sexta-feira, 30 de março de 2012

O Ciclo do Borrego vai ser recriado

A Confraria da Moenga, com o apoio da Câmara Municipal de Évora e de Os Almocreves, vai recriar no próximo domingo, dia 1 de Abril, no Rossio de S. Brás, o Ciclo do Borrego, uma iniciativa integrada no programa da edição deste ano da Rota de Sabores Tradicionais.

Esta recriação etnográfica, com início previsto para as 10h00, visa recuperar alguns dos mais importantes quadros alentejanos, nomeadamente o pastor e o cão conduzindo o rebanho, a choça do pastor, o rebanho no bardo ou redil, o aprisco, a tosquia (e cardar lã), a ordenha e a coalhada.

O Ciclo do Borrego, que decorrerá junto ao Monte Alentejano, terá ainda em simultâneo a presença de artesãos com demonstração do fabrico de tapetes/mantas, provas de queijos de ovelha (frescos, meia cura e curados) e degustação de grelhados de borrego (costeletas e peito).

Integrada na edição deste ano da Rota de Sabores Tradicionais, a iniciativa culminará com um almoço temático (12,50 €) todo ele confecionado à base de borrego: miudezas (entradas quentes), ensopado, borrego assado, queijadinhas e bolo de requeijão.

Évora Perdida no Tempo - Nave e coro da Ig. do Convento Novo


Aspecto parcial da nave e coro alto da Igreja do Convento Novo (de São José ou da Esperança), em Évora. Nas paredes da nave e coro são visiveis, até meia altura do vão, paineis de azulejos monocromáticos e, na parte superior, painéis que representam episódios da vida de Santa Teresa e Quatro Doutores da Igreja. Esta imagem foi publicada no Inventário Artístico de Portugal de Túlio Espanca , Concelho de Évora, vol.II, est. 487.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1966 ant. -
Legenda Nave e coro da Ig. do Convento Novo
Cota DFT4317 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quarta-feira, 28 de março de 2012

C&A, Sportzone e Zippy vão estar presentes no Évora Shopping a inaugurar na Primavera de 2013


O Évora Shopping continua a atrair insígnias de prestígio. A C&;A, a Sportzone e a Zippy são as mais recentes a assegurarem presença no único centro comercial da região, cuja abertura está prevista para a primavera de 2013. Com estas três insígnias, o portfólio de marcas a operar no Évora Shopping expande-se, contando já com referências como a Perfumes&Companhia, a Multiópticas, a Bijou Brigitte, a Claire’s (no segmento dos acessórios) ou a Dara Jewels, esta última com uma oferta distintiva na área da joalheria. No que concerne às telecomunicações, está garantida a presença da Vodafone, a que se juntam a Game e outras lojas satélite, exploradas por parceiros locais.

Resultante de um investimento de 60 milhões de euros, o Évora Shopping, propriedade da EVRET, apresenta 16.400 m2 de área bruta locável, distribuídos por dois pisos. O centro comercial prevê atingir um universo de aproximadamente 300 mil pessoas, constituindo-se como pólo de atracção para todo o Alentejo. O projeto disponibiliza ainda 1.200 lugares de estacionamento, 500 dos quais subterrâneos.

Maria Antónia Portocarrero, directora-geral da Imorendimento ActiveService, sublinha que o shopping “é já um caso de sucesso, como prova o interesse das principais marcas em investirem no espaço, assumindo-se como uma referência na atividade económica local e com um capital de atração que vai funcionar como uma mais-valia para toda a região. Em breve estaremos em condições de anunciar mais algumas novidades”.

Já em plena laboração está o Évora Retail Park, inaugurado em Novembro de 2011, onde a Moviflor é já um caso de sucesso na cidade de Évora. Em apenas três meses, a loja registou mais de 50 mil visitantes, com o total de vendas a posicionar a loja entre as 10 melhores lojas das 29 implementadas em território nacional. Em termos de vendas médias, Évora ficou apenas 11 por cento abaixo da venda média do conjunto de todas as lojas Moviflor. Refira-se, ainda, que os fins-de-semana representam 39% das vendas em Évora, valor percentual que acompanha a realidade da empresa.

Recorde-se que o Évora Retail Park, do qual fazem parte a Moviflor e a Worten, é um dos projectos que integra o complexo comercial Évora Shopping, assinado pela Broadway Malyan, que inclui ainda um stand alone operado pela Izibuild, desde 2008, e o centro comercial actualmente em construção.

Pim a abrir ... no Teatro Garcia de Resende

Évora Perdida no Tempo - Rua do Salvador


Rua do Salvador (junto à Porta Nova) depois da demolição do edifício que obstruía a rua. É ainda visível, na Rua do Salvador, o corpo que tapa a porta ogival que dá acesso à sede do Grupo Pró-Évora.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1951 - 1960
Legenda Rua do Salvador
Cota DFT7075 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

terça-feira, 27 de março de 2012

segunda-feira, 26 de março de 2012

Comemorações do Dia Mundial do Teatro - 27 de Março

27 DE MARÇO
Antes de Começar,às 18h30
Falar Verdade a Mentir, às 21h30
(entrada gratuita, mediante levantamento de ingresso)

Visitas Animadas ao Teatro Garcia de Resende:
De 28 a 30 de Março, às 18h00
Dia 31, às 12h00 e às 16h00
(preço do ingresso para as visitas 2,00 €)

Évora Perdida no Tempo - Largo dos Colegiais antes da intervenção


Aspecto do largo dos Colegiais antes da intervenção: escadas e prédio da Rua Estevão Cordovil (demolido em 1955). Em Novembro de 1953 a Casa Cadaval doou ao município o terreno adjacente ao Buraco dos Colegiais para arranjo e ajardinamento, reservando essa passagem a peões, obra que ficou pronta em 1955.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1955 ant. -
Legenda Largo dos Colegiais antes da intervenção
Cota DFT2726 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

domingo, 25 de março de 2012

Recrutamento de TOC - Évora

A ECC - Engª Ambiental e Prevenção Laboral Lda., pretende recrutar para os seus quadros 1 Técnico Oficial de Contas (m/f) a tempo inteiro:

Perfil do candidato:

- Licenciatura;
- TOC, com experiência mínima de 3 anos na função;
- Sólidos conhecimentos informáticos em geral, e em plataforma PHC em particular (factor preferêncial);
- Empenho, dedicação e interesse no trabalho em equipa;
- Disponibilidade imediata.

Oferta:

- Integração em empresa sólida e de prestígio;
- Remuneração compatível com a experiência demonstrada.

