteza Real o Príncipe Charles-Phillipe de Orléans e Duque de Anjou.

Diana de Cadaval e o Príncipe Charles-Philippe d’Orléans contraíram matrimónio ontem, dia 21 de Junho de 2008, em cerimónia religiosa realizada na Sé Catedral de Évora e presidida pelo Arcebispo Emérito de Évora, D. Maurílio Jorge Quintal de Gouveia.

D. Duarte Pio de Bragança, seu padrinho de baptismo, entrou na igreja com Diana do Cadaval. O pai da Duquesa, D. Jaime Álvares Pereira de Melo, 10º Duque de Cadaval, faleceu em 2001. A Duquesa do Cadaval elegeu um vestido de Carolina Herrera e usou um diadema com mais de um século - uma peça de alta joalharia em diamantes e pérolas, montada sobre ouro branco. O Duque d’Anjou usou um fraque criado pela casa Christian Dior.


Évora Perdida no Tempo - José Silveira a jogar Bilhar no Café Portugal

Autor David Freitas
Data Fotografia 1950 - 1965
Legenda José Silveira a jogar Bilhar no Café Portugal
Cota DFT3012 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A Inquisição de Évora

Quando olhamos o lugar sagrado da acrópole, ladeado pela massa formidável da Sé e a leveza do Templo Romano, quando abrirmos os olhos num estremecimento ante a grandeza monumental do passado, estamos longe de imaginar o medo, a superstição, a glória assassina e os passos, por vezes de extraordinária grandeza, dos condenados ao último suplício.

A Norte da praça, a Inquisição Velha encostava os seus cárceres ao Templo Romano. Olhava o Paço do Arcebispo e a Sé. Estendia-se mais tarde a Poente, ocupando casas compradas ao conde da Vidigueira, ainda hoje marcadas pelas armas do Santo Oficio. A legenda Judca causam tuam circundava a espada e o ramo de oliveira. Em 1636, o arquitecto Mateus do Couto redefiniu o espaço. Uma parte era ocupada pelo palácio inquisitorial, morada individualizada dos três inquisidores; na outra, erguiam-se as duas salas do despacho, os cárceres, os cárceres de vigia, a sala de tortura, não visível na planta mas onde se aplicavam os diferentes tratos, particularmente o do potro e o da polé, e ainda os cárceres da penitência. Restam uma imponente sala do despacho, diferentes espaços reaproveitados, o brasão e outros símbolos, cerca de catorze mil processos, livros de receitas e despesas, correspondência diversa, cadernos do promotor, livros de denúncias.

A Inquisição Portuguesa nasceu legalmente em Évora no ano de 1536, legitimada pelo papa, apadrinhada pelo rei D. João III e pelos infantes seus irmãos que sucessivamente ocuparam a mitra da cidade, o cardeal Afonso e o futuro cardeal e inquisidor-geral D. Henrique. E nesta cidade se organizou o primeiro organismo dirigente, o chamado Conselho das Cousas da Fé, onde pontificava o doutor em Cânones pela Universidade de Salamanca, fundador da Inquisição de Lisboa e futuro arcebispo de Évora, doutor João de Melo. Mas, como tribunal autónomo, a Inquisição de Évora nasce a 5 de Setembro de 1541 com a posse do seu primeiro inquisidor, o temível licenciado Pedro Álvares de Paredes, e é extinta pelas Cortes Constituintes por decreto de 31 de Março, publicado no Diário das Cortes de 2 de Abril de 1821.

Juntamente com as inquisições de Coimbra e de Lisboa, a Inquisição de Évora foi um tribunal dito da fé que sujeitava à sua jurisdição todos os crentes, incluído o rei, a quem por vezes ameaçou de excomunhão. Zelava pela fé tridentina [1] e pela limpeza de sangue. A sua presa privilegiada eram os cristãos-novos. Opunha-se tenazmente à sua fusão com os cristãos-velhos, medindo continuamente o sangue das vítimas e contrariando os casamentos mistos. O seu santo oficio consistia em vigiar, escutar, ler, prender, interrogar, submeter a tortura, julgar e condenar sem apelo nem agravo os chamados heréticos, os relapsos, os sodomitas, os feiticeiros, os bígamos, os solicitantes, os ateus. Só prestava contas ao Conselho Geral e ao Inquisidor-Geral. Todas as justiças ficavam sujeitas ao seu poder que, por intermédio do Conselho Geral e das outras Inquisições, cobria o território nacional e o império marítimo.

