quinta-feira, 31 de março de 2011

Príncipe Carlos visita Évora

O Príncipe Carlos de Inglaterra, no âmbito da visita oficial de três dias que fez ao nosso país, esteve na terça-feira, em Évora, onde, para além de vir conhecer o projecto InovGrid desenvolvido pela EDP - uma experiência piloto de rede eléctrica inteligente que está a ser implementada em toda a cidade desde Abril do ano passado - percorreu algumas das artérias da cidade.

Acompanhado por Gustavo Val-Flor, funcionário da edilidade licenciado em História da Arte, o futuro herdeiro do trono britânico ficou a conhecer um pouco da história da cidade, tendo passado pela Praça de Sertório, onde foi recebido por todo o executivo municipal, Rua Nova, Praça de Giraldo e Rua 5 de Outubro, terminando na Catedral, cujo interior visitou.

Junto aos Paços do Concelho, o Príncipe Carlos recebeu das mãos de José Ernesto D’Oliveira uma réplica em cristal das colunas do Templo Romano, tendo o edil eborense transmitido a honra que a população de Évora tinha na sua visita.

Recorde-se que esta é a segunda vez que um elemento da Família Real Britânica visita a cidade de Évora. Em 1985, a mãe do Príncipe de Gales, a Rainha Isabel II e o duque de Edimburgo estiveram na nossa cidade.



Segurança Social fecha lar de GNR na Torre de Coelheiros (Évora)

A Segurança Social enecerrou esta quinta-feira um lar de idosos em Torre de Coelheiros, Évora, por falta de licenciamento. O estabelecimento albergava 13 utentes e é propriedade de um militar da GNR. Segundo os utentes e familiares, o local tinha plenas condições.
"Não podiam ser mais bem tratatos, é um sítio exemplar, não temos razão de queixa", adiantou Jerónimo Neto, filho de uma das utentes, que pagava mesalmente 750 euros.
"Deram-me opções mas não conheço os locais, tenho que ir ver antes de encaminhar a minha mãe. Por enquanto está na minha casa", acrescentou.
Os idosos foram encaminhados para a casa de familiares e outras instituições. A operação decorreu sem incidentes.

Concertina e Acordeão em Évora

Portel inaugura pólo da Universidade Sénior Túlio Espanca

No passado sábado, dia 26 de Março, às 16 horas, ocorreu a inauguração do Pólo de Portel da Escola Popular da Universidade de Évora/Universidade Sénior Túlio Espanca.

A iniciativa contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Portel, Norberto Patinho, do Reitor da Universidade de Évora, Prof. Carlos Braumann, e do Director da Escola Popular da Universidade de Évora, Prof. Bravo Nico. Na ocasião, o município de Portel e a Universidade de Évora celebraram um protocolo de cooperação, através do qual se estabeleceu o princípio de funcionamento do Pólo de Portel da Escola Popular da Universidade de Évora.

O Pólo de Portel é já o quarto pólo da Escola Popular da Universidade de Évora, a par das iniciativas já localizadas em Évora, Alandroal e Viana do Alentejo.

De acordo com o Director da Escola Popular da Universidade de Évora, Prof. Bravo Nico, a abertura do Pólo de Portel inscreve-se na política de promoção de parcerias institucionais activas entre a Universidade de Évora, os municípios e as instituições da sociedade civil, no sentido de criar oportunidades de acesso e frequência a actividades de educação não-formal a populações adultas, em todo o território alentejano.

O Pólo de Portel, entretanto, já se encontra disponível para receber as inscrições e os contributos de todos os que queiram participar nas respectivas actividades.

A Escola Popular da Universidade de Évora conta com as parcerias formais da Direcção Regional de Educação do Alentejo, do grupo de comunicação social Diário do SUL, do Grupo Nabeiro-Cafés Delta e da SUÃO-Associação de Desenvolvimento Comunitário.

Évora Perdida no Tempo - Rua do Salvador


Rua do Salvador (junto à Porta Nova) antes da demolição do edifício que obstruía a rua.
Autor David Freitas
Data Fotografia 1951 ant. -
Legenda Rua do Salvador
Cota DFT6316 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quarta-feira, 30 de março de 2011

Linha do Alentejo não reabre em Maio

A reabertura da Linha do Alentejo já não será em Maio, conforme prometido pela Refer há um ano quando foi interrompida a ligação ferroviária entre Évora e Lisboa. O atraso ficar-se-á a dever a “condições meteorológicas adversas”.
Em Maio do ano passado, a empresa justificou o fim da circulação de comboios com a necessidade de trabalhar 24 horas por dia para garantir a conclusão das obras no prazo de um ano. O calendário não será, no entanto, cumprido, segundo avançou esta semana o Público.
Fonte oficial da Refer citada pelo jornal diz que “as condições atmosféricas adversas que se têm vindo a fazer sentir desde Outubro de 2010 estão a impedir o conveniente tratamento da nova plataforma ferroviária, o que poderá reflectir-se na data de reabertura da linha”.
Mas nem tudo são más notícias. Sobre a mesa está a possibilidade de a CP desistir das “velhas” automotoras que já circulavam na linha da Azambuja na década de 70 e com as quais pretendia “restabelecer” as ligações Intercidades entre Évora e Lisboa, interrompidas em Maio do ano passado quando se iniciaram as obras de electrificação do traçado entre Bombel (Vendas Novas) e Évora.
A ser assim, a substituição do material a diesel por composições eléctricas poderá “encurtar” em meia hora a ligação ferroviária a Lisboa, aumentando a competitividade da ferrovia face ao transporte rodoviário.
No início do ano, a CP propôs às autarquias um novo modelo de exploração da Linha do Alentejo com o qual prevê reduzir os custos em mais de 40% e que mantém a necessidade de um transbordo em Casa Branca para as ligações com origem em Beja uma vez que esses 60 quilómetros de trajecto não serão electrificados.
No caso de Évora passarão a existir cinco comboios diários, o que reforça a oferta anterior. O número de ligações entre Beja e Lisboa também aumenta de duas para cinco, embora a viagem seja 7 minutos mais demorada pois além do transbordo em Casa Branca estão previstas paragens adicionais em Cuba, Alvito, Vila Nova de Baronia e Alcáçovas.
A CP justifica esta opção por razões de “ordem ambiental, económica e de mobilidade”, explicando que “o efeito menos positivo do transbordo em Casa Branca se justifica na procura da sustentabilidade das ligações ferroviárias para o Alentejo”.
Esta decisão motivou duros protestos no Baixo Alentejo, tendo a Associação de Defesa do Património de Beja (ADPB) entregue uma petição com mais de 15 mil assinaturas para exigir a manutenção das ligações directas entre Lisboa e Beja. “É [uma decisão] completamente inaceitável e mais uma machadada no desenvolvimento do Baixo Alentejo e do aeroporto de Beja”, diz Florival Baioa, presidente da ADPB.
O Partido Ecologista “Os Verdes” anunciou entretanto a apresentação de uma proposta de resolução para pedir a electrificação dos 60 quilómetros de linha entre Casa Branca e Beja.