Enviar candidatura e cv actualizado para:

sexta-feira, 23 de março de 2012

Évora dá vinho a provar


A Praça de Giraldo, em Évora, vai receber este sábado, dia 24 de março, uma mostra e prova de vinhos comentada pela Confraria dos Enófilos do Alentejo, em mais uma iniciativa integrada na edição deste ano da Rota de Sabores Tradicionais.

Assim, a principal “sala de visitas” da cidade irá proporcionar a degustação de alguns dos melhores néctares alentejanos, com a vantagem de às 12h00 e as 15h30 a prova ser comentada por elementos da Confraria dos Enófilos do Alentejo que assim darão a conhecer o “ADN” do vinho eleito.

A prova comentada de vinhos, organizada pela Câmara Municipal de Évora e pela Confraria dos Enófilos do Alentejo, com o apoio dos Vinhos do Alentejo e dos Azeites do Alentejo, será complementada com a presença de três lojas gourmet (Divinus, Alforge e Erva Doce), para além do oleiro “chico Tarefa”.

Para além da presença da Banda Filarmónica de N. Sr.ª de Machede, a iniciativa terá ainda uma visita guiada ao Centro Histórico para a descoberta da toponímia alimentar (14h30- 15h30).

Évora Perdida no Tempo - Largo dos Colegiais antes da intervenção


Aspecto do largo dos Colegiais antes da intervenção: escadas e prédio da Rua Estevão Cordovil (demolido em 1955). Em Novembro de 1953 a Casa Cadaval doou ao município o terreno adjacente ao Buraco dos Colegiais para arranjo e ajardinamento, reservando essa passagem a peões, obra que ficou pronta em 1955.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1953 - 1955
Legenda Largo dos Colegiais antes da intervenção
Cota DFT2729 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quinta-feira, 22 de março de 2012

Igreja de São Mamede


A igreja paroquial de São Mamede é um monumento religioso dedicado a São Mamede na cidade de Évora, situado no Largo Evaristo Cutileiro, freguesia de São Mamede.
A igreja teve fundação gótica, na época de D.Dinis. Foi depois remodelada no século XVI, datando dessa época o seu aspecto actual. A galilé em mármore, assim como a abóbada nervurada da nave, imprimem a este monumento um forte carácter renascentista. Do século XVII datam os azulejos polícromos que cobrem as paredes da nave e da Capela da Confraria do Santíssimo Sacramento. O retábulo do altar-mor é de mármore, em estilo neoclássico, dos finais do século XVIII.

Évora Perdida no Tempo - Convento da Graça após o desabamento


Parte do Convento da Graça (de Évora) encontrava-se já em ruína parcial quando, no dia 15 de Março de 1957, sofreu nova derrocada no corpo dos dormitórios, noviciado e enfermaria. Em 1966 o imóvel encontrava-se, ainda, em fase de recuperação (a cargo da Direcção Geral de Edifícios e Monumentos nacionais).
Autor David Freitas
Data Fotografia 1957 dep. - 1966 ant.
Legenda Convento da Graça após o desabamento
Cota DFT179 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

terça-feira, 20 de março de 2012

Ciclos de Música - Até que um pássaro me saia da garganta


Melodea - Temporada de Música 2011 . 2012

Fórum Eugénio de Almeida | 21h30



Até que um pássaro me saia da garganta - 14 de abril

Sete Canções, Sete Poemas



Espetáculo que nasce da ideia de sonorizar musicalmente sete poemas de Eugénio de Andrade, autonomizando cada um numa “peça de câmara” para duas guitarras clássicas e voz (declamada e cantada). O Jazz funde-se com a poesia de Eugénio de Andrade, numa mescla de palavras cantadas e ditas.



José Peixoto - guitarra, música e direção musical

Natália Luiza - dramaturgia

Miguel Seabra - direção cénica e desenho de luz

Teresa Macedo - cantora

Ana Cloe - atriz

Luís Roldão - guitarra



Poemas Eugénio de Andrade



Entrada: 6,00€ | Bilhetes à venda no Fórum Eugénio de Almeida

Évora Perdida no Tempo - Estação elevatória da Barragem da Graça do Divor


Autor David Freitas
Data Fotografia 1967 -
Legenda Estação elevatória da Barragem da Graça do Divor
Cota DFT5211 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

segunda-feira, 19 de março de 2012

Transferência do Museu da Música para Évora “bloqueada este ano” por falta de verbas

O secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, reconheceu que o processo de transferência do Museu Nacional da Música, de Lisboa para Évora, está “claramente bloqueado, este ano”, devido à falta de recursos financeiros.

O governante reiterou, contudo, que continua a ser “intenção” da Secretaria de Estado da Cultura transferir o museu, que funciona na estação do Alto dos Moinhos do Metro de Lisboa, para o Convento de São Bento de Cástris, em Évora.

“São Bento de Cástris é um assunto que nos preocupa mas para o qual, neste momento, de facto, não temos imediatamente fundos para fazer aquilo que gostaríamos de fazer”, admitiu.

O secretário de Estado falava aos jornalistas na Universidade de Évora, depois de proferir uma conferência no âmbito do aniversário da Escola de Ciências Sociais da academia alentejana.

À margem da sessão, Francisco José Viegas lembrou que, aquando de uma visita sua a São Bento de Cástris, afirmou ser adepto da mudança do museu para a cidade alentejana.

“É uma das nossas intenções, como disse quando vim visitar São Bento de Cástris pela primeira vez. Agora, claro, é preciso equacionar muitas outras coisas e isso está tudo em cima da mesa”, afirmou.

Questionado sobre se, devido à falta de fundos, o processo não avança este ano, o governante foi peremptório: “Está bloqueado. Este ano, sim, está claramente bloqueado”, até porque seria necessário “fazer muitas obras”

Também em declarações aos jornalistas, a responsável da Direcção Regional da Cultura do Alentejo (DRCAlen), Aurora Carapinha, revelou que hoje (19) vai ter início uma empreitada para “a recuperação das coberturas de todo o complexo” do Convento de São Bento de Cástris, que tem como objectivo a “mitigação da degradação e a consolidação do edifício”.

As obras, que rondam os 220 mil euros, financiados a 85 por cento por fundos comunitários, através InAlentejo, deverão estar prontas dentro de “seis meses”, disse.

Ao mesmo tempo, frisou Aurora Carapinha, vão prosseguir, naquele espaço, outras obras de conservação e recuperação que a DRCAlen já está a realizar.