O seu aparelho era formado por três inquisidores com preeminência do mais antigo, o da primeira cadeira, por deputados, promotor, notário, fiscal, meirinho [2] , alcaide e guardas dos cárceres. No pessoal eventual, incluíam-se o médico, a parteira, o barbeiro, o pintor das efígies dos condenados à morte, os padres que eram incumbidos de ajudar, nos últimos momentos, os condenados a confessar ou a morrer. A acrescentar a estes funcionários da sede, espalhavam-se pelas principais cidades e vilas os comissários ou delegados locais do Santo Oficio, escolhidos entre os clérigos mais eminentes, os familiares leigos que asseguravam com a sua espada as prisões e a ordem no auto da fé, os qualificadores ou doutores universitários que analisavam as proposições suspeitas de heresia.

No dia 13 de Janeiro de 1729, D. João V visitou incógnito, em companhia do físico-mor, os cárceres da Inquisição de Évora. Entrou pela porta secreta do alcaide dos cárceres, assistiu ao interrogatório de um feiticeiro, examinou os cárceres de vigia, entrou na sala do despacho, olhou das janelas o palácio do arcebispo e penetrou depois, à luz das velas, na sala do "secreto". A 6 de Fevereiro, no seu regresso da fronteira, o rei visitou de novo os cárceres e na sala da tortura um dos guardas sujeitou-se simuladamente aos tratos de polé e às correias do potro.

Não faltaram conflitos a minar o entendimento entre as quatro grandes instituições que marcavam a vida da cidade: a Sé, a Universidade, a Inquisição e o Concelho. A Inquisição e a Sé estavam frente a frente. O Concelho tinha a sua sede num dos extremos da Praça Grande ou Praça do Giraldo onde se desenrolavam os autos da fé. A Universidade marcava um espaço junto da antiga alcáçova [3] . Na coexistência nem sempre pacífica dos poderes, os arcebispos furtavam-se a ir ao auto da fé por questões de preeminência. Queriam uma cadeira especial que os inquisidores, administradores do acto, negavam. Mas a ligação à Sé era orgânica: quase todos os inquisidores acumulavam o seu cargo com os de cónego da Sé e muitos deles subiram às mitras, designadamente à mitra de Évora, considerada nos meados do século XVIII mais rendosa que a Sé de Braga e a segunda das Hespanhas.

Também não faltaram questões com a Universidade que disponibilizava os seus doutores para a pregação nos autos da fé e para o acompanhamento final dos presos. As questões eram ainda de preeminência. Quem devia abastecer-se primeiro de carne no mercado: os criados dos inquisidores ou os da Universidade? Num conflito célebre entre a Universidade e a Inquisição, deflagrado em 1643, D. João IV decidiu contra a Universidade, possuidora de antigos privilégios e partidária da Restauração, e a favor da Inquisição que contra ele conspirava e prendera o padre jesuíta Francisco Pinheiro, lente de Teologia.

A tensão entre a Inquisição e a cidade explodiu algumas vezes em violência. Um dos momentos de maior tensão viveu-se na última década do século XVI quando os inquisidores prenderam boa parte dos mercadores eborenses da Praça Grande. Para escárneo das famílias, penduravam-se na igreja de S. Antão as efígies dos condenados à morte. Mas os inquisidores queixavam-se que alguém as destruía pela calada ao mesmo tempo que os cristãos-novos se recusavam a ser fregueses de S. Antão.

Numa sociedade mortificada por escrúpulos de consciência, sempre desconfiada dos seus pensamentos e dos pensamentos e das práticas dos vizinhos, o tribunal alimentava-se quase exclusivamente da denúncia. E toda a sua actividade interna consistia em fabricar denúncias, verdadeiras e falsas, usando as longas prisões sem culpa formada, as ciladas, a coacção psicológica, a tortura. O momento mais alto era o do auto da fé anual, a «Testa» que por vezes se prolongava pelo dia inteiro e onde eram «reconciliados» ou garrotados e queimados os hereges relapsos e negativos, quase sempre cristãos-novos.

O lugar de deputado e de inquisidor abria as portas do verdadeiro cursus honorum que desembocava nas mais altas prebendas da Igreja e do Estado: conezias [4] , mitras, reitorados da Universidade, Conselho de Estado (por inerência, o membro do Conselho Geral tornava-se membro do Conselho de Estado), Mesa da Consciência e Ordens. Pelos quadros da Inquisição de Évora passaram doutores e mestres em teologia, doutores, licenciados e bacharéis em direito canónico ou em ambos os direitos. Entre eles, o teólogo dominicano Frei Jerónimo de Azambuja que participou no Concílio de Trento, e Marcos Teixeira, cónego doutoral da Sé de Évora, futuro bispo do Brasil que comandou a reconquista da Baía tomada pelos holandeses em 1624.

O chamado distrito onde a Inquisição de Évora exercia a sua actividade abarcava todo o sul do Tejo com excepção da península do Setúbal. Nos seus primórdios recebeu presos de Trás-os-Montes e da Beira. As cidades e vilas mais castigadas foram Beja, Évora, Elvas, Montemor-o-Novo, Campo Maior, Arraiolos, Viçosa, Estremoz, Serpa, Faro. Os períodos de maior rigor ocorreram nos governos de Filipe II e IV e após a morte de D. João IV. E só depois do governo do Marquês de Pombal, o pedreiro livre substitui o cristão-novo.

