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sábado, 11 de julho de 2020

Cromeleque dos Almendres recebeu Rota do Megalitismo


A Turismo do Alentejo e Ribatejo apresentou, na passada sexta-feira, no Cromeleque dos Almendres, a Rota do Megalitismo, numa cerimónia que contou com a presença dos presidentes da Câmara Municipal de Évora, Carlos Pinto de Sá, de Montemor-o-Novo, Hortênsia Menino e da Turismo do Alentejo, Ceia da Silva.

Com este projeto – que abrange os 58 municípios integrantes da instituição e cujas restantes rotas serão apresentadas em breve -, a Entidade Regional de Turismo tem como foco "enriquecer a experiência e o conhecimento dos visitantes sobre o território" e, consequentemente, "potenciar o número de dias de estadia no Ribatejo e no Alentejo".

Segundo a Turismo do Alentejo e Ribatejo, a rota está integrada no projeto "Rotas do Touring Cultural do Alentejo e Ribatejo", visando "transportar" os turistas e visitantes até aos diversos locais onde se encontram "dissemelhantes menires, cromeleques ou dolmens que têm despertado o interesse de investigadores, arqueólogos e curiosos". É de salientar que juntamente com a Bretanha, o Alentejo e Ribatejo são as regiões com maior densidade e variedade de vestígios e monumentos megalíticos.

http://www.cm-evora.pt/pt/Evora-Noticias/arquivo/Paginas/Cromeleque-dos-Almendres-recebeu-Rota-do-Megalitismo.aspx

sábado, 21 de dezembro de 2019

A magia do megalitismo


O Lonely Planet, considerado o mais importante guia de viagens e de turismo cultural de todo o mundo e tido como de leitura obrigatória para todos os operadores dos respectivos sectores, afirma que, este ano, Portugal será um destino incontornável para os viajantes de toda a parte. E recomenda as experiências que o turista não pode perder ao visitar o nosso país: a prova dos vários vinhos do Porto, um passeio pelas remotas povoações graníticas da Peneda-Gerês, passar por Lisboa e provar o pastel de Belém e, finalmente, ver um pôr-do-sol nos monumentos megalíticos junto a Évora. Este alvitre vai, decerto, trazer à cidade  muitos viajantes estrangeiros com o objectivo explícito de visitar estes locais onde a aventura do homem, enquanto ser social, se começou a desenhar. Será então desolador ver muitos eborenses e homens de cultura do país exibirem  o seu desconhecimento em relação a esses lugares, vestígios de um tempo mítico fundador sacralizado pelos deuses, quando outros virão de tão longe para apreciar o espectáculo indizível que é contemplar o ocaso do astro-rei num cenário quase primordial. Neste contexto se entende que é necessário promover tão valioso património, espalhado pelas imediações da urbe e que tão esquecido tem sido na divulgação do melhor que Évora  tem, fornecendo informação susceptível de suprir tão grave lacuna. Asseveram os estudiosos do passado que as primeiras sociedades agro-pastoris, próprias do Neolítico, se sucederam aos primitivos grupos errantes de caçadores-recolectores que viviam do que a natureza lhes dava, característica da época mesolítica. 

A sedentarização, produto do domínio das técnicas agrícolas e da domesticação dos animais, veio criar uma nova forma de vida que implicava o trabalho em favor da comunidade. Esta profunda alteração na vivência humana ocorreu sobretudo na Europa Ocidental. Em Portugal, os historiadores apontam para que os primeiros pastores tenham vindo dos concheiros do Tejo e Sado, locais de exploração de moluscos marinhos e terrestres, onde  erguiam sazonalmente acampamentos que tinham a exacta durabilidade dos meios de subsistência procurados: água  em abundância e caça com fartura. Por essas alturas era a natureza da paisagem que  impunha a fixação, ainda que temporária ou  eventual. Ao posterior movimento de deslocação interna, gerador do mundo rural alentejano, veio a referir-se desta forma o arqueólogo Manuel Calado: «abandonar as margens dos estuários e mudar-se de armas e bagagens para os arredores de Évora foi, certamente, uma ruptura profunda no quotidiano das populações do VI milénio a.C.. De um dia para o outro houve (o homem) que adaptar-se a novos horizontes, novas actividades, novos valores». 

No Alentejo (zona de Évora, particularmente) e na Bretanha (Oeste francês), duas das áreas de maior concentração demográfica neolítica, foram pela primeira erguidos os grandes  monumentos megalíticos com base nos menires, cravados no solo e por vezes de alturas insuspeitas, relacionados com o culto da fecundidade (símbolos fálicos) ou indicando marcos territoriais. Isto pressupõe já a existência de povoados próximos de afloramentos graníticos com gente em larga  escala para construir, levantar e transportar monólitos de dimensão impressionante, empenhada também, por outro lado, no desbravamento de bosques e florestas. O uso de instrumentos de pedra polida, nomeadamente de machados, era-lhes, por certo, essencial. Passemos então à descoberta dos grandes megálitos do concelho. Num cabeço localizado a 12 quilómetros a poente de Évora, situado na freguesia de Nossa Senhora de Guadalupe, encontra-se  o maior monumento megalítico estruturado da Península Ibérica e um dos mais antigos da história da Humanidade. É o Cromeleque dos Almendres, constituído actualmente por 95 menires de granito (chegaram a ultrapassar  centena) e começado a construir há cerca de 7.000 anos, tendo passado 3 fases antes de atingir a feição última (forma oval) em finais do terceiro milénio a.C.. Uma dezena deles está decorada, exibindo relevos e gravuras de grau de visibilidade diferente. 

