domingo, 23 de fevereiro de 2014

Igreja de Évora reparada após danos provocados por construção de hotel


A centenária e classificada Igreja das Mercês, situada em pleno centro histórico de Évora, vai entrar em obras de reparação, após ter sofrido danos na sua estrutura durante a construção de um novo hotel.
António Carlos Silva, da Direcção Regional de Cultura do Alentejo (DRCAlen), adianta à Agência Lusa que a empresa proprietária do hotel e o empreiteiro decidiram avançar com a reparação da igreja e que “o projecto já está adjudicado a uma empresa especializada”.
O director de serviços de bens culturais da DRCAlen realçou que “o espólio do Museu de Évora que estava guardado na igreja já foi distribuído por outros espaços” e que, por sugestão da protecção civil municipal, foi criado um perímetro de segurança.
“Não há perigo de derrocada iminente. Longe disso, mas, por uma questão de precaução, foram feitos alguns trabalhos e foi criado um perímetro de segurança”, refere.
Durante a construção do hotel B&B Évora, entretanto já inaugurado, foram detectados danos, como “o surgimento de fissuras”, na Igreja das Mercês, construída em 1670 e classificada como Imóvel de Interesse Público.
A unidade hoteleira, do grupo português Endutex Hotéis, está localizada, na Rua do Raimundo, uma das artérias que faz ligação à Praça do Giraldo, “sala de visitas” da cidade alentejana, ao lado da igreja.
Contactada pela Lusa, Gisela Barros, da Endutex Hotéis, explica que estão “a aguardar o projecto de reparação” para, depois, se “avançar com a reparação” da igreja, prevendo a sua conclusão “num par de meses”.
“A não reparação do agravamento de algumas fendas pré-existentes nunca esteve para nós em causa”, diz, indicando que, por ser um edifício especial, o processo “foi avaliado com mais cuidado e rigor, o que exigiu mais tempo para validação final de todos os intervenientes, incluindo técnicos peritos do seguro”.
A responsável escusa-se a revelar quem vai suportar os custos das obras de recuperação, por o “processo estar em curso”, considerando que, “nesta altura, a garantia da intervenção iminente é o que realmente importa”.

Notícia retirada daqui

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