quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Curso de Escrita Criativa



Curso de Escrita Criativa com João Tordo (Prémio Saramago 2009).
Data: 2 e 3 de fevereiro
Local: Sociedade Harmonia Eborense

João Tordo nasceu em Lisboa em 1975 num ambiente artístico. Filho do cantor Fernando Tordo e de Isabel Branco, que sempre esteve ligada ao cinema e mais tarde à moda. Escolheu seguir os estudos em Filosofia, na Universidade Nova de Lisboa, e sentiu o peso da exigência do curso. As aulas de Filosofia medieval marcaram-no e confessa que a partir dali nunca mais viu o mundo da mesma maneira. Depois do curso ainda trabalhou em Lisboa algum tempo como jornalista freelancer mas sentiu a “necessidade de sair daqui e ir viver outras coisas”. Em 1999 rumou a Londres para fazer um mestrado em Jornalismo e a seguir Nova Iorque - sempre o fascínio das cidades - e os cursos de escrita criativa do City College. Ia às aulas de manhã, servia às mesas de um restaurante durante o jantar e escrevia pela noite dentro, hoje já conta com cinco romances publicados: "O Livro dos Homens Sem Luz" (2004), "Hotel Memória" (2007), "As Três Vidas" (2009), "O Bom Inverno" (2010) e "Anatomia dos Mártires" (2011).

Organização: TerraFirme
Apoios: Sociedade Harmonia Eborense
Contacto: 968 965 821 | terrafirmepatrimonio@gmail.com
Web page: http://www.terrafirme.com.pt
Inf. Extra: Preço - 75€

Évora Perdida no Tempo - Sala de conversação da antiga sede da SHE


Sala de conversação da antiga sede da SHE, ornamentada por ocasião das Bodas d'Ouro da Sociedade. "Seguia-se a sala de conversação e era esta seguramente a que mais rica e sumptuosamente se achava ornamentada. […]. Logo por baixo do espelho, admiravam-se um pequeno sofá e dois fauteils de gosto delicado, e sobre este 4 grandes almofadões de setim, com bordados finíssimos e de difficil execução, entre os quaes merecia especial menção, um, feito pela professora S.ª D. Salvadora Mosca e que era um verdadeiro primor. […] Várias columnatas de pau-preto com embutidos de madre-perola e bronze, eram encimados por magníficos vasos de faiança nos quais grandes bouquets de rosas perfumavam o ambiente. […] " Acta Descriptiva das Bodas d'Ouro da SHE.


Autor Desconhecido/ não identificado
Data Fotografia 1889 -
Legenda Sala de conversação da antiga sede da SHE
Cota SHE89.3 - Propriedade Sociedade Harmonia Eborense

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

A bela capela tumular de Garcia de Resende


Concebida e desenhada pelo próprio, como muitos especialistas admitem, a capela tumular de Garcia de Resende é um dos monumentos nacionais menos conhecidos da população e dos mais ignorados pelos turistas nacionais e estrangeiros, que não lhe encontram referência nos guias habitualmente colocados à sua disposição. O facto deste singular monumento funerário se situar a quatro quilómetros da cidade, esquecido e isolado na vasta cerca do Convento do Espinheiro – o qual foi adquirido após a extinção das Ordens Religiosas por particulares pouco sensíveis ao seu valor patrimonial e cultural – muito terá contribuído para o seu olvido por banda de todos, autoridades incluídas. 

Por isso foi vandalizado durante décadas até que uma oportuna intervenção do então IPPAR o salvou da ruína e recuperou, já nos alvores do novo século. A capela tumular foi planeada em 1520 (dezasseis antes da sua morte), tendo a obra arrancado no ano seguinte, em terrenos que terão sido facilitados por D. Manuel, em obediência à sua ideia de que as grandes figuras do Reino deveriam ser enterradas em casas monacais da Ordem dos Jerónimos. Ora Garcia de Resende não era nobre, embora tivesse sido criado no Paço Real. Nascera em Évora em 1470 e seus pais tinham morrido cedo, mas recebera educação esmerada por parte de seu tio, desembargador régio e figura de prestígio junto da corte. Por volta dos 20 anos, Garcia de Resende foi escolhido para moço de câmara de D. João II e pouco tempo depois era nomeado moço de escrivaninha, uma espécie de secretário particular, cargo que manteria até à morte do monarca em 1495. 

Continuou a exercer importantes funções na corte com a ascensão de D. Manuel ao trono, e integrou, em 1514, como secretário-tesoureiro e o título de fidalgo da casa do rei acumulado, a luxuosa embaixada ao Papa Leão X. No ano seguinte vê ser-lhe atribuída uma tença de 2000 réis, para em 1516 ser nomeado escrivão da fazenda do príncipe herdeiro, o futuro D. João III. Ao longo do tempo, este multifacetado talento de poeta, trovador, cronista e desenhador reúne avultados bens em Évora, traduzidos na posse de grandes e belas casas na cidade (recorde-se a casa que a tradição lhe atribui na Rua de S. Manços e cuja janela é monumento nacional) e de extensas propriedades rurais nas zonas em redor. 

É pois com 51 anos que manda edificar, sem quaisquer problemas financeiros, a sua bela capela tumular, exemplar típico do estilo manuelino-mudéjar, de planta rectangular e miniatural e composta por três corpos distintos: galilé, nave e capela-mor. No pavimento da primeira figura a campa de Jorge de Resende, irmão de Garcia de Resende. Na nave situa-se a sepultura do poeta e cronista, ali recolocada já em fase adiantada do século XX, depois de recuperadas a pedra tumular, que entretanto havia sido vendida, e as próprias ossadas, que se encontravam desaparecidas. 