Em metade são todavia bem notórios. Na placa interpretativa que figura junto ao parque de estacionamento, clareira cavada entre o montado de sobro e azinho ali existente e rodeada de medronhos, se informa ser desconhecida a sua função. Adianta-se todavia que os dados arqueológicos recentes têm colocado em evidência a disposição e implantação  de alguns monólitos em coincidência com os movimentos elementares do Sol e da Lua, permitindo a marcação dos equinócios e solstícios, o que deixa antever a possibilidade de ter sido usado como posto de observação astronómica. E acrescenta-se que «alguns dos elementos decorativos e a aparente esquematização dos menires, poderão constituir, à escala monumental, a primeira representação escultórica de entidades tutelares ou mesmo das mais ancestrais linhagens do poder». Lá do alto avista-se Évora, que por esses tempos nem sequer existia. 

A partir de Guadalupe, alcançada a partir de um desvio na EN-114, o caminho para o Cromeleque, à distância de 4,3 Km, é de terra batida mas perfeitamente acessível a veículos ligeiros. Entra-se em caminhos particulares e deve seguir-se com cuidado, até mesmo para não deixar passar despercebida a estreita vereda que o proprietário abriu para aceder ao Menir dos Almendres, exemplar isolado de forma ovóide alongada, decorado com um báculo gravado em baixo relevo, indicativo da actividade agro-pastoril e idêntico a outras insculturas vistas em outros monumentos da altura. A sua localização está ligada ao Cromeleque, dado que, observada a partir deste, se aponta para a posição do nascer do Sol no dia do solstício de Verão. No regresso a Guadalupe, é tomar a estrada para Valverde. São quatro quilómetros de belíssima estrada até à povoação. Atravessa-se a ponte sobre a ribeira do mesmo nome e, antes de chegar ao Aqueduto da Mitra, curva-se à esquerda e entra-se em terrenos da Universidade. Ao fim de pouco mais de dois quilómetros em percurso revestido a gravilha chega-se a uma clareira, resgatada entre azinheiras velhíssimas, daquelas que  já não sabem a idade, deixando-se o carro, dado que só é possível prosseguir a pé. Duzentos metros percorridos é necessário passar por uma ponte rudimentar de madeira, mas oferecendo bastante segurança. 

Meio quilómetro à frente, a meio de uma encosta suave, aparece a Anta Grande do Zambujeiro, considerada a mais alta do mundo, sustentada em grandes pedras verticais graníticas  com cerca de 6 metros de altura. As antas ou dólmens eram  monumentos tumulares colectivos, relativos à fase derradeira do Neolítico, compreendida entre o fim do V milénio a.C. e o III milénio a.C.. Na sua essência, a anta do Zambujeiro é composta por uma câmara apoiada em 7 pilares aprumados, ou esteios, a que se segue um longo corredor cujo acesso está hoje vedado por uma porta protectora de madeira. A laje de cobertura encontra-se sob a mamoa, ou seja, um pequeno montículo artificial de terra, composto de várias pedras, que servia para encobrir o monumento. Devido a uma intervenção antiga, que afectou a estabilidade do monumento, foi necessário construir uma cobertura provisória do conjunto, esperando-se a realização de uma acção que faça a sua recuperação definitiva. Estes são os três principais monumentos megalíticos do concelho. Mas outros existem disseminados ainda pela zona de Valverde, entre os quais são de assinalar as Antas do Barrocal. Entrando-se ligeiramente na freguesia de Santiago do Escoural (termo de Montemor-oNovo) pode ver-se a Anta-Capela da Senhora do Livramento e a Necrópole de Vale Rodrigo. No caminho para a Azaruja, e cortando  para os Canaviais, chama a atenção a Anta do Paço das Vinhas. Retomando o caminho e seguindo para a Igrejinha, fica o Menir da Oliveirinha, caído e de grandes dimensões, o maior do concelho de Évora. Na zona de Torre de Coelheiros sobressaem as antas do Zambujalinho, da Bota, do Freixo de Cima e a de Cabacinhitos, com as suas notáveis placas de xisto gravadas, expressando promessas e pedidos. A não perder, principalmente ao entardecer, dizem os homens do “Lonely Planet”. E com razão, acrescente-se.