Entre as vítimas conta-se o desembargador e humanista Gil Vaz Bugalho, cristão-velho, amigo de linguistas de origem hebraica, doutos no latim, no hebraico e no caldeu, tradutor para linguagem dalguns livros do Velho Testamento e queimado em 1551. Frei António de Abrunhosa, franciscano natural de Serpa, parte de cristão-novo e cristão no coração, assistiu à prisão da mãe, das irmãs e sofreu ele próprio a perseguição dos seus conventuais e do Santo Oficio. Manuel Casco de Farelais, aluno da Universidade e fidalgo cristão-novo, enviou da prisão um Padre Nosso em verso antes de ser queimado em 1629. Em 1613 um cristão-novo denunciava alentejanos que judaizavam em Hamburgo e Amesterdão. Entre eles contavam-se o licenciado Francisco da Rosa, dos Rosas de Beja, Manuel Gomes de Évora (Jacob Abenatar), Álvaro de Castro, dos Namias de Beja, Melchior Mendes de Elvas (Abraão Franco), Nuno Bocarro (Jacob Pardo), dos Bocarros de Beja, e outros. Os fugitivos diminuíam as forças de Portugal e alimentavam as da Holanda e doutros países do Norte.

António Costa Lobo, um dos cidadãos mais ricos de Beja, onze anos preso sem culpa formada e queimado em 1629, afirmava que o Santo Ofício era um tribunal do diabo. Que os inquisidores vinham da Beira julgar as consciências alheias e, em vez de as salvarem, as metiam no inferno.

Durante quase três séculos muitos dos homens mais poderosos das cidades e das vilas a Sul do Tejo passaram pelos cárceres e sofreram o confisco dos seus bens. De tal modo que, já em 1630, o inquisidor-geral D. Fernando de Castro escrevia que se o reino estava menos rico em compensação estava mais católico. Mas no fim das contas, sem somar o sofrimento e a humilhação, sem contar a «desonra das gerações», nas palavras de frei António de Abrunhosa, podemos afirmar que o Alentejo e o Algarve ficaram menos católicos e mais pobres.

Notas de resistir.info:
[1] Fé tridentina: disposições aprovadas no Concílio de Trento (1564) para combater a reforma protestante.
[2] Meirinho: oficial de diligências.
[3] Alcáçova: pequena fortaleza.
[4] Conezias: rendas dos cónegos.

por António Borges Coelho
[*] Historiador , autor de "Portugal na Espanha Árabe", "A Revolução de 1383", "A Inquisição de Évora" e muitas outras obras.

Évora Perdida no Tempo - Sessão de autógrafos de Eurico Veríssimo


Sessão de autógrafos de Eurico Veríssimo na Livraria Nazareth.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1959 -
Legenda Sessão de autógrafos de Eurico Veríssimo
Cota DFT2983 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Até 5 de Janeiro: C.M.E. convida população a eleger a sua árvore de Natal preferida


A Câmara Municipal de Évora convida toda a população a visitar a exposição/concurso “Árvores de Natal Recicladas” e a eleger a árvore da sua preferência, que durante esta quadra festiva irá ocupar o espaço da Praça de Giraldo e da Praça de Sertório.

Nesta iniciativa, promovida pela autarquia, participaram estabelecimentos de ensino do concelho, associações de pessoas com deficiência, agrupamentos de escuteiros e outras entidades, com um total de 35 árvores.

A população elegerá a sua árvore preferida, através de preenchimento de boletim de voto que se encontra disponível nos Paços do Concelho, habilitando-se também ao sorteio de um telemóvel.

Este concurso conta com o apoio da TMN - que oferecerá um Kit - TMN aos jovens autores da árvore mais votada e telemóveis Nokia C3-00 (a sortear entre os votantes) - e do AKI que, para além de ter oferecido os vasos para colocar as árvores, oferecerá ainda um vale no valor de 50 euros à entidade responsável pela árvore vencedora.

Na página da Câmara de Évora, em http://www.cm-evora.pt poderá obter mais informações e visualizar todos os trabalhos realizados no âmbito desta iniciativa.

