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sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

«Metamorfoses», de Jorge de Sena | Poesia no Claustro



A sessão «Poesia no Claustro», do próximo dia 26 de janeiro, será dedicada a Jorge de Sena (1919-1978) e em particular ao seu livro Metamorfoses de 1963. Raquel Maceiras, Assistente Técnica do Museu, conduzirá esta sessão a não perder.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Évora Poética - Florbela Espanca

Évora! Ruas ermas sob os Céus
cor de violetas roxas ... Ruas frades
pedindo em triste penitencia a Deus
que nos perdoe as miseras vaidades!

Tenho corrido em vão tantas cidades!
e só aqui recordo os beijos teus,
e só aqui eu sinto que são meus
os sonhos que sonhei noutras idades!

Évora! ... o teu olhar ... o teu perfil ...
tua boca sinuosa, um mês de Abril
que o Coração no peito me alvoroça!

... em cada viela o vulto dum fantasma ...
e a minha Alma soturna escuta e pasma ...
e sente-se passar menina-e-moça ...

Florbela Espanca

terça-feira, 29 de maio de 2012

Évora Poética - Florbela Espanca

Évora Poética!

Donzela Cristã qu' outrora foi Moira.
Mãe, Senhora de mil encantos,
mil suspiros ... aia pagã!

Embrenhada à solidão dum novo-tempo,
sussura pelos cantos
a ausência do bem-amado ...

Na calada da noite,
busca aquele que se perdera outrora
entre ciprestes!
Amado jaz sepultado em Coração incógnito,
vagueando por aí, vivendo ao Deus-dará!

Oh Évora encantada!
Évora sanguinea que minhas veias percorres!
Assim te canto em meus versos!
Assim te faço imortal!
Assim te toca a minh'Alma!

E ao passear-te p'la penumbra,
no rescaldo das Idades ... sinto-te ainda,
em cada madrugada; menina e moça
de boca sinuosa, Florbela Espanca!


Ricardo Louro
(à doce Évora que se funde nos intemporais versos de Florbela Espanca ... em memória da própria Florbela Espanca, que no fundo, é a doce Évora de que vos falo em meus versos.)