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sábado, 23 de março de 2013

Nos trilhos da ecopista


Entre os muitos e bons percursos ambientais que a cidade e o seu termo nos propiciam, a ecopista marca já posição de relevância nacional e internacional, estando integrada na Rede Verde do Espaço Mediterrâneo Ocidental, a qual é constituída por vias não motorizadas que garantem uma ligação fácil entre as zonas urbanas e rurais, proporcionando um contacto directo com a natureza. A ecopista de Évora nasceu de um acordo celebrado entre a Refer e a Câmara de Évora, visando a reconversão do antigo ramal ferroviário de Mora como forma de contributo para o desenvolvimento integrado da região. 

No cumprimento desse desígnio, compete-lhe fazer a promoção de pontos de interesse histórico-cultural, do turismo, do recreio e do lazer ao ar livre e, em concomitância, proceder à recuperação do património em mau estado, assente numa ideia global de incentivo à conservação da natureza e valorização dos sistemas naturais existentes. O antigo ramal de Mora, de cerca de 60 quilómetros de extensão, ligava a cidade àquela vila, com passagem pelas estações e apeadeiros da Graça do Divor, Arraiolos, Pavia e Cabeção. Inaugurado a 11 de Julho de 1908, estava previsto no projecto inicial que se viria a alongar até Ponte de Sor, onde estabeleceria conexão com a Linha do Leste (Abrantes – Elvas). 

Tal ideia não veio porém a concretizar-se. No entanto, o principal objectivo que presidira à sua construção – necessidade de fazer escoar os produtos agrícolas da parte setentrional do distrito de Évora até à sua capital, onde eram armazenados nos respectivos silos, procedendo-se ulteriormente ao seu envio para Lisboa – foi de qualquer modo alcançado. Entretanto, a partir de 1916, ano da fundação da Sociedade Alentejana de Moagem, o ramal ganhou uma movimentação inusitada ao passar a efectuar o transporte dos produtos da famosíssima Fábrica dos Leões (massas alimentícias), que para o efeito ali instalou uma estação, mesmo junto à linha. Daqui não se infira, porém, que a linha só serviu para o transporte de mercadorias. Pelos seus carris passaram, durante muitos anos, milhares e milhares de passageiros. Só a partir de finais dos anos 60 a afluência aos seus préstimos começou a declinar. 

A expansão das empresas rodoviárias, a generalização da propriedade e uso do automóvel e o decréscimo de importância da actividade agrícola na economia regional foram factores que contribuíram para um acentuado afrouxamento na sua procura. Atendendo às circunstâncias, a CP decidiu-se pelo seu encerramento em 1990. No decurso de oitenta e dois anos de existência o ramal vira crescer, junto a si e no seu troço inicial (periferia de Évora), novos espaços habitacionais, bairros na sua grande maioria: os primeiros, clandestinos (Chafariz d’El Rei, Poço Entre-as Vinhas, Leões e Louredo) e os seguintes (Novo, Câmara e já mais tarde Nogueiras, Bacelo e Álamos) legais. Desactivada a linha e removidos os carris, os moradores começaram a utilizá-la como percurso de comunicação entre eles ou como forma de encurtar caminho nos deslocações à cidade. Sempre a pé ou de bicicleta. 

Com a transformação da CP em Refer enquanto entidade gestora e exploradora dos Caminhos de Ferro Portugueses, foi possível chegar rapidamente a um entendimento com a Câmara Municipal para a sua reconversão em ecopista. A nova estrutura foi inaugurada a 25 de Abril de 2005 com uma grande festa popular e teve numa primeira fase a extensão de 13 quilómetros, começando poucos metros adiante da estação de Évora e prolongando-se até ao antigo apeadeiro da Graça do Divor. No ano seguinte foram abertos mais 7 quilómetros até à antiga paragem na Herdade da Sempre Noiva, situada no limite do concelho. Sublinhe-se que na zona urbana da cidade a ecopista se desenvolve em tapete betuminoso, o que torna a sua utilização mais cómoda e segura para as pessoas de mobilidade reduzida. 

O sucesso desta infra-estrutura de desporto informal, recreio e lazer, destinada essencialmente ao passeio, à marcha, ao ciclo-turismo e aos praticantes de BTT foi imediato. Para isso muito contribuiu o percurso extremamente interessante do ponto de vista paisagístico e ecológico, onde a fauna e a flora características da região observam o utente a cada instante e cuja interpretação se encontra disseminada por diversos pontos do percurso. O mesmo acontece com a indicação da quilometragem, sempre presente ao longo do corredor ecológico. 

Em outros quadros se fornecem as regras e condições respeitantes ao seu uso, acompanhadas de um imprescindível mapa de apoio. Abusos de utilização (caçadores e cavaleiros), depredação de materiais e alguns outros desmandos passaram a ser punidos com coimas entre os 50 e os 1000 euros, segundo o Regulamento de Utilização da Rede de Percursos Ambientais de Évora, em vigor desde 28 de Julho de 2007 e publicado em Diário da República. Fiscais camarários, PSP e GNR encarregam-se da vigilância à ecopista. O Grupo de Caminheiros de Évora também dá uma ajuda na preservação do espaço. Dada a sua frequência, a Câmara Municipal dotou, no ano passado, de iluminação o troço inicial de quatro quilómetros, correspondentes a toda a área urbana abrangida, entre os bairros de Chafariz d’El Rei e do Bacelo, alargando o seu período de utilização em condições de segurança.

 E, já em 2009, procedeu à colocação ao longo do percurso de mais de centena e meia de árvores, dando sequência ao projecto Portugal Verde, promovido pela Revista Visão. A ecopista de Évora é pois um percurso ambiental a não perder. Vá conhecê-la e conviva alegremente com a natureza.

Texto: José Frota
Fotografia: Carlos Neves

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Hortas Urbanas chegam a Évora


As primeiras hortas urbanas de Évora, constituídas no âmbito da implementação da Agenda 21 Local no concelho, foram entregues no dia 14 de Abril, no Monte de Santo António, às Portas de Avis. Trata-se de um terreno agrícola municipal com 6300 m2 onde serão constituídos 89 talhões de 45 m2 cada. Estas hortas serão destinadas aos moradores das freguesias do Centro Histórico (S. Mamede, Sé/S. Pedro e Santo Antão) e Bacelo.

Entretanto, a Câmara já iniciou os trabalhos de infraestruturação deste terreno que incluem: vedação, depósito de água, rede de distribuição de água com colocação de torneiras de utilização coletiva, construção de caminhos e marcação dos talhões. A conclusão desta pequena intervenção, que deverá demorar cerca de 15 dias, possibilitará que as pessoas possam iniciar o cultivo da terra ainda durante o mês de Abril.

No passado dia 31 de março teve lugar no Monte de Santo António uma visita ao terreno que contou com a presença de técnicos da CME, membros de juntas de freguesia e boa parte dos futuros horticultores.

As Hortas Urbanas constituem um projeto da Agenda 21 Local, que visa aproveitar os terrenos disponíveis para a criação de hortas comunitárias de qualidade e bem organizadas, que funcionem como espaços de produção mas também de socialização e convívio. É também uma forma de fomentar novas atitudes, comportamentos e estilos de vida mais saudáveis e ambientalmente mais sustentáveis, promovendo a melhoria da qualidade de vida

Por outro lado, as Hortas Urbanas de Évora terão igualmente uma forte componente pedagógica junto dos “proprietários” com filhos ou netos, podendo os mais novos contatar com uma realidade rural desconhecida, funcionando como um complemento à formação escolar nesta área.

Em termos globais, o projeto das Hortas Urbanas de Évora reuniu cerca de 230 inscrições, estando a Câmara Municipal de Évora, em parceria com as juntas de freguesia, a trabalhar noutros projetos para que brevemente sejam criadas novas hortas, noutros terrenos da cidade.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Percursos Ambientais em Évora - Aqueduto da Água da Prata

O Aqueduto da Água da Prata foi durante muitos anos a principal fonte de abastecimento de água à Cidade. Hoje a sua importância é menor, mas não deixa de constituir uma alternativa e reforço do abastecimento. Apesar de estarem em curso obras de restauro do Aqueduto, o caminho encontra-se limpo, em grande parte da sua extensão, pelo que o percurso pode começar a ser utilizado.
Brevemente serão melhorados os caminhos, será colocada sinalização, algumas vedações e serão melhorados os acessos, para que as pessoas possam percorrer o Aqueduto entre Évora e a Graça do Divor. O percurso pode ser utilizado por caminheiros ou ciclistas


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Percursos Ambientais em Évora - Sítio de Monfurado


Rede de Percursos Ambientais, traçada sobre caminhos públicos rurais ou municipais, para utilização a pé ou com meios de transporte não poluentes.
Esta rede interliga as povoações rurais do concelho e permite o acesso aos monumentos megalíticos e outros desta área.
Através destes caminhos atravessam-se diferentes paisagens de Évora, algumas das quais integradas no Sítio de Monfurado, classificado pela União Europeia como área pertencente à Rede Natura 2000, devido aos habitats e espécies de interesse comunitário que aí ocorrem.


Localização: entre Évora e o Sitio de Monfurado, no limite oeste do concelho.

Comprimento: 88 km

Utilização: pedonal, bicicleta, meios de transporte não motorizados

Infra-estruturas: sinalização direccional, pontos de informação e parques de merenda nas povoações.

Pavimento: saibro nos caminhos rurais e betuminoso nos caminhos municipais

Meio Natural: Sitio de Monfurado, inserido na Rede Natura 2000. Área dominada por importantes montados de sobro e azinho, bastante bem conservados, numa região tipicamente mediterrânica. É uma zona de grande importância para a conservação de diversas espécies de morcegos

Património cultural: Conjuntos urbanos de Évora, Valverde, Guadalupe, Boa Fé e S. Sebastião da Giesteira.

Património histórico: na beira dos percursos, encontram-se muitas construções de variadas idades, desde o Neolítico até à actualidade.

Nível de dificuldade: variável, com as maiores inclinações nos troços entre as Ribeiras de S. Brissos e de Valverde, em especial entre Valverde e os Almendres.

Ligações: a rede de Percursos de Monfurado estende-se pelo Concelho de Montemor-o-Novo. Em Évora, tem proximidade a outros Percursos Ambientais.

Cartografia: Cartas Militares 1:25.000 n.ºs 447, 448, 458, 459, 460 do Instituto Geográfico do Exército.

Com cerca de 24.000ha, o Sítio de Monfurado alberga um conjunto importante de habitats e espécies. Esta enorme biodiversidade resulta das condições do clima mediterrâneo, com influências atlânticas e continentais.

O Sítio de Monfurado situa-se entre os montados do Alto Alentejo – um sistema agro-silvo-pastoril único, de paisagens e valores naturais excepcionais – e a estepe cerealífera do sul.

O Sítio é dominado pelos montados, maioritariamente de sobro (Quercus suber), mas também de azinho (Quercus rotudinfolia), ou mistos. Encontram-se ainda alguns bosques de sobreiro de pequena dimensão e montados mistos de sobreiro e carvalho-negral (Quercus pyrenaica), uma espécie que tem aqui o limite sul da sua área de distribuição.

Neste Sítio ocorrem também os melhores exemplos de espinhais de tojo (Calicotome villosa), matagais densos que em Portugal são exclusivos da região de Évora. Com excelente representatividade no Sítio, encontram-se ainda os importantes arrelvados de uma pequena gramínea denominada Poa bulbosa, que integram um habitat prioritário para a conservação. São prados formados por pequenas plantas prostradas, muitas vezes associados aos montados e cuja persistência depende da manutenção do pastoreio extensivo.

A vegetação ribeirinha inclui amiais e salgueirais, em razoável estado de conservação, e diversas comunidades flutuantes (ranúnculos, Potamogeton e macroalgas).

Em termos faunísticos, o Sítio de Monfurado é de grande importância para algumas colónias de morcegos, sendo de salientar o morcego-rato-grande (Myotis myotis) e o morcego-de-ferradura-mourisca (Rhinolophus mehelyi). A área de montado assume um papel importante como zona de alimentação destas espécies, assim como para as colónias do rato-de-cabrera (Microtus cabrerae).

Este Sítio tem as características de habitat adequadas para a ocorrência do lince-ibérico (Lynx pardinus) ou permitir a sua reintrodução.

Nalgumas linhas de água ocorre a boga-portuguesa (Chondrostoma lusitanicum), espécie que só existe em Portugal e que está criticamente em perigo.

Link: Sítio de Monfurado




segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Câmara de Évora cria parque de estacionamento: Intervenção para proteção do Cromeleque dos Almendres

A Câmara Municipal de Évora implementou um parque de estacionamento a 300 metros de distância do Cromeleque dos Almendres, numa operação articulada com a DRCALEN (Direção Regional de Cultura do Alentejo) e o proprietário da herdade. Esta intervenção visa impedir o acesso automóvel ao monumento a partir desse ponto, protegendo do impacto nocivo do trânsito um dos mais importantes testemunhos do período megalítico na Península Ibérica.
Com cerca de 800 m2, este parque de estacionamento tem capacidade para 4 a 5 autocarros ou cerca de 20 viaturas ligeiras. Os trabalhos, concluídos no passado dia 31 de janeiro, custaram cerca de 6.700 euros e foram realizados, exclusivamente, pelos trabalhadores e máquinas da Câmara Municipal de Évora.
Para uma segunda fase está igualmente prevista uma operação de reposição do solo que suporta o monumento e uma intervenção no espaço envolvente, com o objetivo, por um lado, de melhorar as condições de drenagem do local e, por outro, de sugerir ao visitante o ponto mais interessante de observação do monumento.
Os trabalhos no terreno estão a ser desenvolvidos pelo Departamento de Ambiente e Qualidade e pela Divisão de Espaços Verdes e Qualidade Ambiental da Câmara de Évora, sendo que as obras têm merecido um acompanhamento próximo por parte do Departamento do Centro Histórico, Património e Cultura da autarquia e da DRCALEN.
Esta intervenção, que já se tentava levar a cabo há muito tempo, é muito importante para a proteção do monumento e poderá servir de sensibilização e estímulo junto de outros proprietários de património histórico e arqueológico de relevo.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Ambiente - Ecopista (Ramal de Mora)


A conversão do antigo ramal ferroviário de Mora em ECOPISTA surge na sequência de um protocolo celebrado entre a REFER e a Câmara Municipal de Évora, com vista à integração na rede de percursos cicláveis e pedonais.

É objectivo da ECOPISTA ramal de Mora contribuir para promover o desenvolvimento integrado da região, promovendo pontos de interesse histórico/culturais, o turismo, recreio e lazer ao ar livre, a recuperação de património em mau estado de conservação, num âmbito de incentivo à conservação da natureza e valorização dos sistemas naturais existentes.
Na zona urbana de Évora a ECOPISTA é em tapete de betão betuminoso com o objectivo de permitir uma utilização cómoda e segura das pessoas com mobilidade reduzida.
Esta ECOPISTA desenvolve-se desde o bairro do Chafariz d'El Rei, em Évora, até ao limite de concelho, na Sempre Noiva, numa extensão de 21km, tendo depois continuidade nos concelhos de Arraiolos e Mora, numa extensão total de 60km.





A Ecopista atravessa paisagens tipicamente alentejanas, predominantemente de montado e olival. Ao longo do percurso encontrará alguma informação sobre a vegetação circundante.



Sobreiro
O sobreiro pertence à família das Fagáceas e ao género Quercus. A cortiça que se extrai dos sobreiros é um tecido vegetal denominado por súber, donde advém o nome científico (Quercus suber).
É uma árvore de porte médio que pode atingir uma altura média de 15 a 20 m. Tem um crescimento lento, levando cerca de meio século a atingir a sua fase de maturidade. O tronco tem uma casca espessa, vulgarmente designada por cortiça. As suas folhas são persistentes e o seu fruto é a glande ou lande, vulgarmente conhecida por "bolota".
O sobreiro está concentrado na bacia do Mediterrâneo. Em Portugal ocorre com especial incidência a Sul do Tejo onde, frequentemente, forma montados. O montado é um sistema agro-silvo-pastoril extensivo, resultante da intervenção humana nos bosques mediterrâneos originais, que combina uma elevada importância socio-económica com uma excepcional diversidade biológica.
A bolota é a base da alimentação do porco preto e o principal distintivo na qualidade da sua carne na produção de presuntos e enchidos.



Cortiça
A cortiça é um bom isolador térmico e acústico, sendo largamente utilizada no fabrico de rolhas, revestimentos, tapetes, palmilhas... Os desperdícios são aproveitados na indústria de linóleo, serradura de cortiça e fabrico de aglomerados. Em Portugal as tiradas de cortiça ocorrem de nove em nove anos.
Portugal produz mais de metade da cortiça mundial.



Olival
A oliveira (Olea europea var. sativa) pode atingir até 15m de altura, de grande longevidade, de folhas persistentes, verdes/prateadas e troncos retorcidos, com frequência tortuosos, resistente à secura e bem adaptada a solos calcários.
É uma árvore das regiões mediterrânicas. Em Portugal ocorre em praticamente todo o país à excepção das regiões frias.
O olival é um povoamento de oliveiras, espécie cultivada com o objectivo da produção da azeitona, destinada à conserva e produção de azeite - óleo natural muito utilizado na alimentação mediterrânea, de reconhecidas qualidades.
Desde a antiguidade que o ramo de oliveira é considerado um símbolo de Paz e de boa Vontade.



Galeria Ripícola (Rio Xarrama)
Um curso de água constitui uma singularidade ambiental e paisagística dentro das características biogeográficas gerais da área onde se encontra. A maior disponibilidade hídrica e o ambiente mais fresco e sombrio determinam a ocorrência de espécies melhor adaptadas a estas condições. A vegetação que se desenvolve nestas condições chama-se galeria ripícola. Algumas plantas típicas de galerias ripícolas que pode encontrar:

Choupo, Populus nigra
Freixo, Fraxinus angustifolia
Sabugueiro, Sambucus nigra
Loureiro, Laurus nobilis
Salsaparrilha, Smilax aspera
Hera, Hedera helix
Jarro, Arum italicum
Silva, Rubus ulmifolius

A galeria ripícola também é um local que atrai diferentes espécies de aves que aqui encontram protecção, alimento e condições de nidificação.



O Loureiro
O loureiro (Laurus nobilis), originário da região mediterrânea é uma árvore que pode atingir cerca de 20m de altura. Apresenta ramagem densa e perene de folhas verdes escuras. As suas folhas libertam um aroma muito agradável, sendo por isso frequentemente utilizadas como tempero na cozinha tradicional alentejana.
É também muito utilizado como planta ornamental em parques e jardins.
A sua abundância nesta zona originou o topónimo mais antigo da região - Louredo.
A planta é conhecida desde a Grécia antiga, onde as coroas feitas de folhas de louro eram entregues aos vencedores de competições como símbolo da vitória. Daí a expressão "louros da vitória".

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Horta Comunitária na Cruz da Picada já está a funcionar

A Horta Comunitária da Cruz da Picada nasceu há poucos meses no recinto da EB1 da Cruz da Picada, mas está já plena de atividade e a ser um sucesso entre os moradores. O projeto desta horta comunitária - a primeira situada em espaço escolar - surgiu de uma união de vontades que reúne diversas entidades num consórcio cuja instituição promotora é a Associação Menuhin Portugal e a base é o projeto MUSEpe, que se desenvolve no bairro da Cruz da Picada e no qual está também envolvida, além do agrupamento N.º 1 de Escolas de Évora, a Câmara Municipal de Évora.
Este projeto de horta, segundo os promotores, tem como principais objetivos: oferecer alternativas para o desenvolvimento local dos bairros da Cruz da Picada, Escurinho e Malagueira; sensibilizar e educar a população para a valorização do meio social e ambiental; fomentar a prática da horticultura biológica como atividade complementar do rendimento familiar; promover a alimentação saudável e contribuir para a alteração de hábitos de consumo.
Visa também valorizar o espírito comunitário na utilização do espaço público/escolar e na sua manutenção; proporcionar um novo olhar e dinâmica do espaço escolar, uma maior abertura do mesmo à comunidade; e contribuir para a melhoria do espaço e ambiente escolar.
Segundo o Regulamento, pode candidatar a utilizador(a) da Horta qualquer munícipe, residente nos bairros da Cruz da Picada, Escurinho, Santa Maria e Malagueira, desde que seja familiar de alunos ou ex-alunos da escola, cliente do Centro Comunitário da Cruz da Picada, ou que seja formanda(o) da Formação Modular de Competências Básicas de Leitura e Escrita promovida pela EBI/JI da Malagueira e Projeto MUSEpe.
As inscrições são feitas e geridas nas respetivas instituições e, posteriormente, reportadas ao MUSEpe. É atribuído pelo menos um talhão a cada uma das instituições referidas e os restantes talhões serão atribuídos consoante o número de candidaturas apresentadas por cada uma das mesmas. Todo o processo de implementação da Horta Comunitária é acompanhado pela equipa do MUSEpe e funcionários da Camara Municipal de Évora.
A Horta Comunitária tem um regulamento e há um horário de utilização do espaço que varia conforme o verão ou o inverno, explicam os responsáveis Tiago Pereira (coordenador do projeto MUSEpe) e Rosa Coelho (técnica), salientando também que foi criado um cartão de identificação que permite às pessoas entrar no espaço escolar. Os produtos não são para venda mas para consumo próprio. Atualmente têm neste espaço 16 talhões (excluindo os talhões dos meninos da escola) e à volta de 26 inscritos já a trabalhar na terra”.

A Vereadora Cláudia Sousa Pereira visitou a horta para conhecer mais de perto o projeto e ficou satisfeita com o que viu. Apesar de existirem já hortas escolares em Évora, uma horta comunitária dentro de uma escola esta é a primeira, sublinha a Vereadora, reconhecendo que este é “um projeto pioneiro, único” e admitindo até eventualmente o alargar do projeto, caso a própria comunidade-escola esteja interessada.