O pavimento da nave e da ábside é forrado com azulejos andaluzes da época, apresentando-se as abóbodas nervuradas. Segue-se a capela-mor, cujo acesso é encimado por gracioso arco triunfal. Garcia de Resende viria a servir ainda durante mais alguns tempos, embora em funções menos importantes, o rei D. João III. Os últimos anos da sua vida passou-os tratando das suas terras em Évora, vindo a falecer em 1536. Recolheu serenamente à bela capela que mandara edificar sem nunca sequer suspeitado dos tratos de polé a que a mesma iria estar sujeita. Hoje felizmente recuperada, até para recolha e abrigo de gado chegou a ser utilizada.

Texto: José Frota
Fotografias. Francisco Bilou

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Concerto com o Coral Évora e Coral Andrés Segóvia de Linaes (Jaen, Espanha)


Concerto com o Coral Évora e Coral Andrés Segóvia de Linaes (Jaen, Espanha) 
Concerto por ocasião do 34º aniversário do Coral Évora. 
Data: 2 de fevereiro Local: Igreja do Salvado (Praça de Sertório) 
Horário: 17:00 
Organização: Coral Évora  coralevora@sapo.pt 
Entrada Livre

Évora Perdida no Tempo - Fachada da Biblioteca Pública de Évora


Autor Desconhecido/ não identificado
Data Fotografia 1900 - 1920
Legenda Fachada da Biblioteca Pública de Évora
Cota CME0293 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Praça do Giraldo, Igreja de StºAntão e Fonte


Históricamente conhecida como Praça Grande ou Praça Maior, a Praça do Giraldo foi o local fora de muralhas (da antiga cerca) onde se realizava a feira franca eborense, no tempo do Rei D. Dinis. Com a criação da muralha fernandina (no séc. XIV), a cidade cresceu e a Praça assumiu-se como centro político (os antigos paços do concelho e a cadeia, onde é hoje o Banco de Portugal), religioso (com a Igreja de Santo Antão e aqui se faziam os Autos da Fé, nos tempos da Inquisição de Évora), comercial e social (festas, justas e touradas). 

A fonte como a Igreja foram mandadas erguer pelo Cardeal D. Henrique (séc. XVII), ficando a fonte situada sobre um antigo chafariz onde chegava a água trazida pelas fontes da Prata, a 18 km da praça, e que fica enquadrada pela fachada da Igreja de Santo Antão, que foi erguida entre 1557 e 1563 no local onde se erguia a Ermida gótica de Santo Antoninho. Santo Antão inspirou-se na tipologia das igrejas-salão do Renascimento. 

A uma das fachadas da Praça, por cima do Posto de Turismo, encontra-se o Paço dos Estaus, que o Rei D. Duarte mandou construir por volta de 1440, para aí albergar as embaixadores e delegações oficiais que vinham a Évora encontrar-se com o Rei e com a Corte. 

Edição: Pensão Policarpo
Revisão: Marta Nunes Ferreira (Historiadora de Arte)

Conferência "À Redescoberta dos Materiais dos Tapetes de Arraiolos"




Conferência "À Redescoberta dos Materiais dos Tapetes de Arraiolos"
Por Cristina Dias, Professora de Química da Universidade de Évora e responsável/investigadora do Laboratório Hércules.
Data: 31 de janeiro
Local: Galeria da Casa de Burgos (Rua de Burgos, 5)
Horário: 18:00
Organização: Direção Regional de Cultura do Alentejo | Câmara Municipal de Arraiolos
Apoios: Município de Portalegre | Museu Nacional de Arte Antiga | Fundação Ricardo Espírito Santo Silva | Museu de Évora | Centro Hércules
Contacto: 266 769 450 |info@cultura-alentejo.pt
Conferência integrada no programa de atividades da exposição "Tapetes de Arraiolos"

domingo, 27 de janeiro de 2013

Precisa-se Sushiman em Évora


Mishi.Mishi Sushi Lounge em Évora, recruta Sushiman com experiencia, entrada imediata.

Para marcação de entrevistas envie o seu currículo para:

    mishimishievora@gmail.com

ou Contactar para 965 425 682

Formadoras Certificadas CAP Técnica de unhas de gel


As competências necessárias são as seguintes:

-Formação comprovada certificada Cap, técnicas de unhas de gel
-Certificado de Aptidão Profissional(CAP);
-Experiência comprovada na área de 1 a 3 anos;
-Facilidade de deslocação; Área residência ÉVORA

-Disponibilidade imediata

-Enviar currículo e CAP para o endereço de email:

    patricia.ervilha@tecnitalentos.pt


sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Cinema: "Terça, Depois do Natal"



"Terça, Depois do Natal", de Radu Muntean
2009 | Roménia | 99 min. | M/16 | Drama. Com: Mimi Branescu, Mirela Oprisor e Maria Popistasu
Data: 28, 29 e 30 de janeiro
Local: Auditório Soror Mariana (Rua Diogo Cão, 8)
Horário: Sessões às 18:00 e 21:30
 
Paulo e Adriana são casados há dez anos e são pais de Mara, de oito. Apesar da aparente felicidade, Paulo mantém uma relação extraconjugal com Raluca, a jovem dentista da sua filha. E mesmo ocupado com os últimos preparativos antes do Natal, os problemas da filha e a relação com a esposa, decide fazer uma visita ao consultório de Raluca, onde inesperadamente, encontra Adriana. É o momento em que ambas se encontram pela primeira vez. Apesar de não originar um confronto entre os três, esta circunstância faz com que Paulo perceba que tem de tomar uma decisão definitiva: escolher a segurança de uma relação de dez anos ou o risco de uma paixão que pode deitar tudo a perder.

