segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Convento de S. Bento de Castris

Erigido sobre uma singela ermida dedicada a S. Bento, construída em 1169, o Convento cisterciense de São Bento de Castris, uma das mais antigas casas religiosas femininas em Portugal, remonta ao século XIV, tendo a igreja sido consagrada no ano de 1328. O atual templo acusa vestígios da herança românica, gótica, mudéjar, manuelina e barroca, tendo, no entanto, as principais intervenções ocorridas no reinado de D. Manuel, período em que este foi substancialmente alterado sob a égide dos nobres da Casa dos Almeidas. A construção articula-se em torno de um claustro central, fazendo-se a entrada para o complexo conventual através de um pórtico rematado por frontão triangular e delgados pináculos, tendo ao centro gravadas as armas eclesiásticas de S. Bernardo de Claraval ladeadas por dois nichos, atualmente vazios e originalmente destinados aos padroeiros da Ordem cisterciense, S. Bernardo e S. Bento. Esta passagem comunica com um amplo pátio que abre para a fachada principal do templo – a Sul – bem como para as duas restantes dependências – a Norte –, respetivamente Casa do Intendente e Casa do Confessor.

Fonte: http://www.patrimoniocultural.gov.pt

sábado, 27 de setembro de 2025

Coleção de Carruagens

 


Coleção de Carruagens do séc. XIX – XX

Antigo celeiro do Cabido da Sé de Évora, o edifício que acolhe a Coleção de Carruagens foi adquirido por Vasco Maria Eugénio de Almeida em 1959 com o objetivo de o integrar no conjunto edificado do Páteo de São Miguel e de para aí transferir provisoriamente a sede da Sociedade Recreativa e Dramática Eborense que durante décadas ocupara os salões nobres do Paço de São Miguel.

Aberta ao público desde 1998 e objeto de requalificação entre 2011 e 2012, a Coleção de Carruagens reúne as atrelagens e utilitários de viagem que se encontraram ao serviço da Casa Eugénio de Almeida entre a segunda metade do século XIX e os primeiros anos do século XX.

Adquiridas aos principais fabricantes da Europa, as carruagens chegavam a Lisboa em veleiros e barcos a vapor prontas a usar ou a montar no destino, peça a peça. O requinte luxuoso dos acabamentos, a elegância na apresentação dos cavalos, também eles importados de França, Antuérpia ou Inglaterra, o detalhe laborioso dos arreios e utensílios de atrelagem, o aprumo do cocheiro e do trintanário, ou os custos associados à aquisição e manutenção das carruagens constituíam, nos ambientes citadinos do século XIX, uma manifestação clara do estatuto social dos seus ocupantes.

Radicada em Lisboa, é neste universo que a família Eugénio de Almeida se move e do qual as carruagens e as “viagens sociais” a que deram colorido constituíam mais uma das suas múltiplas manifestações.

A partir do final do século XIX e sobretudo dos primeiros anos do século XX, a utilização de carruagens começa a ser progressivamente substituída pelo automóvel, mais confortável e, sobretudo, mais rápido.

No caso da família Eugénio de Almeida, a transição entre os dois mundos começa em 1907 com a aquisição do primeiro automóvel. As cocheiras localizadas no Parque de Santa Gertrudes, parte integrante do Palácio de São Sebastião da Pedreira, em Lisboa, sofrem então as primeiras obras de adaptação de modo a serem convertidas em “gare de automóveis” enquanto as “ultrapassadas” carruagens são expedidas via caminho-de-ferro para as propriedades da família em Évora.

Décadas depois, quando as carruagens não passavam quase de uma mera reminiscência do passado, registada nos álbuns de família, o progresso, uma vez mais, devolveu à vertigem da história um novo conflito mundial. Com a Segunda Guerra Mundial chegou também a revelação de que era necessário restringir a utilização de combustíveis, agora fundamentais nos campos de batalha, onde o combate também se mecanizara.

