sábado, 30 de novembro de 2013

Lançamento do livro "Laura" de Carolina Zeferino Arruda


Lançamento do livro "Laura" de Carolina Zeferino Arruda
30 de novembro - Igreja de São Vicente - 16:30
 
Este é o segundo romance de Carolina Zeferino, que nesta sessão de lançamento contará com a apresentação de Maria Leiria. A autora de “A Outra Face do Sonho” lança-se agora numa nova experiência, provando que os piores fantasmas são aqueles que nascem dentro de nós.

Organização: Chiado Editora | Carolina Zeferino Arruda
Contacto: carolinazarruda@hotmail.com
Web page: http://www.palavrasemtransito-carolina.blogspot.com
Inf. Extra: Entrada Livre

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Loopdidoo - Workshop de Dança para Bebés


Loopdidoo - Workshop de Dança para Bebés
30 de Novembro - Business Center de Évora (Av. Sanches Miranda, 55) - 10:00-12:00
   
Coreografias em família, consciência e relaxamento corporal, intermodalidade sensorial no movimento e sessão de Massagem Shantala. Entre os 4 e os 14 meses de idade. Orientação: Ema Inácio, Dançaterapeuta, formadora de expressão corporal e movimento criativo josé são pedro, massagista e reflexologista.

Organização: Terra.Corpo
Apoios: INALENTEJO | Câmara Municipal de Évora
Contacto: 915 441 779 | terra.corpo@gmail.com | 4ema.inacio@gmail.com
Inf. Extra: Preço - 8€ (Bebé + 1 adulto)

Concerto Coral no Palácio Barahona


Concerto Coral
30 de novembro - Palácio Barahona - 16:30
   
Com a participação do Coral Évora e do Corelis (Coro da Relação de Lisboa).

Organização: Coral Évora
Apoios: Câmara Municipal de Évora | Tribunal da Relação de Évora
Contacto: 965 061 905 | coralevora.no.sapo.pt

Inauguração do Espaço Cultural Armazém 8


Inauguração do Espaço Cultural Armazém 8
30 de novembro - Rua do Electricista, 8 (P.I.T.E.) - 21:00
 

Inauguração de um novo espaço de cultura planeado e construído para disponibilizar à cidade um novo local de encontro com as artes e a comunicação. Nos caminhos da produção artística são necessárias inspirações, parcerias, para além de condições físicas e técnicas. O Armazém 8 propõe-se a facilitar o acesso e a ligação dos criadores a estes meios. O Armazém 8 é um espaço vocacionado para manifestações artísticas diversas. Constitui-se assim como ponto de encontro entre pessoas e formas de comunicar as suas emoções e ideias. PROGRAMA: 21:00 - abertura do debate “Évora: o lugar da cultura em tempo de crise”, com Aurora Carapinha (Delegada Regional de Cultura do Alentejo), Silvério Rocha e Cunha (Diretor da Escola de Ciências Sociais da Universidade de Évora), Eduardo Luciano (Vereador da Cultura na Câmara de Évora) | 22:15 - Abertura oficial da sala de espetáculos com a participação do Coro Polifónico do Eborae Mvsica, Rosário Gonzaga, Manuel Dias, Margarida Morgado, Duarte, Pedro Pinto, Manuel Guerra e TakiBand.

Organização: Associ' Arte - Armazém 8
Apoios: Câmara Municipal de Évora
Contacto: 266 708 366 | associarte.aca@gmail.com
Web page: https://www.facebook.com/armazem8evora

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Teatro - "Anteontem", de Paulo Freitas


"Anteontem", de Paulo Freitas
30 de novembro - A Bruxa Teatro, espaço Celeiros (Rua do Eborim, 16) - 21:30
   
Nas nossas vidas quotidianas temos constantemente presente a noção de tempo. Ou é porque não temos tempo para nada, ou é porque temos tempo a mais, ou é porque a vida é tão efémera que nem tempo temos para a viver. Mas o que aconteceria ao nosso conceito de tempo se este parasse? Esta peça parte desse pressuposto: o tempo está parado. Parou na manhã do dia 23 de Abril de 1974. O que aconteceu antes? O que acontecerá depois? Dois atores em palco, dois homens, duas fações. Um opositor ao Estado Novo e um polícia da DGS - Direção Geral de Segurança (antiga PVDE e PIDE) lançam pensamentos ao ar, num momento em que tudo o resto à sua volta está parado. Serão os Homens assim tão diferentes? Será que nas duas pontas da corda não haverá semelhanças? Afinal estão ambas lá, perto da queda. Num espetáculo intimista, vemos um Portugal sonhado, um Portugal emoldurado em cabeças que acreditavam nele. Onde pára esse Portugal? (Texto e encenação de Paulo Freitas, interpretação de José Leite e Paulo Freitas, banda sonora original e interpretação ao vivo de Luís Ferreira, voz-off de Pedro Fiúza e desenho de luz de Eduardo Pousa) (M/12)

Organização: A Bruxa Teatro (companhia de acolhimento) | Produção: Teatro Inédito do Porto
Apoios: Câmara Municipal de Évora | Rádio Diana FM | Fundação Eugénio de Almeida
Contacto: 266 747 047 | abruxateatro@gmail.com
Inf. Extra: Preço - 5€ geral | 2,50€ estudantes, reformados e desempregados.

Dança - "O Inverno não é para ti"


"O Inverno não é para ti"
30 de novembro - Páteo do Inatel (Claustros) - 17:00
 
Esta iniciativa tem como finalidade reunir pessoas que gostam de dançar e conviver nestes dias frios, como forma de "aquecimento exterior e interior". Uma lareira grande ajuda ao ambiente que promete aquecer-te!

Organização: Artcafé
Apoios: INATEL - Delegação de Évora
Contacto: 969 719 277 | elisabetebarradas@netvisao.pt

Concerto - Orquestra Clássica do Sul no Teatro de Resende


Passeios de Sábado: Vila de Belmonte


Passeios de Sábado: Vila de Belmonte
30 de novembro - Vila de Belmonte - 6:00 - ponto de encontro: Porta da Lagoa
   
Visita à Vila de Belmonte: Museu dos Descobrimentos, Museu do Azeite, Igreja de Santiago e Centro de Interpretação Caminhos da Fé, Castelo de Belmonte, Museu Judaico e Ecomuseu do Zêzere. No regresso a Évora haverá far-se-á uma pequena paragem na aldeia histórica de Sortelha.

Organização: DRCAlentejo - Museu de Évora
Contacto: 969 053 665 | 266 730 480 | mevora@cultura-alentejo.pt
Web page: http://www.museudevora.imc-ip.pt
Inf. Extra: Bilhetes à venda no Museu de Évora.

Cinema - “Alone in the Wilderness"


“Alone in the Wilderness"
28 de novembro - Átrio da Escola das Artes - 21:30
   
“Alone in the Wilderness” é a auto narrativa de Dick Proenneke, um lenhador de alma gentil, que documentou, ao longo de mais de 30 anos, o derradeiro teste a si próprio ao enfrentar a natureza do Alaska no seu estado mais agreste. Dick levou consigo uma câmara e vários diários onde registou os seus pensamentos e momentos durante toda a sua estadia na natureza e de onde se entende uma outra perspetiva sobre o mundo natural. Revela-se uma obra cinematográfica incontornável, da perspetiva humana e da arquitetura, com uma carga de introspeção esmagadora e que desperta em todos nós o desejo de nos reencontrarmos com a natureza.

Organização: Cinema dos Leões - Departamento de Arquitectura da Universidade de Évora
Contacto: 964 333 128 | luisferro86@hotmail.com
Web page: http://www.youtube.com/watch?v=iYJKd0rkKss&hd=1
Inf. Extra: Entrada Livre

Gala ajuDar da APPACDM


Gala ajuDar da APPACDM
6 de dezembro - Arena d'Évora - 21:30
 
Espetáculo musical da APPACDM de Évora para a angariação de fundos com vista à construção do novo Centro de Atividades Ocupacionais e duas residências autónomas para pessoas com deficiência e incapacidades. Com as atuações de: Big Band “24 de Junho”, Mila Ferreira, Nycanonymus, Fernando Correia Marques, Filipe Santos e Sérgio Rossi. Apresentação de José Carlos Malato.