Évora Perdida no Tempo - Pianista no Café Arcada

Autor David Freitas
Data Fotografia 1940 - 1949
Legenda Pianista no Café Arcada
Cota DFT6408 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

Homem de 54 anos sofre queimaduras graves em casa

Um homem de 54 anos sofreu neste domingo queimaduras graves devido a um incêndio na sua habitação, em Évora, tendo sido transportado para o hospital da cidade e, posteriormente, transferido para o Porto, revelaram as autoridades.
O Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Évora explicou que o incêndio, em que o homem sofreu "ferimentos graves", ocorreu ao final da manhã.
A habitação da vítima, situada na Azinhaga dos Salesianos, na quinta da Cartuxa, freguesia do Bacelo, naquela cidade alentejana, "ardeu por completo", acrescentou a fonte.
O ferido foi transportado pelos bombeiros para o Hospital do Espírito Santo de Évora.
Contudo, revelou à Lusa fonte do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), foi posteriormente transportado de helicóptero para a Unidade de Queimados do Hospital de S. João, no Porto.
O incêndio foi extinto por 10 bombeiros, apoiados por três viaturas, da corporação de Évora.
Para o local, foram ainda mobilizados a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VEMER) do INEM e elementos da PSP.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Promotores para Campanha de Solidariedade Social - Évora

Instituição Particular de Solidariedade Social, "Cercidiana", procura promotores para campanha de solidariedade em Évora:

Requisitos:

Boa apresentação
Pessoas activas e dinâmicas
À vontade no contacto com o público

Oferece-se:

Bom ambiente de trabalho
Horários flexíveis
Renumeração


Envie o seu curriculo para:



967 550 622

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Évora Perdida no Tempo - Sala de depósito de simélios da biblioteca

Sala de depósito de simélios (casa-forte) da Biblioteca Pública de Évora
Autor David Freitas
Data Fotografia 1953-12-16 -
Legenda Sala de depósito de simélios da biblioteca
Cota DFT7187 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

Recuperação de habitações prossegue no Centro Histórico de Évora

A chave do imóvel situado na Rua do Cano, 75 - recuperado recentemente no âmbito do programa REHABITA/Recria – já foi entregue pelo proprietário Abel Junqueira, à inquilina, Henriqueta Santos, numa cerimónia que contou com a participação da Vereadora da Câmara Municipal de Évora, Cláudia Sousa Pereira, além de técnicos camarários e familiares da inquilina.
Fruto da união de vontades entre proprietário, autarquia e inquilina foi realizado um meritório trabalho que permitiu a requalificação desta habitação bastante degradada e com poucas condições de habitabilidade no Centro Histórico de Évora, adaptando-a às exigências actuais de conforto, proporcionando assim uma vida com mais qualidade à idosa de 80 anos aí residente desde a infância, local onde os seus pais também criaram mais 13 irmãos.
“Vivia muito mal na casa velha, não tinha condições, mas como não tinha outra, tive de me sujeitar aquela. A minha mãe teve 14 filhos nela, éramos muito pobres, apesar de todos trabalharmos”, explicou a inquilina, frisando com satisfação: “agora estou muito melhor nesta nova casa, toda arranjadinha, com casa de banho e tudo”, porque na outra, conta: “ não tinha nem casa de banho, nem água quente”.
Durante o período em que o proprietário realizou as obras, a inquilina foi realojada temporariamente numa habitação na Travessa dos Peneireiros.
O valor global da obra orçou os 61 279.05 euros, tendo o proprietário, ao abrigo do programa REHABITA/Recria, comparticipado com 10 833.24 euros, a Câmara Municipal com 20 178.32 euros e o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) com 30 466.28 euros.
Trata-se de um acto singelo, mas de significativa importância, que acontece precisamente no mês em que Évora assinala o seu 25º aniversário de classificação do Centro Histórico como Património Mundial e que é resultante do trabalho que tem vindo a realizar-se nos últimos anos para recuperar o Centro Histórico.
Uma acção que só é possível devido à congregação de vontades e esforços dos vários intervenientes no domínio da reabilitação urbana, a qual é imprescindível para fazer reviver a cidade, sendo a criação de habitações condignas e com qualidade uma importante forma de devolver os habitantes ao coração de Évora.
Desde 2003 à actualidade, já foram investidos pela Câmara de Évora, IHRU e proprietários aproximadamente quatro milhões de euros ao abrigo do programa REHABITA/Recria no Centro Histórico da cidade. Foram efectuadas intervenções em quase meia centena de edifícios, cerca de uma centena de fracções habitacionais e duas dezenas de fracções não habitacionais (lojas, garagens, etc.).
Refira-se que, no âmbito da requalificação urbana, a Câmara Municipal tem ao seu dispor um conjunto de programas nacionais para recuperação de imóveis no Centro Histórico, que são os seguintes: REHABITA (Obras de beneficiação e conservação no interior das habitações e partes comuns); Recria (Regime especial de comparticipação na recuperação de imóveis arrendados) e SOLARH (Programa de Apoio Financeiro especial para a realização de obras de conservação e beneficiação em habitação própria permanente).