Organização: Cineclube da Universidade de Évora | Pátio do Cinema - SOIR Joaquim António d’Aguiar
Contacto: cineclube@uevora.pt

Universidade de Évora



A Universidade de Évora foi criada em 1551, sob o impulso do Cardeal-Rei D. Henrique, sendo um Colégio jesuíta onde se leccionavam Filosofia, Moral, Escritura, Teologia Especulativa, Retórica, Gramática e Humanidades, a missionários que haveriam de percorrer o Mundo. Foi a segunda Universidade a ser criada em Portugal, após Coimbra. 
No edifício do Colégio do Espírito Santo pode-se visitar o Claustro, com duas galerias sobrepostas de ordem toscana; a Sala dos Actos, de estilo barroco; os azulejos presentes nas salas de aulas nos Claustros, com referências a autores clássicos  como Platão, Virgílio, Aristóteles ou Arquimedes; a Igreja maneirista do Espírito Santo (séc. XVI); a Capela de Nossa Sª. da Conceição; e a antiga livraria (Biblioteca). A Universidade foi extinta em 1759 e reinstalada em 1979. 

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

"Évora Shopping" chegou ao Facebook


Consulte a página não oficial do Évora Shopping no Facebook em:

http://www.facebook.com/pages/%C3%89vora-Shopping-N%C3%A3o-Oficial/157452467737540?fref=ts

“Black Heaven – O Outro Mundo” no Soror Mariana



“Black Heaven – O Outro Mundo”, de Gilles Marchand
2010 | França/Bélgica | 105 min. | M/16 | Drama | Com: Grégoire Leprince-Ringuet, Louise Bourgoin e Melvil Poupaud
Data: 24 e 25 de janeiro
Local: Auditório Soror Mariana (Rua Diogo Cão, 8)
Horário: Sessões às 18:00 e 21:30
   
Gaspard tem o quotidiano comum de um jovem: divide o tempo entre os amigos e a namorada. Até ao dia em que, ao procurar o dono de um telemóvel perdido, encontra um homem morto num estranho ritual suicida. Ao seu lado está uma loura sedutora que, mais tarde, convence Gaspard a entrar num videojogo viciante e perigoso: o Black Hole, onde os homens são convencidos a cometer suicida na vida real…

Organização: Cineclube da Universidade de Évora | Pátio do Cinema - SOIR Joaquim António d’Aguiar

Évora Perdida no Tempo - Casa do Poço do Senado na Rua 5 de Outubro


Casa do Poço do Senado (séc. XVI) na Rua 5 de Outubro (antiga Rua da Selaria). As colunas foram postas a descoberto em 1946 e faziam parte do alpendre que servia de entrada do poço da cidade e que abastecia o público.

Autor Desconhecido/ não identificado
Data Fotografia 1910 - 1960
Legenda Casa do Poço do Senado na Rua 5 de Outubro
Cota CME0005 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Cinema: A Árvore da Vida




“A Árvore da Vida ”, de Terrence Malick
2010 | EUA | 138 min. | M/16 | Drama | Com: Brad Pitt, Sean Penn e Jessica Chastain
Data: 23 de janeiro
Local: Auditório Soror Mariana (Rua Diogo Cão, 8)
Horário: Sessões às 18:00 e 21:30
 
Um filme que acompanha a existência de Jack desde o seu nascimento, nos anos 50, até à idade adulta, da perda da inocência ao cinismo de um homem maduro que é parte da civilização pós-moderna. Jack, o mais velho de três irmãos, cresce dividido entre duas visões divergentes da realidade: o autoritarismo de um pai, ambicioso e descrente, com quem vive em perpétuo conflito, e a generosidade e candura de uma mãe, que lhe dá conforto e segurança. Até que um trágico acontecimento vem perturbar o já de si frágil equilíbrio familiar...

Organização: Cineclube da Universidade de Évora | Pátio do Cinema - SOIR Joaquim António d’Aguiar
Contacto: cineclube@uevora.pt

“Sonhos” até dia 25




“Sonhos”, pela companhia A Bruxa Teatro
Ficha Artística: Argumento e Direção de Figueira Cid | Cenografia e Figurinos de Catarina Cid e João Piteira | Ambiente Sonoro com Mestre André | Interpretação de Isabel Sousa e Sérgio Faria. M/6
Data: até 25 de Janeiro
Local: A Bruxa Teatro, espaço Celeiros (Rua do Eborim, 16)
Horário: quarta a sexta-feira: 21:30
 
Era uma vez… Uma jovem violinista. Do tempo das palmas, do dinheiro, sobra agora a solidão, um banco de jardim que a acolhe noite após noite, uma moeda atirada, um naco apanhado no lixo… Um violino abandonado, como abandonada a violinista. Sem rumo, de olhar fixo, procurando os sons que a alimentam. A ausência de solidariedade, de gosto pela Arte. Tempo de desespero, de ausência. E de futuro. É uma vez… Um espetáculo sem texto em que as palavras dão lugar às imagens, aos corpos e objetos que se tocam e tocam, num redemoinho de sons ao vivo, que percorrem o espaço e o ar ao apelo da imaginação e dos sentidos. Um espetáculo para todos os públicos, metáfora dum tempo em tons de cinza com cor ao fundo.

