domingo, 23 de janeiro de 2011

Presidenciais 2011: São Miguel de Machede


Candidato%Votos
 
Cavaco Silva32,76%114
Manuel Alegre24,71%86
Francisco Lopes22,41%78
Fernando Nobre12,36%43
José Coelho4,89%17
Defensor Moura2,87%10
Inscritos: 708Votantes: 366 (51,69%)
Abstenções: 342 (48,31%)Brancos: 12 (3,28%)
Nulos: 6 (1,64%)

Presidenciais 2011: São Manços


Candidato%Votos
 
Cavaco Silva39,15%139
Manuel Alegre27,32%97
Francisco Lopes22,25%79
Fernando Nobre7,32%26
José Coelho2,54%9
Defensor Moura1,41%5
Inscritos: 844Votantes: 369 (43,72%)
Abstenções: 475 (56,28%)Brancos: 6 (1,63%)
Nulos: 8 (2,17%) 

Presidenciais 2011: Évora (São Mamede)


Candidato%Votos
 
Cavaco Silva42,4%368
Manuel Alegre24,08%209
Fernando Nobre17,97%156
Francisco Lopes12,67%110
José Coelho2,53%22
Defensor Moura0,35%3
Inscritos: 2052Votantes: 921 (44,88%)
Abstenções: 1131 (55,12%)Brancos: 38 (4,13%)
Nulos: 15 (1,63%) 

Presidenciais 2011: São Bento do Mato


Candidato%Votos
 
Cavaco Silva53,42%258
Manuel Alegre23,6%114
Fernando Nobre9,73%47
Francisco Lopes9,52%46
José Coelho2,48%12
Defensor Moura1,24%6
Inscritos: 1077Votantes: 501 (46,52%)
Abstenções: 576 (53,48%)Brancos: 13 (2,59%)
Nulos: 5 (1,0%)

Presidenciais 2011: Évora (Santo Antão)


Candidato%Votos
 
Cavaco Silva50,35%357
Manuel Alegre21,86%155
Francisco Lopes13,26%94
Fernando Nobre11,0%78
José Coelho3,1%22
Defensor Moura0,42%3
Inscritos: 1498Votantes: 749 (50,0%)
Abstenções: 749 (50,00%)Brancos: 30 (4,01%)
Nulos: 10 (1,34%) 

Presidenciais 2011: Nossa Senhora da Tourega


Candidato%Votos
 
Francisco Lopes31,71%111
Cavaco Silva28,86%101
Manuel Alegre24,29%85
Fernando Nobre11,71%41
José Coelho2,29%8
Defensor Moura1,14%4
Inscritos: 671Votantes: 363 (54,1%)
Abstenções: 308 (45,90%)Brancos: 8 (2,2%)
Nulos: 5 (1,38%) 

Presidenciais 2011: Nossa Senhora de Machede


Candidato%Votos
 
Manuel Alegre34,13%157
Cavaco Silva27,83%128
Francisco Lopes26,09%120
Fernando Nobre7,83%36
José Coelho2,39%11
Defensor Moura1,74%8
Inscritos: 903Votantes: 480 (53,16%)
Abstenções: 423 (46,84%)Brancos: 11 (2,29%)
Nulos: 9 (1,88%)

Presidenciais 2011: Nossa Senhora da Graça do Divor


Candidato%Votos
 
Francisco Lopes44,44%96
Cavaco Silva19,44%42
Manuel Alegre17,13%37
Fernando Nobre13,89%30
José Coelho3,24%7
Defensor Moura1,85%4
Inscritos: 387Votantes: 227 (58,66%)
Abstenções: 160 (41,34%)Brancos: 11 (4,85%)
Nulos: 0 (0,0%) 

Presidenciais 2011: Nossa Senhora da Boa Fé

Candidato%Votos
 
Francisco Lopes45,51%71
Cavaco Silva31,41%49
Manuel Alegre13,46%21
Fernando Nobre6,41%10
José Coelho1,92%3
Defensor Moura1,28%2
Inscritos: 314Votantes: 158 (50,32%)
Abstenções: 156 (49,68%)Brancos: 2 (1,27%)
Nulos: 0 (0,0%) 

Évora - Programador Open Source

Reportando ao Director de Desenvolvimento, terá como responsabilidades o desempenho de funções ao nível da programação em linguagens Open Source. É nosso objectivo integrar um colaborador que possua excelentes capacidades de análise e de programação e que saiba encontrar as soluções mais eficazes e implementá-las.

Skills Técnicos

• Formação Superior em Informática ou em Tecnologias de Informação.
• 2/3 anos de experiência em programação.
• Experiência comprovada de desenvolvimento em ambiente Web, OpenSource.
• Experiência de desenvolvimento em PHP, Ruby, JavaScript.
• Conhecimentos de HTML, ASP, CSS, Java, C.
• Experiência de desenvolvimento em plataformas Microsoft, MAC e Linux.
• Boa capacidade de Organização e trabalho em equipa.
• Boas capacidades de análise e comunicação.