Vista aérea da Sé de Évora

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Concerto de Natal na Igreja de S.Francisco

Concerto de Natal do Coral Évora

A História do Desporto em Évora

Se é certo que a prática desportiva já se tinha iniciado em Évora desde o último quartel do século XIX, não restam dúvidas de que a mesma só se desenvolveu e democratizou com o advento da República, período durante o qual se processou a introdução dos jogos com bola, (nomeadamente o futebol) e o atletismo, a modalidade olímpica por excelência. Antes, o exercício da actividade física estava praticamente reservado à burguesia endinheirada, chamando-se aos seus cultores «distintos “sportmen”» por gastarem os seus ócios em prazeirosas e galantes contendas. Corridas e provas hípicas faziamse desde 1868 no Jockey Club Alentejano; o ciclismo estava implantado na cidade desde 1895 e o tiro a partir de 1904.

De acordo com o relato de Mário da Gama Freixo, um dos pioneiros do futebol eborense, efectuado no número comemorativo de “O Corvo”, alusivo aos festejos do Centésimo Aniversário do Liceu Nacional de Évora, celebrado em 1941, a primeira bola de futebol terá chegado à cidade nos primeiros anos do século passado, trazida por Raul Queimado Franco de Sousa, seu antigo condiscípulo e na altura a frequentar a Escola da Marinha, o qual andou durante alguns dias a dar-lhe pontapés com outros estudantes, tais como seu irmão Leovigildo, Lopes Marçal, Dias da Fonseca, Armando de Azevedo e «outros que não consegui apurar o nome».

E acrescentava que «em breve desistiam, e pouco a pouco foram deixando de jogar, acabando por fracassar a tentativa». Mário da Gama Freixo, fotógrafo a quem se deve o registo em imagens das primeiras manifestações desportivas e respectivos grupos que nelas participaram, considera ainda decisiva para a dinamização do «Foot-ball e dos Sports Atléticos» em Évora a vinda para o Liceu, em 1908, do estudante Abílio Pais Ramos, que havia passado pelo Colégio Militar e também pelo Liceu da Lapa, em Lisboa. «Praticante que era de diferentes desportos que ao tempo se cultivavam, não podia admitir que em Évora nada se fizesse em prol da Educação Física». O seu espírito de iniciativa depressa encontrou eco na pessoa de Manuel António do Monte, professor de ginástica do Liceu, disciplina que fora integrada no ensino secundário no ano de 1906. A modalidade de arranque tinha sido a do atletismo mas, como era natural, os seus praticantes «também iam dando pontapés na bola secundados por outros que pouco a pouco a eles se foram juntando».

Os estudantes liceais começaram a participar em festivais e provas desportivas sob a designação de “Os Académicos” mas dentro em pouco o reitor desse tempo, o republicano Manuel Gomes Fradinho, entendeu que deveria ser criada uma estrutura própria com sede no Liceu. Assim nasceu em 1912 o Sport Vitória Académico, autêntico alfobre de desportistas, dos quais o mais brilhante foi sem dúvida Augusto Cabeça Ramos. Este estudante liceal tinha participado a 25 de Maio de 1911 numa jornada de atletismo realizada no Rossio de Brás entre os académicos eborenses e os do Liceu da Lapa, tendo vencido com extrema facilidade as provas de salto à vara, comprimento e altura e corrida de obstáculos. Um dos professores lisboetas ficou estupefacto com a sua “perfomance” no salto à vara e, sendo técnico da modalidade, convidou-o a participar nos Campeonatos Olímpicos de Portugal do ano seguinte, em representação do Sport Lisboa e Benfica. Cabeça Ramos aceitou e cerca de um ano depois, mais propriamente a 5 de Maio, deslocou-se à capital para vencer a prova de salto à vara, estabelecendo um novo recorde nacional com pulo de 3,05 metros, proeza que viria a repetir a 12 de Junho de 1914, elevando a marca para 3,27 metros, a qual permaneceu imbatível até 1927.

Entretanto o futebol penetrara também entre os estudantes da Casa Pia. Segundo o “ Notícias d´ Évora” relatava « foi ontem inaugurado o jogo de foot-ball na cerca d’este estabelecimento por um grupo de sympathicos rapazes, composto dos srs. Ricardo de Mattos Vilardebó, Anselmo de Mattos Villardebó, Joaquim de Mattos Fernandes, Ângelo Moreno, Raul de Sousa. Manuel Villas Boas e Jacintho Rosado Lopes, que da melhor vontade se prestaram a ensinar os allunos d’ este estabelecimento. Completou-se o grupo com 15 allunos da casa que jogaram várias partidas tornando-se o jogo muito interessante pelo enthusiasmo que em todos se notava».

Outros grupos sociais estavam porém atentos e rendidos ao novo jogo. A partir de 1909 a Associação de Classe dos Empregados do Comércio passou a disponibilizar algumas bolas para os seus empregados se familiarizarem com as técnicas, regras e princípios elementares do futebol. Por essa altura fundava-se a primeira colectividade desportiva da cidade, que recebeu o nome de Grupo Évora Sport, composto por operários gráficos de várias oficinas. Em 1910 tinha-se formado o Grupo Foot-ball Eborense e foram estas duas equipas que disputaram o primeiro jogo a sério na urbe, pelas quatro horas da tarde no dia 2 de Abril de 1911, no Rossio de S. Brás, sendo árbitro o polivalente “sportman” Augusto Cabeça Ramos.