A directora regional da Cultura adiantou ainda que, independentemente da transferência do Museu Nacional da Música, está em cima da mesa a hipótese de “uma pequena comunidade de monges, do Brasil”, da ordem beneditina, poder vir a instalar-se numa parte de São Bento de Cástris.

“Todo aquele complexo pode ter várias funcionalidades, tal como [antigamente tinha] qualquer convento. Não pomos de lado essa hipótese”, limitou-se a acrescentar.

Évora Perdida no Tempo - Sala de depósito da Biblioteca Pública de Évora


Autor David Freitas
Data Fotografia 1969 Março 
Legenda Sala de depósito da Biblioteca Pública de Évora
Cota DFT5075 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

domingo, 18 de março de 2012

Precisa-se gestor industrial - Évora

Precisa-se de gestor industrial afim de gerir, organizar fábrica de rações para animais.

O trabalho será com sistema informatico de produção/comando da fábrica, gestão de stocks, emissão de GR, encomendas a fornecedores.

Envio de CV para

sábado, 17 de março de 2012

A arte de encadernar no Atelier Barahona



Por vezes, em lugares inesperados do Centro Histórico, vão abrindo novos espaços comerciais que, contribuindo para a reabilitação da zona onde se inserem, oferecem, de forma singular e original, serviços de que Évora carece, na sua condição de cidade de cultura. É o que acontece com o “Atelier Barahona”, cuja loja se encontra num prédio de dimensões muito acanhadas na rua do Salvador nº. 13, à Porta Nova, em direcção à Praça Luís de Camões, junto ao último pilar visível do arco do Aqueduto, e que se dedica prioritariamente ao encadernamento, douramento e restauro de livros.

O ancestral cubículo pertenceu durante muitas décadas à família Campos Mello, que ali manteve um pequeno comércio de flores e de aves domésticas, para as quais dispunha de produtos alimentares específicos. Mais recentemente foi trespassado a outro negociante, que o escavou no seu interior para o adaptar a outra função. Mas ao encontrar ali restos da antiga defesa citadina e uma parede adjacente ao último pilar do aqueduto, parou as obras, deixou-as escoradas e não mais pensou em utilizá-lo para futuro empreendimento. E aliená-lo não parecia também tarefa fácil, dada a exiguidade do espaço e o fosso que ali fora cavado e não tapado.

Mas a localização era aliciante e o casal Alexandre e Sandrine Barahona decidiram ocupá-lo como pequeno estabelecimento de promoção, mostra e venda dos trabalhos produzidos na oficina, situada noutra zona, assim como para recepção de clientes e contactos com gente interessada nos serviços oferecidos. Recuperado o edifício e eliminado o fosso, através da construção de um forte separador de vidro apoiado em suportes de aço, a loja foi inaugurada a 27 de Novembro de 2009, data do aniversário de Sandrine. Alexandre, pertencente a uma das mais tradicionais famílias eborenses (é neto de Manuel Estanislau Barahona, durante muitas décadas provedor da Santa Casa da Misericórdia de Évora) e Sandrine eram jornalistas em França quando se conheceram. Era ela, porém, a apaixonada pela encadernação, arte maior no seu país a partir do séc. XVI, como resultante do incentivo às artes e ao livro, em fase de crescente procura e difusão. Em Paris e em Barcelona fez Sandrine as suas aprendizagens em encadernação e douração, obtendo o reconhecimento profissional por intermédio da Real Associação de Encadernação de Espanha.

Depois de casados vieram viver para Évora. «Mas aqui é muito difícil viver ou mesmo sobreviver como jornalista» - explicou Alexandre, que entretanto se tornou empresário com interesses espalhados pelo turismo, pela restauração e pela agricultura, para além de prestar apoio à actividade da mulher, que enveredou pelo exercício das suas aptidões e conhecimentos adquiridos, depois de ter comprado todo o equipamento pertencente ao Mestre José Brito, com oficina na Praça de Giraldo desde 1955, tido no final do século como o último encadernador dourador português em actividade e tragicamente desaparecido poucos anos depois na sequência de um acidente de viação.

De José Brito ficou, pois, Sandrine Barahona com os materiais de trabalho e o mister levado a cabo em sóbria oficina. Aí se dedicou à encadernação e douramento de livros utilizando métodos tradicionais, fazendo desde a encadernação clássica à decoração contemporânea, e da encadernação medieval à copta e japonesa. A qualidade do seu labor depressa galgou os limites da região, passando a ter clientes nas zonas de Lisboa, do Porto, de Coimbra e de Aveiro. A criação de um laboratório especial para recuperação de livros fez avolumar a procura dos seus serviços. A Biblioteca Municipal de Elvas e a Biblioteca do Palácio de Vila Viçosa estão entre as instituições que os demandam. Muitos sãos os bibliófilos e os escritores que ali mandam recuperar os livros mais antigos.

Acresce que outras formas acabaram por surgir, quer por iniciativa própria, quer por alvitre de alguns clientes. Conquistou assim alforria a papelaria de luxo, com  a execução artística de postais e ementas, com o fabrico de agendas e álbuns de fotografias, assim como a original produção de caixas (pequenas arcas, baús, cofres e malas, tudo manufacturado) personalizadas e idealizadas por quem as encomenda. Faltava pois uma loja, colocada em local estratégico, onde tudo isto pudesse ser exposto para ganhar superior visibilidade e promoção.

Foi desta forma que surgiu o “Atelier Barahona”. Mas o que sobretudo há a realçar em tudo isto é que, ao ocupar o lugar deixado vazio pela morte de Mestre Brito, Sandrine Barahona não deixou morrer em Évora uma arte cultural única no país e uma profissão em vias de extinção. O “Atelier Barahona” é uma loja que honra a cidade.


Texto: José Frota

sexta-feira, 16 de março de 2012

Show Cooking na Praça de Giraldo


Dia 17 de março, pelos chef’s António Nobre, responsável pelos restaurantes do grupo hoteleiro Mar d’ Ar, e Luís Mourão, do Convento do Espinheiro.

A Praça de Giraldo, em Évora, vai ser palco no próximo sábado, dia 17 de março, de um “show cooking” pelos chef’s António Nobre, responsável pelos restaurantes do grupo hoteleiro Mar d’ Ar, e Luís Mourão, do Convento do Espinheiro, numa iniciativa integrada na edição deste ano da Rota de Sabores Tradicionais.

A Câmara Municipal de Évora pretende com esta iniciativa trazer para a rua a arte de cozinhar mas ao vivo, “num espetáculo” que se quer interativo entre os cozinheiros e o público, havendo lugar à troca de opiniões e naturalmente à degustação dos pratos confecionados.