Fonte: Registo

Évora Perdida no Tempo - Grade de ferro da Capela das Relíquias


Grades da Capela de São manços ou das Relíquias, cxapela colateral da Sé Catedral de Évora. Estas grades (do século XVIII) foram inicialmente concebidas para a boca da capela-mor. Esta imagem está publicada no Inventário Artístico de Portugal, Concelho de Évora, vol. II, Lisboa, A.N.B.A., 1966, est.121 (2).
Autor David Freitas
Data Fotografia 1966 ant. -
Legenda Grade de ferro da Capela das Relíquias
Cota DFT6039 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

terça-feira, 29 de março de 2011

Historial da Freguesia da Senhora da Saúde

Concelho – Évora
Area Total – 34,02 km² (2001)
Densidade Populacional – 276 hab/km² (2001)
População Residente – 9415 indivíduos (2001)
Edificios 2641 (2001)
Nucleos Familiares Residentes 2867 (2001)
 
A Freguesia da Senhora da Saúde não teve uma origem histórica semelhante à maioria das freguesias, mais de 4.200, que compõem a divisão administrativa do território nacional. Até 20 de Junho de 1997, data da sua criação pela Assembleia da República, esteve integrada na Freguesia da Sé, não tendo, por isso, passado pela fase inicial das actividades originais das freguesias, basicamente de natureza religiosa, assumindo-se, desde logo, como uma unidade administrativa e a ter funções de administração pública, enquanto uma das 19 freguesias do Concelho de Évora.
Confina com as freguesias da Horta das Figueiras, Bacelo, Sé e S. Pedro, Nossa Senhora de Machede, S. Bento do Mato, S. Miguel de Machede e Canaviais.
Apesar da sua tenra idade, 10 radiosas primaveras, a Freguesia precocemente alcançou  uma grande vitalidade e dinamismo, em parte herdados da freguesia -mãe, desempenhando actualmente uma função de verdadeiro serviço público prestado aos seus munícipes, cerca de 9.500 que nela habitam, desde a gestão da cantina escolar da Escola Básica do Bairro da Câmara e o transporte  de refeições para o polivalente da Escola Básica  Heróis do Ultramar e Jardim de Infância Garcia de Resende à disponibilidade de um serviço de certificação de fotocópias e de cobranças que facilita e proporciona comodidade à população na altura dos pagamentos do telefone, da água e da electricidade, acção social, controle de desempregados subsidiados, utilização dos serviços de biblioteca, (monografias, audiovisuais e multimédia e o seu empréstimo domiciliário) entre outros.
Podemos afirmar como uma das suas características a coexistência de uma componente rural e de uma componente urbana.
A componente rural que, outrora, foi uma característica marcante da freguesia, encontra-se hoje bastante diluída, mantendo relevância apenas ao nível territorial e geográfico. Na verdade, de acordo com os dados do censo 2001, os únicos fiáveis disponíveis, a população activa empregada na agricultura e pecuária, num total de 130 pessoas, representava somente 3,2% da sua população activa.
O declínio da população agrícola, o surgimento de novas urbanizações, a melhoria das acessibilidades, para que muito contribuiu o empenho da Câmara Municipal, a “procura do campo” para estabelecer residência principal e a difusão das novas formas de comunicação e informação contribuíram para eliminar as diferenças tradicionais entre as duas componentes, a rural e a urbana, podendo nós hoje afirmar que a freguesia se encontra inserida na malha urbana, não existindo diferenciação ao nível das maneiras de ser e de estar da população que habita no “campo” ou  na “cidade”.
Na componente urbana, a mais conhecida, destacamos entre outras zonas a Praceta Infante D. Henrique – Zona da Nau, como é popularmente conhecida - que se  constituiu mesmo como uma referência e pequena centralidade da nossa Cidade.

MONUMENTOS
Ermida de Santa Bárbara do Degebe
Fica este modesto templete a cerca de 4 Km da cidade, na berma da Estrada Nacional 254 e nas proximidades da margem direita do rio Degebe.
Apresenta características dos finais do séc. XVIII, dentro do espírito da arquitectura religiosa rústica regional. A ermida está voltada na linha da estrada pública, para ocidente, com discreta frontaria adornada por portado de granito emoldurado, de verga semicircular e frontão de enrolamento centrando óculo e painel da padroeira, ao presente rebocado.
Lateralmente e contrafortadas, ficam as pilastras escaioladas, de fachos estilizados nos acrotérios; o campanário, desadornado de sineta e decorado por romeiras de estuque, olha ao norte. A capela, onde se celebra, anualmente, a festividade num Domingo de Setembro, foi restaurada, senão concluída, no ano de 1821.
O seu interior, em planara rectangular, é de extrema pobreza ornamental. No tecto, de alvenaria caiada de branco, existe ingénuo quadro parietal com representação da simbólica torre da padroeira; o altar, aberto em nicho muito simples, no fundo da ousia, conserva a imagem de Santa Bárbara,  de terra-cota policroma, no género semi-erudito, trajando ao gosto da época de D. João V.
A banqueta, incluindo um Crucifixo de arte popular, de madeira, não tem qualquer interesse artístico.
BIBL.-Túlio Espanca, Património Artístico do Concelho de Évora, 1957, pág. 76.

Cruzeiro do Degebe
Ergue-se na margem direita do rio deste nome, em local onde se travou o mortífero combate de 5 de Junho de 1663 entre as forças de D. João de Áustria e D. Sancho Manuel, futuro conde de Vila Flor, quando aquele general pretendeu romper o cerco que as tropas portuguesas faziam à cidade, ocupada desde Maio pelos exércitos de Filipe IV. O cruzeiro-padrão comemora este evento e foi levantado pouco depois do acontecimento histórico: actualmente, embora do património estadual, encontra-se encravado na extrema da Herdade da Fonte Boa, da Casa Ervideira.
Assenta a cruz, que é de mármore regional, muito patinado pelo tempo, numa base de pedras graníticas, assimétricas e irregulares, reforçada por obra de alvenaria moderna, de planta rectangular, construída durante as celebrações centenárias da Fundação e Restauração de Portugal, em 5 de Junho de 1940, em cuja base se colocaram lápides de calcáreo branco rememorando o feito de armas.
O recinto está fechado desde esta última data por simples grade de ferro fundido rematado com pontas de lança, em ambiência de profunda rusticidade.
BIBL. -Gabriel Pereira, Estudos Eborenses, fasc. Antiguidades Romanas em Évora e seus arredores , 2ª ed. 1948, págs 302-303; Túlio Espanca, Património Artístico do Concelho de Évora, 1957, págs. 56-57.