Organização: A Bruxa Teatro
Contacto: 266 747 047 | abruxateatro@gmail.com
Web page: http://abruxateatro.blogspot.com
Preço: público geral 5€ | estudantes 3€ | crianças 2€

Mau tempo fustigou Évora

Chafariz das Bravas




O pitoresco chafariz e lavadouro publico das Bravas, sito na Avenida Tulio Espanca, próximo à Igreja de S. Sebastião, mencionado documentalmente desde 1483, o Chafariz das Bravas terá sido edificado pelo Senado Eborense no último terço do século XV (ESPANCA, Túlio, 1966), e integrado na rede de águas construída nas principais entradas da cidade. Muito embora D. João III tenha introduzido melhoramentos ao Chafariz das Bravas, nomeadamente através de uma empreitada "do montante de 10 000 reis entregue aos pedreiros Lourenço Luís e Domingos Rodrigues, segundo arrematação pública de 11 de Março de 1528" (ESPANCA, Túlio, 1966), este monumento não parece ter sofrido grandes intervenções estruturais. Assim, a cortina de vinte ameias góticas que remata o paredão de alvenaria e enquadra o tanque rectangular de granito, é muito semelhante ao desenho "apenso à folha de guarda do Foral da Leitura Nova, doado pelo rei D. Manuel em 1 de Novembro de 1501 "(ESPANCA, Túlio, 1966). No entanto, existem outras descrições que referem a existência de mais do que um tanque, o que aponta para modificações a esse nível, motivadas, muito possivelmente, pelas necessidades de aproveitamento das águas para diversos fins (GUERREIRO, Madalena, 1999, p. 7). Por outro lado, sabe-se que o brasão de armas nacionais que se encontrava ao centro, e as duas carrancas situadas nos extremos do Chafariz, desapareceram (ESPANCA, Túlio, 1966).

http://marcoseborenses.no.comunidades.net

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Évora Perdida no Tempo - Edifício da Câmara Municipal de Évora


Edifício da Câmara Municipal de Évora (antigo Palácio dos Condes de Sortelha), na Praça do Sertório.


Autor Desconhecido/ não identificado
Data Fotografia 1911 dep. - 1948 ant.
Legenda Edifício da Câmara Municipal de Évora
Cota CME0268 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

domingo, 20 de janeiro de 2013

Formadores Técnicos de Jardinagem e Espaços Verdes


A Soprofor encontra-se em processo de Recrutamento de Formadores na área de Técnico de Jardinagem e Espaços Verdes para desenvolvimento de formação para adultos no distrito de Évora . 

Requisitos: 
Formação académica na área 
Experiência Profissional e Formativa (factor obrigatório); 
Certificado de Aptidão Profissional (CAP); 
Gosto pelo trabalho em equipa; 
Forte sentido de responsabilidade, dinamismo e bom ritmo de trabalho; 
Disponibilidade em horário laboral 


Envie CV e CAP para:

    alentejo.sregioes@gmail.com

com a seguinte referência: TJ_Évora

Precisa-se Professor de Bioquímica para Évora


Explicador(a) de Bioquímica (Superior) para Explicolândia Évora 

A EXPLICOLÂNDIA de Évora está a recrutar 1 colaborador (M/F) para o seu serviço de Apoio Pedagógico: 

Área de Ensino: 
- Bioquímica (Superior) 

Local de Trabalho: 
- Évora (Centro de Estudos) 

Perfil do candidato: 

- Forte sentido de responsabilidade 
- Capacidade de comunicação e motivação dos alunos 
- Conhecimento dos atuais programas escolares 
- Regime de prestação de serviços 

Inicio: 
- 12 de Janeiro 

Oferecemos: 
- Colaboração num projecto educativo ambicioso e em expansão contínua 
- Remuneração de acordo com a experiência e objectivos alcançados 
- Excelente ambiente de trabalho 

Os candidatos deverão enviar o Currículo Vitae (com foto) e Carta de Apresentação para o email


indicando: 
- Disponibilidade de horário 
- Preço/hora 

Oferecemos: 
- Colaboração num projecto educativo ambicioso e em expansão 
- Remuneração de acordo com a experiência e grau de profissionalismo 

Para mais informações poderá consultar o site em www.explicolandia.com 

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Évora Perdida no Tempo - Nave central da Sé de Évora


Autor Desconhecido/ não identificado
Data Fotografia 1910 - 1960
Legenda Nave central da Sé de Évora
Cota CME0295 - Prorpriedade Arquivo Fotográfico CME

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Até 9 de fevereiro no Palácio de D. Manuel:Exposições de Fotografia “Ao Cabo” e “Simplesmente Évora”




A Câmara Municipal de Évora apresenta no Palácio de D. Manuel, de 7 de janeiro a 9 de fevereiro, duas exposições de fotografia intituladas “Ao Cabo” e "Simplesmente Évora”, a primeira da autoria de Juan Louro Cambeiro e a segunda de Telmo Rocha, duas mostras que integraram o Festival de Fotografia de Ourense (Galiza) “Outono Fotográfico 2012”.

Juan Louro Cambeiro é um fotógrafo da escola analógica, mas com influências claras a nível de edição fotográfica com utilização a outros recursos, e no seu trabalho fotográfico de “Ao Cabo” apresenta a Costa da Morte, que é uma franja compreendida entre os municípios espanhóis de Carnota e Malpica, um território mítico que os romanos consideravam como o fim do mundo. Em "Simplesmente Évora”, Telmo Rocha apresenta a cidade alentejana em 20 fotografias a preto e branco, em que explora três temas: o património, as pessoas e as atividades.

Os trabalhos fotográficos apresentados nestas duas exposições foram idealizados no âmbito do Oralidades, um projeto internacional que se realiza ao abrigo do Programa Europeu Cultura 2007-2013 e que envolve uma parceria entre os municípios de Évora, Idanha-a-Nova e Mértola (Portugal), Ourense (Espanha), Ravenna (Itália), Birgu (Malta) e Sliven (Bulgária), unidos num vasto programa de cooperação e intercâmbio cultural que pretende valorizar o património cultural imaterial comum do território da Europa do Sul a partir das suas componentes identitárias, da sua memória e partilha.