O “Show Cooking” – a arte de cozinhar ao vivo, da Rota de Sabores Tradicionais vai estar presente no tabuleiro da Praça de Giraldo entre as 10h00 e as 16h00, contando com o apoio da empresa Evoracor (cozinhas Teka), Azeites do Alentejo e da Associação Comercial de Évora.

Esta iniciativa da Rota de Sabores Tradicionais culminará com a realização de uma conferência temática (16h00), na sede da Associação Comercial do Distrito de Évora, com o apoio da ASAE, subordinada ao tema “A Colher de Pau e a Couve de Bruxelas”.

Évora Perdida no Tempo - Largo Joaquim António de Aguiar


Largo Joaquim António de Aguiar (Jardim das Canas). O Largo sofreu várias remodelações, tendo sido calcetado em 1947.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1947 -
Legenda Largo Joaquim António de Aguiar
Cota DFT6384 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quinta-feira, 15 de março de 2012

Aldeia da Terra

A trabalharem há 12 anos na escultura de bonecos em terracota, Tiago Cabeça e Magda Ventura já criaram peças que venderam para vários pontos do mundo. “São peças únicas. Como a maior parte delas foi feita por encomenda, rapidamente desapareceram para casa dos seus donos. É claro que ficámos contentes mas também com pena de as ver partir”, diz o artesão.

Continuando a produzir peças para venda – a Oficina da Terra tornou-se num local de referência para quem percorre o centro histórico de Évora – decidiram colocar as mãos na massa, dar uma quantas voltas na burocracia e avançar com a construção de uma aldeia totalmente feita em terracota. Com 160 edifícios e 200 personagens, a Aldeia da Terra – Jardim das Esculturas abriu portas numa quinta localizada nas proximidades de Arraiolos.

Para a inauguração não houve corta-fitas com a presença de ministros ou secretários de Estado. Mas lá apareceram dezenas de populares construídos em barro, como o “velho” fotógrafo “a-la-minute” pronto a registar para a posteridade a imagem de um casamento, o calceteiro ou o taberneiro, o polícia, os bombeiros, enfim, personagens que povoam o dia-a-dia de uma aldeia alentejana. É claro que todos apresentam o ar divertido e irrequieto dos bonecos esculpidos por Tiago Cabeça e Magda Ventura. E que a aldeia, tendo o tradicional moinho, casas e igrejas, também foi dotada de um “moderno” aeroporto, inevitáveis obras de construção civil e até um submarino, por “imperativo de defesa”.

“Lembrámo-nos de fazer um local de exposição permanente com caricaturas de profissões, hobbies, gostos. Esta ideia, que já germinava há bastantes anos, está agora a materializar-se na construção de uma aldeia cheia de barro e de bom humor”, refere Tiago Cabeça.

O projecto foi considerado de interesse cultural e turístico pelo Ministério da Cultura e pela Entidade Regional de Turismo do Alentejo e co-financiado pelo Programa de Desenvolvimento Rural (Proder), além de contar com o apoio da Câmara Municipal de Arraiolos, apostada em criar um novo pólo capaz de levar mais visitantes ao concelho.

Além da aldeia, propriamente dita, o espaço passou a acolher a oficina dos artesãos e está preparado para que cada visitante possa criar a sua própria peça.

Luís Godinho

Interior da Sé de Évora

quarta-feira, 14 de março de 2012

Igreja de São Tiago


A igreja de São Tiago fica situada no Largo Alexandre Herculano, freguesia de Santo Antão, em Évora. Foi sede de uma antiga freguesia da cidade, extinta em 1840.
Embora remontando a épocas mais recuadas, a igreja de São Tiago foi reconstruída no século XVII, conservando porém alguns vestígios da época manuelina, como são exemplo as ameias ainda visíveis na ala sul do templo. O interior, de uma só nave encontra-se profundamente decorado ao gosto da época barroca. A abóbada está revestida de pinturas a fresco, enquanto as paredes laterais se encontram revestidas de painéis de azulejos da autoria do célebre ceramista Gabriel del Barco, representando cenas bíblicas.

Évora Perdida no Tempo - Largo da Porta Nova


Largo da Porta Nova antes da demolição do edifício que obstruía a rua do Salvador.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1951 ant. -
Legenda Largo da Porta Nova
Cota DFT6392 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

terça-feira, 13 de março de 2012

Jerónimo de Sousa esteve no Hospital de Évora

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, insistiu esta terça-feira em responsabilizar o Governo, sobretudo o primeiro-ministro, pela "possibilidade da morte antecipada de muitos portugueses", devido à "convergência diabólica" de aumentos no sector da Saúde.
"Ainda a procissão vai no adro", mas a "convergência diabólica do aumento das taxas moderadoras, dos transportes de doentes, dos medicamentos, das dificuldades económicas que os cidadãos têm, particularmente" no Alentejo, "vai ter consequências tremendas na vida das pessoas", alertou.
O líder dos comunistas falava aos jornalistas após uma reunião com a administração do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), seguida de uma visita à unidade hospitalar e de um encontro com comissões de utentes de Saúde do distrito.
O secretário-geral do PCP lembrou já ter feito "uma acusação directa ao primeiro-ministro", Pedro Passos Coelho, de que "é politicamente responsável pela possibilidade da morte antecipada de muitos portugueses por falta de condições de acesso à Saúde".
A acusação de Jerónimo de Sousa foi feita no passado dia 7, durante o debate quinzenal com o primeiro-ministro no Parlamento, quando acusou o Governo de ser responsável pela "morte antecipada de muitos portugueses", em especial idosos, por causa dos cortes na Saúde.
Na altura, Pedro Passos Coelho respondeu: "É a primeira vez que lhe oiço uma afirmação desta natureza. Se a repetir, deixo aqui desde já de antemão um firme repúdio por esse tipo de jogo político".

Personalidades Eborenses - Cristóvão da Gama

Cristovão da Gama (Évora, 1515 - 29 de Agosto 1542), era filho de Vasco da Gama e de D. Catarina de Ataíde.