Skills Comportamentais

 Boa capacidade de Organização e Trabalho em Equipa.
 Boas capacidades de análise.
 Fortes Skills de relacionamento interpessoal e de comunicação.
 Orientado a objectivos e rigor no cumprimento de prazos.
 Capacidade para lidar com situações de stress e timmings apertados.
 Capacidade de inovação e qualidade no trabalho produzido.

Oferecemos

 Cooperação com uma empresa única e inovadora na sua área de actuação e de forte espírito relacional.
 Integração em equipa jovem, dinâmica e profissional.
 Participação em projectos motivadores, ambiciosos e tecnologicamente evoluídos na área Web e Digital
 Trabalho continuo e possibilidade de crescimento e progressão na carreira
 Vencimento acima da média e de acordo com a função e experiência comprovada

Zona Residência

•Évora ou Zonas Limítrofes- Obrigatório


Envie o seu CV actualizado e Carta de Apresentação através do nosso site em www.digitalwks.com na área "You"
Vaga Programador Open Source. As respostas consideradas serão contactadas em 5 dias úteis

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Évora Perdida no Tempo - Exercício militar no Rossio de São Brás


Vista estereoscópica de um exercício militar no Rossio de São Brás. Ao fundo vê-se o Quartel dos Dragões.

Autor Inácio Caldeira
Data Fotografia 1920 ? -
Legenda Exercício militar no Rossio de São Brás
Cota CME0364 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

A Sociedade Harmonia Eborense



A Sociedade Harmonia Eborense (SHE) é  uma das mais antigas colectividades de cultura e recreio da cidade e do Alentejo. Fundada a 23 de Abril de 1849, à entrada da Regeneração, o movimento político que instaurou uma nova ordem social no país e novas formas de sociabilidade no modo de relacionamento das pessoas que romperam com o isolamento e a claustrofobia do passado, a Harmonia foi um ponto de convívio da média burguesia culta até ao final da Primeira República.



Teve a sua primeira sede na Travessa das Casas Pintadas, onde pouco tempo permaneceu, transferiu-se depois para a Rua Ancha (actual Rua João de Deus), até se fixar em 1902 na Praça do Giraldo.

O facto da Sociedade se chamar Harmonia indiciava desde logo o propósito de acolher no seu seio todos os
eborenses, sem distinção de credo político, que cultivassem os mesmos gostos e anseios, patenteados aliás no emblema da colectividade, no qual figura uma coluna grega, simbolizando as letras e as artes, e um tabuleiro para diversos jogos, nele ganhando destaque uma escaquística cabeça de cavalo, acompanhada de três bolas e um taco de bilhar, tudo elementos alusivos à feição lúdica que igualmente comportava. 

Daí que nos tempos primordiais a leitura dos jornais, tanto nacionais como estrangeiros - nomeadamente espanhóis e franceses - o cavaqueio político sobre o destino do país, os jogos do bilhar, das damas, do xadrez e do gamão tivessem constituído o entretenimento preferido dos cavalheiros que lhe deram vida e dos seus sequentes frequentadores. Uma secção de música e outra de teatro amador foram as primeiras actividades a ganhar expressão própria dentro da Sociedade e proporcionaram a intromissão feminina, ainda que controlada, num espaço que até aí fora reservado apenas aos homens. 

Foi a moda das “soirées” dançantes que abriu as portas da Harmonia às mulheres, assim como à participação de algumas nos ensaios das peças que o grupo apresentava amiúde e com algum êxito nos teatros da cidade. Entretanto, para o final do século, mais propriamente em 1897, a SHE criava o Grupo Ciclista, para enquadrar os sócios que se tinham apaixonado pela recém-aparecida bicicleta e organizar passeios de recreação nas imediações da cidade.

Passados dois anos festejou a agremiação, com pompa e circunstância, o meio século de existência.
Houve bodo aos pobres, organizaram-se jogos florais, organizou- se um sarau musical com um concerto e execução inicial do hino e foi cunhada uma medalha comemorativa, que numa das faces apresentava em miniatura os retratos dos cinco membros da direcção: João Filipe Pereira Pinho, José Celestino Rebolado Formosinho, António Jacinto de Brito, Francisco José Alves da Silva e Joaquim Severiano Caeiro Ramalho. Durante três dias a sede da Rua Ancha esteve profusamente iluminada a gaz.

Mas o maior anseio dos seus sócios, que era a mudança de casa, só veio a concretizar-se em 1902, na data do 53º. aniversário. A Sociedade conseguiu arrendar o primeiro andar, considerado o andar nobre, do edifício da Praça do Giraldo com o nº. 72, pertença do abastado lavrador Miguel de Mattos Fernandes. No andar superior estavam instalados a Sociedade de Amadores Dramáticos e o Velo Clube Eborense. Situada agora num local mais central e dotada de divisões mais amplas, a Harmonia dispunha de todas as condições para alargar as suas actividades. 