ÉVORA MOSAICO nº 3 – Outubro, Novembro, Dezembro 09 | EDIÇÃO: CME/ Divisão de Assuntos Culturais/ Departamento de Comunicação e Relações Externas | DIRECTOR: 
José Ernesto d’Oliveira | PROJECTO GRÁFICO: Milideias, Évora | COLABORADORES: José Frota, Luís Ferreira, Teresa Molar e Maria Ludovina Grilo | FOTOGRAFIAS: Carlos Neves, 
Rosário Fernandes | IMPRESSÃO: Soctip – Sociedade Tipográfica S.A., Samora Correia | TIRAGEM: 5.000 exemplares | PERIODICIDADE: Trimestral | ISSN 1647-273X | Depósito Legal 
nº292450/09 | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

sábado, 15 de março de 2014

Évora Megalítica - Cromeleque dos Almendres


Este monumento megalítico, inicialmente constituído por mais de uma centena de monólitos, foi identificado em 1966 por Henrique Leonor Pina. A sua recente escavação possibilitou a detecção de várias fases construtivas, ao longo do Período Neolítico (V.’ e IV ’ milénios a. C.), até alcançar aspecto semelhante ao que hoje apresenta. Tais alterações são reflexo das mudanças económicas, sociais e ideológicas ocorridas. Menires com diferentes formas e dimensões, desde pequenos blocos rudemente afeiçoados, outros maiores, que deram ao local o nome de Alto das Pedras Talhas, alguns cilíndricos, esféricos, ou de aspecto estelar, formaram dois recintos erguidos em épocas distintas, geminados e orientados segundo as direcções equinociais. 0 mais antigo (Neolítico Antigo) era definido por dois ou três circulos concêntricos de pequenos monólitos, ao qual se associou, no lado poente e algumas centenas de anos depois (Neolítico Médio), um outro, composto por duas elipses, irregulares mas concêntricas, com menires de grandes dimensões. Mais tarde (Neolítico Final), ambas as estruturas sofreram modificações, tendo-se transformado o recinto inicial numa espécie de átrio que orientaria e solenizaria os rituais socio – religiosos ali praticados. As grandes dimensões da forma final do Cromeleque dos Almendres e a sua localização, próxima do cimo de importante relevo, de onde se desfruta vasto horizonte, ocupando uma encosta suave voltada a nascente, reflecte aspectos determinados pela evolução cultural. À última fase mencionada corresponde, ainda, a aplanação parcial de muitos monólitos, conferindo-lhes aspecto estelar, assim como a sua decoração, através de relevos ou de gravuras. 0 menir 57 mostra composição com treze representações de báculos, possíveis objectos de prestígio social, característicos dos espólios funerários da fase evolucionada do megalitismo alto-alentejano. Também os menires 56 e 48 oferecem figurações de tais artefactos, no primeiro associada à escutiforme e, no segundo, incluída numa pequena cena centrada por figura antropomórfica esquemática. 
0 menir 58, situado na extremidade norte do eixo menor do recinto, exibe três imagens solares radiadas. Tal iconografia corresponde a um momento final do Neolítico ou já ao Calcolítico, quando na região se fizeram sentir os estímulos culturais das primeiras comunidades metalurgistas, produtoras de artefactos de cobre e portadoras de nova superestrutura religiosa. Esta era centrada por uma super-divindade feminina, idealizada com grandes olhos solares, a grande deusa-mãe mediterrânica.
0 Cromeleque dos Almendres constituíu, por certo, uma construção de carácter plurifuncional, capaz de organizar, durante cerca de dois milénios, o espaço em termos físicos e psicológicos, hierarquizando e estruturando o território em seu redor. Ele foi, também, local de agregação social e possivelmente símbolo da autoridade político-religiosa, no seio das populações de economia agro-pastoril e semi nómadas que habitaram a zona, estando ligado às observações e previsões astrais, como as práticas propiciatórias da fecundidade. Estas são sugeridas pelo falimorfismo de alguns menires, pelas decorações observadas e pela deposição de mós em algumas das suas estruturas de sustentação. Durante o Calcolítico o recinto terá sido desactivado e parcialmente arruinado, como deixa pressupor o derrube e destruição de muitos dos menires.

Notícia retirada daqui

domingo, 9 de março de 2014

Évora Megalítica - Vale Maria do Meio


O recinto megalítico de Vale Maria do Meio foi identificado em 1993 por uma equipa de alunos da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, orientada pelo seu docente Manuel Calado. Escavações recentes*, promovidas pela autarquia eborense e dirigidas pelo descobridor do monumento, verificaram um conjunto de cerca de três dezenas de menires graníticos, formando actualmente um arco de ferradura alongado no sentido nascente-poente, aberto a Este e com 5% de declive, medindo cerca de 37m de comprimento, por cerca de 20m de largura máxima. Em dois monólitos da ala Oeste, confirma-se a existência de gravuras, nomeadamente círculos, ferraduras e báculos. Segundo o seu investigador, a cronologia deste monumento é atribuída a uma data centrada no V milénio a. C., ou mesmo antes. Em Dezembro de 1995, uma acção de arqueologia experimental serviu para a compreensão do esforço colectivo implicado na construção de recintos megalíticos. De facto, com o auxílio de cordas, troncos e força braçal de 70 voluntários, foram, com êxito, implantados dois menires de consideráveis dimensões.

