terça-feira, 21 de dezembro de 2010

sábado, 18 de dezembro de 2010

Um Conto de Natal na Arena d'Évora

MÚSICA/TEATRO
19 DE DEZEMBRO
“UM CONTO DE NATAL”
Arena d’Évora

“Um Conto De Natal” é um fantástico musical que nos vai transportar a Londres do Séc. XIX, inspirado no famoso livro “A Christmas Carol” de Charles Dickens originalmente publicado em 1849, que relata a história do avarento, egoísta e estranho Ebenezer Scrooge, e a sua transformação num ser humano afável, carinhoso e altruísta depois de ter sido visitado por três espíritos na noite de Natal.
Com a participação dos actores Kapinha, Maria Sampaio, Ricardo Figueira e Luís de Portugal, que também integraram o elenco de “Peter Pan”, apresentado na Arena d'Évora em 2009.

Horário: 18:00
Info: 266 743 133
Nota: A bilheteira da Arena d’Évora funciona ao sábado das 17:00 às 20:00 e domingo das 16:00 até ao início do espectáculo. Bilhetes também à venda nas tabacarias Central, Paris, Arcada e Rico. Preço: 15€.

Évora em Tons de Cinza

Autor Pedro Camelo

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Triste e Alegre Cidade de Évora

Triste e Alegre Cidade de Évora, de autor desconhecido, insere-se no grupo de obras de escrita privada. Este tipo de escrita permite-nos o conhecimento de numerosos factos ausentes das fontes oficiais, de aspectos do quotidiano individual e colectivo não mencionados em outro tipo de documentos e da forma como o narrador sente o contexto da época que descreve.

Esta obra, transcrita conforme o original por Teresa Fonseca e provavelmente da autoria de um clérigo eborense de vida solitária, narra uma série de fenómenos naturais e eventos públicos ocorridos em Évora e região envolvente entre 1729 e 1764. Como observador atento escreve algumas notícias de âmbito nacional e internacional sobre a evolução política e social do país.

Reproduzem-se aqui apenas as páginas correspondentes à transcrição da obra original.

Título: Triste e Alegre Cidade de Évora
Autor: Teresa Fonseca (transcrição)

Triste e Alegre Cidade de Évora, Testemunho de um anónimo do século XVIII, Teresa Fonseca (transcrição)
Évora, Câmara Municipal de Évora, 2001
[103] p. Fonseca, Teresa


quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Évora Perdida no Tempo - Capela do Fundador no claustro da Sé de Évora

Autor Inácio Caldeira
Data Fotografia 1920 ? -
Legenda Capela do Fundador no claustro da Sé de Évora
Cota CME0332 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Solar de Monfalim

O Solar de Monfalim fica em pleno Centro Histórico de Évora, no Largo da Misericórdia, a dois passos da central Praça do Giraldo. É desde logo, e para que se tome boa nota, a mais antiga unidade hoteleira da cidade.
Construída em meados do século XVI, esta antiga residência senhorial pertenceu a um fidalgo da casa real, D. Gonçalo de Sousa. Mais tarde passou para a família dos Cogominhos, que tinham paço na actual freguesia de Torre dos Coelheiros, a cerca de 12 quilómetros da cidade. Com o extinção desta família, foram os Monfalins, seus descendentes, que ficaram na posse do solar. Habitaram-no até finais do século XIX, altura em que, por dificuldades financeiras, decidiram vendê-lo.
Os compradores transformaram-no num estabelecimento hoteleiro, pelo que o solar recebeu o seu primeiro hóspede em 1892. Com o nome de Pensão Eborense, foi, durante bastos anos, o único estabelecimento hoteleiro da cidade, depois de ter desaparecido o Hotel Eborense, situado na Acrópole, no antigo Palácio da Inquisição.
A Pensão Eborense dispunha de uma posição privilegiada, pois no prédio que lhe é contíguo funcionava o desactivado Salão Central Eborense, por essa altura a única sala de cinema, e um pouco mais ao lado, mas em sentido contrário, ficava o edifício dos CTT, que depois foi sede da Delegação Distrital da Legião Portuguesa e onde hoje se encontra instalada a messe de sargentos do Comando de Instrução e Disciplina do Exército. Agregado a este imóvel, mas em plano inferior e separada do mesmo por uma protecção de ferro, temos a Igreja da Misericórdia, de visita obrigatória para os mais devotos.
O edifício foi depois adquirido por um negociante, de nome Luis Gonzalez, que o herdou, entre muitos outros bens, do casamento estéril de sua tia, uma espanhola refugiada da Guerra Civil, com o abastado proprietário eborense António Paquete, praticamente dono de quase toda a Rua de Valdevinos. Mas a sua exploração turística manteve-se sempre concessionada a outros.
Com o passar dos tempos o velho solar entrou em decadência e degradação, até que, em meados da década de 90, a empresária do ramo de hotelaria e restauração Ana Ramalho Serrabulho decidiu tomar conta dele e recuperá-lo, devolvendo-lhe o encanto e a graciosidade perdidas.
Reclassificado como albergaria, o Solar de Monfalim é, como se sublinhou, a mais antiga casa do seu género e a mais tradicional de todas as existentes na cidade. A fachada do solar, caiada de branco e com uma barra inferior em amarelo-ocre, tem um fascínio especial. Por cima do portal de entrada, situado num plano ligeiramente superior ao da rua calcetada, vêem-se as armas dos Monfalins e, de ambos os lados, sobram ainda à mostra vestígios do granito que constituiu o material de construção originário. Na parte superior, cinco arcos de tipo manuelino deixam entrever o interior do primeiro andar, onde se situa um pequeno pátio que dá acesso à recepção e aos quartos.
Passa-se do rés-do-chão ao primeiro andar subindo uma dupla escadaria de granito ladeada por muitos vasos com plantas de médio porte. A maioria dos quartos possui janelas de sacada que dão para um pátio interior. Todos possuem ar condicionado, casa de banho privativa, televisão, telefone directo, mini-bar e cofre. As camas são de ferro forjado e, juntamente com o restante mobiliário, de grande sobriedade e tradicionalismo, ajudam a recriar um ambiente de fim do século XIX, pleno de romantismo, afinal a altura em que o solar foi aberto com as suas actuais funções.
Refira-se ainda que o pequeno almoço continental, confeccionado à base de produtos regionais e a recender a ruralismo, é simplesmente impecável. E é esta atmosfera e esta aura do passado que seduz visitantes nacionais e estrangeiros, principalmente estes, que o preferem aos hotéis mais padronizados.