A 11 de Novembro desse ano um grupo de estudantes e marçanos fundava o Luzitano Foot-ball Clube, que em 1925, devido ao número de outras modalidades praticadas em recinto fechado substituiu a designação de Football por Ginásio, sendo o mais antigo clube do Alentejo e em 1912 surgia finalmente o Sport Clube Empregados do Comércio. Em meados de 1913, o abandono do Liceu por parte de muitos dos fundadores do Sport Vitória Académico (onde a partir daí o Basket-ball passou a ser o jogo favorito) levou a que estes, com outros mais, desavindos com os seus originais, se reunissem no Ateneu Desportivo Eborense. Até então os pleitos futebolísticos jogavam-se no Campo do Liceu, no Rossio de S. Brás, na cerca da Casa Pia e na eira da Quinta da Malagueira.

Mas em 1914 os elementos do Ateneu conseguiram convencer as irmãs D. Maria Inácia Fernandes Homem e D. Maria Luísa Mattos Fernandes, abastadas terratenentes, a alugar-lhes, por 15 anos, o ferragial da Estrela, onde estabeleceram de forma permanente o primeiro campo de futebol em Évora. Assim nascia o actual Campo Estrela, do Lusitano Ginásio, já condenado ao desaparecimento mas que é o segundo mais antigo do país, logo a seguir ao Campo da Constituição no Porto. Já fora do arco temporal aqui definido assinale-se, no entanto por dever de inteira justiça, a fundação, a 5 de Dezembro de 1918, do Juventude Sport Clube, formado maioritariamente por operários da construção civil e serviços de limpezas, numa cabal demonstração de que a implantação da República generalizou práticas e comportamentos e acabou com privilégios injustificados.

Évora Perdida no Tempo - Secção de discos da Papelaria Nazareth


Secção de discos da Papelaria Nazareth (memórias do comércio eborense)

Autor David Freitas
Data Fotografia 1966 -
Legenda Secção de discos da Papelaria Nazareth
Cota DFT3114 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Natal Limpo 2011

Évora Perdida no Tempo - Sacristia do Convento Novo, em Évora


Sacristia do Convento Novo (de São José ou da Esperança), em Évora. Esta imagem foi publicada no Inventário Artístico de Portugal de Túlio Espanca , Concelho de Évora, vol.II, est. 489

Autor David Freitas
Data Fotografia 1966 ant. -
Legenda Sacristia do Convento Novo, em Évora
Cota DFT4318 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Bonecos de Santo Aleixo - 13 a 18 de Dezembro na Sala Estúdio do Teatro Garcia de Resende


Estes títeres tradicionais do Alentejo parece terem tido a sua origem na aldeia que lhes deu o nome.
São títeres de varão, manipulados por cima, à semelhança das grandes marionetas do Sul de Itália e do Norte da Europa, mas diminutos – de vinte a quarenta centímetros.
Os Bonecos de Santo Aleixo, propriedade do Centro Dramático de Évora, são manipulados por “uma família”, constituída por actores profissionais, que garantem a permanência do espectáculo, assegurando assim a continuidade desta expressão artística alentejana.
Conhecidos e apreciados em todo o país, com frequentes deslocações aos locais onde tradicionalmente se realizava o espectáculo, os Bonecos de Santo Aleixo participaram também em muitos certames internacionais fora do país (Espanha, Bélgica, Holanda, Inglaterra, Grécia, Moçambique, Alemanha, Macau, China, Índia, Tailândia, Brasil, Rússia, México e França) e são anfitriões da Bienal Internacional de Marionetas de Évora – BIME que se realiza desde 1987.



Évora Perdida no Tempo - Páteo do Palácio do Barrocal


Aspecto parcial do páteo do Palácio do Barrocal, na Rua de Serpa Pinto, em Évora. Antiga sede da FNAT, actualmente funcionam aqui os serviços do INATEL

Autor David Freitas
Data Fotografia 1950 - 1960
Legenda Páteo do Palácio do Barrocal
Cota DFT7229 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

domingo, 11 de dezembro de 2011

Precisa-se Director de Recursos Humanos

Director(a) de Recursos Humanos / Serviços Partilhados:

Local de Trabalho: Lisboa e Évora (primeiros meses em Lisboa e Évora a partir de Primavera 2012).

Objectivo: Responsável por todas as secções de suporte: Finanças, RH, Serviços Gerais e TI.