Apoios: Câmara Municipal de Évora | | Diário do Sul | Diário do Sul TV | Rádio Telefonia do Alentejo | Sociedade Portuguesa de Autores
Contacto: 266 731 320 | 266 747 155 | geral@appacdm-evora.org.pt
Preço: 5€

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Teatro - "Povoação Vende-se”, pelo Grupo Cénico da Sociedade Recreativa e Dramática Eborense


“Povoação Vende-se”, pelo Grupo Cénico da Sociedade Recreativa e Dramática Eborense
30 de novembro - Sociedade Recreativa e Dramática Eborense (Antiga Mocidade) - 21:30
   
Nos últimos dias do mês de Outubro de 1961, o nome de uma pequena povoação italiana ocupou as principais colunas dos mais importantes jornais do mundo, As razões desta notícia serviram de base a esta original obra de teatro. Foi precisamente na Argentina que foi editada uma peça teatral escrita por Andrés Lizarra, posta na actualidade, com o título “Quiere usted comprar un pueblo?”. Efectivamente é vulgar dizer-se que tudo se compra e tudo se vende, mas colocar uma povoação à venda é qualquer coisa de extraordinário e verdadeiramente original. Foi essa a razão que nos levou a montar este espectáculo, que consideramos diferente. A sua história fora do comum, mostra como é possível tirar do anonimato uma localidade que, condenada ao esquecimento, resolve tomar as suas próprias rédeas e chamar sobre si as atenções de todo o mundo. Encenação de José Saloio.

Organização: Sociedade Recreativa e Dramática Eborense
Contacto: 266 703 284 | srdeborense@gmail.com
Inf. Extra: Entrada Livre

Dia Internacional das Pessoas com Deficiência


DIA INTERNACIONAL DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
27 Nov. a 13 Dez.
Programa

27 DE NOVEMBRO
09:00 ÀS 17:30 | PRAZO DE RECEÇÃO DE TRABALHOS PARA EXPOSIÇÃO: “ROMPER BARREIRAS” E “ABRIR PORTAS”
Ex-DREA | Org.: Movimento Fé e Luz

29 DE NOVEMBRO
10:30 ÀS 12:30 | WORKSHOP: “INCLUSÃO É UMA ATITUDE”
(INSCRIÇÃO PRÉVIA, LUGARES LIMITADOS)
Auditório da Antiga Junta de Freguesia de Nossa Senhora da Vila | Org.: Casa João Cidade - Montemor-o-Novo

30 DE NOVEMBRO
21:00 | CERIMÓNIA: “5 ANOS DO CAAAPD DA CASA JOÃO CIDADE”
Cine Teatro Curvo Semedo | Org.: Casa João Cidade - Montemor-o-Novo

2 DE DEZEMBRO
15:00 | EXPOSIÇÃO: “ROMPER BARREIRAS” E “ABRIR PORTAS”
Átrio da Ex-DREA | Org.: Movimento Fé e Luz

3 DE DEZEMBRO
10:00 ÀS 12:00 | PROGRAMA NA RÁDIO UNIRÁDIO: PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
CAO de S.C.M. de Reguengos de Monsaraz | Org.: Santa Casa  da Misericórdia - Reguengos de Monsaraz

10:30 ÀS 12:00 | FESTA: A CIDADE É PRESENTE PARA TODOS - Flash Mob pela APPACDM
Praça do Geraldo | Org.: Seg. Social, Câmara Municipal Évora, Escola Salesiana e IPSS

10:30 ÀS 11:30 | VER BARREIRAS - ACESSIBILIDADES NO MERCADO MUNICIPAL
Mercado Municipal
Org.: CERCIMOR - ELI da IP de Vendas Novas, Agrupamento de Escolas e Câmara Municipal de Vendas Novas

10:30 ÀS 11:30 | ACTIVIDADE COM JARDIM DE INFÂNCIA -  Balão em branco à espera do futuro
Agrupamento de Escolas de Montemor-o-Novo
Org.: CERCIMOR - ELI de IP,  Agrupamento de Escolas de Montemor-o-Novo

4 DE DEZEMBRO
18:00 ÀS 20:00 | ATELIER: LÍNGUA GESTUAL PORTUGUESA
Sede da Associação de Surdos de Évora | Org.: Associação de Surdos de Évora

09:30 ÀS 18:30 | FEIRA: SOLIDARIEDADE
Praça do Geraldo | Org.: Câmara Municipal de Évora e IPSS de Évora

6 DE DEZEMBRO
21:30 | ESPETÁCULO: GALA AJUDAR
Arena de Évora | Org.: APPACDM

7 DE DEZEMBRO
10:00 ÀS 17:00 | ENCONTRO: MINHA VIDA VALE A PENA SER VIVIVA
Átrio de Ex-DREA | Org.: Movimento Fé e Luz

10:00 ÀS 16:30 | FEIRA: SOLIDÁRIA
Praça do Geraldo | Org.: Escola Salesiana

12 DE DEZEMBRO
15:00 ÀS 17:00 | ENCONTRO: O VOLUNTARIADO NA ORGANIZAÇÕES DE APOIO À PESSOA COM DEFICIÊNCIA
Páteo de São Miguel | Org.: Fundação Eugénio de Almeida

DIA 13 DE DEZEMBRO
20:00 | JANTAR: SOLIDÁRIO
Jardim do Paço | Org.: APCE

Baile e Oficina de Forró


Baile e Oficina de Forró
30 de novembro - SOIR-Joaquim António d'Aguiar (Pátio do Salema) 
Oficina: 16:30 | Baile: 22:30

Oficina e baile de forró com o grupo Luso-Baião. Este grupo assume a fusão dos ritmos do Forró com elementos do Maracatu, do Côco, do Samba, do Rock e do Reggae. O forró é uma dança quente e bonita, dançada a pares, que nos transporta para as suas origens no nordeste brasileiro. Uma dança que se tem vindo a tornar cada vez mais popular, não só no Brasil, mas também em vários países do mundo. A oficina, orientada por Enrique Matos, abrange xote, baião, forró, xaxado e arraste-pé. No baile põem-se em prática as aprendizagens da tarde!

Organização: PédeXumbo
Contacto: 266 732 504 | pedexumbogeral@pedexumbo.com
Inf. Extra: Preço - oficina + baile: 10€* / 12€ || Oficina: 7€* / 8€ |Baile: 4€* / 5€ | *Descontos para alunos de dança do grupo Luso-Baião e da PédeXumbo.

IX Congresso da Geografia Portuguesa


IX Congresso da Geografia Portuguesa
28 a 30 de novembro - Colégio do Espírito Santo (Universidade de Évora) - 8:30-19:00
   
Tema: Geografia: Espaço, Natureza, Sociedade e Ciência. A Geografia encontra-se hoje em dia confrontada com uma responsabilidade crescente, tendo em conta as expectativas que a sociedade tem em relação à ciência: face a desafios cada vez mais complexos, exige-se de forma mais fundamentada que a ciência assuma um papel inequívoco na produção de conhecimento que apoie a resolução desses mesmos desafios. O Horizonte 2020, que estabelece as orientações para o futuro da atividade científica na Europa até 2020, reforça esta necessidade da ciência contemplar e ajudar a solucionar os desafios societais e que o faça através de abordagens inovadoras, procurando ao mesmo tempo a excelência na produção científica. Mais do que muitas outras ciências, a Geografia trata de questões que nascem na sociedade, no seu funcionamento, na sua relação com a natureza, e na expressão espacial das mesmas. Através de abordagens híbridas, já estabelece pontes entre diferentes sistemas e diferentes perspectivas de análise. Encontra-se assim particularmente vocacionada para analisar e encontrar respostas aos processos complexos com que nos deparamos hoje em dia. O tema do IX Congresso da Geografia Portuguesa pretende justamente reforçar as ligações que a Geografia, enquanto Ciência, estabelece entre o Espaço, a Natureza e a Sociedade, assim como salientar o modo como a Ciência Geográfica evolui tendo em conta estas ligações.

Organização: Universidade de Évora | Associação Portuguesa de Geógrafos
Apoios: Governo de Portugal-Secretário de Estado da Cultura | Direção Regional de Cultura do Alentejo | Turismo do Alentejo - ERT | CCDRAlentejo
Contacto: cgp2013@uevora.pt
Web page: http://www.cgp2013.uevora.pt

Filmes Premiados no FIKE 2013


Filmes Premiados no FIKE 2013
27 de novembro - Auditório Soror Mariana (Rua Diogo Cão, 8) - Sessões às 18:00 e 21:30
   
Exibição dos filmes premiados no FIKE 2013 - 11º Festival Internacional de Curtas-Metragens de Évora. Este ano estiveram 38 filmes de 19 países em competição e a curta-metragem “More Tham Two Hours”, do realizador iraniano Ali Asgari, foi o filme mais premiado do festival, ao acumular o prémio de Melhor Ficção e o prémio de Melhor Actuação, atribuído ex-aequo a Tahar Mohammadi e Shahrzadi Ghasemi.