Texto: José Frota

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Évora Perdida no Tempo - Senhoras no Claustro de S. Bento de Castris

Autor Inácio Caldeira
Data Fotografia 1920 ? -
Legenda Senhoras no Claustro de S. Bento de Castris
Cota CME0376 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Évora Perdida no Tempo - Vista parcial do Jardim de Diana

Autor Inácio Caldeira
Data Fotografia 1920 ? -
Legenda Vista parcial do Jardim de Diana
Cota CME0322 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Uma Visita ao Aqueduto

Uma visita a Évora fica sempre incompleta se circunscrita ao deambular pelo Centro Histórico. Nos arredores há também património edificado a conhecer, envolto por paisagens naturais de grande beleza e onde perpassa o aroma das ervas e flores campestres, proveniente das inúmeras quintas e hortas que cinturam a cidade. E, no meio dessa tranquilidade, é prazeiroso sentir o contágio do multifacetado canto dos passaritos que esvoaçam alegremente por todo o lado.
Um desses passeios pedestres e ambientais, em que se conjuga o valor ecológico com o enriquecimento do espírito, é sem dúvida o que nos conduz ao conhecimento pormenorizado do Aqueduto da Água de Prata, a mais importante estrutura hidráulica construída em Portugal no século XVI (1533-1532). A monumental estrutura foi mandada erguer pelo rei D. João III, cuja corte passava longos períodos na cidade e que, tal como a população, se sentia afectada com a escassez de água.
Évora sempre tinha enfrentado problemas no abastecimento de água. Tudo leva a crer que os seus habitantes, até à construção do Aqueduto, captassem o precioso líquido através de minas, poços e cisternas nas respectivas moradias. Como a dificuldade na sua obtenção se agudizava nos meses de estiagem, causando incómodos e embaraços ao augusto monarca, à sua veneranda família e ilustre séquito, este decidiu encarregar o arquitecto eborense Francisco de Arruda de construir um aqueduto que pusesse termo ao problema da captação de água potável e da sua distribuição pela cidade.
A tomada de água foi efectuada nas nascentes próximas de Nossa Senhora da Graça do Divor, no concelho de Arraiolos, e transportada por gravidade para a cidade, através de uma magnífica e deslumbrante arcaria com cerca de 19 km de extensão. A obra de alvenaria transpôs mesmo as muralhas da cidade, junto à Porta da Lagoa, avançou pela Rua do Cano e chegou à Praça Grande. Maria Mourato Monteiro e Virgolino Ferreira Jorge, no nº. 21 da revista “Monumentos” consideram que «a distribuição colectiva de água potável aos diferentes pontos do tecido urbanizado de então, fazia-se, sobretudo, por meio de fontes, chafarizes, lavadouros e balneários públicos».
À água da conduta acediam também os donatários (favorecidos por uma doação) reais, que se foram multiplicando ao longo dos anos seguintes. Para gerir a situação, que exigia naturalmente uma utilização metódica e eficiente da água, foi criado um “Regimento do Aqueduto da Água de Prata”.
Durante quatro séculos, o Aqueduto foi cumprindo a sua função de utilidade pública. Em meados da penúltima centúria, já bastante arruinado, foi alvo de operações de beneficiação e restauro, pois já era evidente que não conseguia satisfazer na totalidade as necessidade de consumo. Com começo em 1873, a estrutura foi reconstruída, recebendo uma nova conduta ao mesmo tempo que se procedia a uma redução do comprimento inicial do Aqueduto, obtida pela abertura de trincheiras e elevação de mais arcadas.
Todas estas benfeitorias adiaram, apenas por mais umas décadas, o problema da distribuição da água. Em 1933, os eborenses puderam finalmente dispor do abastecimento doméstico de água potável em conexão a uma rede de esgotos subterrâneos. A importância do Aqueduto decresceu notoriamente. As fontes e chafarizes foram sendo abandonados, mas o antigo cano real ainda é responsável por cerca de quinze por cento do actual consumo citadino.
Dos seus 19 kms de extensão, 8,3 estão à disposição do usufruto público e da utilização como meio turístico. Neste último caso recomenda-se que o passeante use roupa e calçado desportivo e leve água e comida consoante a dimensão do percurso que tem em mente efectuar.
Os acessos, no sentido ascendente, são três, designados pelas primeiras letras do alfabeto, havendo em cada um parque de estacionamento para visitantes. O Acesso A tem o seu início junto ao Convento da Cartuxa, passando pela Quinta da Torralva e por S. Bento de Cástris, caminhando por uma zona ladeada de pastagens. A partir daí o Aqueduto é subterrâneo e só voltamos a poder segui-lo à superfície do outro lado da estrada de Arraiolos.
Começa aí o Acesso B, entre montados de sobro e azinho. Ao fim de aproximadamente mil metros, aparece a Fonte do Arcediago, situada na quinta do mesmo nome e que foi casa de campo do grande humanista, de renome internacional, André de Resende. Frade dominicano, natural de Évora, teve sempre um acrisolado apego à terra que lhe serviu de berço. Neste fontanário que mandou erguer em 1593, para seu descanso e devaneio espiritual, deixou duas inscrições latinas da sua autoria, hoje já pouco perceptíveis.
É nesta zona que se observam melhor as caixas de visita, facilmente detectáveis por serem encimadas por um pináculo e que servem essencialmente para a decantação da água. Grosso modo, são pequenos poços de alvenaria que, situando-se em plano inferior ao do cano, recebem os detritos sólidos arrastados pela água, sendo ainda portadores de uma porta lateral que possibilita a sua limpeza.
Ao cabo de mais algum tempo, entra-se num pequeno bosque, formado em torno do Ribeiro de Pombal, que, a partir das intervenções verificadas à entrada do terceiro quartel do século XIX, é possível ultrapassar pedonalmente. Nessa altura foi construída uma arcada, chamada do Cano Alto, com o objectivo de reduzir a distância de contorno do vale. Na pequena mata abundam os espaços ripícolas (localizados na margens do ribeiro), povoados de freixos, loureiros, salgueiros, hera ou silvas, contrastando com os mais afastados, onde espécies menos ávidas de água como a oliveira, a azinheira, salsaparrilha ou o medronheiro afirmam a sua presença. Assim nos vamos aproximando da zona de Metrogos, as redes das nascentes.
Começa o acesso C, que faz a ligação entre a rede das nascentes e um ponto extremo da Estrada do Sr. dos Aflitos, com travessia do caminho dos Arcos do Divor. É este o final do passeio ao longo da parte visível do Aqueduto da Água de Prata, notável obra da arquitectura e da engenharia hidráulica. Informações sobre a organização de passeios podem ser solicitadas no Posto de Turismo de Évora.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Assim foi o "Panda Vai à Escola" na Arena d'Évora ...














Templo de Diana nos Anos 80

Autor Helder Matos

Colisão mata mulher

Uma mulher de 63 anos, residente no Redondo, morreu na sequência de uma brutal colisão frontal ocorrida ontem ao início da noite na EN254, entre Évora e Redondo.
Do acidente resultaram ainda ferimentos graves em três pessoas. Ao que se conseguiu apurar junto de fonte da GNR, a vítima mortal viajava num Opel Corsa. Uma outra ocupante dessa viatura – uma mulher de 35 anos, familiar da vítima mortal – ficou ferida com gravidade. No outro veículo envolvido no acidente, uma carrinha Mercedes Vito, seguiam dois homens, que também ficaram feridos com gravidade.
No local estiveram os bombeiros de Évora, GNR e INEM. Os feridos foram todos retirados para o Hospital do Espírito Santo, em Évora. As causas do acidente, que destruiu por completo as duas viaturas, continuam ainda a ser investigadas. A estrada esteve cortada mais de duas horas para as operações de socorro.