Requisitos OBRIGATÓRIOS:
- +8 anos de experiência em posição de direcção de RH
- formação superior em Recursos Humanos ou equivalente
- experiência em gestão de pessoal, conhecimentos generalistas de RH e vivência nas outras áreas de suporte acima referidas
- Idiomas: Português e Inglês obrigatório, Francês e Espanhol desejável

Funções principais:
- suporte ao processo de contratação de pessoal em Portugal
- estruturar modelo da empresa (valores e princípios)
- estruturar modelo de gestão de pessoas (planos carreira)
- estruturar modelo de comunicação com entidades.

Salário: negociável

Para ser considerado(a) para este processo é favor enviar CV actualizado para:


/ Referência: DRH Évora

NOTA IMPORTANTE: Devido ao grande volume de candidaturas só responderemos aos candidatos que preencherem TODOS os requisitos acima referidos.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

«O Lago dos Cisnes» - pelo Russian Classical Ballet, dia 21 de Dezembro, no teatro Garcia de Resende


Espetáculo promovido pelo Classic Stage e protagonizado pelo Russian Classical Ballet, com música de Pyotr Ilyich Tchaikovsky, libreto de Vladimir Begichev e Vasily Geltzer, coreografia de Marius Petipa e Lev Ivanov, cenografia de Evgeny Gurenko, figurinos de Irina Ivanova e desenho de luz de Denis Danilov.

Uma narrativa encantadora com sumptuosos cenários, maravilhosos figurinos e um deslumbrante leque de melodias que compõem esta grande obra-prima do ballet clássico.

O Lago dos Cisnes é considerado o mais espetacular dos bailados clássicos, repleto de romantismo e beleza, é epítome dos bailados clássicos; a coreografia exige dos bailarinos destreza e aptidão técnica na representação das personagens da história. A sua popularidade é por outro lado motivada pela música inspirada de Tchaikovsky, mas também a coreografia inventiva e expressiva de Petipa que, relacionando o corpo humano com os movimentos de um cisne, revela a sua genialidade, o seu potencial coreográfico e criatividade artística.

O "Lago dos Cisnes" narra a história de um príncipe que procura a mulher ideal e vê na figura do cisne a suavidade e o encanto feminino, que o deixam loucamente apaixonado. Mas, na verdade, o cisne é a transfiguração de uma bela princesa encantada, um tema de verdadeira poética romântica.

Évora Perdida no Tempo - Muralhas de Évora


Autor David Freitas
Data Fotografia 1960 - 1969
Legenda Muralhas de Évora
Cota DFT341 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Concerto pelo Coro Polifónico Eborae Mvsica - 10 Dez pelas 18h00




Dia 10 de Dezembro, sábado, às 18h00 
Concerto pelo Coro Polifónico Eborae Mvsica. Integrado no VII Ciclo de Concertos "Música no Inverno". No Convento dos Remédios, Évora.

Música da Sé de Évora dos sécs. XVI e XVII: o despontar da polifonia sacra portuguesa - Missa ferialis de Manuel Mendes (c.1547-1605): Kyrie, Sanctus, Agnus Dei; O Advento e o Natal na polifonia da Sé de Évora - Christus natus est nobis de Estêvão Lopes-Morago (1575? - 1635?); Hodie nobis cælorum de Estêvão Lopes-Morago; Quem vidistis pastores de Estêvão Lopes-Morago; Canções regionais portuguesas - O milho da nossa terra (Beira Baixa) deFernando Lopes-Graça (1906-1994); Já os passarinhos cantam (Beira Alta) de Fernando Lopes-Graça; Sombras (Alentejo) deEurico Carrapatoso (n. 1962); Vem, ó morte, doce irmã do sono (“Meu lírio roxo”) de Eurico Carrapatoso; Cantos tradicionais portugueses de natividade -Fernando Lopes-Graça (1906-1994): da Primeira e Segunda Cantatas do Natal; Partidos são de Oriente (Reis); José e Maria (Trás-os-Montes); Bendito do Natal (Trás-os-Montes); À ordem de César; Inda agora aqui cheguei (Janeiras, Alentejo) e Nasceu, já nasceu (Alentejo)

O Coro Polifónico Eboræ Musica é dirigido pelo Maestro Pedro Teixeira. O Coro Polifónico Eborae Mvsica fez em Setembro de 1987 a sua primeira apresentação pública, integrada no acontecimento cultural “Os Povos e as Artes”.O Coro Polifónico tem realizado diversas actuações ao longo da sua existência, interpretando não só a polifonia da Escola de Música da Sé de Évora (sécs. XVI e XVII), como também outras obras de diferentes épocas, entre as quais serão de destacar a Oratória “Jephte”, de Carissimi, a “Missa da Coroação”, de Mozart, o “Gloria”, de Vivaldi, a Missa em Dó Maior, de Mozart, para Coro e Orgão, com acompanhamento instrumental. Gravou e produziu em 2005 um novo CD para a etiqueta Numérica. Destacam-se as suas actuações a participação nas Jornadas Internacionais “Escola de Música da Sé de Évora”, acontecimento que esta Associação organiza, anualmente, no mês de Outubro, com a participação de maestros de renome internacional, como é o caso de Peter Phillips, dirigente do “The Tallis Scholars”, de Londres. Nas deslocações internacionais destaca-se a participação na “Europália 91”, na Bélgica e a participação no 10ª Concurso Internacional de Música Sacra de Preveza, Grécia onde ficou classificado em 3º lugar, obtendo a medalha de bronze.