Estas mostras podem ser visitadas gratuitamente de segunda a sexta-feira, das 10:00 às 12:00 e das 13:00 às 17:00, encerrando aos domingos todo o dia e aos sábados apenas na parte da manhã.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Évora Perdida no Tempo - Os Vagabundos do Ritmo


Actuação do conjunto Os Vagabundos do Ritmo no salão de baile da SHE.


Autor Desconhecido/ não identificado
Data Fotografia 1955 - 1965
Legenda Os Vagabundos do Ritmo
Cota SHE47 - Propriedade Sociedade Harmonia Eborense

domingo, 13 de janeiro de 2013

Pedreiro - para a zona de Évora


Recrutamos Pedreiro de Construção Civil para a zona de Évora.

Requisitos: 
- Experiência como Pedreiro de Construção civil;
- Disponibilidade Imediata.

Os interessados devem enviar o seu CV para o seguinte endereço de e-mail:

    recrutamento@worldjob-ett.com


Ortopedista - Coluna


RMED encontra-se a recrutar médicos para Prestação de serviços médicos na especialidade de ortopedia, para a área da coluna para o ano de 2013, nas seguintes condições: 

− Contratação de 1 médico com a especialidade de ortopedia, com experiencia em cirurgia  da coluna; 
− Realização de:  Consulta de cirurgia da coluna;  Cirurgia da coluna; 
− Realização de 10 horas por semana distribuídas por consulta e bloco operatório (poderá  haver reorganização do horário por mútuo acordo); 
− Prestação de serviços a realizar no HESE. 

Os interessados deverão enviar CV para o seguinte endereço eletrónico:

    rmed.servicosmedicos@gmail.com

sábado, 12 de janeiro de 2013

"Geraldo sem Pavor" sempre presente na história de Évora

Brasão de Évora


Imagem 1



 Imagem 2

 Imagem 3

Imagem 4


 Selo comemorativo da tomada da Cidade de Évora

 Estátua de Geraldo situada na entrada da feira de S. João em Évora 

Estátua situada junta à Junta de Freguesia da Tourega (Valverde)


http://marcoseborenses.no.comunidades.net


sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

As ruínas romanas da "Villa" da Tourega


As ruínas da villa romana da Tourega, pouco conhecidas dos eborenses, ficam situadas a cerca de 12 quilómetros da cidade, num desvio de terra batida existente na estrada de ligação às Alcáçovas, perto da ribeira de Valverde. O local terá sido ocupado entre o século I e o Século IV, tendo a villa chegado a estender-se por uma área de cerca de 500 metros quadrados, dotada de termas duplas, para homens e mulheres, e tanques de banhos frios e quentes. 

Em termos gerais, dir-se-á que uma villa romana era uma propriedade rural romana, semelhante aos actuais montes alentejanos, constituída por um conjunto de habitações para residência dos proprietários e dos seus trabalhadores e equipadas de banhos privativos, dado que os romanos sempre deram significativa importância à higiene e cuidados de saúde. Segundo os estudos conhecidos, a villa da Tourega funcionou como um importante ponto de apoio na via XII, que estabelecia a ligação entre Lisboa (Olissipo) e Emerita (Mérida). André Carneiro, docente da Universidade de Évora, na sua obra “Itinerários Romanos de Alentejo, Uma releitura de As Grandes Vias da Lusitânia – O Itinerário de Antonino Pio” de Mário de Saa, cinquenta anos depois considera, na esteira de outros investigadores, que a villa da Tourega teria uma localização predominantemente estratégica, determinada por várias possibilidades de acessibilidade. 

A mesma estaria muito perto da estrada (cerca de quinhentos a mil metros) que vinha de Alcácer do Sal (Salatia) com duas variantes (uma por Montemor, outra pelo Torrão e Alcáçovas) – mas próxima também de um cruzamento de vários itinerários. A ligação Ebora – Pax Julia (Beja) distaria apenas uma légua. Referências a este sítio são conhecidas desde o século XVI, quando o humanista André Resende encontrou uma lápide funerária dedicada por Calpúrnia Sabina a seu marido Quinto Júlio Máximo, questor da Sicília, tribuno da plebe, legado da província Narbonense e nomeado pretor da região. 

Depois da submetida a interpretação paleográfica, a placa acabou por ser datada do século III, fazendo actualmente parte do espólio do Museu de Évora. Segundo Mário Saa, «Quinto Júlio Máximo e seu filho eram quadrumvirus (membros de uma Junta de Quatro) da intendência das vias públicas», o que demonstra a importância que a estação assumiu nesses tempos. Pouco mais se soube da villa da Tourega até 1985, altura em tiveram início naqueles terrenos intervenções arqueológicas aprofundadas. De 1988 até 1996 foi elaborado o “Projecto de Investigação da Villa Romana da Tourega”, no âmbito de uma parceria entre a Universidade Lusíada e a Fundação Calouste Gulbenkian. 

Os trabalhos efectuados incidiram especialmente sobre a zona termal. A descoberto foi posto um corredor que conduzia a um edifício, tido como principal, com salas para banhos quentes ou frios, e um outro de dimensões mais amplas que serviria para o armazenamento da água. 

Texto: José Frota
Fotografia: Francisco Bilou

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Évora Perdida no Tempo - Orgão da Sé de Évora.


Orgão da Sé Catedral de Évora (1734-1735). À esquerda do orgão está o painel representando Nossa Senhora da Conceição (1735). A datação desta imagem foi inferida a partir de um conjunto de imagens pertencentes à Colecção Grupo Pró-Évora, atribuídas ao fotógrafo José Monteiro Serra, podendo o autor desta ser, também, o mesmo.