Organização: FIKE 2013 (integrado no projecto Imaginários a Sul, uma parceria entre a SOIR-Joaquim António d’Aguiar, de Évora | associação cultural Lendias d’Encantar (Beja) Co-financiamento: INALENTEJO | União Europeia
Apoios: Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA) | Gabinete do Secretário de Estado da Cultura | Universidade de Évora | Câmara Municipal de Évora
Contacto: 266 703137 | 351 927 863 047 | press@fikeonline.net
Web page: http://www.fikeonline.net

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Tarde em Familia no Everybody


Tarde em Familia
27 de novembro - EveryBody - Evora Hotel - 15:30-20:00
   
No mês da diabetes, o Grupo de Pais da Diabentejo convida as famílias das crianças e jovens com Diabetes Tipo 1 a participar neste encontro com a surpresa "Global Heroes".

Organização: Grupo de Pais Diabentejo
Apoios: EveryBody - Evora Hotel
Contacto: 967 501 029 | diabentejo@gmail.com
Inf. Extra: Entrada livre. Requer inscrição e levar lanche para partilhar.

Palestra "Autismo" na Escola Básica Manuel Ferreira Patrício


Palestra "Autismo"
28 de novembro - Escola Básica Manuel Ferreira Patrício - 18:00
   
Oradora: Susana Silva - Presidente da Associação Vencer Autismo
Organização: Associação Vencer Autismo
Apoios: Agrupamento de Escolas n.º1 de Évora | Câmara Municipal de Évora
Contacto: 220 931 390 | 914 279 669 | info@venceraustismo.org
Web page: https://www.facebook.com/vencerautismo
Inf. Extra: Entrada Livre

Évora assinalou o 24º Aniversário da Convenção dos Direitos da Criança



A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Évora (CPCJ) organizou uma sessão solene comemorativa do 24º aniversário sobre a Convenção dos Direitos da Criança no dia 20 de novembro, no Salão Nobre dos Paços do Concelho. Esta data assinala a adoção pelas Nações Unidas da Convenção sobre os Direitos da Criança, documento que define um conjunto de direitos fundamentais da criança.

Foi comemorada em Évora através de uma cerimónia que incluiu intervenções do Coordenador da Rede de Bibliotecas de Évora, Fernando Gameiro; do Presidente da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Évora, Alexandre Varela; da representante do Presidente da Comissão Nacional de Proteção de Crianças e Jovens em Risco, Noémia Bandeira; e da Vice-Presidente da Câmara Municipal de Évora, Élia Mira.

Este evento contou também com a apresentação do Manual de Recursos de Infância e Juventude do Concelho de Évora por Ana Lameira, (técnica da CPCJ de Évora), e com uma encenação dramática pelo grupo de teatro GATAPUM da Escola Secundária André de Gouveia. 
O Manual pode ser consultado na página eletrónica da Câmara Municipal de Évora.

O Presidente da União das Freguesias de Malagueira e Horta das Figueiras, José Russo, anunciou também o propósito de disponibilizar instalações no edifício da Junta de Freguesia para acolher as instalações da CPCJ e de colaboração no trabalho desenvolvido pela Comissão.

De salientar a intervenção feita pela Vice-Presidente, Élia Mira, centrada nas preocupações que o impacto profundamente negativo da atual crise está a ter nas famílias e por consequência nas crianças e as medidas tomadas pela autarquia para atenuar essas consequências.

Começando por saudar o Presidente da CPCJ de Évora pela promoção desta iniciativa e escolha dos Paços do Concelho para a realizar, a Vice-Presidente salientou a importância da Convenção na tomada de consciência sobre os direitos das crianças e mencionou o relatório da Unicef de 2012 “Medir a Pobreza Infantil”, alertando para a gravidade da situação em Portugal, face à privação de direitos e necessidades básicas das famílias.

Face a tal situação, “o executivo camarário eleito em Setembro passado definiu como prioridade a intervenção na área social, com um olhar muito atento sobre os grupos mais fragilizados: as crianças e os idosos”, explicou a autarca, destacando também a importância de funcionar com uma rede de parceiros das várias instituições para o sucesso deste trabalho conjunto.

Enumerou ainda um conjunto de ações concretas que a Câmara desenvolve neste domínio e que têm por base quatro grandes categorias de direitos plasmados na Convenção, considerando que “a realidade atual exige de todos nós uma resposta efetiva às situações extremas de carência, mas esta resposta, não deve, não pode, ser orientada apenas por princípios assistencialistas”, defendendo que “precisamos de medidas que contribuam para a erradicação da pobreza e que garantam a emancipação individual e coletiva dos cidadãos e de medidas que cumpram o estatuído no artigo 4º da Convenção dos Direitos da Criança”.

Fernando Gameiro descreveu em traços gerais o trabalho desenvolvido pela Rede de Bibliotecas Escolares de Évora e a honra em aceitar o repto da CPCJ de se associar às comemorações.

Alexandre Varela agradeceu a presença de todos, nomeadamente das entidades, e salientou alguns aspetos essenciais a ter em conta no trabalho da Comissão visando a proteção e promoção dos direitos da criança. O papel da comunidade escolar como parceira da Comissão foi também sublinhado, bem como a importância do manual de recursos a apresentar nesta sessão, fruto de um trabalho desenvolvido em conjunto com os diversos parceiros.

Noémia Bandeira destacou a “enorme vitalidade e excelência de trabalho que a CPCJ de Évora desenvolve com grande sentido cultural e ético e de serviço à criança, à família e à comunidade local” e felicitou todos os membros da Comissão pela iniciativa da elaboração do manual de recursos, ação integrada no Plano Local de Promoção e Proteção dos Direitos da Criança.

“É uma ferramenta importantíssima que a Comissão de Évora foi capaz de a fazer”, realçou a representante da Comissão Nacional, focando também alguns direitos importantes da criança, como por exemplo o direito de brincar, que é também o direito à Polis e cujos responsáveis devem ter em conta na conceção das cidades.

“Os direitos existem, o grande desafio passa pela sua intransigente defesa e este é o desafio para todas as coletividades se queremos afirmar-nos como uma sociedade desenvolvida”, considerou Noémia Bandeira, defendendo a necessidade de ter crianças e jovens felizes. Deixou uma palavra aos jovens para que alertem todos para os seus direitos e outra de reconhecimento pela importância do trabalho da CPCJ de Évora, inclusive como inspiração a nível nacional para várias outras comissões.

Notícia retirada daqui

sábado, 23 de novembro de 2013

Évora megalitica - Tholos de Vale de Rodrigo


A sepultura de Vale de Rodrigo, sendo um dos poucos exemplos no seu género até agora conhecidos em Portugal, representa uma curiosa mistura das estruturas de "tholos" (1) e megalítica, aquela baseada numa planta circular e esta numa planta alongada. O monumento de Vale – de – Rodrigo 1 ocupa um lugar de destaque nas teorias de vários investigadores sobre o megalitismo do Ocidente da Península Ibérica.

Descrição: apenas a mamoa (2) é visível , com um diâmetro máximo de 56m e cerca de 5 m de altura. Um menir tombado encontra-se na base da sepultura, junto à entrada da vedação, servindo de referência a este bem conservado monumento pré-histórico.

No interior da coluna insere-se a sepultura da planta trapezoidal, estreitando-se naturalmente para um corredor. A delimitação da câmara é feita de 9 grandes esteios de granito, de 2,40 m de altura. Construída com pequenas lages de xisto e consolidada com argila, esta vai-se estreitando progressivamente pela sobreposição das lages, até fechar completamente com recurso a uma única pedra de fecho, provavelmente apoiada num ou mais pilares de madeira, técnica construtiva a que se dá o nome de "falsa cúpula" e que é utilizada na construção das sepulturas colectivas calcolíticas de tipo tholos .
Durante as escavações arqueológicas nos anos 40 foram encontrados crânios e dentes junto às paredes da câmara. Placas de xisto, pontas de seta em silex, utensílios de pedra polida e contas de colar contam-se entre o espólio recolhido.

(1) Tholos: deriva do grego q ól os = estrutura de falsa cúpula.
(2) Mamoa: colina artíficial, construída com terra e pedra

Informação retirada de Évora Megalitica

Évora Megalitica - Coroa do Frade


Esta fortificação atribuída à Idade do bronze considera-se das mais importantes em termos nacionais. Dentro da fortificação encontraram-se ainda várias dezenas de moinhos manuais de granito. O achado destes moinhos manuais em muito maior abundância que em qualquer outra estação arqueológica comprova claramente a importância dos cereais na economia local. Os moinhos seriam também eventualmente utilizados para o fabrico de farinha de bolota.

Descrição: A fortificação é constituída por uma linha da muralha, cuja forma lembra a de uma pêra, orientada no sentido EO, com 193 metros de eixo maior e 107 metros de eixo menor (ver desenho). Este amuralhado é completado  por linhas defensivas secundárias, aproveitando afloramentos de grande dimensão existentes no local. Através da datação de C14, foi comprovada a antiguidade de sementes de cortiça carbonizadas, presumindo-se que a vegetação local não tenha sofrido alterações de fundo nestes últimos 3 milénios, o que aponta não só para a potencial importância da criação de gado suíno, como também para a possibilidade de aproveitamento da bolota para o fabrico de pão, o que também pode explicar a abundância de moinhos manuais de granito.

INformação retirada de Évora Megalitica

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

A Evolução da Edificação Escolar de 1º Ciclo no Concelho de Évora


"A Evolução da Edificação Escolar de 1º Ciclo no Concelho de Évora"
Data: 28 de outubro a 30 de Março de 2014
Local: Arquivo Municipal (Rua de D. Isabel)
Horário: dias úteis | 9:00-12:30 | 14:00-17:30
   
A presente exposição retrata a evolução das construções escolares de 1º ciclo no concelho de Évora por datas e tipologias, desde a Escola de S Mamede até à Escola dos Canaviais. Pretende dar a conhecer a história de algumas escolas construídas em diferentes épocas - Valverde, Nª Sra. de Machede, S Manços, Sra. da Glória, Vista Alegre, Bacelo - e maquetas de outras - S Mamede, Azaruja, Vendinha e Horta das Figueiras.

Concerto com "Duo Pr'Além das Águas"


Concerto com "Duo Pr'Além das Águas"
23 de novembro
Casa da Zorra (Rua Serpa Pinto, 78)
22:00
   
O “Duo Pr’Além das Águas”, composto por Amanda Gonsales (voz) e Gabriel Freire (violão) atravessa o oceano e traz pra perto um pouco da riqueza da música popular brasileira. Com voz e violão, este duo recria grandes temas desse universo musical através de novos arranjos, interpretação e infusão da música erudita nesse contexto. É como diz a canção “Não deixe o samba morrer, não deixe o samba acabar”, pois então, assim seja!

Contacto -  266 746 257 | 964 144 716 | zorra.producoes.arte@gmail.com
Preço - 3,5€ (descontos para sócios de 40%)

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Concertos de Outono: Os Mistérios da Natividade


Concertos de Outono: Os Mistérios da Natividade
Data: 26 de novembro
Local: Paço dos Condes de Basto (Pátio de S. Miguel)
Horário: 18:30
   
Concerto do Coro da Câmara da Escola Superior de Música de Lisboa (ESML) que, no Dia de santa Cecília, Padroeira da música, evoca a quadra natalícia com motetes, inovações e narrativas do mistério à Natividade. Formado por alunos oriundos das áreas de direção coral, formação musical, canto, composição, guitarra, harpa, instrumentos de tecla, orquestra e jazz, o Coro da Câmara da ESML tem-se apresentado em concerto com um repertório variado qua abrange períodos que vão desde o Renascimento até à música contemporânea. O Coro é dirigido pelo Maestro Paulo Lourenço.

Contacto: 266 748 300 | geral@fea.pt
Web page: http://www.fundacaoeugeniodealmeida.pt
Inf. Extra: Preço - 6€ Bilhetes à venda no Páteo de São Miguel.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Évora Megalítica


Na zona a oeste de Évora destacam-se, pelo seu valor arqueológico e também pela sua monumentalidade, alguns sítios específicos, de grande interesse científico e patrimonial, que representam os períodos da pré-história antiga, proto-história recente e Idade do Ferro. Trata-se, sem dúvida, de uma mancha muito densa de vestígios arqueológicos, nos quais se salienta a mais imponente concentração de recintos megalíticos, três dos quais distribuídos em linha recta. Numa distância de 9 Km, localizam-se: a Gruta do Escoural, uma necrópole neolítica, com ocupação humana que remonta ao paleolítico superior, que constitui um importantíssimo núcleo de arte rupestre; a Anta Capela de S. Brissos, monumento megalítico transformado em templo do culto cristão; a Necrópole megalítica de Vale Rodrigo - com a sua imponente tholos - monumento megalítico de falsa cúpula, coberto por uma mamoa medindo 56m de diâmetro e cerca de 5m de altura e que integra também um menir decorado com gravuras e onde a delimitação da câmara é feita por nove grandes esteios de granito; e o recém descoberto povoado calcolítico fortificado do Monte da Ponte.

A sul, na herdade da Provença, encontra-se o Povoado da Coroa do Frade, fortificação da Idade do Bronze constituída por uma linha de muralha cuja planta lembra uma pêra orientada no sentido EO, medindo 103m de eixo maior e 107m de eixo menor; e a Anta Grande do Zambujeiro, classificada como monumento nacional.

A noroeste, localizam-se as Antas do Pinheiro do Campo e o Menir da Giesteira; e a nordeste e norte, o núcleo menírico da Casbarra e as Antas da Valeira.

Ainda por localizar, conhece-se a existência do Cabido Encarnado, cuja fortificação foi detectada através de fotografia aérea; o Cabeço de Vale de El-Rei de Cima, recinto quadrangular de atribuição cronológica por determinar; os dois recintos denominados ciclópicos perto da Graça do Divôr; o Povoado neolítico da Valada do Mato; os recintos megalíticos de Vale Maria do Meio e Portela de Mogos ; e, finalmente, no centro da área denominada a Oeste de Évora, na Serra de Montemuro, situam-se o Cromeleque dos Almendres e os dois menires isolados da mesma herdade.

Constata-se, assim, que nesta região se assistiu a uma continuidade ininterrupta até aos nossos dias, durante vinte milénios, da presença humana, com reflexos na paisagem e nas relações do homem com o território.

Informação retirada de Évora Megalitica

As Angústias do Senhor Trinity- A história de um miúdo


As Angústias do Senhor Trinity- A história de um miúdo
23 de novembro - Hostel Namasté - 21:00
   
“As Angústias do Senhor Trinity- A história de um miúdo” é um espaço informal, de conversa e de mostra do espetáculo, mas também de sabores. O espetáculo que tem como ponto de partida a adaptação de letras de músicas de bandas rock, tais como The Cure, Joy Division, Rage Against The Machine, Napalm Death, Iron Maiden, entre outras, tratando-as com uma nova roupagem musical. Os anfitriões do Namasté irão disponibilizar uma mesa de chás e outras coisas boas para acompanhar ao serão.

Contacto - 266 743 014 | 967 833 773 | welcome@hostelnamasteevora.pt 
Preço - 3€

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Passeio Científico "O Mundo Oculto dos Cogumelos"


Passeio Científico "O Mundo Oculto dos Cogumelos"
20 de novembro - Pólo da Mitra da Universidade de Évora - 9:30-12:30
   
Todos os anos, com a chegada do Outono e das primeiras chuvas surgem súbita e misteriosamente os cogumelos silvestres, vestindo os nossos prados, florestas, parques e jardins, com uma enorme panóplia de cores e formas dando origem a um espetáculo de incontestável beleza. Contudo, o que nós observamos é apenas “a ponta do iceberg”. Se quer saber mais aventure-se neste mundo oculto dos cogumelos faça este passeio científico, integrado na Semana da Ciência e Tecnologia.

Contacto - 266 760 885 | udit_icaam@uevora.pt
Participação livre, mediante inscrição prévia.

Postais Antigos - Largo Luís de Camões


Exposição de pintura "Loquitur Latine?"

Exposição de pintura "Loquitur Latine?"
Pedro Calhau
Palácio D. Manuel

"A exposição irá assentar num corpo de trabalho realizado ao longo de cinco anos, reunido pela primeira vez nesta ocasião. Loquitur Latine? (Fala latim) titulo da exposição foi uma forma encontrada de questionar qual é o valor e o fundamento da pintura no tempo em que vivemos. De que trata, afinal? Teremos de ter um conhecimento apurado para a podermos ter na nossa vida?"

HORÁRIO:
2ª a 6a | 10:00-12:00 e 13:00-17:00
Sábados | 13:00-17:00

“A Paixão de Joana d'Arc”, de Carl Dreyer (1928)


“A Paixão de Joana d'Arc”, de Carl Dreyer (1928)
19 de novembro - Igreja de São Vicente - 21:30
 
Este filme marcou o cinema com as interpretações de Renée Jeanne Falconetti e de Antonin Artaud. Filmado a partir de documentos históricos, a abordagem de Dreyer aproxima-se (e aproxima-nos) da experiência plástica e mística do sofrimento, com o rosto de Falconetti como uma intensa tela.

Contacto - 931 763 350 | colb@escritanapaisagem.net

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

“Falar Verdade a Mentir”, de Almeida Garrett


“Falar Verdade a Mentir”, de Almeida Garrett
18 a 22 e de 23 e 24 de novembro - Teatro Municipal Garcia de Resende 
(Pç. Joaquim Ant.º d’Aguiar)
18 a 22 de novembro às 10:30 e às 15:00 para grupos escolares
 23 de novembro às 21:30 e 24 de novembro às 16:00 para o público em geral
 
Duarte é um jovem peralvilho, mentiroso compulsivo, apaixonado de Amália e esta dele. Amália é filha do Sr. Brás Ferreira, um comerciante rico, do Porto que vem a Lisboa para casar a menina. Mas se Brás Ferreira apanhar o Duarte (mentiroso compulsivo) numa mentira, lá se vai o casamento de Amália com Duarte. Joaquina criada de Amália, esperta e ladina pretende casar com José Félix, ladino e imaginativo criado do General Lemos. Juntos tratarão de tornar verdade, perante Brás Ferreira, as mentiras que Duarte inventa. Nesta comédia em acto único de dezassete cenas, Almeida Garrett põe a ridículo a sociedade burguesa no Portugal do século XIX. (Encenação: Victor Zambujo | Cenografia e Figurinos: Leonor Serpa Branco | Música: Paulo Pires | Interpretação: Álvaro Corte Real, Ana Meira, Jorge Baião, José Russo, Maria Marrafa, Rui Nuno)

Contacto - 266 703 112 | geral@cendrev.com
Preço - 4 € geral | 3€ grupos escolares 
(funciona o cartão PassaporTeatro estudante e o cartão PassaporTeatro Sénior)

ADRAL realizou Tertúlia Empreendedora em Évora

Comemoração do 24º Aniversário da Convenção sobre os Direitos da Criança


PROGRAMA 
20 novembro (quarta-feira)
10h15 | «Os direitos das crianças e jovens em tempos de crise» –  Debate
Painel:
Dr.ª Francisca Sousa – Banco Alimentar
Comissárias Susana Saruga e Paula Carvalheira – CPCJ Évora
Moderadora: Dr.ª Benedita Barrocas – Presidente de uma Associação de Pais da ESGP
Local: Biblioteca da Escola Secundária Gabriel Pereira
Público Alvo: alunos, pais e professores
Organização: Biblioteca da Escola Secundária Gabriel Pereira e Serviço de Psicologia e Orientação da ESGP

11h55 | "Palavras com Direitos" – Encenação dramática em torno da poesia
Convidada: Comissária Maria José Coruche– CPCJ Évora
Local: Biblioteca da Escola Secundária André de Gouveia
Público Alvo: três turmas do ensino básico.
Organização: Biblioteca da Escola André de Gouveia e GATAPUM

16h00 | Sessão Solene Comemorativa do 24º Aniversário sobre a Convenção dos Direitos da Criança
Sessão de abertura:
Presidente da Câmara Municipal de Évora, Dr. Carlos Pinto de Sá
Comissão Nacional de Proteção de Crianças e Jovens em Risco, Dr.ª Noémia Bandeira
Presidente da CPCJ de Évora, Alexandre Varela
Coordenador da Rede de Bibliotecas de Évora, Prof. Fernando Gameiro
Apresentação do Manual de Recursos de Infância e Juventude do Concelho de Évora
Encenação dramática em torno da poesia (GATAPUM)
Local: Salão Nobre da Câmara Municipal de Évora
Entrada Livre

21 novembro (quinta-feira)
10h30 | "Leituras de Plenos Direitos"
Com a presença da comissária Helena Semião e estagiária Mónica Melro (CPCJ Évora)
Local: Biblioteca da Escola Básica Manuel Ferreira Patrício
Público Alvo: Turma PIEF e turma de 1º ciclo
Organização: Turma PIEF e Biblioteca da Escola Manuel Ferreira Patrício

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Origens do Hospital Real do Espírito Santo


Nos fins do séc. XV, existiam na cidade de Évora, pelo menos, doze pequenos hospitais, também chamados albergarias ou hospícios, destinados a recolher os romeiros, os pobres, os peregrinos e os enfermos: o Hospital de S. João de Jerusalém, o mais antigo, fundado por um grupo de «homens bons», com ajuda de D. Afonso Henriques, logo após a conquista da cidade de Évora aos Mouros, situado entre as Ruas dos Mercadores, Moeda e Alconchel; o Hospital do Corpo de Deus da Sé, junto à Catedral; o Hospital de Santo Antonino ou Santo Antão, junto da igreja de Santo Antão; o Hospital de S. Bartolomeu, fora da Porta de Aviz; o Hospital de S. Gião ou S. Julião, cuja localização se ignora; o Hospital de S. João, junto à muralha e perto da Porta de Moura; o Hospital do Salvador, na Rua das Fontes, anexado ao Hospital de Jerusalém em 1391; o Hospital do Espírito Santo, provavelmente no mesmo lugar onde se encontra hoje o Hospital; o Hospital de S. Bento, junto ao convento do mesmo nome, destinado aos leprosos; o Hospital de S. Francisco, junto do seu convento; o Hospital da Santíssima Trindade, anexado no séc. XIII ao do Corpo de Deus da Sé e, por fim, o Hospital de S. Brás, para os doentes vítimas da peste de 1479.

«Todos estes Hospitaes erão dotados de boa renda, mas como passava pelas mãos de muytos particulares, se extraviava tanto, que era muy pouco, o que chegava aos pobres; para evitar esta dezordem EI Rey D. Afonso V. lhe nomeou Administradores, mas porque nem com isto se evitou de todo, e com os multiplicados salarios se diminuião muyto as rendas, seo filho D. João II., a cuja perspicácia, e providencia do bem dos vassallos, nem se escondião os apices: alcançou do Papa licença para unir em hum só Hospital as rendas de todos os doze, e porque não teve tempo para fazer o Hospital, o fez seo successor D. Manoel com muyta magnificencia em 1495, escolhendo para elle o sitio do Spirito Santo por ser mais espaçozo, e sobre o muro da cidade: e porque teve algum escrupulo sobre a primeyra Bulla da União; impetrou em 23 de Agosto de 1498. nova Bulla de Alexandre VI.»

D. Manuel considerou-se padroeiro deste Hospital e deu-lhe o título de Real. Em 1535, D. João III confiou a administração aos Cónegos de S. João Evangelista. Em 1551, o Cardeal D. Henrique entregou-a ao Cónego Gomes Pires, sucedendo-lhe, em 1562, o Cónego Luís Álvares de Azevedo, Prior da Igreja de Santiago. Depois do Hospital Real do Espírito Santo, há notícia de terem sido criados, na cidade de Évora, quatro pequenos hospitais, com fins específicos: o Hospital da Universidade, mandado fazer pelo Cardeal-Rei, para tratar os estudantes pobres da sua Universidade; o Hospital do Conde, instituído por D. Fernando de Castro, primeiro Conde de Basto, no local da actual Travessa do Hospital do Conde, para homens e mulheres que já não pudessem ganhar a vida; o Hospital de Santo André, fora da Porta do Raimundo, para doentes com lepra, arrasado, em 1663, na invasão da cidade por D. João de Áustria e o Hospital de S. João de Deus, fundado por Bartolomeu do Vale, junto à Porta de Aviz, para a convalescência dos doentes saídos do Hospital Real.

D. Manuel subiu ao trono em 25 de Outubro de 1495, e, pelo Breve «Cum sit caríssimos» de 23 de Agosto de 1499, obteve autorização do Papa Alexandre VI, para fazer a fusão dos pequenos hospitais de Coimbra, Évora e Santarém. Convém, no entanto, referir que os testemunhos não são unânimes, nem quanto à fusão dos hospitais, nem quanto à fundação do Hospital do Espírito Santo.
É nosso propósito deixar o apuramento dos factos aos historiadores, contudo não nos abstemos de citar alguns testemunhos, além do já citado de Francisco da Fonseca.

- António Franco afirma: «El- Rei D. João o segundo alcançou do Papa unir a um só hospital os diversos, que houvesse em alguma terra». Desde o ano de 1492 ajuntou os de Évora em um nomeado do Espírito Santo. O edifício começou El-Rei D. Manuel no seu primeiro ano de 1495.

- Baltazar de Faria Severim, na abertura do Tombo da Fazenda do Hospital do Espírito Santo, em 1602, escreveu: Depois disso se ajuntarão E anexarão todos os ditos hospitaes com todas as rendas que tinhão a este que hora he do Spirito Santo. E posto que se não acha escritura certa de que se possa fazer menção Deuese ter / que esta anexação fez EI Rey Dom João 11 E que El-Rey Dom Manoel que lhe soccedeo fez esta casa (...) E da escritura do livro 5. fol. 34 uerso se proua que ia / no anno 1496. Todos estes hospital (sic) estauão iuntos E se nomeaua / tudo per hum hospital desta cidade»

- Túlio Espanca, por sua vez, atesta: Fundado no ano de 1492, a instâncias de D. João II que, para o efeito, reuniu cerca de 12 hospitais e albergarias dispersas pela cidade e que, nalguns casos subsistiam em difíceis circunstâncias económicas, a sua existência oficiosa teve confirmação papal de Alexandre VI, dada pela Bula de 23 de Agosto de 1498, em beneficio do rei D. Manuel.

- Damião Peres declara: Foi ainda D. João II que determinou a fusão dos hospitais de Évora num grande hospital, e foi também D. Manuel que veio a construir o edifício, sob a invocação do Espírito Santo, construção que começou em 1505. A pedido deste rei, o papa Alexandre VI expedira o Breve Cum sit carissimus, ainda em 1499, autorizando a incorporação em hospitais maiores os hospitais pequenos de Coimbra, Évora e Santarém.

- Armando Gusmão conclui: Não foi possível encontrar-se a confirmação da tentativa de D. João II, junto do Papa, para a união dos hospitais de Évora em um só, nem do diploma pontifício que concedesse essa autorização; é possível que seja confusão do padre Francisco da Fonseca com o igual procedimemto do mesmo monarca em relação aos hospitais pequenos de Lisboa, que fundiu e de que resultou a criação do Hospital de Todos os Santos.

Administração pela Santa Casa da Misericórdia

Aos 6 de Abril de 1567, o Hospital do Espírito Santo foi solenemente entregue, in perpetuem, pelo Cardeal D. Henrique, à Mesa da Santa Casa da Misericórdia de Évora, que o administrou durante 409 anos.

A 2 de Abril de 1975, por imperativos legais, o Hospital do Espírito Santo, passou para a tutela do Estado. Em 1975, verificou-se a entrada em funcionamento do edifício novo do Hospital.

Acções várias foram implementadas no âmbito da humanização, nomeadamente a remodelação das consultas de Pediatria, a criação dos balcões de informação, o alargamento do horário das visitas, a criação de grupos de voluntários, etc. Quanto à modernização salienta-se a criação do Serviço de Anatomia Patológica e da Morgue, instalados em edifício novo (1979), remodelação do edifício anexo ao Hospital e criação da Unidade de Hemodiálise (1986), a criação da Unidade de Neonatologia (1990), a remodelação do Serviço de Urgência, criação do balcão de Pediatria e ampliação da Sala de Observações (1991), a criação de Núcleos de Exames Especiais, a aquisição e instalação da TAC, de equipamento actualizado para exames de aparelho digestivo (1992), a aquisição de equipamento para a introdução da Cirurgia Laparoscópica e Artroscópica (1993), a criação da Unidade de Cuidados Intensivos (1994), etc.

O Hospital de Évora tem vindo a melhorar a prestação de cuidados de saúde, quer com o aumento do seu quadro de pessoal e melhoria da sua formação, quer com a instalação de equipamento tecnológico avançado, tomando-o uma Unidade de Saúde com a vitalidade que lhe advém da consciência do seu dever.

Fonte: Agostinho Crespo Leal, Capelão do Hospital 
in Actas do Congresso Comemorativo do V Centenário da Fundação do Hospital Real do Espírito Santo de Évora (1996)
http://www.hevora.min-saude.pt/

"É Tempo de Atuar!" na Arena d'Évora


"É Tempo de Atuar!"
Data: 16 de novembro
Local: Arena d'Évora
Horário: 15:00
 
Espetáculo solidário integrado no programa "Tempo para dar", que tem com objetivo sensibilizar a comunidade para o isolamento e solidão dos idosos em Portugal. Com a apresentação de Fernando Mendes e as atuações de: Centro Educativo Alice Nabeiro, Companhia "Triana", Grupo Académico "Seistetos", Grupo das Cantadeiras e Grupo de Cavaquinhos da Associação de Idosos da Freguesia da Sr.ª da Saúde, Grupo Coral AHRIE, Grupo Coral da ARPIE, Grupo Coral da Associação de Idosos do Bacelo, Grupo Coral da Associação de Idosos da Horta das Figueiras, Grupo de Hip-Hop da delegação de Évora da Cruz Vermelha, Grupo "Os Amigos da Malagueira", Grupo "vozes do Alentejo", João Ferreira, José Mendes Music, Tuna Académica do Liceu de Évora, Tuna Académica da Universidade de Évora, Tuna da Escola de Enfermagem S. João de Deus, Tuna da Universidade Sénior de Évora.

Organização: Coração Delta | Tempo para Dar | Câmara Municipal de Évora
Apoios: Fundação Eugénio de Almeida | Cruz Vermelha Portuguesa | Fundação PT
Contacto: 266 743 132
Inf. Extra: Preço: 2,50€. O valor da bilheteira reverte para a instalação de 120 aparelhos de teleassistência a idosos do concelho de Évora. Bilhetes à venda: Bilheteira Online, Arena d'Évora, Posto de Turismo e Convento dos Remédios.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

História do Convento de Nossa Senhora da Graça


A Igreja da Graça ou Convento de Nossa Senhora da Graça (popularmente chamado Convento da Graça ou Meninos da Graça), é um importante monumento religioso renascentista da cidade de Évora, situando-se no Largo da Graça, na freguesia da Sé e São Pedro. Este mosteiro, dos frades eremitas calçados de Santo Agostinho, foi fundado em 1511, tendo sido projectado pelo arquitecto da Casa Real Miguel de Arruda.

O edifício é um belo exemplar do mais puro estilo renascentista, tendo nos acrotérios da fachada as famosas figuras atlantes a quem o povo de Évora chama desde há séculos, os "Meninos da Graça". Sofrendo o golpe da extinção das ordens religiosas, no ano de 1834, o Convento da Graça foi nacionalizado e transformado em Quartel. Entrou então em grande ruína, perdendo-se grande parte dos seus valores sumptuários, o que constituiu uma enorme perda para o acervo artístico de Évora. Muitos dos altares, imagens e sinos da igreja foram transferidos para a Igreja do Convento de São Francisco, então já paroquial de São Pedro (em cuja freguesia se situava o arruinado Convento da Graça).

Foi classificado pelo IGESPAR como Monumento Nacional em 1910 e Património Mundial da UNESCO em 2001.
A bela capela da Irmandade do Senhor Jesus dos Passos da cidade de Évora, em mármores coloridos e embutidos, que situava no claustro, foi, em boa hora, transferida para a Igreja do Espírito Santo. 

O estado calamitoso de ruina atingiu o ponto máximo em 1884, com o desabamento da abóbada da igreja, perdendo-se os seus magníficos painés de azulejo (que representavam cenas da vida de Santo Agostinho). O edifício veio a ser restaurado só na segunda metade do século XX, conservando (o exterior e algumas dependências conventuais, como o claustro e o refeitório) as linhas da arte renascentista que o tornam num dos mais belos monumentos eborenses.
Actualmente serve de Messe de Oficiais da guarnição de Évora, sendo a Igreja a Capelania da Região Militar Sul.

Noticia retirada daqui

Postais Antigos - Janela Manuelina


quarta-feira, 6 de novembro de 2013

A valiosa Cruz Relicário do Santo Lenho de Évora




A Cruz Relicário do Santo Lenho de Évora é uma peça de ourivesaria de alto valor histórico, artístico e cultural, engastada de pedraria riquíssima, que faz parte integrante do chamado Tesouro da Sé, instalado desde Maio de 2009 no moderno Museu de Arte Sacra, contíguo à Catedral. Extremamente valiosa, suscitou entre os anos 90 do século passado a cobiça das quadrilhas internacionais de ladrões de arte sacra, que por duas vezes a tentaram roubar. Mas a estrutura sólida e maciça do velho templo gorou-lhes as intenções, ao não permitir a intrusão no seu interior. Curiosamente, a cruz relicário é mais conhecida por visitantes que pelos próprios eborenses, muitos dos quais desconhecem a sua existência ou dela ouviram falar vagamente. E vale a pena saber a sua história, mescla de crenças, tradições e fatos reais, a par da extraordinária riqueza da sua composição. 

De acordo com a tradição, foi Santa Helena (Flávia Júlia Helena), mãe do Imperador Constantino I (responsável pela conversão do mundo latino ao cristianismo), quem, após aturadas pesquisas em torno do lugar onde Cristo foi supliciado e torturado, descobriu a cruz na qual o Nazareno agonizou e morreu. Desde logo manifestou a intenção de partir a cruz em duas metades, tendo uma permanecido em Jerusalém, enquanto a outra foi encaminhada para Roma. Os pequenos fragmentos resultantes da operação de separação foram remetidos para diversos pontos da cristandade, passando todos a ser genericamente designados por Vera Cruz, ou seja pertencentes à verdadeira cruz. Possuir um fragmento mínimo era, pois, a maior das relíquias, conferia honra, dignidade, solenidade e especial veneração aos locais que os detinham, dando origem ainda, por acréscimo, ao aparecimento de novos lugares de culto e comunidades de vizinhança, para promoção da devoção e do culto. 

De frágil madeira para adoração, os pedaços sagrados passaram a ser guardados em relicários cravejados obrigatoriamente de metais nobres, para maior engrandecimento e glória do Senhor. Perguntar-se-á então, com alguma admiração e surpresa, como chegou a Évora uma parte do Santo Lenho. Admite-se como certo que na sétima cruzada (movimentos militares de inspiração cristã, ocorridos entre os séculos XI e XIII e destinados a libertar a Terra Santa), D. Afonso Pires Farinha, prior da Ordem do Hospital ou de Malta, na pequena vila de Marmelar (Portel), conseguiu trazer para Évora um grande fragmento da Cruz, a pedido do bispo D. Durando Pais, que entretanto refundara a Catedral, dado que a primitiva estava assente sobre uma mesquita muçulmana da qual hoje não restam vestígios. Sustenta a tradição que a mula que o transportava, ao chegar às imediações de Évora, deteve-se subitamente e fincou as patas no chão, de modo a que ninguém a conseguiu dali arrancar. Os que participaram na comitiva viram nisto um sinal divino de que a relíquia não era para ficar na cidade e levaram-na para o Mosteiro de Marmelar, direção espontaneamente tomada pelo animal. 

 Naquelas paragens ficou até à batalha do Salado (1340), que opôs os povos peninsulares aos mouros, os quais procuravam recuperar o território perdido quando da Reconquista Cristã. Ao tempo desse decisivo confronto reinava em Portugal Afonso IV, cuja filha Maria (a fermosíssima Maria, cantada por Luís de Camões em “Os Lusíadas”) era casada com Afonso XI de Castela, mas vivia recolhida num convento em Sevilha por não poder suportar a relação do rei com Luísa de Gusmão, sua amante e de quem viria a ter dez filhos ilegítimos. Entretanto a poderosa ofensiva muçulmana, comandada pelo rei de Fez e Marrocos com o auxílio de emir de Granada, ameaçava ocupar Castela sem que os exércitos de Afonso XI manifestassem grande capacidade de combate. Em face disto, o rei de Castela viu-se obrigado a pedir o auxílio de Afonso IV através da filha. Esta aceitou vir a Évora, onde a Corte estava instalada, interceder junto do pai, que com alguma relutância decidiu juntar-se ao genro, não sem que tivesse ordenado ao Prior da Ordem do Hospital que levasse o Santo Lenho de Marmelar. Afonso IV dirigiu-se primeiro a Elvas, com o fito de recrutar para as suas fileiras o maior número possível de cavaleiros e peonagem, que entretanto foram aumentando com outras guarnições formadas em diversos troços do percurso. 

 Daí saiu para se encontrar em Sevilha com o genro. Na cidade andaluza concertaram estratégias e atacaram o poderoso contingente mouro junto à ribeira do Salado, perto de Cádis. Os muçulmanos desorientaram-se e, depois de prolongada peleja, abandonaram a pugna, sofrendo memorável revés e deixando o campo de batalha juncado de mortos e de valiosíssimos despojos. De acordo com os cronistas coevos, o papel da relíquia no ânimo, no espírito e na fé dos combatentes cristãos foi determinante no desfecho da contenda. No regresso a Portugal, como conta Jorge Cardoso no “Agiológico Lusitano”, «levou el-rei gosto que se partisse em duas partes iguais e ficasse uma em Évora e outra na sua Igreja de Vera Cruz». 

Contudo, o magnífico relicário que hoje se pode admirar na Catedral só começou a ser composto por ordem do Arcebispo de Évora, Frei Luís da Silva Teles (1691-1703), que a diversas joias recebidas do seu antecessores adicionou centenas de muitas e valiosas gemas (pedras preciosas), num total de 1374, sendo que 845 são diamantes, 105 esmeraldas, 419 rubis, 2 safiras azuis, 2 espinelas vermelhas e uma hessonite. Mas para conhecer com maior detalhe esta maravilhosa peça de ourivesaria barroca portuguesa a “Évora Mosaico aconselha a leitura de “O Santo Lenho da Sé de Évora - Arte, Esplendor e Devoção”, da autoria de Rui Galopim de Carvalho, Artur Goulart de Melo Borges e Gonçalo Vasconcelos e Sousa, em edição luxuosa da Fundação Eugénio d’Almeida.

Texto - José Frota

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Alterações de Évora

Os factos passados em Évora nos anos de 1637 e 1638, as chamadas Alterações são importantes na historia portuguesa porque não foram transitórios e irradiaram desta cidade a outros pontos do país o espírito revolucionário que conduziu à restauração da independência de Portugal.

A uma visita que o duque de Bragança D. João II, depois rei D. João IV, fez em 1635 a Évora, com o fim ostensivo de visitar o marquês de Ferreira, D. Francisco de Mello, pelo seu segundo casamento, se atribui pelo grande aparato um fim político: o de fomentar a resistência e avivar as esperanças da nação impaciente por sacudir o jugo estranho. Na História Genealógica da Casa Real Portuguesa vem a descrição minuciosa desta visita, declarando o autor que a obteve de um livro de memórias da casa do marquês de Ferreira, mas dela nada transparece com intuitos políticos. Porém, num manuscrito do padre António Franco, códice da Biblioteca de Évora (N.° 104-140), encontrou o Sr. Gabriel Pereira, conforme escreveu nos seus Estudos Eborenses: “As vésperas da Restauração, uma alusão evidentemente política.” É o seguinte episódio: “O duque hospedara-se na Cartuxa, do padroado da sua casa, e os monges a todas as comidas só apresentaram peixe, conforme a sua regra. ­ ‘Paciência’ disse o duque, ‘eu me vingarei no Colégio.’ Mas a visita ao Colégio dos jesuítas foi na sexta-feira: mais peixe. – ‘Enfim eu vim jejuar a Évora!’ Um dos padres respondeu logo: - ‘Senhor os jejuns são vésperas de grandes festas’. O duque entendeu e gostou da alusão. Ainda outra, e bem significativa, foi a frase do orador, padre Gaspar Correia, na festa da sé, que concluiu o sermão dizendo que esperava ver o duque com uma coroa..., fez pausa e acrescentou: - ‘de glória!’ Na multidão que enchia o templo houve tal movimento e aplauso que só faltou aclamarem-no rei.”

Do manuscrito citado consta ainda que a el-rei de Castela alguém delatou com inveja o que se passara, as honras excessivas prestadas ao duque pela cidade, cabido e Universidade... que isto era armá-lo a rei. Filipe III dissimulou o caso, e mandou escrever ao marquês de Ferreira e ao conde de Basto, D. Diogo de Castro, e à cidade, louvando muito o que se tinha feito em honra do duque seu primo. Pôde, portanto, afirmar-se que em Évora já em 1635 a nobreza e parte do clero urdiam tramas políticas. A conspiração progrediu e a péssima política de Castela dia a dia agravava a situação; mas o pronunciamento popular de Évora teve um cunho especial e foi muito além do que desejavam as classes superiores. A Espanha começava a esfacelar-se e com ela as conquistas de Portugal. Os desastres no Brasil e as relações difíceis com a França, Inglaterra e Holanda, tornavam excessivos os impostos e repetidas as levas de homens para as armadas. Por diversos alvarás se criaram impostos novos. Em 1635 o pedido geral era de 400 mil cruzados, afora outros impostos. A parte que correspondia; a Évora orçava por 2.000 ducados. Para a cobrança foram expedidas ordens aos corregedores para a fazerem sem dependência das câmaras.

Em Évora tais ordens encontraram o zelo funesto de André Morais Sarmento, magistrado servil e violento. O génio imprudente deste homem provocou o rompimento. Desejando recomendar-se à corte, convocou a câmara, e propôs-lhe a substituição dos novos tributos pela quarta parte do subsidio de 500.000 cruzados do ano de l637, exaltando a clemência e suavidade da Coroa em deixar à vontade dos contribuintes o lançamento e repartição. Os vereadores sobressaltados declinaram a resposta, desculpando-se com a indisposição geral. Insistiu o corregedor e, achando-os firme, buscou outro meio, chamando a sua casa, no dia 21 de Agosto de 1637, os cabeças populares para, os intimidar, e extorquir deles obediência pelo terror. Acudiram à intimação o juiz do povo Sesinando Rodrigues, borracheiro, e o escrivão João Barradas, barbeiro de espadas. Mas estes não acudiram sós; grupos de populares, desconfiados e curiosos, os seguiram até à porta, e ficaram na praça esperando o resultado. 0 corregedor principiou mansamente, fazendo promessas; vendo porém a firmeza e resolução dos dois magistrados populares recorreu às ameaças. João Barradas alegou que não podia decidir sem o negócio ser comunicado aos companheiros. O corregedor, receando a publicação e cheio de ira, soltou injúrias contra os moradores de Évora e jurou ao juiz do povo e escrivão que não sairiam vivos de suas mãos. Disse-se depois que não falara de leve, porque tinha prevenidos em casa o algoz e seus ajudantes para os enforcar. Se isto não passou de invenção não deixa contudo de ser provável que o corregedor usasse de forte intimação, de insultos violentos e ameaças. Os numerosos grupos de populares que estacionavam na praça, esperando ansiosamente o resultado da conferência, viram Sesinando Rodrigues aparecer de súbito, em grande agitação, à janela que olhava para a praça, bradando e pedindo socorro ao povo e dizendo que morriam pelo livrar dos trabalhos em que o queriam meter os ministros do rei.

Ouvindo isto o povo furioso arremeteu contra a casa, fez voar as portas, e, entrando pelas escadas e quartos, trazia momentos depois em triunfo os dois magistrados populares. A este tempo saltavam as primeiras labaredas da casa incendiada. O corregedor fugiu pelos telhados e acolheu‑se no convento de S. Francisco. O povo atirava das janelas os moveis, roupas, livros e papeis. Tudo ardeu numa fogueira. Dividiu-se depois em bandos, e estes, vagueando pelas ruas, rasgaram os registos públicos, despedaçaram as balanças da casa fiscal do real de água e dos açougues, soltaram os presos, invadiram cartórios e tribunais. As justiças fugiram ou esconderam-se, e a cidade ficou sem leis e sem polícia, entregue ao motim. Este rompimento tão súbito e violento assustou as pessoas principais. Na igreja de Santo Antão reuniram-se o arcebispo D. João Coutinho, o conde de Basto, o marquês de Ferreira, o conde de Vimioso, D. Francisco de Lencastre, Jorge de Mello, e outros, e deliberaram acerca do modo mais prudente de sossegar tão perigosa agitação.

Pouco depois saiu o arcebispo de cruz alçada, rodeado do muitas pessoas principais, e empregando palavras brandas intentaram acalmar a maior fúria, prometendo interceder pela cidade, rogando aos mais violentos que entregassem à câmara a defesa dos seus privilégios. Mas os amotinados desprezaram as promessas e o conselho, lançando em rosto aos nobres a fraqueza com que sempre tinham visto calcar o povo e a pátria aos pés dos exactores. A resposta fez recolher intimidada a nobreza à igreja de Santo Antão; e os amotinados continuaram nas suas alterações. De noite a multidão investiu as moradas dos magistrados mais aborrecidos; insultou alguns vereadores suspeitos, apedrejou as janelas do paço arquiepiscopal, e estando no pátio de S. Miguel foi insultar a autoridade e as cãs do velho ministro conde de Basto. Entretanto a nobreza de Évora temia que a Corte suspeitasse dela e desejava que a pacificação da cidade fosse obra sua para argumentar depois com ela em favor do próprio engrandecimento. De Santo Antão, tempo depois, a junta correspondia-se com Madrid e com os cabeças do povo. Os sediciosos, querendo desviar de si as acusações futuras, inventaram uma nova forma de governo sem responsabilidade. Valeram-se da pessoa de um doido, conhecido pelas jogralidades, pela extraordinária corpulência, e ironicamente chamado o Manuelinho, e em nome dele firmaram todas as convocações, todos os éditos, e todas as ordens. Os autores das resoluções violentas, escondidos atrás do vulto sem imputação do Manuelinho de Évora, ousaram então assoberbar a cidade. Todas as manhãs se liam afixados nas praças e esquinas bandos, provisões e decretos, provimentos de empregos, ordens de desterro, e, coisa notável, nenhum magistrado, nenhum fidalgo se atrevia a resistir. O edital de 22 de Agosto, dia seguinte ao do levantamento, já era assinado por Manuelinho.

Este documento foi primitivamente divulgado por Cunha Rivara, no vol. do Panorama, de 1840, pág. 202, artigo que se refere aos que, sobre os tumultos de Évora, publicara Alexandre Herculano no mesmo periódico em 1839, a págs. 385 e 394. Nestes tumultos, o povo não marchava à toa, havendo um poder oculto, uma direcção que se disfarçava. Da corte expediram-se sucessivamente diversos emissários que não conseguiram pacificar a cidade. Ficou então a Junta dos senhores de Évora encarregada da mediação, correspondendo-se directamente com Madrid. Por este tempo romperam agitações em vários pontos do país: Santarém, Tancos, Abrantes e Vila Viçosa. Para aplanar todas as dificuldades ofereceram o arcebispo e o cabido, bem como a câmara de Évora, o pagarem das suas próprias rendas o excesso que se impunha à cidade; com o que o povo não pagaria mais do que o ordinário, o rei ficaria servido, e a cidade contribuindo com tudo o que se lhe havia imposto. Não satisfazendo a proposta ao conde duque de Olivares, conseguiu este que a Évora fossem mandados o conde de Linhares, acompanhado por D. Álvaro de Mello de Bragança e o inquisidor António da Silveira Menezes, ambos naturais de Évora, e na cidade muito conhecidos e estimados. Veio também o celebre D. Francisco Manuel de Mello, que sobre o assunto deixou uma relação, a primeira das suas Epanáforas de Vária História, sobre a qual todos os nossos historiadores têm fundado as suas descrições dos tumultos de Évora. Mas a esta cidade só chegaram o conde de Linhares e D. Francisco Manuel. À proposta de irem os dois magistrados populares pedir perdão ao rei a Castela, respondeu o povo querendo expulsar o conde, que então se retirou para Lisboa, mandando D. Francisco Manuel a Madrid. Sucedeu isto na noite de 1 de Janeiro de 1638, ficando o novo tumulto conhecido pelas Janeiras. Filipe III, irritado, mandou à duquesa de Mântua que enviasse a Évora um corregedor da Corte com alçada especial. Veio, efectivamente, o corregedor Diogo Fernandes Salema, com seus oficiais, empregados, meirinhos, e homens armados bastantes para sua segurança. Em Évora sabia-se que um exército na fronteira estava pronto a marchar. O séquito sinistro da alçada entrou na cidade sem ouvir um brado. Dominava o terror; bastantes famílias, muitos dos entusiastas da revolta, os próprios magistrados populares, abandonaram a cidade. A alçada não pôde fazer mais do que justiçar em estátua os dois cabeças de motim, o que fez por sentença de 16 de Março de 1638.

Passada a aclamação de D. João IV os foragidos João Barradas e Sesinando Rodrigues estavam em Évora e eram irmãos da Misericórdia, vindo o último a ser enterrado em 16 de Setembro de 1661, conforme a nota final do Sr. Gabriel Pereira nos seus Estudos, acima citados.

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