Notícia retirad daqui

*Especial agradecimento ao senhor Américo Chinita de Mira - arrendatário da herdade Vale Maria do Meio - pelas facilidades concedidas.

sábado, 8 de março de 2014

Évora Megalítica - Portela de Mogos


Monumento megalítico classificado como Imóvel de Interesse Público em 1997, foi identificado, em 1966, por Henrique Leonor Pina. Escavações recentes*, promovidas pela Câmara Municipal e dirigidas por Mário Varela Gomes, verificaram um recinto com planta de forma oval, orientado segundo o seu eixo maior no sentido nascente poente, constituído por cerca de trinta menires e medindo 14x11, 5. No seu interior detectou-se uma linha formada por cinco monólitos que marcam o eixo norte-sul, sendo o central de maiores dimensões. No lado nascente, alguns menires continuam o eixo do maior recinto, formando um alinhamento. Os menires, em geral rudemente afeiçoados, apresentam morfologia variada, tendo alguns sido decorados com motivos gravados ou em relevo, nomeadamente: círculos, linhas onduladas, covinhas e báculos. Outros, durante o Neolítico Final, foram aplanados, determinando forma estelar, e decorados com composições antropomorfizantes, em relevo, onde se reconhece uma face e uma lúnula. Tanto a arquitectura deste monumento como a tipologia e decoração dos menires, assim como o espólio exumado, indicam que ele foi edificado e utilizado durante o Neolítico Médio e Final (V e IV milénios a.C.). Todavia, terá sido frequentado, ainda com propósitos de indole mágico-religiosa, em meados do II milénio, conforme documentam os numerosos fragmentos de taças carenadas ali encontrados, talvez depois de um período de abandono ocorrido durante o Calcolítico.

Notícia retirada daqui

*Especial agradecimento ao Engenheiro João José Perdigão – proprietário de uma das herdades de Vale Maria – pelas facilidades concedidas.

sábado, 1 de março de 2014

Évora Megalítica - Anta Grande do Zambujeiro


Monumento megalítico de grandes proporções, no seu género um dos maiores da Europa, foi descoberto e escavado pelo Dr. Henrique Leonor Pina nos anos sessenta. Utilizado pelas comunidades agro-pastoris do Neolítico há cerca de 5000 anos como local de enterramento dos seus mortos,  cujo espaço serviria igualmente de santuário.
A Anta Grande do Zambujeiro é constituída por uma gigantesta mamoa* com mais de 50 metros de diâmetro, que envolve a mesma da câmara poligonal e corredor longo, abrindo em átrio para o exterior. Este templo funerário funcionou como local de cemitérios e de culto.
Da enorme constituição megalítica – no seu género a maior da Europa – afloravam na altura da descoberta as extremidades superiores des esteios da câmara com cerca de 6 metros de altura e muitas toneladas de peso. O colossal chapéu, então já fracturado e agora removido, jaz a poente da mamoa.
A Anta encontra-se classificada como monumento nacional (D.L. 516/71 de 22 de Novembro) e o vasto espólio recolhido nas escavações – vasos de cerâmica, contas e adornos de resina, pedras verdes, lâminas e pontas de setas em silex e cristal de rocha, instrumentos de cobre, ídolos – placas de xisto gravadas, etc. – encontra-se guardado no Museu de Évora, não tendo infelizmente, até agora sido apresentado ao público).
Desde 1987 a Câmara Municipal de Évora está a apoiar acções de investigação, protecção e valorização do monumento.

* Colina artificial, construída com terra e pedra.

Notícia retirada daqui 

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Évora Megalítica - Núcleo de Menires da Casbarra


A herdade da Casbarra, situada a cerca de 8 Kms a Noroeste da cidade, é atravessada pela EN 114-4 (Évora – Arraiolos). Conta ainda hoje com um importante núcleo de quatro menires isolados, todos prostrados dentro do seu território. Espera-se que os arqueólogos estejam atentos e acompanhem os trabalhos de construção da auto-estrada A6 (Lisboa – Madrid), quer no âmbito dos estudos de impacto ambiental, quer no âmbito de movimentações de terra no sentido de minimizar eventuais riscos.

Menir1- Monólito, talhado em granito, com forma sub-cónica. Mede 3 metros de altura. Encontra-se derrubado e coberto por um montículo de pedras, a 50 metros a Sul da EN 114-4;

Menir2- Monólito talhado em granito, com forma tabular ou estelar. Mede 4 metros de altura e cerca de 1 metro de largura máxima. Encontra-se a Sul da EN 114-4, perto do menir 1, e foi colocado, durante uma "despedrega", sobre um afloramento natural;

Menir3- Monólito em granito, com forma sub-cilíndrica. Mede 2,20 metros de altura. Encontra-se tombado, cerca de 500 metros a Poente do Monte da Casbarra, a Norte e perto da EN 114-4;

Menir4- Enorme monólito de granito de grão grosseiro, com forma ovóide. Mede 3,70 metros de altura e 1,40 metros de diâmetro máximo. Encontra-se decorado com cerca de 30 covinhas e foi recentemente rolado do local onde se encontrava erguido, a Norte da EN 114-4.