Autor Desconhecido/ não identificado
Data Fotografia 1910 - 1920
Legenda Orgão da Sé de Évora.
Cota CME0253 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Museu de Évora



Situado na parte mais alta da cidade, entre o Templo Romano e a Sé de Évora, o Museu ocupa hoje o Palácio dos Bispos, cuja fundação remonta à Idade Média. Trabalhos arqueológicos levados a cabo em 1996, revelaram que se encontra sobre o pavimento do Fórum Romano, habitações do período islâmico e algumas sepulturas do séc. XII (hoje expostas sob passadeira de vidro, nos claustros). 

O Museu de Évora é interessante a diversos níveis, mas dois são particularmente importantes: em primeiro lugar, o Museu será fundado sob iniciativa do Arcebispo de Évora, Frei Manuel do Cenáculo (1724-1814), em 1805, isto é 12 anos após a fundação do Museu do Louvre (mas 14 anos após a criação do Museu de Beja, pelo mesmo fundador); e, em segundo lugar, o núcleo inicial das obras do museu eram compostas pelas colecções de Arte, Arqueologia e Naturália do seu fundador. 

O Museu de Évora reabriu em Junho de 2009, após nocessárias obras de renovação segundo o projecto do arquitecto Raúl Hestnes Ferreira. 


Edição: Pensão Policarpo
Revisão: Marta Nunes Ferreira (Historiadora de Arte)

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Évora Perdida no Tempo - Portão principal do Jardim Público


Portão principal do Jardim Público. A datação desta imagem foi inferida a partir de um conjunto de imagens idênticas, pertencentes à Colecção Grupo Pró-Évora.


Autor Desconhecido/ não identificado
Data Fotografia 1905 - 1920
Legenda Portão principal do Jardim Público
Cota CME0274 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

domingo, 6 de janeiro de 2013

Técnico AVAC (M/F)


A Adecco Recursos Humanos recruta para prestigiada empresa sua Cliente:

Técnico AVAC (M/F) - ÉVORA

Requisitos:
- Experiência na função (mínimo 5 anos - Factor Eliminatório); 
- Experiência na manutenção de AVAC (Factor Eliminatório);
- Curso de técnico de Refrigeração e Climatização; 
- Capacidade de gestão de equipas, responsabilidade, dinamismo e resistência ao stress;
- Forte sentido de responsabilidade; 
- Disponibilidade imediata. 


Os candidatos interessados devem enviar Curriculum Vitae detalhado, indicando o título do anúncio a que se candidatam para


Precisa-se de Formador/a para a formação de Manobrador de máquinas em obra - ÉVORA


O Planeta Informático é uma entidade formadora acreditada pela DGERT e certificada no âmbito da norma ISO 9001:2008, que desde 1998 desenvolve a sua atividade exclusivamente no mercado da formação profissional, com incidência a nível nacional. 

Para o desenvolvimento um curso de aprendizagem que pretendemos iniciar estamos nesta fase a proceder ao recrutamento e seleção de formadores(as) externos(as) a contratar em regime de prestação de serviços para ministrar os módulos da formação de "Manobradores de Máquinas em Obra": 

- Sensibilização em HST 
- Principais causas de sinistralidade 
- Procedimentos de segurança 

O/a formador/a a contratar deverão corresponder ao seguinte perfil: 
- Experiência na àrea 
- CAP 

Se julga reunir as condições indicadas e está interessado em colaborar no desenvolvimento deste projeto poderá candidatar-se enviando um email para: "marlene@planetainformatico.pt" / "claudia.freitas@planetainformatico.pt" com o assunto: "MMO_ÉVORA", anexando o seu CV, certificado de habilitações e CAP. 


RESPONDA APENAS SE RESPEITAR TODAS AS CONDIÇÕES DO PERFIL 
Candidaturas não enquadradas no perfil solicitado não serão consideradas. 

sábado, 5 de janeiro de 2013

O Castelo de "Geraldo sem Pavor"


    O “Castelo do Giraldo” fica situado a cerca de 10 quilómetros da cidade de Évora, nas imediações da pequena Aldeia de Valverde.
      Seguindo pela estrada nacional 380, que liga Évora à povoação das Alcáçovas, encontramos, após termos percorrido cerca de 7 quilómetros, um cruzamento à direita, com a indicação de Valverde e mitra. Ao chegar a Valverde, seguimos na direcção da casa do Povo, saindo da povoação para Oeste, passamos o campo de futebol e após de passarmos o cemitério, uns 200 metros mais adiante, encontramos um estradão há direita com uma velha placa que nos conduz ao “Castelo”.
     O Castelo do Giraldo, mais conhecido pelos moradores da vizinha aldeia de Valverde como “Castro”, fica situado na freguesia da Nª Sra da Tourega, assenta num dos contrafortes da Serra do Monfurado, numa elevação que dela se desprende e atinge a cota de 334 metros, dominando a vasta planície que para o Oriente lhe fica aos pés.
      Grandes penedias se acumulam na sua parte superior e foram em parte aproveitadas para encosto das muralhas de que ainda hoje se encontram visíveis. Na vertente oriental do castro há indícios das velhas paredes, restos de humildes casebres que ali existiram há mais de dois séculos.
       Após os trabalhos efectuados em 26 de Outubro de 1960,relizados por uma equipa de jovens arqueológicos (J.F.V.), o castro ficou com as suas muralhas visíveis, bem como os vestígios das paredes de possíveis divisões habitacionais do Castelo.
       As suas muralhas em granito com blocos de grande dimensão, faces alisadas e arestas direitas, assentam uns sobre os outros sem necessidade da argamassa para regularizar a construção. O Castro tem um perímetro de 114 metros com um diâmetro de 36 metros no eixo maior e 35 no eixo menor.










http://marcoseborenses.no.comunidades.net

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Monumentos: Museu de Arte Sacra (Antigo Tesouro da Sé)



O actual Museu de Arte Sacra aproveitou para se instalar, em 2009, um edifício barroco contíguo à Sé, de relevante interesse histórico para a cidade de Évora - denominado Colégio dos Moços do Coro da Sé de Évora. Iniciado em 1700, por iniciativa do arcebispo D. Frei Luís da Silva Teles, este edifício albergou os meninos do Coro e seus mestres que tornaram famosa a Escola de Música da Sé de Évora, durante os sécs. XVI e XVII. Em estado de degradação para acolher a presente colecção, sofreu uma remodelação pela mão do arquitecto Carrilho da Graça. O acervo que se encontra neste museu é oriundo em grande parte do antigo Tesouro da Sé, o qual funcionava na torre da mesma, prolongando-se pela nave lateral. É composto por pintura, escultura, paramentaria, mobiliário, ourivesaria e alfaias litúrgicas. As peças provêm, maioritariamente, da Sé e de conventos extintos da cidade de Évora. Podemos destacar algumas peças, pela sua elevada qualidade artística, como a cruz-relicário do Santo Lenho - revestida por cerca de 1500 pedras preciosas (entre as quais se contam diamantes rosa, rubis, esmeraldas e safiras), a Virgem do Paraíso - tríptico em marfim, do estilo gótico francês, oferecido ao convento do Paraíso desta cidade por D. Isabel Afonso, apresentando esculpidas cenas ligadas ao Nascimento, Morte e Assunção da Virgem, o báculo do Cardeal D. Henrique, em prata dourada, do séc. XVI, entre outras peças que merecem toda a atenção do visitante.


Edição: Pensão Policarpo
Revisão: Marta Nunes Ferreira (Historiadora de Arte)




A arte pública contemporânea começou a instalar-se em Évora no decurso dos últimos anos, como resposta à necessidade de valorizar esteticamente o espaço circular interno gerado pelas rotundas, enquanto ponto de convergência urbanístico de ruas e avenidas. Por parte de muitos, pouco ou nada familiarizados com os caminhos percorridos pela arte moderna, a reacção foi e continua a ser profundamente negativa.

Mas é obrigação de uma cidade, que se pretende afirmar como pólo cultural de referência, acrescentar mais património ao excepcional legado histórico recebido e fomentar nos seus habitantes o interesse pelas modernas formas de expressão artística. E não há melhor forma para o fazer que utilizar os lugares disponíveis no espaço público. Na opinião de numerosos historiadores, analistas e críticos, o conceito de arte pública moderna surgiu na primeira metade dos anos 60com o objectivo de destacar um novo tipo de intervenção artística no espaço público, distinto do tradicional monumento comemorativo, filho do naturalismo clássico. Este deveria celebrar um acontecimento ímpar na vida de um país ou de um povo, ou homenagear um membro de uma cidade ou de uma comunidade que o deseja gravar na memória colectiva. No primeiro caso optava-se pelo erguer de uma construção grandiosa; no segundo a escolha era de natureza escultórica. Este era o conceito tradicional de arte pública.

Em Portugal as construções imponentes foram poucas e traduziramse,regra geral, em grandes obras de arquitectura. Mas as esculturas impuseram-se, de alguma forma, durante o século XIX e meados do século passado, tendo como espaço de eleição as praças, os largos e os jardins. Assim veio a acontecer com o busto de José Cinatti, a primeira obra de arte pública a ser erguida em Évora em 1864 e localizada no Jardim Público, de cuja construção e planeamento ele se havia encarregado. No pedestal – elemento característico da estatuária pública clássica – lá se encontra escrito: «À memória de José Cinatti / Évora agradecida/1844». 

O segundo busto erigido na cidade foi dedicado ao Dr. Francisco Eduardo Barahona Fragoso, opulento lavrador, Par doReino, Oficial-mor da Casa Real, homem de arte e da cultura e grande benemérito da cidade. A obra de arte dedicada ao “Dr. Barahona” e executada «por subscripção pública» encontra-se no Jardim Dianadesde 1908. Foi preciso chegar a 1949 para um novo busto passar a embelezar o espaço público citadino. A homenageada era pela primeira vez uma mulher, Florbela Espanca de seu nome. Acto que mereceu a desaprovação da Igreja diocesana, que considerava a notável poetisa, que frequentara o Liceu de Évora em 1911, onde concluíra o curso sete anos depois e se suicidara em 1930 em Matosinhos, como uma mulher dissoluta e imoral. Depois de muito porfiar, os admiradores e amigos conseguiram que o busto, da autoria do escultor Diogo de Macedo, obtivesse autorização para colocação num local discreto do Jardim.



Ao Parque Infantil foi parar uma estátua em granito do cronista e prosador Garcia de Resende, cinzelada por António de Paiva e oferecida à Câmara de Évora pelo Ministério das Obras Públicas na Primavera de 1974. Cerca de duas décadas depois, o grande mestre Lagoa Henriques criava o busto do grande filantropo eborense D. Vasco Maria Eugénio d’ Almeida (Conde de Vilalva), no qual já era notória a transfiguração das formas clássicas (menor rigidez e monumentalidade) e que foicolocado no relvado fronteiro ao Palácio da Inquisição, em plena Acrópole.

A série de homenagens individuais em pedra e ao ar livre teve no busto de André de Resende, o grande humanista eborense do século XVI, a sua última realização. A escultura de João Cutileiro encontra-se desde 2000 no Jardim de S. Mamede, em local discreto, masfoi produzida em meados dos anos 80, semelhando-se em muito na sua concepção e linhas estéticas à estátua de D.Sebastião, também de sua autoria e implantada em Lagos em 1973 e considerada pelo crítico José Augusto França como «a primeira escultura pública moderna nacional». Fora deste contexto fica o Monumento aos Mortos da Grande Guerra, que foram muitos os criados por todo o país. O de Évora foi erguido em pleno Rossio, em 1933, ainda que em princípio estivesse destinado à Praça Joaquim António de Aguiar. A iniciativa partiu de um grupo de militares e civis e a inauguração contou com a presença do Presidente da República de então, General Óscar Carmona. Tem 11 metros de altura e do conjunto fazem parte diversas inscrições explicativas em placa de bronze, material de que também são compostos dois obuses, colocados a cada um dos lados do monumento.


Diferente, pela sua menor dimensão e discrição, não isento porém de expressiva dignidade, é o obelisco (peça típica do Antigo Egipto, formada por um pilar de forma quadrangular e alongada, que se afunila ligeiramente à medida que vai subindo) em memória de todos «os que lutaram e morreram por Portugal no Ultramar», levantado no Largo dos Castelos, frente ao Quartel General da cidade. Entretanto a Arte Pública moderna fazia a sua entrada em Évora com a realização em 1981 do Simpósio Internacional da Pedra, orientado por João Cutileiro. O catálogo assinalou a presença de 26 peças de 15 artistas. A maioria das peças está distribuída por jardins e praças. Só no jardim Diana foram colocadas 4 delas (de Pedro Fazenda, Luísa Perienes ), outra de João Sotero repousa no Parque de estacionamento da Porta da Lagoa. Destaque extra merece a peça “Sarcófago”, burilada por José Pedro Croft, ainda no relvado do Palácio da Inquisição.


A presença de obras de arte em rotundas começou em meados dos anos 60 com a instauração de um pouco imaginativo padrão dos descobrimentos na rotunda da Praceta Infante D. Henrique. Só em 1991, por iniciativa municipal, em homenagem aos voluntários eborenses, surgiu a Rotunda do Bombeiro, da autoria do professor de Belas Artes Armindo Alípio Pinto, que já gerou alguma controvérsia. Foram contudo as derradeiras, colocadas nos últimos quatro anos, que mais celeuma criaram, naturalmente por imbuídas de concepções estéticas diferentes da ideia corrente de monumento. Inserem-se neste âmbito as duas em que a água é um elemento de referência: a fonte cibernética, da autoria do arquitecto paisagista Caldeira Cabral (Rotunda do Raimundo), e a escultura de António Charrua denominada de “Diálogo de Ícaro com o Sol” (Rotunda dos Colegiais), envolvida por engenhosa fonte ornamental.

Para além dos monumentos de homenagem à Associação dos Dadores Benévolos de Sangue e ao ciclismo eborense, resta a polémica réplica do Arco do Triunfo que terá existido na Praça do Giraldo, de João Cutileiro, cujo mérito artístico não cabe aqui avaliar. Na estatuária portuguesa contemporânea, porém, Mestre Cutileiro já demonstrou estar à frente do seu tempo. Curiosamente o filósofo contemporâneo Gilles
Lipovetsky dirá, em “A Era do Vazio”: «O modernismo é de essência democrática: desliga a arte da tradição e da imitação e simultaneamente inicia um processo de legitimação de todos os temas».


Texto: José Frota
Fotografias: Carlos Neves




quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Monumentos: Templo Romano




Popularmente conhecido como Templo de Diana, por se ter especulado no séc. XVII que seria dedicado à Deusa romana da Caça, o templo romano é o verdadeiro ex-libris da cidade de Évora. De estilo coríntio, ergue-se na acrópole de Évora (ponto mais alto da cidade a 302 metros de altitude) e pensa-se que remonta ao séc. I d.C. Apesar da sua imponência não se encontra completo, pois foi parcialmente destruído no séc. V, aquando das invasões visigóticas, assim como foi utilizado como matadouro municipal na Idade Média. 

Será apenas no séc. XIX, pela intervenção do Arquitecto e cenógrafo Cinatti que serão retirados todos os acrescentos medievais ao templo, mantendo-se propositadamente apenas a estrutura em granito.  Embora mantenha o pódio, bem como 26 das colunas originais, faltam-lhe elementos como a arquitrave, o friso e o frontão. 




Edição: Pensão Policarpo
Revisão: Marta Nunes Ferreira (Historiadora de Arte)

Évora Perdida no Tempo - Antigo Quartel General



Aspecto parcial da parada do Antigo Quartel General (actualmente Colégio Luis António Verney - Universidade de Évora.


Autor Desconhecido/ não identificado
Data Fotografia 1900 - 1960
Legenda Antigo Quartel General
Cota CME0282 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Concerto de Ano Novo, pela Banda Sinfónica da Guarda Nacional Republicana




Data: 5 de janeiro
Local: Teatro Municipal Garcia de Resende
Horário: 18:00
   
Sinopse
A Banda Sinfónica da GNR, atualmente na dependência da Unidade de Segurança e Honras de Estado, constitui um dos órgãos que o Comandante-Geral tem à sua disposição para, no âmbito da atividade musical, concorrer com a sua ação em atividades no âmbito das atividades de representação a nível do Protocolo de Estado, cerimónias militares, culturais e recreativas e de divulgação da GNR. Em 2006 foi-lhe conferido, pelo presidente da República Jorge Sampaio, o título de membro-honorário da Ordem do Infante D. Henrique.

Parceria: Direção Regional de Cultura do Alentejo | Cendrev-Centro Dramático de Évora
Apoios: Câmara Municipal de Évora
Contacto: 266 703 112 | cendrev@mail.evora.net
Entrada Livre

Partidos esperam política agitada em 2013

Évora Perdida no Tempo - Terraço da Sé de Évora


Terraço da Sé Catedral de Évora, vendo-se em primeiro plano a Torre Lanterna.

Autor Desconhecido/ não identificado
Data Fotografia 1900 - 1960
Legenda Terraço da Sé de Évora
Cota CME0258 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME