quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Túlio Espanca


Túlio Alberto da Rocha Espanca nasceu no dia 8 de Maio de 1913, pelas 22:00 horas, na antiga Rua do Angerino, freguesia de Nossa Senhora da Conceição (Matriz) em Vila Viçosa.

Filho de José de Jesus da Rocha Espanca, natural de Vila Viçosa, e de Maria Rosa Alberto, natural da freguesia de Nossa Senhora de Machede, concelho de Évora. Em Vila-Viçosa viveu até à idade de 7 anos, altura em que veio para Évora acompanhado de seus pais e irmãos.

Grande especialista da História da Arte eborense e alentejana, exerceu larga atividade no Grupo Pró-Évora e na Comissão Municipal de Turismo da Câmara Municipal de Évora, e deixou vasta obra de pesquisa ligada à História e à Cultura artística do Sul do País, em grande parte publicada na revista “A Cidade de Évora”, assim como nos “Cadernos de História e Arte Eborense”, regularmente editados desde 1944.

A sua obra principal, porém, foi a que deixou integrada no “Inventário Artístico de Portugal”, da Academia Nacional de Belas-Artes, no qual foi o organizador dos oito monumentais tomos dedicados ao Concelho de Évora [1966], ao Distrito de Évora [1975 e 1978] e ao Distrito de Beja (l.a parte) [1993].

Como reconhecimento da grande valia da sua obra, Túlio Espanca foi em 1959 nomeado membro da Academia Nacional de Belas-Artes, em 1979 eleito Vogal Efectivo e em 1982 Académico Honorário, tendo sido agraciado com a Medalha de Mérito, «por deliberação concordante desta Academia, reunida em sessão ordinária de 10 de Dezembro de 1982, onde foram realçados os merecimentos que levaram à respetiva concessão.»

Em 1976, entrou como sócio correspondente na Academia Portuguesa da História.

Em 29 de Maio de 1982 foi Túlio Espanca contemplado com o Prémio Europeu da Conservação dos Monumentos Históricos, da Fundação F.V.S. de Hamburgo, pela atividade desenvolvida durante quarenta anos em favor da preservação dos monumentos e cidades do Alentejo.

A 27 de Novembro de 1982 foi atribuída a Túlio Espanca a Medalha de Ouro da Cidade, pela Câmara Municipal de Évora presidida pelo Dr. Abílio Fernandes, homenageando o historiador, a sua obra e a sua vida de intenso labor em prol da Cultura e da História, de Évora e do Alentejo.

E logo a 29 de Novembro, o Presidente da República Portuguesa, General Ramalho Eanes, Grão-Mestre das Ordens Portuguesas, conferiu a Túlio Espanca o grau de Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada, condecoração que distingue personalidades que se evidenciem nas Ciências, Letras e Artes.

A 1 de Novembro de 1990 foi atribuído a Túlio Espanca o grau académico de Doutor «Honoris Causa» pela Universidade de Évora. Foi o reconhecimento universitário do mérito cultural de Túlio Espanca, que dedicou toda a sua vida a ler nas bibliotecas e arquivos a história artística e cultural da cidade de Évora e do Alentejo. Doutoramento, esse, conferido pelo Senado da Universidade eborense na área científica de História da Cultura Portuguesa.

Nesta ocasião e a propósito da atribuição do Doutoramento Honoris Causa a Túlio Espanca pela Universidade de Évora, o Professor Doutor Joaquim Veríssimo Serrão, Presidente da Academia Portuguesa da História, declarou, tratar-se de «uma justa homenagem a quem pela sua valiosa obra e pela dedicação de uma vida, tanto tem prestigiado a Arte portuguesa e as tradições culturais da sua província natal…».

Túlio Espanca viria a falecer em Évora, a 2 de Maio de 1993.

https://www.cm-evora.pt/municipe/evora/personalidades-ilustres/

segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

Centro Interpretativo da Cidade de Évora

Inaugurado no passado dia 29 de junho de 2021, Dia da Cidade, depois de uma intervenção que requalificou este monumento nacional, o Palácio de D. Manuel alberga agora o Centro Interpretativo da Cidade de Évora, além de uma sala de exposições temporárias e de uma sala de conferências totalmente equipada. O Centro Interpretativo abre agora portas ao público, percorrendo os 20 séculos de história que modelaram a cidade de Évora.

O Centro Interpretativo da Cidade de Évora desempenha um papel determinante na prossecução de uma estratégia municipal de criação de melhores condições de acolhimento aos visitantes da Cidade. Procurou estruturar-se em torno de uma narrativa que permite apresentar ao visitante as razões pelas quais Évora foi considerada Património Cultural da Humanidade. Através de documentos, artefactos museológicos, imagens, sons e recursos multimédia, foi desenvolvido um discurso que evidencia uma visão abrangente do sítio classificado, documentando, de forma simples e apelativa, as grandes linhas pelas quais se tece a sua harmonia temporal.

Em termos expositivos, procurou-se (re)interpretar as diversas peças, as imagens analógicas e virtuais, as maquetas e as recriações expostas, cruzando-as com momentos históricos do país vivenciados em Évora, através de um trilho dramático e sonoro, onde a música, a poesia, relatos ou curtas ficções dramatizadas permitem estabelecer uma desejável ponte do espaço interpretativo para a cidade.

O Centro Interpretativo pode ser visitado de terça-feira a sábado, entre as 09h30 e 12h30 e entre as 14h00 e as 18h00.

https://www.cm-evora.pt/visitante/patrimonio/centro-interpretativo-da-cidade-de-evora/