Recebeu o cargo de capitão de Malaca e o de fidalgo da Casa Real depois de voltar da Índia (para onde tinha ido em 1532, na frota de Pedro Vaz do Amaral), e como recompensa da bravura lá demonstrada. Efectuou diversas empreitadas depois de voltar à Índia em 1538 sob a direcção do seu irmão, D. Estêvão da Gama, enquanto este foi governador. Em 1541 acompanhou o irmão, na expedição de Goa ao Mar Vermelho, uma armada de 75 velas com o objectivo de queimar as naus turcas em Suez, em que tomou parte honrosa.
No entanto o reino da Etiópia estava sob ameaça dos muçulmanos e acudindo ao apelo do Imperador Cristão da Etiópia, os portugueses intervieram militarmente, enviando para isso uma expedição de 400 homens comandados por D. Cristóvão da Gama.
Em 1542, após ter sido feito prisioneiro numa batalha contra o xeque de Zeilá, acabou por falecer vitima das torturas infligadas pelos seus captores. A obra "Historia das cousas que o mui esforçado capitão Dom Cristóvão da Gama fez nos reinos do Preste João com quatrocentos portugueses que consigo levou" (1564), de Miguel de Castanhoso, relata este episódio.
O padre Jerónimo Lobo foi feito depositário dos restos mortais deste intrépido homem de armas até chegarem a Portugal, tendo sido achados pelos seus descendentes. Houve inclusivamente uma tentativa por parte de um seu familiar, com pouco sucesso, de o canonizar.

Entrada da Sé de Évora

segunda-feira, 12 de março de 2012

Humor e a Cidade em Évora - 2ª Parte



Évora Perdida no Tempo - Fachada da Sé de Évora



Fachada da Sé Catedral de Évora, enquadrada lateralmente pelo edifício do antigo Paço Episcopal (actual Museu de Évora).

Autor Mário Gama Freixo
Data Fotografia 1900 - 1920
Legenda Fachada da Sé de Évora
Cota JMS0290 - Propriedade Grupo Pró-Évora

domingo, 11 de março de 2012

Mont’Sobro - a inovação em objectos de cortiça


Na Rua 5 de Outubro, antiga Rua da Selaria, que liga a Praça de Giraldo à velha Acrópole eborense, fica a Mont´Sobro, uma loja onde a tradição se conjuga com a originalidade na exploração de todas as potencialidades da cortiça, grande riqueza da terra alentejana. 

Quem palmilha esta artéria - símbolo e montra do melhor artesanato local - decerto fica surpreendido com o design, a elegância e a imaginação que ressaltam de objectos tão funcionais e atraentes como os ali expostos. Mais caros que os de outros materiais, chapéus, guarda-chuvas, colares, malas, cintos, gravatas e bijuteria variada despertam a atenção e cobiça de quem possui gosto requintado e bolsa bem recheada. Um verdadeiro espectáculo na arte de manipular a cortiça.

A nova loja pertence a José Marques Azeda, 71 anos, natural da freguesia de Torrão, do concelho de Alcácer do Sal. Homem cujo percurso de vida esteve sempre ligado à lavoura, era em 1974 rendeiro de três herdades (cerca de mil hectares), nas cercanias de Vendas Novas, todas elas propriedade da Casa de Bragança. As vicissitudes do processo revolucionário levaram-no a procurar um outro modo de vida, ainda que ligado ao mundo rural.

Foi assim que decidiu estabelecer-se com uma loja de artigos de artesanato e brique-à-braque na rua da Selaria, quando esta começava a despertar para o grande turismo. Na Rua de Diogo Cão, uma transversal, montou pouco depois a “Arte Equestre”, casa suficientemente espaçosa para a apresentação de uma vasta gama de produtos relacionados com a equitação, a caça e o toureio: selas e selins, arreios e outros artigos de apoio às respectivas actividades. A que veio a acrescentar mais tarde outros produtos regionais como louças, cobres e estanhos, as peles e, claro está, os tradicionais capotes alentejanos.

Praticamente deixou a lavoura, embora possua uma pequena quinta nos arredores da cidade que continua a cultivar, e enveredou a tempo inteiro pela profissão de comerciante, dentro dos parâmetros já enunciados. «À beira dos 70 anos tive, talvez por intuição, a melhor ideia da minha vida ao pensar abrir uma loja na rua da Selaria só vocacionada para objectos de cortiça.

Os meus amigos e a família tentaram dissuadir-me deste propósito mas não lhes dei ouvidos e envolvi-me a fundo neste aliciante projecto de cariz ecológico», contou entusiasmado José Azeda.  «Só quem não conhece a fundo a maleabilidade da cortiça, na verdade quase impensável em termos de matéria bruta, poderá duvidar da sua aptidão para se transformar, depois de transformada em pele, naquilo que se quiser», acrescenta o comerciante. Assim se fazem também peças de vestuário que se moldam perfeita e suavemente ao corpo. Por outro lado, a impermeabilidade da cortiça confere a qualquer peça extrema durabilidade, pelo que basta um pano humedecido em água tépida e sabão azul e branco no local afectado para que a sua limpeza e conservação se processe em excelentes condições.

Azeda contactou então com um amigo da vila de Terrugem, próxima de Elvas, especialista no tratamento de pele de cortiça, para o interessar na produção de peças sofisticadas e elegantes, assentes em novos e atraentes modelos. Obtida a sua anuência, lançou-se no negócio e criou a empresa Mont’Sobro - Objectos de Matéria Viva, na dita Rua da Selaria. «O sucesso foi imediato» - enfatizou entusiasmado. Noventa por cento dos seus clientes são estrangeiros, avultando entre eles os japoneses, os russos, os italianos e os brasileiros. «Têm grande poder de compra e isso é o que mais interessa neste comércio».

E se as mulheres preferem a bijuteria, as malas, os sacos, as pulseiras e os artigos de vestuário, os homens centram a sua atenção nos chapéus normais (30 €), à Indiana Jones (59 €) e nos chapéus de chuva (69 €). Ultimamente, Azeda mandou fazer um capote alentejano em pele de cortiça, para uso próprio, mas o êxito foi tão grande que está a pensar em criar uma linha especial de comercialização deste tão tradicional produto alentejano.

Na verdade, a criação inovadora de objectos de decoração e de moda, a partir do aproveitamento da cortiça, vem revelando um dinamismo muito interessante nas áreas dos montados suberícolas. E em Évora a Mont’Sobro não descura esta fileira comercial, contribuindo para o desenvolvimento da economia regional.

Texto: José Frota

sexta-feira, 9 de março de 2012

11, 17, 18 e 24 de março: Circuito de Música Antiga na Igreja do Convento dos Remédios

A Câmara Municipal de Évora apresenta na Igreja do Convento dos Remédios, nos próximos dias 11, 17, 18 e 24 de março, mais um programa do Circuito de Música Antiga, do Renascimento e do Barroco, integrado no projeto Oralidades, que contará com as atuações de grupos portugueses e estrangeiros.
O Coro Polifónico Eborae Mvsica atuará no dia 11 de março, domingo, pelas 18 horas, com um programa musical que tem como inspiração “A Quaresma na Escola de Música da Sé de Évora”. O Coro Polifónico Eborae Mvsica foi criado em 1987, e interpreta sobretudo polifonia da Escola de Música da Sé de Évora (sécs. XVI e XVII), sendo dirigido pelo Maestro Pedro Teixeira.
No dia 17 de março, sábado, pelas 21:30, a música estará a cargo da Orquestra Barroca da ESART – Escola Superior de Música de Artes Aplicadas de Castelo Branco (Idanha-a-Nova). Esta formação surgiu como Orquestra de Câmara em 2001, num projeto bem alicerçado no contexto do Curso Superior de Música, merecendo o apreço e o reconhecimento da cidade de Castelo Branco e da região. A Orquestra Barroca da ESART tem seguido um percurso próprio, potenciando por um lado a formação dos alunos e, por outro, a promoção de espetáculos junto das populações onde a oferta cultural é escassa, nomeadamente na área musical.
O grupo de Câmara do Centro Comunitário de "Hadzhi Dimitar" de Sliven, na Bulgária, atua no dia 18 de março, domingo, pelas 18 horas. Este grupo foi fundado em 2001 como um coro de autodidatas. Participa com regularidade em concertos e nas atividades culturais do município de Sliven e o seu repertório inclui obras para coro, tais como a música sacra e as canções do renascimento búlgaro.
O grupo Ravenna Brass Ensemble encerrará o programa deste Circuito de Música Antiga no dia 24 de março, sábado, pelas 18 horas. Este grupo italiano é composto por músicos e alunos do Instituto de Estudos Musicais “G. Verdi” de Ravenna, da Escola de Música A. Peri de Reggio Emilia, do conservatório "B. Maderna" de Cesena e do conservatório Rossini of Pesaro. O seu repertório compõe-se de vários géneros de música polifónica, com especial destaque para o período Renascentista e Barroco.
O Circuito de Música Antiga, do Renascimento e do Barroco é uma iniciativa que integra o Projecto Oralidades, que se traduz num encontro através do qual se partilham linguagens, experiências musicais e artísticas dos diferentes parceiros.
O projecto Oralidades realiza-se ao abrigo do Programa Europeu Cultura 2007-2013 e envolve uma parceria internacional entre os municípios de Évora, Idanha-a-Nova e Mértola (Portugal), Ourense (Espanha), Ravenna (Itália), Birgu (Malta) e Sliven (Bulgária), unidos num vasto programa de cooperação e intercâmbio cultural.

Évora Perdida no Tempo - Páteo do Palácio do Barrocal


Aspecto parcial do páteo do Palácio do Barrocal, na Rua de Serpa Pinto, em Évora. Antiga sede da FNAT, actualmente funcionam aqui os serviços do INATEL

Autor David Freitas
Data Fotografia 1950 - 1960
Legenda Páteo do Palácio do Barrocal
Cota DFT7230 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quinta-feira, 8 de março de 2012

10 de Março: Mário Laginha no Fórum Eugénio de Almeida



Fórum Eugénio de Almeida | 21h30

Mário Laginha - Piano Solo - 10 de março

Canções & Fugas e Mongrel


Mário Laginha apresenta-se a solo, com um reportório composto por temas da sua autoria como Berenice e Um Choro Feliz, bem como alguns dos seus mais recentes projetos: “Canções & Fugas”, trabalho inspirado no universo de Bach, e Mongrel, um tributo à música do compositor Frédéric Chopin. Partindo de obras deste compositor, Laginha criou espaço para a improvisação e procurou “aproximar a música de Chopin” do seu universo musical.



Entrada: 6,00€ | Bilhetes à venda no Fórum Eugénio de Almeida

Aspecto Exterior da Sé de Évora

quarta-feira, 7 de março de 2012

PCP denuncia vários casos de salários em atraso e de despedimentos

O PCP de Évora denunciou esta quarta-feira a existência de vários casos no distrito de salários em atraso e de despedimentos, alguns deles "ilegais".
"Assistimos no distrito a alguns casos em que o patronato segue à risca a intensificação da exploração" e se "apropria ilegalmente de direitos dos trabalhadores, como sejam os seus salários", criticam os comunistas.
Em comunicado enviado hoje à Agência Lusa, a Direcção da Organização Regional de Évora (DOREV) do PCP denuncia que, "no sector cerâmico, os trabalhadores da empresa RTS, em Montemor-o-Novo, estão com o subsídio de Natal em atraso".
Já no sector das indústrias eléctricas, a Magic Metal, que labora para a Tyco Electronics, unidade industrial localizada em Évora e que fabrica relés para a indústria automóvel, tem "o subsídio de Natal parcialmente em atraso".
A DOREV do PCP dá ainda o exemplo de que, "no sector dos mármores, a empresa Magratex", localizada na estrada que liga Borba e Vila Viçosa, "despediu 13 trabalhadores".
Também uma empresa de "outsourcing" do grupo Reditus, responsável por um centro de serviços em Évora que opera para as seguradoras do grupo Caixa Geral de Depósitos, procedeu ao "despedimento ilegal de um conjunto de trabalhadores", acusa a estrutura comunista.
O PCP refere-se ao despedimento de cerca de uma dezena de trabalhadores dessa empresa, segundo revelou à Lusa fonte sindical, no final de Fevereiro, enquanto a Reditus, no mesmo dia, explicou que foi proposto a sete funcionários "uma mudança de funções".
Trata-se de trabalhadores, acusou hoje a DOREV, "contratados temporariamente, muitos deles há mais de sete anos, desempenhando funções de carácter permanente sem vínculo efectivo".
"Este despedimento é um exemplo da intensificação da exploração, pois servirá para que a empresa possa contratar trabalhadores para aqueles postos de trabalho a pouco mais de 2 euros/hora", argumenta o PCP.
No comunicado, a DOREV assegura que as "medidas de austeridade" têm levado, no distrito, "ao encerramento de empresas e à destruição de postos de trabalho".
Aludindo a dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), a DOREV refere que "mais de 10 mil desempregados estão inscritos" no distrito de Évora, mas este número está "subavaliado".

Passear à volta das muralhas



Évora foi sempre uma cidade monumental. Os habitantes, que na sua grande maioria permaneceram dentro das muralhas até meados dos anos 50, cuidavam dela com esmero e devoção. A cidade era o espaço intramuros.

Mesmo quem vivia nos arrabaldes e nos bairros assim o reconhecia. Sempre que alguém precisava de se deslocar ao actual centro histórico dizia com alguma reverência: «vou à cidade» ou, mais prosaicamente, «vou lá acima», com isto querendo significar que tinha de ultrapassar as muralhas e ascender para se dirigir à Praça de Giraldo, ou mesmo ao topo da colina onde a Catedral se eleva de entre todos os edifícios.

Os eborenses sempre manifestaram imenso orgulho no património herdado de seus antepassados. E as alterações e benefícios introduzidos naquela área visaram apenas recuperações ou demolições para a construção de novos prédios, adequados a novas funções mas que em nada desvirtuaram ou feriram o essencial das estruturas classificadas. Os governantes salazaristas ou marcelistas não ousaram tocar nas jóias arquitectónicas citadinas.

Esteticamente a cidade distingia-se pelo casario branco decorado com janelas e varandas de ferro forjado, pelas suas ruas estreitas e travessas, pátios e largos, pelas artísticas fontes e chafarizes, que lhe dava uma harmonia e um equilíbrio arquitectónicos invulgares.

Foi neste contexto que se processou a sua candidatura, junto da UNESCO (United Nations Educacional Scientific and Cultural Organization), a cidade Património Mundial. A organização depressa se apercebeu de que Évora tinha sabido, através dos tempos, preservar e catalogar locais de excepcional importância cultural, pelo que a 25 de Novembro de 1986 lhe atribuiu o almejado estatuto. Mas se no Centro Histórico tudo se apresentava de forma quase invejável, já extra-muros as coisas não se afiguravam de igual modo. Os acessos à cidade datavam do início do século, sendo demasiado antiquados para facilitar e canalizar o trânsito vindo de fora, nomeadamente o proveniente de Lisboa. Por outro lado os espaços exteriores contíguos às muralhas, para além de escuros à noite, serviam de parque de estacionamento e mictórios de ocasião, ficando à mercê da acção deteriorante dos escapes das viaturas e do efeito corrosivo dos ácidos urinários.

Em 1992 o executivo municipal, de maioria comunista, anunciou que tendo em vista o crescimento demográfico, turístico e universitário, iria remodelar os acessos à cidade, a começar pela construção de uma nova estrada, a rasgar a partir da Porta do Raimundo. Era o início da 1ª. fase do Programa Polis, que incluía igualmente o arranjo de todo o espaço adjacente às muralhas. Baptizada com o nome de Túlio Espanca, a nova via veio a estender-se por dois quilómetros, dispondo de quatro faixas de rodagem com um separador de 7 metros, que foi ajardinado e pontuado por palmeiras. A meio percurso foi erigido um moderno terminal rodoviário. Através do derrube de duas bombas gasolineiras, ali existentes, obteve-se o espaço necessário à construção de uma grande rotunda na Porta do Raimundo.

Mas o tempo de execução foi longo. Quando o PCP, no final de 1991, se viu derrotado pelo PS nas eleições locais, a ornamentação da zona da rotunda estava por fazer. Só em Outubro de 2003 o novo executivo anunciou finalmente o começo dos trabalhos. A 25 de Novembro de 2005 era finalmente inaugurado, ainda que de forma parcelar, o grande projecto que integrava a criação de uma zona de lazer na zona contígua às muralhas, integrando um percurso pedonal. No centro da rotunda emergia uma moderna fonte cibernética, da autoria do arquitecto paisagista Caldeira Cabral, coordenador geral da intervenção no local, em vez da prometida réplica modernista do Arco do Triunfo quinhentista que outrora havia existido frente à Igreja de Santo Antão e cuja encomenda fora antecipadamente apalavrada com o escultor João Cutileiro.

O artista aceitou, com a condição da obra não ficar no espaço central, para não tirar visibilidade nem desconcentrar os condutores. Assentouse na sua transferência para uma zona lateral, tendo sido implantada nesse local em 2006. Ainda em Maio desse ano deu-se início à 2ª. fase das obras, abrangendo agora o espaço entre a Porta de Alconchel e a Porta de Avis. Manteve-se a filosofia da primeira fase, de forma a que permanecessem a continuidade e a coerência paisagísticas. Assegurava-se o reforço da ligação da cidade e do exterior pela destruição do fosso urbanístico, tornando-o muito mais atraente e apelativo. Para este efeito foram preenchidas as normas constantes do mobiliário urbano adequado às exigências de um parque de lazer. O percurso pedonal foi acompanhado, em toda a sua extensão, de bancos de desenho simples, em madeira. Junto a estes colocaram-se oportunas papeleiras, gizadas com o objectivo de provocarem o menor incómodo visual.

Mas outros aspectos foram também acautelados. A vedação metálica foi prolongada, com o fito de resguardar a vegetação (sobreiros, oliveiras e medronheiros, entre a de grande porte, e a alfazema, o alecrim, a murta e o rosmaninho no grupo da de menor dimensão, sobrando ainda gramíneas várias a atapetar grande parte do percurso) e proporcionar a efectiva segurança das crianças sem afectar, contudo, a visibilidade dos que transitam de automóvel na estrada. O cheiro do mundo rural chegou à cidade já quase esquecida dos idos de outrora, quando as quintas se sucediam de imediato ao velho burgo.

Também a iluminação nocturna das muralhas, mormente nos seus recantos mais escondidos, foi assegurada por holofotes de chão. A 25 de Abril de 2007 inaugurava-se finalmente o segundo troço da requalificação urbana junto às muralhas. O embelezamento de toda a área abrangida pela intervenção recolheu os elogios gerais. Os eborenses e, posteriormente, os visitantes nacionais e estrangeiros, passaram a fruí-lo como espaço de ligação à cidade, enquanto provenientes da periferia. Mas não só: o andar a pé e o “jogging” ganharam adeptos, jovens e menos jovens aproveitaram-no para passear e namorar, outros para repousar e uns quantos para ler, enquanto, paradoxalmente, frenéticos automobilistas, as mais das vezes em velocidade excessiva, vão rolando pela Avenida.

E se a afluência durante o dia, no Outono e no Inverno, é razoável, cessando a partir das 20 horas, na Primavera e no Verão a sua procura cresce a partir exactamente dessa hora, alargando-se até por volta das 2 da madrugada. Depois do jantar é quase insuportável estar em casa. O calor acumulado durante dias e dias impele à circulação no exterior em busca duma brisa nocturna refrigeradora. Todo o espaço circular às muralhas se enche então de passeantes e turistas. Eis pois um percurso de notável encanto à descoberta de quem ainda o desconhece. 


Texto: José Frota

Évora Perdida no Tempo - Estação elevatória da Barragem da Graça do Divor


Tanques exteriores da estação elevatória da Barragem da Graça do Divor.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1967 -
Legenda Estação elevatória da Barragem da Graça do Divor
Cota DFT5210 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

segunda-feira, 5 de março de 2012

Teatro - Falar Verdade a Mentir


Duarte é um jovem peralvilho, mentiroso compulsivo, apaixonado de Amália e esta dele. Amália é filha do Sr. Brás Ferreira, um comerciante rico, do Porto que vem a Lisboa para casar a menina. Mas se Brás Ferreira apanhar o Duarte (mentiroso compulsivo) numa mentira, lá se vai o casamento de Amália com Duarte.
Joaquina criada de Amália, esperta e ladina pretende casar com José Félix, ladino e imaginativo criado do General Lemos. Juntos tratarão de tornar verdade, perante Brás Ferreira, as mentiras que Duarte inventa.
Nesta comédia em acto único de dezassete cenas, Almeida Garrett põe a ridículo a sociedade burguesa no Portugal do século XIX.

Encenação: Victor Zambujo
Cenografia e Figurinos: Leonor Serpa Branco
Ambiência musical: Paulo Pires
Interpretação: Álvaro Corte Real, Ana Meira, Jorge Baião, José Russo, Maria Marrafa e Rui Nuno

De 5 a 9 de Março e de 12 a 16 de Março:
Teatro Garcia de Resende
(espectáculos para público escolar)

27 de Março:
Sala Principal do Teatro Garcia de Resende
(Comemorações do Dia Mundial do Teatro)

Évora Perdida no Tempo - Aspecto interior da Sé catedral de Évora


Aspecto interior da Sé Catedral de Évora: vista parcial da nave central e pia de água benta.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1966 ant. -
Legenda Aspecto interior da Sé catedral de Évora
Cota DFT6037 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

domingo, 4 de março de 2012

Médico especialistas em Ortopedia

MoreCare é uma empresa especializada no desenvolvimento de projectos de Recrutamento, Selecção e Outsourcing na área da saúde. Procuramos dar resposta às necessidades dos nossos clientes, instituições de saúde privadas ou públicas, optimizando e rentabilizando os recursos, garantindo uma gestão eficiente.

Pretendemos identificar médico especialista em Ortopedia para colaborar na Urgência de um Hospital em Évora. A prestação será realizada de acordo com a disponibilidade dos profissionais, em regime de prestação de serviços.

Se pretende colaborar connosco poderá enviar o seu resumo curricular para

sexta-feira, 2 de março de 2012

Évora recebeu Prémio Melhor Programação Cultural Autárquica



A Câmara Municipal de Évora voltou a ser premiada mais uma vez, desta feita com o Prémio Melhor Programação Cultural Autárquica, da Sociedade Portuguesa de Autores, tendo o galardão sido entregue à Vereadora Cláudia Sousa Pereira na cerimónia da III Gala do Prémio Autores 2012, que decorreu na noite do dia 27 de Fevereiro, no auditório do Centro Cultural de Belém.

Nesta gala, transmitida em direto pela RTP e apresentada por Catarina Furtado, foram premiados um conjunto de destacados criadores em áreas tão diversas como o cinema, a rádio, a televisão, a literatura, a dança, as artes visuais e a música. O programa contou também com uma homenagem ao maestro Pedro Osório e as atuações de Lúcia Moniz e João Reis, Carlos do Carmo, Amor Electro, Sérgio Godinho, Adriana e Orquestra conduzida pelo maestro Jorge Costa Pinto.

Além de Évora, foi também premiada a Câmara de Coimbra, de entre as mais de 30 autarquias nacionais que apresentaram candidaturas. De referir ainda que o Prémio Internacional Autores foi entregue ao realizador e argumentista espanhol Imanol Uribe, tendo a Direção da SPA decidido atribuir o Prémio Vida e Obra, a Mário Soares, pela sua atividade como autor de livros e pelo seu contributo para a valorização da cultura na vida pública portuguesa.

Évora, cidade onde a união fraterna entre a educação e a cultura é um facto, apresentou uma candidatura centrada na mostra do trabalho desenvolvido pelos diversos serviços municipais, mas também pelas parcerias estabelecidas com agentes culturais da cidade e do concelho, sem esquecer igualmente o acolhimento de diversas tournées de artistas nacionais e internacionais.

Face às dificuldades orçamentais, a autarquia reconheceu que a aposta prioritária em 2011 incidiu em ações que beneficiaram de contrapartida financeira e no estabelecimento de redes, parcerias e colaborações.

Salientou também esta candidatura (que estará disponível na íntegra brevemente na página eletrónica da autarquia eborense) a ação de Évora como cidade educadora, dando como exemplo o conjunto de atividades que são oferecidas às escolas quer pela autarquia, que por agentes culturais e instituições, apontando vários projetos e atividades, como sejam, entre muitos outros, a Loja dos Sonhos, a Água Contada, Fotógrafos, Títeres e Outros Sonhadores, Cabinet 1799, projeto Gira-Livros, Arqueo-Conversas, além da dinamização de variadas exposições e organização de espetáculos.

A divulgação da programação através de vários suportes informativos, caso da Agenda cultural, Quiosque digital, Guia da semana, Revista Évora Mosaico, entre outros, também foi mencionada, além de indicados os diversos espaços municipais camarários onde se desenvolvem trabalhos e acolhem eventos, sem esquecer também aqueles que estão cedidos a diversos agentes do concelho.

Feita a entrega do galardão, a Vereadora Cláudia Sousa Pereira, proferiu algumas palavras de agradecimento à Sociedade Portuguesa de Autores em nome do Presidente do Município eborense por esta distinção, apresentando também os parabéns aos restantes nomeados, frisando que esta programação “não teria sido possível sem uma série de colaborações, de redes, de partilhas, de gente que trabalhou e para essas pessoas um agradecimento muito especial, bem como aos serviços municipais que foram incansáveis”.

Considerou que “vale a pena trabalhar-se deste modo”, tendo manifestado a sua gratidão e reconhecimento a todos os que tornaram possível este prémio que ”é sobretudo para os eborenses: os que nasceram em Évora, os que escolheram Évora para viver e os que passam por Évora e levam Évora consigo”.