quarta-feira, 6 de abril de 2011

Caracterização e Património da Freguesia de S.Mamede

Área da Freguesia
km2
0,2

Rede de Transportes
A freguesia de S. Mamede é servida pelo SITEE - Sistemas Integrado de Transportes e Estacionamento de Évora, e tem uma frequência regular para as restantes freguesias urbanas do concelho.

População
População Residente

1991
2001
Variação %
H
1217
915
-24,8%
M
1703
1255
-26,3%
Total
2920
2170
-25,7%

Densidade Populacional
2001
hab/km2
9434,8

População Activa Total
Valores absolutos

2001
H
539
M
692
Total
1231

População Activa segundo grau de instrução
valor absoluto
2001
H
M
Sem nível de ensino
13
21
Ensino Básico - 1º Ciclo
111
178
Ensino Básico - 2º Ciclo
52
57
Ensino Básico - 3º Ciclo
61
80
Ensino Secundário
181
172
Ensino Médio
10
9
Ensino Superior
111
175
Total
539
692

População Empregada Por Ramos de Actividade
Valor absoluto
2001
H
M
Agricultura/Pecuária
13
8
Industria
60
37
Construção
41
6
Comércio
109
99
Serviços
157
297
Total
380
447

População Desempregada
Valor absoluto
2001
H
M
<25 anos
3
8
25-44 anos
23
19
45-54 anos
3
1
≥ 55 anos
4
5
Total
33
33

Taxa de Desemprego
2001

Homens
Mulheres
Total
%
7,8
5,7
6,7

Economia e Cultura
Actividades Económicas de Relevo
Comércio
Restauração
Serviços
Indústria de Madeiras

Serviços de Proximidade Existentes
Serviço de Apoio Domiciliário
Serviço de Apoio a Idosos
Serviço de Lavandaria
Serviço de Engomadoria
Electricistas
Pedreiros
Canalizadores
Creche
Lar de Idosos
Centro de Convívio

Actividades Tradicionais
Trabalhos em Cortiça e Madeira

Actividades Culturais
Festa de Stº António
Festa de S. Mamede
Feira de Velharias (mensal)

Associações e Colectividades
Paróquia de S. Mamede
Grupo Desportivo de S. Mamede
Centro de Convívio para Idosos e Reformados
Centro de Apoio Social de Évora
Obra de S. José Operário
Associação de Dadores Benévolos de Sangue do Distrito de Évora
Casa Pia - Secção Feminina
Associação TRILHO
Associação de Freguesias do Concelho de Évora

Necessidades Sentidas
A população da Freguesia de São Mamede recorre a outras freguesias para usufruir de serviços vários. Destacam-se não só os serviços da área de saúde e serviços bancários como actividades culturais e infra-estruturas desportivas.
Ao nível dos serviços de proximidade, esta freguesia detém um leque de serviços bastante diversificado para dar resposta às necessidades da população. Apenas necessita de reforço dos serviços prestados ao nível da lavandaria e de lar de idosos e implementação de um centro ATL para a sua população juvenil.

Serviços que recorrem a outras Freguesias
Freguesias onde recorrem
Serviços de Saúde
Freguesias de Santo Antão, Sé e S. Pedro, Horta das Figueiras,Malagueira e Senhora da Saúde
Serviços Bancários
Desporto (não há infraestruturas desportivas)
Serviços Culturais (cinema, biblioteca)

Serviços de Proximidade Necessários
Serviço de Lavandaria
Lar de Idosos
Centro de ATL
 
Património

Igreja de S. Mamede

A igreja de S. Mamede é uma das igrejas paroquiais mais antigas de Évora, com existência comprovada documentalmente desde o início do século XIV.
Porém, no século XIII, há já referências documentais ao arrabalde de S. Mamede, sendo que esta foi a primeira paróquia fora dos antigos muros da cidade, apesar de muito próximo destes; situada a norte, numa zona simultaneamente cristã e muçulmana, já que era a zona da mouraria, demonstra o crescimento eborense ao longo da época medieval.

O primitivo templo medieval sofreu completa remodelação no reinado de D. João III, em meados do século XVI, perdendo a sua feição gótica. Esta igreja apresenta uma tipologia arquitectónica que alia elementos da arquitectura maneirista e da arquitectura chã, como aliás ocorre frequentemente na arquitectura portuguesa deste período.
Desconhecemos o autor do risco; porém pela erudição de alguns elementos e desde logo pela galilé que a antecede, de clara influência serliana, poderemos levantar a hipótese de Diogo de Torralva, o melhor leitor de Serlio, mestre das obras da comarca do Alentejo e paços de Évora, ter sido o autor do risco.
A igreja apresenta uma planta rectangular, de uma só nave e capela-mor; de ambos os lados da capela-mor, rasgam-se capelas, de feição quadrada, cobertas por cúpulas. A nave é coberta por abóbada polinervurada, característica do tardo-gótico e muito presente ainda ao longo do século XVI, na arquitectura alentejana.
Exteriormente, apresenta, como já referido, um nartex, de mármores coloridos, maneirista; a fachada é rematada, superiormente, por frontão triangular. Lateralmente, a nave é amparada por contrafortes rectangulares, apresentando da banda ocidental torre campanário modernizada.
Interiormente alberga um notável conjunto de azulejaria seiscentista, bem como intensa pintura mural barroca, a decorar a abóbada. O coro era também coberto por pintura mural, que lamentavelmente se perdeu.
Tapetes azulejares, de grande intensidade cromática e decorativa cobrem praticamente o interior do templo, do rodapé até à cimalha; são utilizadas composições de brutescos e de padrão, onde se destacam os de maçaroca, de grande originalidade e raridade, pois ao invés do que acontece frequentemente, utilizam o esmalte verde, bastante mais raro na azulejaria portuguesa do século XVII.
A decoração do templo completa-se com a pintura mural, decorativa de brutesco que reveste a abóbada, datada de 1691, provavelmente ligada à oficina do pintor eborense Lourenço Nunes Varela; muito ao gosto da época dominam laçarias, arabescos, serafins, aves, flores, frutos, máscaras que envolvem medalhões centrais ornamentados com o Cálice, a Hóstia Sagrada, emblemas alusivos a S. Mamede, de grande cenografia e cromatismo intenso.
O retábulo do altar-mor de mármores de vários tons é obra tardia, já do período neoclássico.
Nos anexos deste templo, a Sala da Confraria do Santíssimo Sacramento apresenta o conjunto talvez mais interessante da azulejaria do templo, da autoria de Gabriel del Barco, conforme confirmação de Paulo Valente. Revestindo totalmente as paredes da sala, vários painéis figurativos azuis e branco narram cenas bíblicas, destacando-se Moisés fazendo brotar a água da rocha, ou o Filho Pródigo e o Regresso do Filho Pródigo, de grande expressividade, rigor de desenho e variedade de tons de cobalto, resultando num conjunto de grande monumentalidade barroca.
Ana Maria Borges, 9/9/2008
 
 
Inaugurado a 28 de Março de 1537, o Aqueduto da Prata de Évora é uma das mais marcantes obras efectuadas na cidade na primeira metade do século XVI. Foi construído em escassos seis anos, sob direcção do arquitecto régio Francisco de Arruda, e prolonga-se por cerca de 18Km, até à Herdade do Divor, onde vai abastecer.
Muito provavelmente sobreposto ao antigo aqueduto romano, o carácter civil da construção foi enobrecido por alguns troços de inegável impacto artístico e urbanístico. Por exemplo, junto à igreja de São Francisco, existiu até 1873 o Fecho Real do Aqueduto, um pórtico renascentista composto por "um torreão de planta octogonal decorado por meias colunas toscanas e nichos emoldurados, de vieiras nos arcos de meio ponto, tendo um corpo superior com lanternim de aberturas do mesmo estilo, envolvido, na base, por umas piriformes" (ESPANCA, 1966). Também na Praça do Geraldo, onde o aqueduto terminava, existiu uma fonte "adornada por leões de mármore" e associada a um arco de triunfo romano, ambos posteriormente sacrificados aquando da remodelação henriquina da principal praça da cidade e a fonte substituída pela actual fonte da Praça do Geraldo (ESPANCA, 1993, p.66).
Na Rua Nova de Santiago, precisamente no local onde a cerca velha foi cortada, Francisco de Arruda construíu uma Caixa de Água renascentista, de planta quadrangular e actualmente com dois lados visíveis, com doze colunas toscanas e amplo entablamento, obra que caracteriza o maior empenhamento artístico em algumas zonas do aqueduto e que contrasta drasticamente com outras partes do traçado em que o utilitarismo da construção sobrepôs-se a eventuais intenções mais eruditas.
Ao longo dos séculos o aqueduto da Prata sofreu algumas alterações entre acrescentos e demolições. De maior visibilidade foram os vários chafarizes e fontes que se implantaram ao longo do percurso citadino. Para além da terminação emblemática na Praça do Geraldo junto ao antigo arco romano, é de realçar a Fonte do Chão das Covas, obra datada de 1701. Do período de renovação urbanística patrocinada pelo cardeal D. Henrique, subsiste também o Chafariz das Portas de Moura. Ainda do século XVI, outros dois chafarizes foram construídos, respectivamente no Largo da Porta Nova, uma obra que apresenta nítidas semelhanças para com os desenhos de Afonso Álvares (arquitecto que construíu as fontes da Praça do Geraldo e das Portas de Moura), e no antigo Rossio de São Brás, uma campanha que data já de época filipina e que abrangeu ainda a edificação de uma ampla alameda.
Parcialmente restaurado no século XVII, em consequência das guerras da Restauração, o aqueduto foi objecto de sucessivas beneficiações durante os séculos XIX e XX, não se alterando, contudo, a fisionomia geral inicial.
PAF
 
Fonte do Largo de Avis ou Fonte da Porta de Avis
 
A Fonte da Porta de Avis originalmente situada no Largo da Porta Nova, terá sido construída pela vontade do cardeal-infante D. Henrique, em data posterior a 1573, durante o reinado de D. Sebastião. Esta fonte é tradicionalmente atribuída ao arquitecto Afonso Álvares, então conservador do cano da Água da Prata e autor do Chafariz da Praça do Giraldo. No entanto, não será de afastar a possibilidade de intervenção, ou mesmo de desenho, do seu assistente e mestre de pedraria, Mateus Neto.
A construção desta fonte insere-se na rede distribuidora do Aqueduto da Prata, tendo sido edificada no âmbito no plano de D. Henrique, que visava modernizar as estruturas de bastecimento de água à cidade, construídas no reinado de D. João III.
Em 1886 o Município alterou a sua localização original, o que voltou a acontecer em 1920, época em que foi transferida para o Terreiro da Porta de Avis, onde actualmente se encontra. No entanto, estas sucessivas deslocações provocaram alguns estragos, principalmente ao nível das proporções, agora mais diminuídas (ESPANCA, Túlio, 1966). Assim, a taça apoia-se numa base quadrangular de três degraus, a partir da qual se desenvolve a fonte em forma de pirâmide, com remate ovalóide. Em 1965 a Câmara beneficiou a fonte, pelo que esta recuperou então a distribuição da água através das gárgulas antropomórficas originais, em bronze.
(Rosário Carvalho)
 
Palácio dos Sepúlvedas
 
No início do século XVI, o fidalgo castelhano Diogo de Sepúlveda mandou erguer numa das artérias principais de Évora, constituindo um acesso privilegiado à vila, um palácio para residência da sua família, cujos descendentes habitaram até finais do século. A estadia desta família em Évora, bem como o tipo de construção, nobre e de grandes dimensões, do imóvel, são testemunho de um período marcado por grande desenvolvimento económico e cultural da zona, quando naturalmente se registou um surto construtivo marcante - acompanhando, por exemplo, as estadias do rei D. Manuel na cidade. Da construção original restam as janelas manuelinas da frontaria, voltada para a antiga Rua da Lagoa e para o fronteiro Convento do Monte Calvário, bem como as salas abobadadas do piso térreo e da sacristia da igreja, provavelmente antigas adegas ou cocheiras.
Das três janelas, hoje entaipadas, apenas uma conserva a molduração intacta, em arco trilobado no intradorso e contracurvado no extradorso, decorado com imaginária vegetalista, mas sem peitoril. A segunda janela conserva a verga, formada por dois arcos ultrapassados ou em ferradura, geminados, certamente assentes sobre mainel, do qual não restam vestígios; ficaram no entanto os elegantes capiteis, os remates e parte das ombreiras, e a terminação do extradorso, em arco contracurvado terminando num cogulho. A terceira exibe apenas uma ombreira e cerca de metade da verga, sugerindo troncos podados entrelaçados.
O conjunto sofreu sucessivas alterações ao longo do tempo, principalmente maneiristas e barrocas, uma vez que o edifício foi adaptado a colégio a partir de 1625, quando o arcebispo D. José de Melo aí instala o Colégio de São Manços, instituído em 1592 e destinado a albergar donzelas desamparadas oriundas de famílias nobres - motivo pelo qual o palácio foi também conhecido por Colégio das Donzelas. Deste período subsiste a estrutura da igreja então erguida, templo de nave única, de linhas muito sóbrias. Foram então adaptadas muitas salas, sendo as do piso térreo transformadas em dormitórios.
O imóvel foi vendido a um particular no século XIX, passando para a posse da família Braancamp Reynolds; seguiu-se a sua ruína parcial, embora tenha logo em meados do século começado a funcionar como fábrica, albergando uma máquina a vapor que produziria sabão e aguardente, para além de funcionar como moagem de cereais e azeitona. A esta primeira utilização industrial seguiram-se outras, como o fabrico de pranchas e rolhas de cortiça, e - já nos anos 50 do século XX - a actividade têxtil, ficando o edifício conhecido principalmente como "Fábrica da Melka". Estas ocupações sucessivas desvirtuaram evidentemente as características da maior parte do palácio, causando a destruição de valiosos elementos estruturais e decorativos. Presentemente, o edifício encontra-se devoluto, embora se considere a sua adaptação a unidade hoteleira.
SML
 
Porta de Aviz
 
As primeiras referências à Porta de Avis, rasgada num pano das muralhas de Évora, remontam a 1381, data da fundação da Ermida de Nossa Senhora do Ó, conforme referido por Túlio Espanca em 1966. Aquando da entrada triunfal de D. Catarina da Aústria na cidade, em 1525, a porta foi parcialmente reconstruída e remodelada. Trata-se de um elemento arquitectónico maneirista, de tipologia militar, que se estrutura numa dupla arcaria de volta perfeita, sem apontamentos decorativos, ladeada por duas pilastras de sustentação da arquitrave, e rematada por frontão em gablete ornado de florões. O monumento é ladeado por um torreão de planta rectangular, e pela já citada Ermida de Nossa Senhora do Ó, inscrita na estrutura amuralhada.
Em 1804, a Porta de Avis sofreu uma intervenção de restauro e consolidação, registada em lápide comemorativa no friso:
NOVA PORTA DE AVIZ/ ABERTA NO ANNO DA ESTERILIDADE DE 1804/ SENDO REGENTE DO REINO O PRÍNCIPE D. JOÃO / PAI DESTES SEVS VASSALLOS PIEDOSO FILHO DE D. MARIA I / OS CIDADAOS PVZERAO AQVI/ AOS VINDOVROS ESTA MEMORIA.
SML
 
Convento de São José
Convento de São José da Esperança, popularmente chamado Convento Novo (por ter sido a última casa religiosa da cidade), situa-se no Largo de Avis, freguesia de São Mamede, em Évora.
O Mosteiro, de freiras da Ordem das Carmelitas Descalças, foi fundado em 13 de Março de 1681 por duas senhoras eborenses: Feliciana e Eugénia da Silva, tendo depois o patrocínio do Arcebispo de Évora D.Frei Luís da Silva Teles.
O edifício, ao mesmo tempo severo e simples, é tipicamente barroco, sendo a igreja um belíssimo exemplar da arte da talha dourada eborense.
O convento encerrou as portas em 19 de Outubro de 1886, por morte da última professa (a Prioresa Maria Teresa de São José), uma vez que a Lei da Extinção das Ordens Religiosas proibia a admissão de noviças desde 1834).
O edifício (que conserva praticamente intacta e bem conservada a sua arquitectura conventual), teve várias utilizações, sendo hoje a Secção Feminina da Casa Pia de Évora.

1 comentário:

Anónimo disse...

Rather than saying no, a word that doesn't really mean anything to a dog, try growling in a deep, throaty voice the next time you're unhappy with something he's done The typical result of the Name That Tune - shorten the session for my people Game, is training that is little more that exposure to a topic area - not training which can transfer real skills, with real practice time in the classroom We sin, not because we are told not to sin, but because it is in our natureHow Much Are You Worth: Your mind may have already begun to drift toward your last bank statement or the assessed value of your home by now
Communication ? by that I mean how well does your vet communicate with you?Will he or she explain the condition or illness in terms that you can easily understand, or do they try to confuse you with high-tech or medical jargon? A good vet will go over treatment options with you, explain necessary tests, review x-rays or test results, give complete and clear instructions for home care or further testing requirements, etc Sharing knowledge also provides solutions to problems And power was given to them over a fourth of the earth, to kill with sword, with hunger, with death, and by the beasts of the earthWhen we slow down and observe our thoughts closely, we will sometimes uncover gifts and talents we didn't know we had

[url=http://www.rg3jerseys.us/]Redskins RG3 Jersey[/url]
[url=http://www.denverbroncosofficialstore.com/]Peyton Manning Broncos Jersey[/url]

Simply select and uninstall all programs you know for sure you don't need or want Call them and ask to be added to their mailing lists for to learn of upcoming events4 However if we can change the weather and create the weather and the rain and the rain cycles to our needs we can control the actual destiny of our species and be the better for it Try products with oatmeal or use all natural products

[url=http://nikebengalsnflstore.com/]A.J. Green Jersey[/url]