O racionamento foi imposto à escala mundial. Vazios os depósitos dos automóveis, as velhas carruagens não tardaram a ser resgatadas ao manto diáfano do tempo. Os arreios de tiro, os pingalins e o brilho das lanternas agora alimentadas por baterias, voltaram a dar colorido às ruas, praças e avenidas dos lugares, ao som dos andamentos dos cavalos e dos rodados das carruagens.

Terminada a guerra, rapidamente a situação teve o seu revês e os automóveis provaram ser incontornáveis. Apesar de preteridas, as carruagens da família nunca foram descuradas, tal como os objetos fundamentais à sua utilização, assumindo-se a importância da sua conservação e restauro o que nos permite, hoje, em pleno século XXI, apreciar esta coleção, na Fundação Eugénio de Almeida.

Preços:

Visitas Livres: Gratuito

Visitas Guiadas: 3,00€ (Requer Inscrição Prévia)

quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Chafariz das Portas de Moura

O Chafariz das Portas de Moura insere-se no processo de renovação urbanística idealizado pelo Cardeal D. Henrique enquanto Arcebispo de Évora, cujo traço mais marcante na fisionomia da cidade foi a construção do Chafariz da Praça do Giraldo e consequente demolição do antigo arco de triunfo romano em que o Aqueduto da Prata originalmente terminava.

Construída numa das praças mais emblemáticas da urbe quinhentista, rodeada por solares nobres das famílias mais importantes, o Chafariz das Portas de Moura foi solenemente inaugurado a 4 de Dezembro de 1556 (conforma inscrição na esfera) e pensa-se ter sido edificada por Diogo de Torralva, que à altura era também o mestre responsável pelas obras do Aqueduto (ESPANCA, 1993, p.67).

A obra compõe-se de dois tanques retangulares, estando o principal em plano mais elevado, a que se acede através de uma plataforma de três degraus. Neste, uma fonte em esfera de mármore assente em fuste circular, com “quatro carrancas representadas por serafins de alto-relevo” (ESPANCA, 1966) abastece os tanques.

Sem a grandiosidade e impacto urbanístico da fonte da Praça do Giraldo, o Chafariz das Portas de Moura inaugurou uma tipologia maneirista de fontes na cidade de Évora, em que claramente o da Praça do Giraldo se filia, ao mesmo tempo que significou uma marca de poder e de progresso durante o governo do Cardeal junto à maior obra pública então em construção, o Aqueduto da Prata.

PAF

Fonte: http://www.patrimoniocultural.gov.pt/

terça-feira, 23 de setembro de 2025

XXVII Jornadas Internacionais “Escola de Música da Sé de Évora” – Manuel Mendes em Portalegre

Estão abertas as inscrições para as XXVII Jornadas Internacionais “Escola de Música da Sé de Évora” – Manuel Mendes em Portalegre até 31 de Agosto de 2025.

Pedro Teixeira é o diretor artistico do evento. Os ateliers para coralistas são orientados por Owen Rees, Rory McCleery e Armando Possante, com acompanhamento ao piano por Nicholas McNair. O atelier de Técnica Vocal será orientado por Ariana Russo. O atelier Instrumental será dirigido por Tiago Simas Freire e os instrumentistas do grupo “Capella Sanctae Crucis” – Tiago Simas Freire (corneta), José Rodrigues Gomes (baixão), Elsa Frank (charamela) e Henry van Engen (sacabuxa). O programa inclui também uma visita guiada à Sé de Évora.

sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Noite Europeia dos Investigadores 2025

A Noite Europeia dos Investigadores está de volta a Évora!

No dia 26 de setembro, entre as 17h e as 22h30, a Praça 1º de Maio transforma-se num palco de ciência aberta, onde vais encontrar cientistas & muitas atividades!

Este ano, sob o tema Ciência para os Desafios Globais (Science for Global Challenges – SCIGLO), convidamos-te a descobrir como a investigação científica tem vindo a contribuir para um sistema e sociedade mais sustentável e inclusiva.

Da Universidade, para a cidade; e contigo no centro.

Marca na agenda e vem explorar conosco!

O SCIGLO é coordenado pela Universidade de Lisboa, através do Museu Nacional de História Natural e da Ciência e composto pela Universidade Nova de Lisboa.

quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Festa da Bicicleta 2025 | Passeio da Família

Horário:10h00

Local: Complexo Desportivo de Évora

Apoio: Para e Bebes

Inscrições: https://evoradesporto.cm-evora.pt/

segunda-feira, 15 de setembro de 2025

FIDANC | Festival Internacional de Dança Contemporânea

De 22 a 28 de setembro, Évora recebe a 20.ª edição do FIDANC – Festival Internacional de Dança Contemporânea, organizado pela CDCE – Companhia de Dança Contemporânea de Évora. Co-curado por Flávio Rodrigues e Rafael Leitão, o festival transforma a cidade em palco de experiências imersivas, ocupando teatros, ruas, praças e museus com dança contemporânea, performance art e ações site-specific.

Com artistas nacionais e internacionais, o FIDANC 2025 propõe uma caminhada sensorial guiada pelos eixos corpo-ritual, corpo-natureza, corpo-sonoro, corpo-memória e corpo-travessia, celebrando duas décadas de inovação, descentralização cultural e encontro entre artistas e comunidade.


22 Setembro 2025 - 28 Setembro 2025

Teatro Gacia de Resende | Black Box | Salão Central Eborense | Museu Nacional Frei Manuel Do Cenáculo | Escolas EB1 | Centro Histórico

8€, 5€, gratuito (consultar programa)

www.cdce.pt

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Quero um Piano

A Companhia de Dança Contemporânea de Évora (CDCE) encerra, no próximo dia 17 de setembro, a terceira edição do Ciclo Infâncias, uma iniciativa dedicada à criação artística para crianças, jovens e famílias, que decorre desde abril na Black Box e em espaços educativos do concelho de Évora.

O encerramento será marcado pela estreia de “Quero um Piano”, nova criação de Ana Madureira e Vahan Kerovpyan, apresentada na Escola Básica do Bairro de Almeirim, com sessões às 10h30 e 14h30, seguidas de uma conversa com os artistas.

Ao longo de cinco meses, o Ciclo Infâncias promoveu uma programação que articula dança, teatro e criação plástica com momentos de diálogo entre artistas e públicos. A iniciativa visa diversificar a oferta cultural para públicos jovens no concelho e distrito de Évora, incentivar a colaboração com espaços educativos e fomentar o envolvimento da comunidade.

Telefone: +351 266 743 492

E-mail: office@cdce.pt

Site: http://www.cdce.pt

Redes Sociais: https://www.facebook.com/profile.php?id=100057081895626&locale=pt_PT

Classificação etária: maiores de 06 anos

Organização: Companhia de Dança Contemporânea de Évora – CDCE

Apoio: A CDCE é uma estrutura financiada pela República Portuguesa – Cultura, Direção Geral das Artes. A CDCE tem o apoio da Câmara Municipal de Évora.

Produção: Companhia de Dança Contemporânea de Évora – CDCE

Encenação: Ana Madureira e Vahan Kerovpyan

Direção Artística: Ana Madureira e Vahan Kerovpyan

Direção Musical: Vahan Kerovpyan

Direção de Produção: Rafael Leitão

1.º Trail/Caminhada Os Lobos

 


Desafios no Ensino Básico com Ginásio da Educação Da Vinci de Évora | Ciclo de Conversas para pais e cuidadores

 


terça-feira, 9 de setembro de 2025

Bolsa de Instrumentos da PédeXumbo 2025/26

21 instrumentos tradicionais para empréstimo

A partir de 1 de setembro, podes candidatar-te a receber gratuitamente um dos instrumentos da Bolsa! E a grande novidade deste ano é que manteremos as candidaturas abertas até 1 de maio! Mas já sabes, quanto mais cedo te candidatares ao teu instrumento favorito, mais tempo vais poder desfrutar dele, pois o período de empréstimo termina em julho para tod@s @s bolseir@s!

Toda a info e candidaturas em http://pedexumbo.com/bolsa-de-instrumentos/.

A PédeXumbo tem neste momento 21 instrumentos entre os quais o acordeão, a concertina, a flauta tamborileiro, a gaita-de-fole transmontana, a gaita-de-fole galega, a viola da terra, o bandolim, o cavaquinho, a rabeca brasileira, a viola campaniça e o violino. De outubro de 2025 a julho de 2026 podem descobrir e experimentar as suas potencialidades.

domingo, 7 de setembro de 2025

Teatro de Revista em Portugal: Revistas «Perdidas» e Outras (1851-1868)

Esta exposição dá a conhecer o Teatro de Revista mais antigo em Portugal. Mostramos imagens dos manuscritos originais e damos a ver informações sobre os autores e os teatros onde foram apresentadas. Partimos do estudo Teatro de revista em Portugal: revistas «perdidas» e outras (1851-1868), uma obra com coordenação científica de Eugénia Vasques e textos de Eugénia Vasques, Paulo Morais-Alexandre, David Cranmer e Luísa Lousã Marques, publicado pela INCM, em 2022.

Curadoria Luísa Marques

Inauguração: dia 5, às 17h00

Classificação etária: m/6

5 Setembro 2025 - 30 Setembro 2025

09h00-12h30 e 14h00-17h30

Teatro Garcia de Resende, Praça Joaquim António de Aguiar, 7000-510 Évora

Gratuito

www.cendrev.pt/

sexta-feira, 5 de setembro de 2025

Ciclo «Ver o Museu» | Pedro Nunes: «Pintor célebre no seu tempo» redescoberto no século XX

A pinacoteca do Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo tem à sua guarda pinturas provenientes do retábulo do altar-mor da Igreja de Nossa Senhora dos Remédios da autoria do pintor Pedro Nunes (1586-1637). Pintor eborense com atividade documentada nas primeiras décadas do século XVII, foi esquecido durante séculos.

Artista da Contra-Reforma, usou a pintura como ferramenta para reforçar a fé e a devoção dos fiéis.

A sua vida e obra serão abordadas durante a visita.

quarta-feira, 3 de setembro de 2025

Mesa-redonda: O pensamento do olhar: objectivo e objecto | Exposição «Amostra»

No âmbito da Exposição «Amostra» de José M. Rodrigues, esta mesa-redonda moderada pela Diretora do MNFMC, será um momento para pensar a imagem fotográfica pelas vozes de três Fotógrafos, José M. Rodrigues, Duarte Belo e Cláudio Garrudo, que possuem uma identidade imagética ímpar. Jogando com o instante, com a luz, com o efeito magnético que a fotografia exerce ao interpretar, representar ou reinventar a realidade, as suas fotografias permitem leituras quer dos mistérios da condição humana, quer do património natural e construído, quer de factos do quotidiano.

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Exposição coletiva “Surrealismo: um salto no vazio”


Em 2024, evocaram-se os 100 anos da publicação do Primeiro Manifesto do Surrealismo, de André Breton, que marcou a teorização deste movimento artístico e literário, um dos mais vanguardistas do século XX.

Apresenta-se agora, em Évora, uma mostra singular que assinala esta efeméride com obras emblemáticas de artistas e autores portugueses e estrangeiros, cujas criações estão intimamente ligadas ao Surrealismo, desde os seus primórdios até à contemporaneidade.

11 Julho 2025 - 26 Janeiro 2026
terça-feira a domingo | 10h00-13h00 e das 14h00-19h00 (18h00, a partir de outubro)
Centro de Arte e Cultura da fundação Eugénio de Almeida, Largo do Conde de Vila Flor, Évora
entrada gratuita