Chafariz Del-Rei
Deve-se a sua construção ao monarca D. Manuel I, que o mandou erguer quando estagiava na cidade com a corte, no ano de 1497.
A lápide de mármore branco, ostentando a Cruz de Cristo e legenda latina, conografada, está aposta no merlão central, de grande porte. Sotoposta, em pedra bem lavrada existem as armas de Portugal, segundo interpretação arcaica, constituídas por cinco escudetes dispostos em cruz com bordadura carregada de dez castelos.
Robusto muro de alvenaria, com cunhais graníticos, é terminado por cortinas de ameias do tipo chanfrado, de perfis muito acentuados. A taça, de granito escuro e carcomido, muito baixa e de planta sensivelmente rectangular, está protegida por vários malhões circulares, rústicos e por aplainar, que servem de amarra aos quadrúpedes ou de degrau parta viandantes.
A inscrição, composta de caracteres romanos e góticos, híbridos, encerra a lição:
EMANVEL – I - R –
P – ET – A – CITRA – E
T – VLTRAMARE –
IN – APHRICA – G – D –
OMNINVS  E 1497 – ANVS
 que vertida em português e desdobrando as abreviaturas, se deve interpretar:

MANUEL, REI DE PORTUGAL, DAQUEM E DALEM MAR EM ÁFRICA E SENHOR DA GUINÉ ANO 1497.
BIBL. – Túlio Espanca, Património Artístico do Concelho de Évora, 1957, págs. 73-74

EDIFÍCIOS DE INTERESSRELEVANTE
Quinta do Sande
Pertenceu à família Landim Sande e é conhecida do vulgo como Quinta do Galego. Fica Situada na margem esquerda do rio Xarrama, a cerca de um quilómetro da cidade, para o lado Norte e pertence ao lavrador João Lopes Fernandes.
Dos primitivos donatários, fidalgos ilustres que se fundiram através dos tempos e vinham desde os fins do séc. XV, descenderam e habitaram a casda de campo o cónego André de Sande, instituidor da notável caplea tumular da igreja conventual do Espinheiro, onde jaz desde 1710; os sobrinhos de João Landim e Sande, também cónego e Simão de Landim, além de operoso capitular da Catedral, António de Landim Sande, reformador da capela da Natividade, em 1771, e do altar-mor da igreja monástica de S. Francisco, no ano de 1773. Aqui viveu em 1808, com residência fixada, o tenente-general Francisco de Paula Leite de Sousa, Visconde de Veiros. Herói da guerra Peninsular e denodado defensor da cidade contra as tripas francesas de Loison. Do mesmo modo, nestas salas e secretamente, se reuniram os principais cabecilhas da Independência: coronel espanhol Frederico Moretti, Corregedor José Paulo de Carvalho, António Lobo de Lacerda, sargento-mor de Ordenanças de Vila Viçosa e outros delegados do clero e nobreza local.
O pátio do edifício solarengo era antecedido, ao Sul, antigamente, por opulento portado de alvenaria, de duas pilastras rematadas nos acrotérios por fachos perspectivados, precisamente na margem do Xarrama, o qual se atravessava em ponte de dois arcos, ao presente destruída.
Compõe-se a parte primitiva do solar de dopis grandes pavilhões oblongos, de telhados de duas vertentes, separados hoje mas comunicantes outrora por demolido passadiço, com frontarias de bela panorâmica voltadas para Évora e revestidos de janelas com padieiras de granito e grades de ferro forjado, do tipo de barrinha, dos começos do século actual. O bloco mais antigo, adulterado no corpo posterior, está adornado no pátio da face norte, opor nobre escadaria de dois lanços e terraço corrido sobre sacada de três arcos de volta inteira, por banda, defendido em balaustrada de pedra e grades lisas de varões metálicos, toscamente forjados. Tem, na cobertura, uma lanterneta de quatro luzes em remate alongado, e interiormente, amplas salas e corredor central de abobadilha. O corpo térreo é constituído por formosa e vasta sala de três naves e sete tramos, com abóbadas de aresta e meio canhão apoiadas em pilares de pedra aparelhada: foi adega e casa de carruagem e serve agora de cavalariça.
O outro pavilhão, no prolongamento ocidental, Mais recente e em simetria com o anterior, possui alterosa torre rectangular, coberto e de cunhal fortemente aparelhado em granito, construída pelo pai do actual proprietário com aplicações utilitárias de materiais e guarnições do velho paço rural. A grande sala do Ocidente, no rés-do-chão, debruça-se sobre interessante lago de planta rectangular, de mármores regionais, envolvido, por pilares gradeados, corredores de alvenaria e friso de azulejos policromos, do tipo de grinaldas e festões, da Real Fábrica do Rato, de Lisboa, datáveis do último terço do séc. XVIII.
No centro, sobre pedestal de quatro carrancas antropomórficas, ergue-se a estátua marmórea, em tamanho natural, de Diana a Caçadora, de vestes romanas, em concordância com a dignidade eclesiástica do antigo donatário, prebendado António de Landim Sande. O corrimão da balaustrada esteve guarnecido por estatuetas alegóricas de faiança, de esmalte branco, também do Rato e do período 1770-75, que se perderam vandalicamente, com excepção de um malfadado Neptuno,     que pertencia ao Dr. Joaquim Vieira Lopes, de Évora.
Opulenta nora, do género árabe, ligando a comprido e coleante aqueduto em arcos de alvenaria abastece esse lago, a fonte do pátio e regava desaparecido jardim onde subsistem algumas obras de arte e um tanque circular, também de mármore de Estremoz, centrado por pira lavrada, de repuxo.
O palácio está ao presente inabitado e da sua pretérita grandeza resta triste e desoladora ruína.
Contra o lado oriental da quinta e da tapada que delimita o rio Xarrama, no local onde se construiu a Ponte dos Viadantes, edificada de alvenaria re de chão lageado aberto em arcada abatida de cinco vãos e de esporões a montante, afixou a piedade cristã, no anteparo do murete, um evocador registo de azulejos policromos, da Fábrica do Rato, alusivo à catástrofe dos eborenses mortos às mãos dos soldados da cavalaria francesa no fatal dia 29 de Julho de 1808. O painel, elíptico, representando as ALMAS DO PURGATÓRIO, está envolvido por moldura de grinaldas e sanefas policromas e ostenta a legenda:
P.e N.o  AVE
MARIA, PELAS
ALMAS
BIBL  . – Túlio Espanca, Património Artístico do Concelho de Évora, 1957, págs. 85-86 

Quinta do Brigadeiro
Está situada a cerca de dois quilómetros da cidade e o seu acesso faz-se pela estrada viscinal das Pimentas.
Tem casal rústico do séc. XVIII (época de D. José I), feito de alvenaria contrafortada, construído em dominador cabeço plantado de farto olival e donde se abarca vasto panorama da várzea bem manchada  de arvoredo, para o lado norte, onde existe, em silhueta imponente e bem recortada, o extinto Convento da Nª Sº do Espinheiro.
A entrada da cerca, outrora completamente fechada e agora composta somente de pequenos troços, mantem-se na linha de Évora. De nobres proporções, o portal primitivo, do estilo barroco, popular, rebocado e recoberto de estuques coloridos, ergue-se nesta frente; em tabela sotoposta a cruz de relevos na parte posterior, apresenta a data de fecho da obra: 1769.
No centro do frontão, recortado em volutas, existe curioso painel de azulejos a cor azul, com a imagem de Santo António, bastante mal tratado e envolvido por dupla cercadura rococó, do mesmo período. Grossas pilastras coríntias, de massa, com caneluras, encimadas por bolas e fogaréus ornamentais, completam as abas do opulento portado que, no eixo, teve de ser, recentemente mutilado com um lintel de alvenaria para evitar iminente derrocada da pesada empena.
Todas as construções da quinta se encontram em acentuada ruína.
BIBL.-Túlio Espanca, Património Artístico do Concelho de Évora, 1957, págs. 84-85.

Évora Perdida no Tempo - Antigo Colégio de São Paulo

Fachada do antigo Colégio de São Paulo, actual sede de Direcção de Finanças de Évora. É ainda visível o corpo que tapa a porta ogival que dá acesso à sede do Grupo Pró-Évora.
Autor David Freitas
Data Fotografia 1950 - 1960
Legenda Antigo Colégio de São Paulo
Cota DFT6274 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

segunda-feira, 28 de março de 2011

Carteiro Paulo ao vivo em Évora



Espectáculo de Páscoa para toda a família
Formato pensado para introduzir os mais pequenos aos teatro
Sessões confirmadas de Norte a Sul de Portugal, em catorze cidades.


Pela primeira vez em palco, o Carteiro Paulo e o seu carismático Gato Quico, prometem encantar Portugal de Norte a Sul do país com a sua primeira actuação ao vivo.


Este espectáculo conta a história de uma Missão Muito Especial.
O Carteiro Paulo é promovido a Chefe de Encomendas Especiais e passa a ter a seu cargo desafios ainda mais importantes. Na sua primeira missiva, e apesar dos vários imprevistos de última hora, o Carteiro Paulo com a ajuda do Quico e do seu novo helicóptero consegue resolver tudo a tempo de Vale Verde receber uma visita muito importante.

Esta produção baseia-se na série televisiva em antena no Canal Panda e na RTP2. Trata-se de uma das séries infantis com maior crescimento de audiência nos últimos anos.
Pensada para um público pré-escolar, o Carteiro Paulo visa incutir nos mais novos valores tão importantes como a Família, Amizade e Inter-Ajuda.

Num formato pensado para introduzir os mais pequenos ao teatro, este espectáculo promete muita interacção entre o público e o seu herói. Tal como na série, o espectáculo promete muita alegria, música e alguns contratempos que só o Carteiro Paulo conseguirá resolver.

Para ajudar à divulgação do espectáculo foi desenvolvido um site www.carteiropaulolive.kids.sapo.pt onde as famílias poderão encontrar toda a informação sobre o musical, as suas personagens e aceder a fotografias e vídeos.




Datas e recintos dos espectáculos

Évora – Teatro Garcia de Resende – 14 de Abril Sessão 18h
Portalegre – Centro Artes e Espectáculos – 20 de Abril Sessões: 18h
Beja– Pax- Julia Teatro Municipal – 21 de Abril Sessões: 18h

Preços
Bilhetes desde 16€
Pack especial 4 bilhetes – 50€ (12,5€ por bilhete)
Bilhetes à venda nas bilheteiras dos recintos, e nos sites da Blueticket e Ticketline

Fernando Tordo no Teatro Garcia de Resende

Évora Perdida no Tempo - Edifício no Largo da Porta de Moura


A construção do Palácio da Justiça (1963) obrigou à demolição do edifício existente no espaço correspondente ao actual tabuleiro no Largo da Porta de Moura. Vê-se, ainda, o Palácio do Farrobo, demolido para construção do Palácio da Justiça.
Autor David Freitas
Data Fotografia 1963 ant. -
Legenda Edifício no Largo da Porta de Moura
Cota DFT4427 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

domingo, 27 de março de 2011

Inaugurado call center com 5 anos em Évora

A inauguração do centro de serviços do grupo Reditus, em Évora, cujo conselho de administração é presidido por Pais do Amaral, bem como o anúncio da criação de mais postos de trabalho, está a gerar polémica.
É que o call center, criado em parceria com as seguradoras Fidelidade Mundial e Império Bonança, do Grupo CGD, já funciona desde 2006 e conta com mais de 400 de trabalhadores, muitos dos quais em situação precária.
Na cerimónia, o secretário de Estado da Energia e Inovação, Carlos Zorrinho, referiu que o projecto "é o início de um grande centro de prestação de serviços que vai empregar muita gente". Acontece que, segundo a comissão de trabalhadores da Fidelidade Mundial, os postos de trabalho – um total de 461 – já foram criados na última década.
Em comunicado, datado de 24 de Março, a comissão de trabalhadores mostrou-se surpreendida com este acto "caricato" e denunciou ainda alegadas "atitudes de pressão e coacção" para com os funcionários, que nas vésperas receberam instruções para vestirem no dia da inauguração fato e sapatos. No ‘mail’ a que o CM teve acesso foram proibidos o uso de ténis, calças de ganga e camisas por fora das calças.

Comissionista

Recrutamos vendedores comissionistas para trabalharem de forma independente na comercialização de produtos médicos, ortopédicos e afins.

Pretende-se:
- Responsabilidade e dinâmismo;
- Boa apresentação e fluência verbal;
- Viatura própria;
- Disponibilidade para deslocações;
- Contacto próprio permanente;


Oferecemos plano de comissões atractivo que permite uma remuneração mensal acima da média e possibilidade de complementar com uma outra actividade comercial.


Interessados enviar curriculum c/ foto para: clinica.fontesaude@gmail.com

sexta-feira, 25 de março de 2011

Mês da Juventude em Évora


A Câmara Municipal de Évora está a dinamizar durante todo o mês de Março, em parceria com entidades, associações e grupos de jovens, mais uma edição do Mês da Juventude, que conta com um vasto conjunto de actividades, sendo os concertos, agendados para os próximos dias, ponto alto do evento.

Deste modo, o concerto de David Fonseca realiza-se já amanhã, 24 de Março, a partir das 21:30 horas, no Teatro Garcia de Resende.

Na sexta-feira, 25, e no sábado, a partir das 14 horas decorre a Mostra de Produtos Biológicos e Artesanais, no Rossio de S. Brás e, à noite, pode assistir ao concerto dos Terracota, pelas 21:30 horas, no Teatro Garcia de Resende.

De salientar ainda uma serenata pela TAFUÉ, no dia 25, pelas 22 horas, na Escadaria da Sé e, no Monte Alentejano, a partir da meia-noite e meia, haverá a Concrete Jungle- Riddil Culture-Nsekt ( Bad Mood).

No sábado, 26, tem lugar, no Rossio de S. Brás, para além da Mostra de Produtos Biológicos e Artesanais (14 horas); o Workshop de DJ- entrada livre (Kid Selecta & 20ld4school) às 16 horas e o Workshop de Cozinha Vegetariana – entrada livre, às 17 horas.

No Auditório da Universidade de Évora começa o Festival de Tunas a partir das 22 horas, estando também agendado para a mesma hora, na Arena d´Évora, o espectáculo Mês da Juventude, com EXPENSIVE SOUL & JAGUAR BAND. No Monte Alentejano, assista, a partir das 00h30 ao concerto dos Ena Pá 69 (com Manuel João Vieira) e Kid Selecta Revolution Rocers.

Na segunda-feira, 28, Dia Nacional da Juventude, realiza-se um concerto com Duarte, a partir das 17:30 horas, no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Évora.

Évora Perdida no Tempo - Fonte do claustro do Convento de São Bento de Cástris


Fonte do claustro do Convento de São Bento de Cástris.
Autor David Freitas
Data Fotografia 1940 - 1957
Legenda Fonte do claustro do Cv. S. Bento de Cástris
Cota DFT6089.1 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quinta-feira, 24 de março de 2011

Teatro à borla este fim-de-semana em Évora: "Falar Verdade a Mentir" no Garcia de Resende


Duarte é um jovem peralvilho, mentiroso compulsivo, apaixonado de Amália e esta dele. Amália é filha do Sr. Brás Ferreira, um comerciante rico, do Porto que vem a Lisboa para casar a menina. Mas se Brás Ferreira apanhar o Duarte (mentiroso compulsivo) numa mentira, lá se vai o casamento de Amália com Duarte.
Joaquina criada de Amália, esperta e ladina pretende casar com José Félix, ladino e imaginativo criado do General Lemos. Juntos tratarão de tornar verdade, perante Brás Ferreira, as mentiras que Duarte inventa.
Nesta comédia em acto único de dezassete cenas, Almeida Garrett põe a ridículo a sociedade burguesa no Portugal do século XIX.



26 de Março, às 21h30:
Teatro Garcia de Resende (entrada gratuita, sujeita a reserva ou aquisição prévia de bilhete)

27 de Março, às 16h00:
Teatro Garcia de Resende (entrada gratuita, sujeita a reserva ou aquisição prévia de bilhete)

Évora desliga luzes para poupar ambiente

A Câmara Municipal de Évora vai associar-se, este ano, à quinta edição da iniciativa “A Hora do Planeta”, que decorrerá no próximo dia 26 de Março com o objectivo de chamar A atenção para as alterações climáticas através de um gesto muito simples: desligar as luzes por uma hora.
A edilidade, juntamente com os respectivos serviços, ainda não definiu em concreto quais os edifícios e monumentos que irão ter as luzes desligadas entre as 20h30 e as 21h30, apesar de já ter manifestado a sua adesão a esta iniciativa liderada junto das autarquias pela Associação Nacional de Municípios Portugueses.
Recorde-se, que a “Hora do Planeta” começou em 2007 em Sidney, na Austrália, quando 2,2 milhões de pessoas e mais de duas mil empresas apagaram as luzes por uma hora para firmarem uma posição contra as mudanças climáticas.
Um ano depois, a “Hora do Planeta” tornou-se um movimento de sustentabilidade global com mais de 50 milhões de pessoas em 35 países a mostrarem o seu apoio a esta causa ao desligarem simbolicamente as suas luzes. Marcos globais, como a Sydney Harbour Bridge, a ponte Golden Gate, em São Francisco, o Coliseu de Roma ou o Mosteiro dos Jerónimos, entre muitos outros, já ficaram às escuras.
No ano passado, a Hora do Planeta atingiu um recorde de 128 países e territórios que se juntaram a este evento simbólico voluntário da World Wildlife Found (WWF).
“Apagar as luzes é mostrar que estamos preocupados com o aquecimento do planeta e queremos dar a nossa contribuição, influenciando e pedindo acções de redução das emissões e de adaptação às mudanças climáticas, combatendo a desflorestação e conservando os nossos ecossistemas”, refere fonte da Câmara Municipal de Évora, referindo que a “Hora do Planeta” é um “acto que simboliza a eficiência e o uso de todos os recursos com inteligência, responsabilidade e de forma sustentável”.
“A verdade é que este simples gesto, tem despertado em todo o mundo compromissos capazes de ir marcando a diferença numa base diária contínua e tem levado a uma verdadeira mudança de hábitos de vida de cidadãos, empresas e governos que começam a despertar para compromissos válidos e práticos a favor desta luta”.

Fonte: Registo

Teatro na Biblioteca Pública

No âmbito do projecto Qualicities a Câmara de Évora recebeu delegação da cidade de Brasov

Uma delegação de técnicos da autarquia romena de Brasov está desde o dia 15 de Março em Évora para conhecer o funcionamento dos serviços municipais e também de alguns serviços regionais.

A delegação, inclui os seguintes funcionários ligados às areas da cultura, urbanismo e economia municipal: Elena Acaroaie; Antonia Czika; Silvia Demeter-Lowe; Corina Popescu e Dan Oprea.

Esta vinda insere-se num programa de duas semanas durante o qual tomaram contacto com a metodologia seguida pela Câmara de Évora no âmbito do projecto Qualicities, falaram com responsáveis de vários departamentos municipais e também com autoridades regionais ligadas à educação e ao desenvolvimento regional.

A cidade de Brasov é também membro da Rede MECINE (constituída por cidades médias da Europa e criada no fim de 1994, com o desejo de aprofundarem as suas relações de cooperação), cuja Presidência é actualmente ocupada por Évora.

O projecto Qualicites, que incide numa política de desenvolvimento sustentável e de valorização do património nas cidades, visando a melhoria da qualidade de vida através das boas práticas comuns, insere-se no trabalho desenvolvido pela referida Rede.

Do programa da visita fizeram parte a apresentação global do Qualicities; a conferência UniverCity na Universidade de Évora que teve como tema central o papel das universidades no desenvolvimento regional, visando a troca de experiências entre as cidades de média dimensão da Europa e uma reunião de coordenação da Rede MECINE, que juntou cerca de cem representantes das cidades da Rede, entre autarcas, técnicos, investigadores e especialistas na área das estratégias de desenvolvimento e planeamento territorial.

Efectuaram ainda visitas aos serviços municipais ligados às áreas do Ambiente; Economia; Ordenamento do Território e Mobilidade;
Centro Histórico e Reabilitação Urbana; Informação, Comunicação e Turismo e foram recebidos pelo Presidente da Câmara Municipal de Évora, José Ernesto d’ Oliveira, nos Paços do Concelho.

Os financiamentos FEDER, bem como os financiamentos INALENTEJO (CCDRA) também fazem parte da agenda, assim como os investimentos na região no campo educacional, estando agendadas para amanhã, dia 24, reuniões sobre essas matérias com responsáveis regionais. No dia 25, efectuarão uma visita às obras do Polis na Costa da Caparica para conhecerem também a reabilitação urbana em curso no Município de Almada.

Évora Perdida no Tempo - Secção de empacotamento da Fábrica dos Leões


Fábrica dos Leões: secção de embalagem/ empacotamenento (funcionários e maquinaria).
Autor David Freitas
Data Fotografia 1950 dep. - 1970 ant.
Legenda Secção de empacotamento da Fábrica dos Leões
Cota DFT5137.2 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quarta-feira, 23 de março de 2011

Concerto Jazz - Myra Melford - 07-04-2011 - 21:30 às 23:30 Teatro Garcia de Resende

Uma compositora/pianista ambiciosa com gosto pela aventura, Myra Melford surgiu no fim de 80, princípios de 90 como uma das mais respeitadas jovens pianistas da altura. As producões iniciais de Myra Melford reflectiam as influências dos seus primeiros mestres: no piano, Don Pullen, cujos maneirismos percussivos ela integrou com sucesso e, como compositora, Henry Threadgill, cujas técnicas formais de composição ela estudou. Melford partilha uma afinidade com os “blues” que ouviu e estudou quando jovem em Chicago (cresceu nos subúrbios de Evanston, no Illinois), e que incorpora na sua sensibilidade de vanguarda. Enquanto jovem estudou boogie-woogie no piano com Erwin Helfer. Melford frequentou a universidade de Evergreen State em Washington , onde estudou com o pianista Art Lande e desenvolveu o seu interesse pelo Jazz. Prosseguiu estudos no Cornish Institute em Seattle. Em 1984 mudou-se para New York,onde tocou com os grupos de Henry Threadgill, Leroy Jenkins, and Butch Morris, entre outros. Estudou particularmente com Pullen. Em meados e finais dos anos 80 tocou e gravou em duo com o flautist Marion Brandis. Formou um trio com o baixista Lindsey Horner e o baterista Reggie Nicholson, com o qual gravou os albums Jump (1990) e Now & Now (1991) para a editora rock Enemy , discos que ajudaram a estabelecer a sua reputação. Ao longo dos anos 90 Myra Melford adicionou sopros aos seus grupos; o trompetista Dave Douglas é um membro do seu grupo “Same River, Twice” que gravou para as etiquetas Gramavision e Arabesque. Myra continua a tocar com grupos dirigidos por Leroy Jenkins e Theadgill; é também elemento de um dos muitos ensembles de Dave Douglas. Em 2000,Myra Melford recebeu uma bolsa Fulbright para o estudo da música de harmónio do Norte da Índia estudando com Sohanlal Sharma in Calcutta.

Neste concerto, Myra Melford, far-se-á acompanhar por Paulo Gaspar - Clarinete; José Menezes - Saxofone; Mário Delgado - Guitarra; Mário Franco - Contrabaixo; Eduardo Lopes - Bateria.

EMAIL: rb@uevora.pt

ORG.: Escola de Artes da Universidade de Évora; UnIMEM (Unidade de Investigação em Música e Musicologia)

APOIOS: Câmara Municipal de Évora, Diário do Sul

Évora Perdida no Tempo - Sala do antigo Convento dos Lóios


Sala "Manuelina" do antigo Convento dos Lóios. Segundo Túlio Espanca, esta sala, que fica por baixo dos dormitórios do Convento e que foi construída sobre a muralha medieval, terá servido como camarata comum dos frades e, mais tarde, como celeiro. Esta imagem está publicada no Inventário Artístico de Túlio Espanca (Concelho de Évora, Vol.II)


Autor David Freitas
Data Fotografia 1966 ant. -
Legenda Sala do antigo Convento dos Lóios
Cota DFT7183 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

domingo, 20 de março de 2011

Técnico de Segurança para Évora

A Manpower Líder Mundial em serviços de Recrutamento, recruta para prestigiada empresa cliente na área da Construção, sedeada em Lisboa.


Técnico de Segurança (M/F)

Local de Trabalho: Évora

Função:

Desempenho de funções no âmbito da Prestação de Serviços de Assessoria, Fiscalização e Coordenação de Segurança de Obra da Modernização da Estação de Évora

Perfil:
CAP Nível III,
Mínimo de 3 anos de experiência profissional relacionada com o acompanhamento de trabalhos de Segurança e Saúde de Estaleiro em Infra¬-estruturas ferroviárias
Licenciatura em área relevante para a função (preferencial)
Bons conhecimentos informáticos (Microsoft Office)
Sentido de responsabilidade, autonomia, pro-actividade
Motivação para a função


Condições:
Contrato de trabalho de Trabalho Temporário com possibilidade de Integração no Cliente;
Remuneração compatível com a experiência demonstrada;

Envie hoje mesmo o seu Currículo Vitae para o email rui.henriques@manpower.pt, com a indicação RH\TS no assunto (todos os Cvs que não tiverem esta referência no assunto do email, não serão considerados).


sexta-feira, 18 de março de 2011

Santo Antão - Uma Freguesia com História

Situada no distrito de Évora e concelho homónimo, Santo Antão é uma freguesia urbana que, como indica o topónimo, tem Santo Antão como orago, todos os anos celebrado com grande festividade.

Antão nasceu em Coma, no Egipto, em 251, e morreu no Monte Kolzim, em 356. Santo Antão é considerado fundador do monasticismono sentido lato da palavra, porque reuniu eremitas em comunidades espelhadas, exercendo uma certa autoridade sobre eles; mas ele próprio passou a maior parte da sua longa vida (105 anos) em relativa solidão. Com cerca de 20 anos foi viver sozinho, passando o tempo em oração, estudo e no trabalho li" manual necessário para ganhar a vida. Suportou violentas tentações, espirituais e físicas, mas a todas venceu; com o passar do tempo afastou-se ainda mais e foi habitar uma caverna no Monte Kolzim, perto do noroeste do Mar Vermelho, que se tornou a sua casa para o resto da vida, sendo visitado por toda a sorte de gentes, que o procuravam em busca de conselhos ou simplesmente por curiosidade. Tanto durante a vida como depois da morte, a sua influência foi muito grande e a veneração por ele foi determinante em toda a cristandade até à Idade Média.

A povoação de Santo Antão fez sempre parte de Évora, defendida por um forte e cercada por sólidas muralhas. Após a sua conquista aos mouros por Geraldo "sem pavor", em 1165, que a entregou a D. Afonso Henriques, que lhe outorgou foral, Santo Antão nasce à volta de uma ermida dos Templários, a quem foi entregue a responsabilidade de incentivar
o repovoamento da região.

Em 1280 Martim Anes, vigário perpétuo de Santo Antão, assina uma composição entre a Ordem da Trindade e o Bispo D. Durando e, em 1286, no adro da Igreja de Santo Antão, reuniam-se os fidalgos de Évora com D. Dinis, a resolver assuntos do interesse público.
Quanto à instituição de Santo Antão como paróquia, sabe-se apenas da existência de um pergaminho da Sé, datado de 1325, que faz referência à - freguesia de Santo Antão.
Quanto ao património cultural edificado da freguesia, destacam-se a Igreja de Santo Antão, a Fonte Henriquina, o Teatro Garcia de Resende, o Convento do Calvário e o Convento de Santa Clara.

Destaque ainda para a Judiaria .ea Sinagoga, símbolos da antiga comunidade judaica de Évora.

A partir do século XIV, em Portugal, os judeus foram obrigados a viver em bairros próprios, que receberam o nome de "judiarias", limitando assim a convivência entre estes e os cristãos, e limitando também e muito, os seus direitos.

A Praça do Giraldo é um dos locais de maior interesse turístico da freguesia mas merecem também referência a Praça Joaquim António de Aguiar e a Rua da Lagoa.
Ressaltam as actividades económicas de comércio e serviços.




HERÁLDICA


Descrição de Simbologia
Escudo em Prata, com uma coroa mural de três torres. Listel branco, com a legenda Évora - Santo Antão e bandeira vermelha. Com motivo da Cruz dos Templários, que teve origem numa ermida da Ordem dos Templários, de um sino e de uma fonte, a henriquina, localizada na Praça do Giraldo.


Novos Topónimos da Freguesia
Topónimo "Rua da Cerca Nova"
Junto ao Hotel Mar D'Ar Muralha (ex Hotel da Cartuxa).
"Cerca Nova" foi uma extensa cintura de muros (muralhas) que, a partir de meados do Sec. XIV veio envolver os arrabaldes duma povoação (Évora) em franco desenvolvimento.
As refendas "muralhas" ou "Cerca Nova" são hoje parte envolvente do referido hotel.


Topónimo "Rua do Teatro"
O nome advém do facto de ser uma rua contígua ao Teatro Garcia de Resende.


Topónimo "Pátio do Convento"
Local onde outrora foi situado o Convento de São Domingos.


Topónimo "Rua Nossa Senhora do Rosário"
Nossa Senhora do Rosário deu o nome à confraria criada por escravos, no século XVI, com o intuito de se defenderem e ganhar a liberdade. Esta confraria esteve localizada no Convento de São Domingos

Évora Perdida no Tempo - Claustro do Convento de S. Bento Cástris


Claustro do Convento de São Bento Cástris, antes das obras de beneficiação.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1940 dep. - 1957
Legenda Claustro do Convento de S. Bento Cástris
Cota DFT6090.1 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quinta-feira, 17 de março de 2011

Semana do Livro Infantil na Biblioteca Pública

A Biblioteca Pública de Évora propõe comemorar o Dia Internacional do Livro Infantil com uma semana recheada de actividades em torno da literatura para os mais novos. Estas actividades dirigem-se a crianças do pré-escolar e 1º ciclo, às famílias e a todos aqueles que partilham o gosto pelas histórias que preenchem o imaginário infantil.

Programa



28 Março

A Árvore contadora de Histórias
Esta é uma árvore diferente de todas as outras, não tem maçãs nem laranjas. Dos seus ramos nascem pequenas histórias de encantar.
Vem conhecê-la e constrói também tu, uma árvore contadora para levares para a tua sala.

Público-alvo: crianças do ensino pré-escolar

Horário:
sessão I das 9h30 às 10h30
sessão II das 11h00 às 12h00

Local: Espaço infanto-juvenil da Biblioteca Pública de Évora
Número máx. participantes por sessão: 25
Dinamizadores: Sílvia Chambino e Rui Melgão
Entrada Livre mediante inscrição prévia




29 e 30 Março

Oficina de construção de livros
Nesta oficina as crianças são convidadas a construir pequenos livros onde vão caber histórias inventadas e ilustradas por elas. Cada criança levará consigo o seu livro.

Público-alvo: alunos do 1º ciclo

Horário:
sessão I das 9h30 às 10h30
sessão II das 11h00 às 12h00
Local: Sala de Leitura
Número máx. participantes por sessão: 25
Dinamizadores: Catarina Claro e Rita Roberto
Entrada Livre mediante inscrição prévia



31 Março e 1 Abril


A Árvore contadora de Histórias
Esta é uma árvore diferente de todas as outras, não tem maçãs nem laranjas. Dos seus ramos nascem pequenas histórias de encantar.
Vem conhecê-la e constrói também tu, uma árvore contadora para levares para a tua sala.

Público-alvo: crianças do ensino pré-escolar

Horário:
sessão I das 9h30 às 10h30
sessão II das 11h00 às 12h00
Local: Espaço infanto-juvenil
Número máx. participantes por sessão: 25
Dinamizadores: Sílvia Chambino e Rui Melgão

Entrada Livre mediante inscrição prévia


2 Abril

Oficina de construção de livros e de criação de histórias

Nesta oficina as famílias são convidadas a criar histórias e a construir pequenos livros para elas. Cada família levará consigo o seu livro.

Público-alvo: famílias com crianças dos 6 aos 10 anos
Horário:
sessão I das 10h00 às 11h30
sessão II das 14h30 às 16h00
Local: Sala de Leitura
Número máx. participantes por sessão: 12 crianças + 1 adulto por criança
Dinamizadores: Catarina Claro e Rita Roberto

Entrada Livre mediante inscrição prévia

A Árvore contadora de Histórias

Esta é uma árvore diferente de todas as outras, não tem maçãs nem laranjas. Dos seus ramos nascem pequenas histórias de encantar.
Vem conhecê-la e constrói também tu, uma árvore contadora para levares para a tua casa.

Público-alvo: famílias com crianças dos 3 aos 5 anos
Horário:
sessão I das 9h30 às 10h30
sessão II das 11h00 às 12h00
Local: Espaço infanto-juvenil
Número máx. participantes por sessão: 12 crianças + 1 adulto por criança
Dinamizadores: Sílvia Chambino e Rui Melgão

Entrada Livre mediante inscrição prévia


Clube de Leitura Infanto-Juvenil

O Clube de Leitura Infanto-Juvenil é um dos frutos do Projecto A Fada Palavrinha e o Gigante das Bibliotecas. E porque dos frutos surgem novas sementes, convidamo-los a partilhar histórias de e para todas as idades.
Público-alvo: Famílias/Público em Geral
Horário: 11h45
Local: Sala de Leitura

Entrada Livre mediante inscrição prévia


Contadores de Histórias

Pela tarde, vozes de entusiastas na arte de contar histórias.
Público-alvo: Famílias/Público em Geral
Horário: 16h15
Local: Sala de Leitura

Entrada Livre mediante inscrição prévia


Exposição - Ilustração no Livro Infantil
Inauguração de Exposição

No âmbito da comemoração do dia Internacional do Livro Infantil, a Biblioteca Pública de Évora convida um conjunto de novos ilustradores a expor os seus trabalhos, que nos transportam para o fascinante e envolvente imaginário infantil.
Horário:17h00
Local: Sala de Exposições
Ilustradores: Filipa Canhestro, Maria Remédio, Marta Madureira, Rute Reimão, Teresa Cortez

Évora Perdida no Tempo - Largo da Porta de Moura

A construção do Palácio da Justiça (1963) obrigou à demolição do edifício existente no espaço correspondente ao actual tabuleiro no Largo da Porta de Moura. 

Autor David Freitas
Data Fotografia 1963 ant. -
Legenda Largo da Porta de Moura
Cota DFT438.1 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quarta-feira, 16 de março de 2011

Exposição “Um Mundo - Três Dimensões” até 27 de Março

A Câmara Municipal de Évora inaugurou uma exposição colectiva de artes plásticas intitulada “Um Mundo - Três Dimensões” , na qual se apresentam trabalhos do grupo "Blank Canvas, Second Generation", composto pelos artistas plásticos António Couvinha, Chris Alford e Peter de Jong.

É verdade que iniciativas como Blank Canvas, segunda geração, estão longe, nos propósitos, de ser uma conquista e uma originalidade do nosso tempo. O que é manifestamente original neste grupo constituído por António Couvinha, Chris Alford e Peter de Jong é a assumida individualidade dos seus olhares, que são incontestavelmente três perspectivas distintas do tangível e do imaginativo, e o seu propósito de estabelecer um processo complementar, sinérgico, da fruição do espectador e do público de arte.

António Couvinha vive amiúde fascinado por paisagens, rostos, linhas do corpo, revê febrilmente o manejo da paleta, enche de cor ou neutralidade os volumes e as formas, na terra ou a caminho do céu.

Chris Alford parece possuído pelo demónio da renovação e do experimentalismo, já usou as cores de Turner e Raoul Dufy, é hoje abstraccionista, deixou muito para trás as composições megalíticas e as povoações registadas em linhas esquemáticas.
Peter de Jong permanece seduzido pela sobriedade do tracejado, há ali uma discussão permanente entre o onírico e o real interpretativo, uns volumes que vêm da infância de Miró ou das leituras frias de Sean Scully, aliás na tradição de Mark Rothko. É fugaz e discreto, como numa obediência zen.

A exposição estará aberta ao público até 27 de Março, podendo ser visitada de terça a sexta-feira, das 11:00 às 13:00 e das 15:00 às 19:00, e sábados e domingos só no período da tarde, encerrando à segunda-feira.

Évora Perdida no Tempo - Sala do Éden Esplanada

O Éden Esplanada, único cinema ao ar livre que funcionou em Évora durante cerca de 40 anos, foi instalado no espaço que se mantinha devoluto após a demolição do Convento de Santa Catarina.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1946 ant. -
Legenda Sala do Éden Esplanada
Cota DFT6446.1 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

terça-feira, 15 de março de 2011

A Bruxa Teatro apresenta "Música no Vale" - Estreia 17 de Março de 2011

Música no Vale
de John Ford Noonan
(declarada peça teatral de relevância cultural pelo M.C./I.G.A.C. a 14/01/2011)

Estreia 17 de Março de 2011
(em cena até 2 de Abril)



Ingresso: consulte o preçário de bilheteira e os descontos
Info e reservas: abruxateatro@gmail.com | 266 747 047
Local: Sala d'abT
Horaŕio: de 4ª a Sábado às 21h30 | Domingo às 16h
Classificação etária: M/16



Uma clínica psiquiátrica em Woodstock, Nova Ioque. Claire Granick, esquizofrénica, 'curte bué' Bruce Springsteen e expulsa todos os seus companheiros de quarto com música desmesuradamente alta. Margot Yossarian, uma histérica de meia-idade, vive intensamete o 'rock' da década de 60. A táctica de Claire acaba por ajudar Margot a libertar-se do seu corpo enrijecido; Margot tenta por sua vez ajudar Claire. É o 'rock' suficientemente profundo e estridente ao ponto de sarar distúrbios mentais? Consegue o 'rock' penetrar nos corações perturbados e dar azo a milagres de saúde mental?
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“Uma delicadeza de sentimentos, rara em peças teatrais contemporâneas (...) uma melange astuciosamente construída de alienação e nostalgia, bem como de alienação nostálgica.” (The New York Times).
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Título original 'Music from Down the Hill' (1994, EUA)
Texto de John Ford Noonan :::: Tradução de António Henrique Conde :::: Dispositivo Cénico, Figurinos, Dramaturgia, Direcção de Actores e Encenação de Figueira Cid :::: Desenho de Luz de Figueira Cid :::: Obra Original de António Couvinha :::: Direcção Técnica, Montagem e Operação Técnica de Henrique Martins :::: Secretariado e Assistência de Produção de Hugo Barros :::: Fotografia colectiva :::: Produção d'a bruxa Teatro.
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Interpretação de Marta Rosa e Ana Amorim.
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Agradecimentos a João Gancho, Lda