O Maestro Pedro Teixeira é licenciado em Direcção Coral pela Escola Superior de Música de Lisboa, onde trabalhou com o Maestro Vasco Pearce de Azevedo. Foi assistente de Direcção de José Robert no Coro e no Coro de Câmara da Universidade de Lisboa. No Coro Ricercare trabalhou com Paulo Lourenço como maestro adjunto, passando a titular em 2002. É elemento do Coro Gregoriano de Lisboa, no qual é solista. Dirige, desde Março de 1997, o Coro Polifónico “Eborae Mvsica” e, desde Setembro de 2000 o Grupo Coral de Queluz e o “Officium”- grupo vocal. Recebe em 2002 o prémio “The most promising conductor of Tonen 2002” na Holanda.

Évora Perdida no Tempo - Sala dos Actos


Aspecto interior da Sala dos Actos do Colégio do Espírito Santo (Universidade de Évora, antigo Liceu).
Autor David Freitas
Data Fotografia 1966 ant. -
Legenda Sala dos Actos
Cota DFT6077 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Coração Egípcio no Café Condestável

Natal Clássico 2011: 8 a 28 de Dezembro - Évora com Música, Teatro e Bailado


A Câmara Municipal de Évora promove este ano mais uma edição do Natal Clássico, cujo programa inclui espectáculos de música, teatro e bailado, a terem lugar entre os dias 8 e 28 de Dezembro. Esta é uma iniciativa que conta com a colaboração de diversas entidades do concelho, que apresentam ao público eborense espectáculos inspirados na quadra natalícia.

O programa do Natal Clássico abre este ano com as actuações do Grupo Coral e Etnográfico do Ateneu Mourense e do Grupo Coral e Etnográfico “Cantares de Évora”, que fazem a apresentação do “Cante Ao Menino” na Igreja de Santo Antão, no próximo dia 8 de Dezembro, pelas 18 horas.

A Banda Filarmónica Liberalitas Julia actua no Palácio de D. Manuel, no dia 11 de Dezembro, pelas 16 horas. Mais tarde, pelas 18 horas, o Museu de Évora recebe o espectáculo “Cantar do Avesso”, pelo Grupo Vocal Trítono, conduzido pelo Maestro Octávio Martins.

Entre os dias 13 e 18 Dezembro o Centro Dramático de Évora apresenta no Teatro Garcia de Resende, sempre às 18:30, uma peça dos Bonecos de Santo Aleixo alusiva à quadra natalícia, intitulada “O Auto do Nascimento do Menino Jesus”.

No dia 16 de Dezembro, pelas 17:30, o Coral da Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos de Évora (ARPIE) actua na Igreja de S. Vicente, conduzido pelo Maestro José Sargaço. Dia 17 de Dezembro, pelas 18:30, será a vez do Coral Évora participar no Natal Clássico, num concerto dirigido pelo Maestro Octávio Martins, na Igreja de Santo Antão.

A Catedral da Sé de Évora será palco de mais um concerto de Natal promovido pela Fundação Eugénio de Almeida, no 18 Dezembro, às 18:00, com a participação da Orquestra Sinfónica da Escola Superior de Música de Lisboa, do Coro Odyssea e do Coro Sinfónico da Escola Superior de Música de Lisboa.

A Orquestra do Departamento de Música da Universidade de Évora realizará um concerto dia 19 de Dezembro, pelas 18:00, na Igreja de S. Francisco, com direcção artística do Maestro Christopher Bochmann.

No 21 de Dezembro, pelas 21:30, o Teatro Municipal Garcia de Resende recebe o bailado “Lago dos Cisnes”, numa apresentação do Russian Classical Ballet. A música regressa ao Teatro Garcia de Resende no dia 23 de Dezembro com a ópera “Così Fan Tutte”, de W. A. Mozart, pelo Ensemble Contemporâneus; e no 28 de Dezembro, com música contemporânea do Alentejo, num espectáculo de cante e piano, com a participação conjunta dos Cantares de Évora com Amílcar Vasques-Dias (piano), que encerra esta edição do Natal Clássico de Évora.

Évora Perdida no Tempo - Concurso de cabeleireiros em Évora


Autor David Freitas
Data Fotografia 1950 - 1969
Legenda Concurso de cabeleireiros em Évora
Cota DFT1137.1 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME