quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Évora Megalítica


Na zona a oeste de Évora destacam-se, pelo seu valor arqueológico e também pela sua monumentalidade, alguns sítios específicos, de grande interesse científico e patrimonial, que representam os períodos da pré-história antiga, proto-história recente e Idade do Ferro. Trata-se, sem dúvida, de uma mancha muito densa de vestígios arqueológicos, nos quais se salienta a mais imponente concentração de recintos megalíticos, três dos quais distribuídos em linha recta. Numa distância de 9 Km, localizam-se: a Gruta do Escoural, uma necrópole neolítica, com ocupação humana que remonta ao paleolítico superior, que constitui um importantíssimo núcleo de arte rupestre; a Anta Capela de S. Brissos, monumento megalítico transformado em templo do culto cristão; a Necrópole megalítica de Vale Rodrigo - com a sua imponente tholos - monumento megalítico de falsa cúpula, coberto por uma mamoa medindo 56m de diâmetro e cerca de 5m de altura e que integra também um menir decorado com gravuras e onde a delimitação da câmara é feita por nove grandes esteios de granito; e o recém descoberto povoado calcolítico fortificado do Monte da Ponte.

A sul, na herdade da Provença, encontra-se o Povoado da Coroa do Frade, fortificação da Idade do Bronze constituída por uma linha de muralha cuja planta lembra uma pêra orientada no sentido EO, medindo 103m de eixo maior e 107m de eixo menor; e a Anta Grande do Zambujeiro, classificada como monumento nacional.

A noroeste, localizam-se as Antas do Pinheiro do Campo e o Menir da Giesteira; e a nordeste e norte, o núcleo menírico da Casbarra e as Antas da Valeira.

Ainda por localizar, conhece-se a existência do Cabido Encarnado, cuja fortificação foi detectada através de fotografia aérea; o Cabeço de Vale de El-Rei de Cima, recinto quadrangular de atribuição cronológica por determinar; os dois recintos denominados ciclópicos perto da Graça do Divôr; o Povoado neolítico da Valada do Mato; os recintos megalíticos de Vale Maria do Meio e Portela de Mogos ; e, finalmente, no centro da área denominada a Oeste de Évora, na Serra de Montemuro, situam-se o Cromeleque dos Almendres e os dois menires isolados da mesma herdade.

Constata-se, assim, que nesta região se assistiu a uma continuidade ininterrupta até aos nossos dias, durante vinte milénios, da presença humana, com reflexos na paisagem e nas relações do homem com o território.

Informação retirada de Évora Megalitica

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