Estes monumentos foram identificados por: Padre Henrique Louro, Dr. Henrique Leonor Pina e Dr. Galopim de Carvalho. O menir 1 e o menir 2 foram considerados IIP, segundo o Dec. nº 67 / 97, DR. 301 de 31 Dezembro 1997.

Notícia retirada daqui

sábado, 23 de novembro de 2013

Évora megalitica - Tholos de Vale de Rodrigo


A sepultura de Vale de Rodrigo, sendo um dos poucos exemplos no seu género até agora conhecidos em Portugal, representa uma curiosa mistura das estruturas de "tholos" (1) e megalítica, aquela baseada numa planta circular e esta numa planta alongada. O monumento de Vale – de – Rodrigo 1 ocupa um lugar de destaque nas teorias de vários investigadores sobre o megalitismo do Ocidente da Península Ibérica.

Descrição: apenas a mamoa (2) é visível , com um diâmetro máximo de 56m e cerca de 5 m de altura. Um menir tombado encontra-se na base da sepultura, junto à entrada da vedação, servindo de referência a este bem conservado monumento pré-histórico.

No interior da coluna insere-se a sepultura da planta trapezoidal, estreitando-se naturalmente para um corredor. A delimitação da câmara é feita de 9 grandes esteios de granito, de 2,40 m de altura. Construída com pequenas lages de xisto e consolidada com argila, esta vai-se estreitando progressivamente pela sobreposição das lages, até fechar completamente com recurso a uma única pedra de fecho, provavelmente apoiada num ou mais pilares de madeira, técnica construtiva a que se dá o nome de "falsa cúpula" e que é utilizada na construção das sepulturas colectivas calcolíticas de tipo tholos .
Durante as escavações arqueológicas nos anos 40 foram encontrados crânios e dentes junto às paredes da câmara. Placas de xisto, pontas de seta em silex, utensílios de pedra polida e contas de colar contam-se entre o espólio recolhido.

(1) Tholos: deriva do grego q ól os = estrutura de falsa cúpula.
(2) Mamoa: colina artíficial, construída com terra e pedra

Informação retirada de Évora Megalitica

Évora Megalitica - Coroa do Frade


Esta fortificação atribuída à Idade do bronze considera-se das mais importantes em termos nacionais. Dentro da fortificação encontraram-se ainda várias dezenas de moinhos manuais de granito. O achado destes moinhos manuais em muito maior abundância que em qualquer outra estação arqueológica comprova claramente a importância dos cereais na economia local. Os moinhos seriam também eventualmente utilizados para o fabrico de farinha de bolota.

Descrição: A fortificação é constituída por uma linha da muralha, cuja forma lembra a de uma pêra, orientada no sentido EO, com 193 metros de eixo maior e 107 metros de eixo menor (ver desenho). Este amuralhado é completado  por linhas defensivas secundárias, aproveitando afloramentos de grande dimensão existentes no local. Através da datação de C14, foi comprovada a antiguidade de sementes de cortiça carbonizadas, presumindo-se que a vegetação local não tenha sofrido alterações de fundo nestes últimos 3 milénios, o que aponta não só para a potencial importância da criação de gado suíno, como também para a possibilidade de aproveitamento da bolota para o fabrico de pão, o que também pode explicar a abundância de moinhos manuais de granito.

INformação retirada de Évora Megalitica

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Évora Megalítica


Na zona a oeste de Évora destacam-se, pelo seu valor arqueológico e também pela sua monumentalidade, alguns sítios específicos, de grande interesse científico e patrimonial, que representam os períodos da pré-história antiga, proto-história recente e Idade do Ferro. Trata-se, sem dúvida, de uma mancha muito densa de vestígios arqueológicos, nos quais se salienta a mais imponente concentração de recintos megalíticos, três dos quais distribuídos em linha recta. Numa distância de 9 Km, localizam-se: a Gruta do Escoural, uma necrópole neolítica, com ocupação humana que remonta ao paleolítico superior, que constitui um importantíssimo núcleo de arte rupestre; a Anta Capela de S. Brissos, monumento megalítico transformado em templo do culto cristão; a Necrópole megalítica de Vale Rodrigo - com a sua imponente tholos - monumento megalítico de falsa cúpula, coberto por uma mamoa medindo 56m de diâmetro e cerca de 5m de altura e que integra também um menir decorado com gravuras e onde a delimitação da câmara é feita por nove grandes esteios de granito; e o recém descoberto povoado calcolítico fortificado do Monte da Ponte.

A sul, na herdade da Provença, encontra-se o Povoado da Coroa do Frade, fortificação da Idade do Bronze constituída por uma linha de muralha cuja planta lembra uma pêra orientada no sentido EO, medindo 103m de eixo maior e 107m de eixo menor; e a Anta Grande do Zambujeiro, classificada como monumento nacional.