Segundo escreveu o repórter do jornal “O Manuelinho d’ Évora”, presente na inauguração do novo espaço, «na sua nova casa tem a Sociedade Harmonia Eborense duas salas para jogos de cartas, uma para conversação e visitas, e ainda outra, a maior de todas, para “soirées, concertos, etc.. Tem mais um gabinete de leitura, outro para a direcção e dois para o serviço de botequim e restaurant, assim como copa, cozinha e outras dependências, algumas magníficas. Possui também vários terraços, sendo um deles bastante grande; de todos eles se disfrutam (sic) magníficos pontos de vista». 

Os festejos redobraram de brilho, culminando com um excelente concerto sob a regência do conceituado maestro Rio de Carvalho, realizado no novo Salão de Festas, após o que seguiu uma lauta ceia para os associados que se inscreveram. Para a posteridade ficou registada a composição da direcção desse ano, constituída pelo presidente Januário Augusto de Mira (vereador municipal), pelo secretário Augusto Cândido de Madureira e pelo tesoureiro Álvaro de Morais, sendo fiscal Joaquim Severiano Ramalho Monteiro e vogal Manuel Joaquim Santos. 

A esta fase de grande saliência na vida da agremiação sucedeu, dois meses depois, o falecimento do seu grande animador, Luís José da Costa, enfermeiro e sangrador no Hospital de Évora. Homem de fino trato, gostava de vestir bem e de acordo com a moda, daí lhe vindo a alcunha de Janota. Era grande frequentador das salas de teatro do burgo e fez-se actor amador, apreciando os dramaturgos franceses. Leitor inveterado de folhetins, ganhou gosto pela escrita e pela crónica social, exercida em quase todos os periódicos do tempo. A sua presença era constantemente requestada, tanto nos salões de festas e saraus das colectividades como nas grandes reuniões da aristocracia local. 

Mas era na Harmonia que melhor se sentia e onde o seu espírito criativo melhor se desenvolvia. Com o seu desaparecimento a era fulgurante que a SHE tinha vivido no campo teatral e musical desapareceu rapidamente. As direcções seguintes apostaram noutras manifestações artísticas para a cultura dos seus associados, promovendo exposições de pintura, desenho e até de doçaria regional. Todas as outras actividades se mantiveram também. 

Os anos posteriores à implantação da República levaram  a SHE a tornar-se em local de reunião de gente mais afecta ao Partido Evolucionista, que desapareceu por volta de 1920. Proclamado o Estado Novo, a grandemaioria dos associados e frequentadores passou a ser constituída por homens do chamado “Reviralho”, ou seja, da oposição republicana, democrática, de cunho socialista ou até mesmo liberal, sem contactos com o PCP. Ali se reuniam para discutir a situação política ou ouvir a BBC nos tempos da II Guerra Mundial. 

Neste interim a SHE abria em 1930, na sua sede, a primeira cabina telefónica pública da cidade. Só em 1949 a Sociedade voltou a conhecer alguns dias de agitação, quando da comemoração do seu Centenário.  

O presidente da Câmara, Henrique Chaves, aceitou presidir à sessão solene comemorativa na qual usaram igualmente da palavra o advogado Alberto Jordão Marques da Costa, presidente da Assembleia Geral da SHE, e o capitão Cândido Salgado, presidente da Direcção. 

Na altura foram contemplados com medalhas de ouro, por contarem com mais de 50 anos de associados, Eduardo Vidal Ribeiro e António dos Santos Cartaxo, e de prata, por terem ultrapassados os 40 anos de filiação, José Gomes Severino, Atanásio Duarte Frota, Joaquim da Silva Nazareth e José Dordio Rebocho Pais, todos antigos dirigentes e ligados à oposição republicana. Com a actividade cultural controlada pelo Estado Novo através da Federação Portuguesa das Colectividades de Cultura e Recreio, a SHE ficou remetida à vertente recreativa, limitando-se à organização de bailes, quermesses e os inevitáveis jogos de cartas e de bilhar. 

A partir de 1974 o declínio acentuou-se, dado que os seus directores, se não se enfeudaram à nova concepção reinante, também não mostraram, por outro lado, capacidade para imprimir uma outra dinâmica que atraísse a juventude. 

A consequência foi o total aviltamento dos estatutos da Sociedade. O velho prédio da Praça do Giraldo transformou-se num reles casino clandestino onde se desenvolvia uma economia paralela e ilegal. O fim esteve por um fio. Na última década, porém, um grupo de jovens apareceu com novas propostas e alçou-se à condução dos seus destinos, revitalizando-lhe a existência e recuperando-a como espaço de convívio. Sob a gestão de Manuel Piçarra, primeiro, e depois de Alexandre Varela, tudo se transfigurou num ápice. Convivendo com as mesas de jogo e do bar passaram a realizar-se agora exposições, concertos, peças de teatro, leituras, debates e mostras.Uma visita da ASAE obrigou a uma redução das actividades.

Texto: José Frota