A noroeste, localizam-se as Antas do Pinheiro do Campo e o Menir da Giesteira; e a nordeste e norte, o núcleo menírico da Casbarra e as Antas da Valeira.

Ainda por localizar, conhece-se a existência do Cabido Encarnado, cuja fortificação foi detectada através de fotografia aérea; o Cabeço de Vale de El-Rei de Cima, recinto quadrangular de atribuição cronológica por determinar; os dois recintos denominados ciclópicos perto da Graça do Divôr; o Povoado neolítico da Valada do Mato; os recintos megalíticos de Vale Maria do Meio e Portela de Mogos ; e, finalmente, no centro da área denominada a Oeste de Évora, na Serra de Montemuro, situam-se o Cromeleque dos Almendres e os dois menires isolados da mesma herdade.

Constata-se, assim, que nesta região se assistiu a uma continuidade ininterrupta até aos nossos dias, durante vinte milénios, da presença humana, com reflexos na paisagem e nas relações do homem com o território.

Informação retirada de Évora Megalitica

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Évora Megalitica


Na zona a oeste de Évora destacam-se, pelo seu valor arqueológico e também pela sua monumentalidade, alguns sítios específicos, de grande interesse científico e patrimonial, que representam os períodos da pré-história antiga, proto-história recente e Idade do Ferro. Trata-se, sem dúvida, de uma mancha muito densa de vestígios arqueológicos, nos quais se salienta a mais imponente concentração de recintos megalíticos, três dos quais distribuídos em linha recta. 

Numa distância de 9 Km, localizam-se: a Gruta do Escoural, uma necrópole neolítica, com ocupação humana que remonta ao paleolítico superior, que constitui um importantíssimo núcleo de arte rupestre; a Anta Capela de S. Brissos, monumento megalítico transformado em templo do culto cristão; a Necrópole megalítica de Vale Rodrigo - com a sua imponente tholos - monumento megalítico de falsa cúpula, coberto por uma mamoa medindo 56m de diâmetro e cerca de 5m de altura e que integra também um menir decorado com gravuras e onde a delimitação da câmara é feita por nove grandes esteios de granito; e o recém descoberto povoado calcolítico fortificado do Monte da Ponte.

A sul, na herdade da Provença, encontra-se o Povoado da Coroa do Frade, fortificação da Idade do Bronze constituída por uma linha de muralha cuja planta lembra uma pêra orientada no sentido EO, medindo 103m de eixo maior e 107m de eixo menor; e a Anta Grande do Zambujeiro, classificada como monumento nacional.

A noroeste, localizam-se as Antas do Pinheiro do Campo e o Menir da Giesteira; e a nordeste e norte, o núcleo menírico da Casbarra e as Antas da Valeira.

Ainda por localizar, conhece-se a existência do Cabido Encarnado, cuja fortificação foi detectada através de fotografia aérea; o Cabeço de Vale de El-Rei de Cima, recinto quadrangular de atribuição cronológica por determinar; os dois recintos denominados ciclópicos perto da Graça do Divôr; o Povoado neolítico da Valada do Mato; os recintos megalíticos de Vale Maria do Meio e Portela de Mogos ; e, finalmente, no centro da área denominada a Oeste de Évora, na Serra de Montemuro, situam-se o Cromeleque dos Almendres e os dois menires isolados da mesma herdade.

Constata-se, assim, que nesta região se assistiu a uma continuidade ininterrupta até aos nossos dias, durante vinte milénios, da presença humana, com reflexos na paisagem e nas relações do homem com o território.

Noticia retirada daqui

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Anta do Zambujeiro (cerca de 12km de Évora, em direcção das Alcáçovas)


Um importante monumento megalítico no concelho de Évora é a Anta Grande do Zambujeiro, também ela situada a cerca de 12Km de Évora, perto de Valverde (estrada nacional Évora-Alcáçovas ou estrada municipal a partir de Guadalupe), na Herdade da Mitra (polo da Universidade de Évora).  Foi descoberta em 1964, também pelo arqueólogo Henrique Leonor Pina.

A Anta é um dos maiores monumentos megalíticos da Península Ibérica e foi construída entre os início do IV milénio e meados do III milénio a.C. tendo continuado a ser utilizada pelas comunidades agro-pastoris do Neolítico, durante séculos (até à Idade do Bronze,  por volta 1.500 a.C., isto é foi utilizada por mais de 2.000 anos) como local de enterramento dos seus mortos, assim como servirindo de santuário. Nas escavações realizadas encontraram-se um vastíssimo espólio, actualmente depositado no Museu de Évora, como cerâmica, pontas de setas, machados, pedras gravadas, joalheria pré-histórica.

A Anta encontrava-se totalmente recoberta por terra, facto que explica apenas ter sido tão tardiamente descoberta, e é composta por um corredor de 12 metros que leva a uma câmara funerária construída com 7 longos esteios de granito, com cerca de 5 metros de cumprimento, sobre os quais estava colocada uma laje, o que faz com que o diametro desta câmara tenha 50 metros.

É possível visitar este monumento de bicicleta, de carro ou integrada na visita guiada ao Cromeleque dos Almendres, com acompanhamento de um arqueólogo.

Edição: Pensão Policarpo Revisão: Marta Nunes Ferreira (Historiadora de Arte)

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Cromeleque dos Almendres




A cerca de 12 km de Évora, em direcção a Montemor-o-Novo, encontra-se (depois de se atravessar a aldeia de Guadalupe) este importante monumento megalítico, identificado em 1966 pelo arqueólogo Henrique Leonor Pina. Era inicialmente constituído por mais de uma centena de monólitos, resultantes de diversas fases construtivas, ao longo do Período Neolítico (V e IV milénios a. C.) - um dos mais conhecidos monumentos megalíticos do Mundo, Stonehenge, remonta ao III milénio a.C.

O conjunto megalítico é composto por dois recintos: o mais antigo, na parte mais alta, apresenta-se em forma de círculo constituído por 24 monolítos; enquanto que o mais recento, na parte mais baixa da encosta, era inicialmente composto por 95 menires colocados em elípse, onde foram posteriormente colocados outros menires com gravuras em relevo.

É possível visitar este monumento de bicicleta, de carro ou em visita guiada a partir de Évora, com acompanhamento de um arqueólogo

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

As ruínas romanas da "Villa" da Tourega


As ruínas da villa romana da Tourega, pouco conhecidas dos eborenses, ficam situadas a cerca de 12 quilómetros da cidade, num desvio de terra batida existente na estrada de ligação às Alcáçovas, perto da ribeira de Valverde. O local terá sido ocupado entre o século I e o Século IV, tendo a villa chegado a estender-se por uma área de cerca de 500 metros quadrados, dotada de termas duplas, para homens e mulheres, e tanques de banhos frios e quentes. 

Em termos gerais, dir-se-á que uma villa romana era uma propriedade rural romana, semelhante aos actuais montes alentejanos, constituída por um conjunto de habitações para residência dos proprietários e dos seus trabalhadores e equipadas de banhos privativos, dado que os romanos sempre deram significativa importância à higiene e cuidados de saúde. Segundo os estudos conhecidos, a villa da Tourega funcionou como um importante ponto de apoio na via XII, que estabelecia a ligação entre Lisboa (Olissipo) e Emerita (Mérida). André Carneiro, docente da Universidade de Évora, na sua obra “Itinerários Romanos de Alentejo, Uma releitura de As Grandes Vias da Lusitânia – O Itinerário de Antonino Pio” de Mário de Saa, cinquenta anos depois considera, na esteira de outros investigadores, que a villa da Tourega teria uma localização predominantemente estratégica, determinada por várias possibilidades de acessibilidade. 

A mesma estaria muito perto da estrada (cerca de quinhentos a mil metros) que vinha de Alcácer do Sal (Salatia) com duas variantes (uma por Montemor, outra pelo Torrão e Alcáçovas) – mas próxima também de um cruzamento de vários itinerários. A ligação Ebora – Pax Julia (Beja) distaria apenas uma légua. Referências a este sítio são conhecidas desde o século XVI, quando o humanista André Resende encontrou uma lápide funerária dedicada por Calpúrnia Sabina a seu marido Quinto Júlio Máximo, questor da Sicília, tribuno da plebe, legado da província Narbonense e nomeado pretor da região. 

Depois da submetida a interpretação paleográfica, a placa acabou por ser datada do século III, fazendo actualmente parte do espólio do Museu de Évora. Segundo Mário Saa, «Quinto Júlio Máximo e seu filho eram quadrumvirus (membros de uma Junta de Quatro) da intendência das vias públicas», o que demonstra a importância que a estação assumiu nesses tempos. Pouco mais se soube da villa da Tourega até 1985, altura em tiveram início naqueles terrenos intervenções arqueológicas aprofundadas. De 1988 até 1996 foi elaborado o “Projecto de Investigação da Villa Romana da Tourega”, no âmbito de uma parceria entre a Universidade Lusíada e a Fundação Calouste Gulbenkian. 

Os trabalhos efectuados incidiram especialmente sobre a zona termal. A descoberto foi posto um corredor que conduzia a um edifício, tido como principal, com salas para banhos quentes ou frios, e um outro de dimensões mais amplas que serviria para o armazenamento da água. 

Texto: José Frota
Fotografia: Francisco Bilou

terça-feira, 19 de junho de 2012

Festa do Solstício Megalítico da Aldeia de Guadalupe





PROGRAMA
22 Junho (sexta-feira):
05.30h                   Saudação ao nascer do Sol: celebração ritual do Solstício e da Terra no Cromeleque dos Almendres
 18.00h                   Abertura do terreiro da Festa (Guadalupe) e da exposição sobre a CARTA ARQUEOLÓGICA DE ÉVORA seguida da conferência do arqueólogo Manuel Calado sobre a dimensão astronómica do megalitismo
 19.30h                   Pôr-do-sol nos Almendres, ao som do Grupo de Gaitas do Imaginário/ Pele e Fole e inauguração de novo painel interpretativo
20.30h                   Abertura do Bar da Associação de Idosos (terreiro da festa)
21.30h                   Celebração da tradicional "Fogueira de São João” no terreiro da festa e cantos tradicionais pelas Vozes do Imaginário
 22.30h                   Variedades musicais e baile popular (terreiro da festa- animação pelo Duo Musical "Fábio e Ana”)

23 Junho (sábado):
 09.00h                   Passeio pedestre de Guadalupe ao Cromeleque através de caminhos seculares (pontes históricas, moinhos, montes, hortas e menires) - inscrições na Associação de Idosos de Guadalupe
 10.00h                   Visita guiada às Igrejas de São Matias e Nª Sª de Guadalupe (encontro em São Matias, organização "Rota das Igrejas d’Évora”; mais informações em gapae@diocese-evora.pt)
 15.00h                   Funcionamento dos ateliers infantis: "ANDAKATU_Viagem na Pré-história” e "Guardiões da natureza” (fabricar e usar os instrumentos da pré-história ou fazer ninhos, espantalhos, sementeiras e outras brincadeiras…)
 18.00h                   "A Flor Azul”- espectáculo de marionetes infantis no terreiro da festa pela Associação Alma d’Arame, como apoio da DRCALEN
 21.00h                   Cantares Alentejanos pelo grupo dos ALMOCREVES(terreiro da festa)
 22.30h                   Variedades musicais e baile popular, incluindo demonstração de "danças sevilhanas” (terreiro da festa- animação do Duo Musical "Miguel e Filipa”)

24 Junho (domingo):
 09.00h                   Meditação guiada e cerimónia do Sol e da Terra no Cromeleque dos Almendres
 09.30h                   Reabertura do terreiro da festa, da exposição e das bancas
 10.00h                   Funcionamento do atelier infantil (ANDAKATU_ Viagem na Pré-história);
 10.15h                   Visita guiada aos outros Cromeleques de Guadalupe (Portela de Mogos e Vale Maria do Meio - informações e inscrições em   acs.mtpedras@gmail.com)
 10.30h                   Partida de futebol entre o "Estrela da Amadora-veteranos” e uma equipa da Associação de Idosos de Guadalupe
 13.00h                   Almoço-convívio de encerramento da festa- inscrições na Associação de Idosos de Guadalupe 
Visitas guiadas aos Almendres:
Entre as 10 e as 13h de sábado e domingo, um grupo de arqueólogos assegurará apoio informativo aos visitantes do Cromeleque

Workshop:           No sábado e domingo funcionará na antiga escola primária de Guadalupe uma oficina teórico-prática de Introdução ao Planeamento em Permacultura- organização e informações em circulostransform@sapo.pt (925 811816 ou 934 570 821)

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Monumentos Megalíticos em Évora


Anta 1 da Herdade da Chaminé


Anta 2 da Herdade da Chaminé


Anta 3 da Herdade da Chaminé



Anta da Bota 1


                                                                           Anta da Bota 2





Anta da Zambujeira

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Évora: Capital do Megalitismo Ibérico

Os arredores de Évora, e sobretudo o território a Oeste da cidade, constituem, em termos peninsulares, a paisagem megalítica mais diversificada e monumental.
A quantidade e as dimensões dos monumentos megalíticos de Évora relacionam-se, antes de mais, com a posição privilegiada deste território, em termos de transitabilidade natural: de facto, nos arredores da cidade, encontramos o único ponto em que as bacias hidrográficas dos três maiores rios do Sul - o Tejo, o Sado e o Guadiana - se tocam.
O papel estruturante, nas redes viárias primitivas, desempenhado pelos cursos de água e pelos festos - as linhas divisórias das bacias hidrográficas - foi certamente determinante na excepcionalidade do megalitismo eborense.
Por outro lado, se considerarmos o megalitismo como um fenómeno enraizado nas práticas culturais das últimas comunidades de caçadores-recolectores, em face de profundas transformações, vindas do Mediterrâneo oriental, juntamente com o modo de vida agro-pastoril, o carácter específico da área de Évora parece ser uma consequência das dinâmicas dessas comunidades que tiveram, nos estuários do Tejo e do Sado, tal como na Bretanha, dois dos núcleos mais importantes da fachada atlântica europeia.
Os monumentos/sítios, propostos neste Roteiro, não estão isolados. Só no distrito de Évora, conhecem-se, actualmente, mais de uma dezena de recintos megalíticos, quase uma centena de menires isolados (ou associados em pequenos grupos), perto de oitocentas antas e cerca de quatrocentos e cinquenta povoados "megalíticos". Existem ainda alguns raros exemplares de monumentos aparentados, os tholoi, e, na área da Barragem do Alqueva, foi recentemente descoberto um extraordinário santuário de arte rupestre, actualmente submerso. Conhecem-se igualmente cerca de uma centena de pedras com covinhas, monumentos misteriosos certamente relacionados com o megalitismo; com efeito, as covinhas surgem, frequentemente, gravadas nos próprios monumentos megalíticos.