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segunda-feira, 25 de março de 2013

A doçaria conventual eborense



A famosa doçaria conventual alentejana tem em Évora um dos seus pontos altos, o que não é para admirar se dissermos que, coincidindo com o auge da produção da cana do açúcar na colónia do Brasil, existiam no século XVIII na cidade 22 conventos pertencentes a outras tantas ordens religiosas. Principalmente no Sul, estas tinham sido decisivas na lutas contra o invasor muçulmano, tendo os primeiros monarcas portugueses incentivado a criação de mosteiros, que funcionaram muitasvezes como pousada dos próprios e dos seu séquitos, ou das famílias mais nobres, quando em trânsito pelos territórios do Reino. Em recompensa da participação e apoio nos combates contra os infiéis concederamlhes os reis avultados domínios e formas de senhorio, que os tornaram poderosos e riquíssimos. 

Pela hospitalidade concedida e consoante o tempo de duração da estadia, doavam-lhes os senhores pingues esmolas, que contribuíam também para que ali nada faltasse em tempo algum. Este facto, aliado mais tarde à presença da Corte em Évora, no decurso do chamado período de ouro dos Descobrimentos, fez com que as congregações monásticas radicadas na cidade tivessem então triplicado. Os Conventos eram, pois, postos seguros de abrigo, respeitados, de excelente acomodação e bálsamo para o espírito, o paladar e o estômago. Paradoxalmente, os doces tinham sido trazidos para a Ibéria pelos árabes. Eles eram os principais cultivadores de açúcar e tinham-no transportado como elemento medicinal, benéfico para os incómodos do aparelho digestivo e respiratório. Era então equiparado às especiarias, igualmente de elevado preço e muito apreciado pela sua doçura. 

O seu consumo excessivo levou no entanto os médicos a declararem-no, em princípios do século XVII, como causador de graves alterações no sangue, apodrecimento dos dentes, origem indiscutível do escorbuto e não aconselhável a pessoas biliosas. Durante cerca de uma centúria desenvolveu-se acesa polémica entre os seus defensores e detractores, chegando-se à conclusão de que o seu uso redundava em benefício quando feito com moderação, repudiando-se porém os excessos. Entretanto os Portugueses chegaram ao Brasil e deram início, em força, à exploração da cana do açúcar. Com o desenvolvimento da produção, cujas técnicas de refinação iam conhecendo simultaneamente progressos substanciais, o açúcar começou a chegar a Portugal em grandes quantidades e a preço muito acessível. 

 A sua abundância reflectiu-se na produção doceira regional de que era elemento tradicional, juntamente com os ovos, a farinha, as amêndoas e o azeite. Os doces, normalmente confeccionados pelas senhoras, tornaram-se então presença assídua nos grandes banquetes senhoriais, como complemento das lautas refeições onde a carne predominava. Estas opíparas refeições eram bastas vezes confeccionadas no conventos femininos, que estavam pejados de freiras oriundas de famílias ricas que para ali eram remetidas por serem filhas bastardas ou por não conseguirem consorciar-se até determinada idade. Havia igualmente as que ali se refugiavam em função de romances desfeitos ou contrariados ou, mais raras, as que o faziam por devoção. De qualquer forma essa entrada era sempre acompanhada de magníficas doações. Na vida de clausura e de devoção exigia-se-lhes um comportamento exemplar (nem sempre cumprido), mas a frugalidade não constava da lista de obrigações. 

Para o interior dos mosteiros transportavam o tipo de alimentação que faziam como leigas, a ponto das receitas palacianas e senhoriais se terem incorporado nos hábitos da vida monacal. Ali sobejava-lhes o tempo para recriar, experimentar e inovar as múltiplas possibilidades que a abundância de açúcar veio proporcionar, criando novos doces. Para além dos grandes senhores, as freiras forneciam doçaria também a outras pessoas, desde que o seu estatuto ou o peso da sua bolsa lhes parecessem recomendáveis. Em separata das Actas do Congresso de História no IV Centenário do Seminário de Évora, que aborda o tema das Ordens Religiosas na Arquidiocese, o cónego António Fernando Marques identifica os 9 conventos femininos que no século XVIII existiam na cidade: S.Bento de Castris (um dos mais antigos do Reino, fundado em 1274 pela Ordem de Cister); Santa Mónica (ramo feminino da Ordem dos Agostinhos, 1380); Nª. Snrª. do Paraíso (Dominicanas, 1450); Santa Clara (Franciscanas, 1452); Santa Catarina de Sena (Dominicanas, 1547); Santa Helena do Monte Calvário (Franciscanas, 1565); Salvador (Franciscanas, 1602 e de todos o mais rico); S. João da Penitência (Maltesas?) e Convento Novo (Carmelitas Descalças, 1681). No seu livro intitulado “Doçaria Conventual do Alentejo”, Alfredo Saramago (1938-2008), o consagrado antropólogo e investigador das tradições gastronómicas portuguesas assinala, entre outras, as principais guloseimas que os tornaram procurados. 

O Convento do Paraíso seria então especialista no Bolo Real, no Toucinho do Céu, Lampreia de Ovos, no Pão de Ló e no Bolo Preto, enquanto o do Calvário ganhava encómios com o Pão de Rala com Azeitonas, o Bolo de Mel e o Porco de Chocolate com recheio. Em Santa Clara tinham fama o Doce de Escorcioneira (hoje desaparecido mas que há 50 anos ainda era uma especialidade de Évora), a Sopa Dourada, as Barriguinhas de Freira e os Queijinhos do Céu. Os Conventos de S. Bento e de Santa Mónica disputavam primazia no fabrico dos Manjares Branco e Real e da Encharcada, sendo que o segundo era ainda conhecido pela excelência do seu Morgado. Mas também o Convento do Salvador se fazia notar com a apresentação das Orelhas de Abade, dos Rebuçados de Ovos e dos Mimos de Freira. Em todos os outros existiam, da mesma forma, excelentes receitas. 

 Com o advento do liberalismo as Ordens Religiosas foram extintas. Em relação aos conventos femininos aguardou- se pela morte das últimas religiosas para o encerramento das portas. Depois, ou foram afectos a outros fins ou foram demolidos, como os do Paraíso, S. João da Penitência ou do Salvador, de que resta a Torre do Salvador. Com o regresso posterior das Ordens a maioria veio a servir para prestação de assistência social a jovens desamparadas. Para prazer de todos, as belas receitas da doçaria não se extraviaram e ainda hoje fazem as venturas de qualquer palato. Na cidade não há restaurante que não possua doces conventuais eborenses na sua carta de sobremesas. A Rota dos Sabores Tradicionais, excelente iniciativa municipal centrada na promoção dos sabores da mesa alentejana, consagra-lhes o mês de Maio. Mas o melhor local para os saborear e adquirir é sem dúvida, a Pastelaria Conventual Pão de Rala, na Rua do Cicioso, onde Maria Ercília Zambujo é mestra na confecção do doce que dá o nome ao estabelecimento, bem como do Toucinho de Noz, das Encharcadas, das Barrigas de Freira e dos Morgados.

Texto: José Frota
Fotografias: Carlos Neves

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Rota de Sabores Tradicionais 2010


Participam na edição deste ano, cuja cerimónia de lançamento está agendada para dia 23 de Janeiro no Convento do Espinheiro, 42 restaurantes e uma pastelaria. Contudo, uma das novidades é a adesão de cinco lojas Gourmet.

Teve já início a sétima edição da Rota de Sabores Tradicionais (RST), uma iniciativa da Câmara Municipal de Évora realizada anualmente entre Janeiro e Abril a partir dos espaços de restauração da cidade e do concelho, centrada na promoção dos sabores tradicionais da mesa alentejana como fonte de preservação da identidade cultural da região e como factor de sustentabilidade socio-económica dos empresários do sector da restauração.

A RST, valorizando a qualidade dos serviços, a certificação e autenticidade dos produtos, e promovendo a dimensão cultural da ementa tradicional da gastronomia alentejana nas temáticas da Caça, Porco, Sopas, Borrego e Doces, procura constituir-se como um dos mais genuínos e sustentados produtos turísticos da cidade de Évora.

Por outro lado, a Rota de Sabores Tradicionais tem como conceito estratégico valorizar a dimensão cultural da iniciativa, dando-lhe visibilidade e identidade no contexto da oferta turística de Évora.

Participam na edição deste ano, cuja cerimónia de lançamento está agendada para o dia 23 de Janeiro no Convento do Espinheiro, 42 restaurantes e uma pastelaria. Contudo, uma das novidades é a adesão de cinco lojas Gourmet.

Neste dia e a anteceder a tradicional degustação de especialidades alentejanas, que serão apenas de caça, terá lugar uma conferência temática sobre “A gastronomia tradicional como factor de desenvolvimento local”.

Restaurantes participantes: Adega do Alentejano; Adeguita do Farrobo; Almedina; O Antão; O Aqueduto; Bacchus & Companhia; A Baiuca; Bolas; Café Alentejo; O Chico; A Choupana; Cozinha de Stº Humberto; Degustar’Ar (Hotel M’AR de AR Aqueduto); Divinus (Hotel Convento do Espinheiro); Divor; Dom Joaquim; Fialho; O Garfo; Giraldo; Godinho; O Grémio; Guião; Luar de Janeiro; Manueis; Medieval; Monte do Carmo (Hotel Rural); Mr. Pickwick; O Moinho; A Muralha; Prova e Sorri; O Ricardo; Sabores do Alentejo (M’AR de AR Muralha); Santa Fé; S. Brás (Hotel D. Fernando); S. Luís; Sobreiro (Azarúja); Sobreiro (Évora); Sol Poente (Évora Hotel); Time-Out; O Trovador; Um Quarto para as Nove; Vinho e Noz. Pastelaria; Pão de Rala. Lojas Gourmet: Alentejo de Ouro – Produtos do Alentejo Ldª.; Boa Boca Gourmet; Divinus Gourmet; Évoralforge; Saberes e Sabores do Alentejo

Parcerias institucionais:
ACDE; Turismo do Alentejo, ERT; ARHESP; CEPAAL; Confraria dos Enófilos do Alentejo, Confraria Gastronómica do Alentejo, Confraria da Moenga, Rota dos Vinhos do Alentejo, Slow Food Alentejo. Media Partner: Diário do Sul / Telefonia do Alentejo. Apoios: Museu de Évora; Casa do Povo de Canaviais, Junta de Freguesia de Canaviais, Junta de Freguesia da Azaruja, Hotel Convento do Espinheiro, CP Comboios de Portugal, INATEL.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Regiões da Europa debatem sector do vinho em Évora



Vinte e nove regiões vitícolas de onze países europeus estão reunidas desde esta quinta-feira, 18, em Évora para debater temas relacionados com o sector, como a quebra no consumo do vinho, o aumento dos stocks anuais e o enoturismo.
Trata-se da 17ª sessão plenária da Assembleia-Geral da Assembleia de Regiões Vitícolas Europeias (AREV), que decorre até sábado, 20, nas instalações da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDRA).
No encontro, vão estar ainda em debate temas como a abertura do mercado europeu aos vinhos oriundos de países do “Novo Mundo” e a necessidade de integração e harmonização da fileira vitivinícola dos novos países aderentes.
Com esta reunião, a AREV pretende reforçar o seu papel institucional junto das instituições europeias na defesa da promoção e valorização dos vinhos e das vinhas como um produto de referência.
Segundo a organização, a vitivinicultura pode ser um elemento nobre da política regional, pois a partir dela pode promover-se o turismo, a cultura, o ambiente, o património e actividades económicas conexas, como a gastronomia e o enoturismo.
Criada em 1987, a AREV, que representa 70 regiões vitícolas da Europa, intervém junto de todas as instituições e instâncias encarregues, directa ou indirectamente, da política vitivinícola europeia ou mundial e intervém em todos os dossiers que se relacionem com o vinho.
Correio do Alentejo

quarta-feira, 22 de abril de 2009

ROTA DE SABORES TRADICIONAIS - Conferências em Torno da Gastronomia


A Câmara Municipal de Évora vai levar a efeito até ao final do mês de Abril uma série de conferências em torno da gastronomia, que se inserem no âmbito da promoção da iniciativa Rota de Sabores Tradicionais.

”Música e Gastronomia”, “A Cozinha Tradicional tem muita ciência”, "A educação do gosto: o caso de S. Brás de Alportel", "Preservar a Tradição com Segurança", "Cozinha solar e suas potencialidades na ecogastronomia alentejana" e "Slow Food" são os temas que irão estar em análise nestes encontros, que vão ter lugar no Convento do Espinheiro, sempre a partir das 19h00.

É este o programa completo das Conferências em Torno da Gastronomia

Dia 24
Título: "Música e gastronomia"

Resumo: dos sumptuosos banquetes acompanhados por sinfonias compostas para o efeito por músicos da Corte (de Lalande), até à confecção de pratos inspirados por compositores de renome (Rossini) ou intérpretes de eleição (Caruso), passando por cenas operáticas onde o elemento gastronómico é cenário privilegiado (Mozart, D.Giovanni ; Verdi, Falstaff), a música sempre conviveu bem com a comida.

Orador: Luís Ribeiro nasceu em Lisboa em 1955. Engenheiro de Minas. Professor do Instituto Superior Técnico. Presidente do Centro de Geossistemas do IST. Presidente do Grupo Português da Associação Internacional de Hidrogeologos. Autor dos programas radiofónicos emitidos pela RDP–Antena 2: REVOLUÇÃO CHOSTAKOVITCH - MÚSICAS PARA O CENTENÁRIO (2006) e MÚSICA AQUÁTICA (2007) e pela Rádio Imprevisto: A VIA LÁCTEA (1986).


Dia 25
Título: "A cozinha tradicional tem muita ciência"

Resumo: muitas técnicas, resultantes de uma aproximação empírica ao longo de séculos, podem ser explicadas com base na composição dos alimentos e alterações físicas e químicas que ocorrem na sua preparação. Este conhecimento permite aperfeiçoar a prática culinária e desenvolver novas aplicações. A cozinha é mesmo um excelente veículo de divulgação de ciência e com um grande potencial para sensibilizar o público para o papel da ciência no quotidiano.




Orador: Paulina Mata - Departamento de Química da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Univ. Nova de Lisboa. Engenheira Química, aliando a formação académica ao interesse por gastronomia e cozinha interessou-se pela Gastronomia Molecular. Pertence à equipa que nos últimos 8 anos dinamiza, em colaboração com a Ciência Viva, a actividade “A Cozinha é um Laboratório” - nome genérico dado a um conjunto diversificado de actividades que ligam a cozinha e a ciência. Na sequência deste trabalho tem participado e colaborado na organização de sessões de demonstração, colóquios e acções de formação em Gastronomia Molecular para o público em geral, escolas ou profissionais de cozinha.


Dia 27
Título: "A educação do gosto: o caso de S. Brás de Alportel"

Resumo: os hábitos e padrões alimentares do concelho de S. Brás de Alportel, ricos em tradições gastronómicas e similares ao tipo de alimentação mediterrânica, considerada pelos nutricionistas uma alimentação equilibrada e saudável, propiciou o caminho fértil para a mudança de comportamentos alimentares dos jovens, baseados na tradição e costumes da terra dos seus avós. A procura de receitas tradicionais junto das famílias, despertando sensibilidades e memórias, assim como o trabalho gráfico e qualitativo das mesmas junto da comunidade, associado ao trabalho em parceria com as demais entidades e líderes de opinião, permitiram a alteração gradual dos hábitos alimentares dos jovens que frequentam as escolas do concelho, num trabalho de divulgação e orientação de paladares, desviando a atenção da publicidade a hábitos alimentares modernos, baseados em comidas consideradas pouco saudáveis. Espera-se, assim, contribuir para ganhos e melhoria em saúde neste concelho do barrocal algarvio aliado à divulgação de boas práticas em Educação para a Saúde.

Orador: Maria Filomena C. Horta Correia - médica de Saúde Pública, assistente graduada de Saúde Pública, Delegada de Saúde de S. Brás de Alportel


Dia 29
Título: "Preservar a Tradição com Segurança"

Resumo: o consumidor está cada vez mais interessado e atento à alimentação, não só como elemento essencial à sobrevivência mas também como prazer e gosto de bem comer. É possível manter a tradição com segurança, valorizando as propriedades organolépticas e nutricionais dos nossos produtos tradicionais, de modo a adequar à legislação sem que se perca a genuinidade.

Orador: Isadora Pereira - licenciada em engenharia com formação na área Alimentar. Trabalha em Segurança e Qualidade Alimentar como consultora e formadora. Integra uma Confraria Gastronómica Portuguesa.




Dia 30
Título: "Cozinha solar e suas potencialidades na ecogastronomia alentejana"

Resumo: a disseminação das cozinhas solares pode dar um contributo interessante para a sustentabilidade, uma vez que é possível, por um lado, construírem-se cozinhas solares de baixo custo, utilizando-se para o efeito uma grande quantidade de materiais recicláveis e, por outro, reduzir o consumo de gás, electricidade e de lenha. É possível para muitas famílias no Alentejo ter à sua mesa, em mais de 90 % dos dias do ano, uma refeição confeccionada em cozinhas solares, incluindo-se os meses mais frios. As cozinhas solares são uma interessante alternativa porque permitem a confecção de vários tipos de pratos lenta ou tão rapidamente como no fogão a gás ou eléctrico, dependendo das condições climáticas, do modelo de cozinha solar, do tipo e da quantidade dos alimentos a confeccionar e do modo de confecção.

Orador: Celestino Ruivo - licenciado, mestre e doutor em engenharia mecânica e professor na Univerdade do Algarve, iniciou a sua actividade de divulgação da cozinha solar em Julho de 2006, participando em vários encontros de cozinhas solares, palestras em escolas nacionais e internacionais e em programas de rádio e de televisão nacionais e internacionais. Utiliza regularmente cozinhas solares do tipo painel, tipo caixa e tipo parabólico para confeccionar as refeições em casa para toda a família durante todo o ano, mesmo em dias de Inverno muito frio.


Dia 01
Título: "Slow Food"

Resumo: O Slow Food é um projecto cultural, que se baseia na difusão do conhecimento, da cultura e das riquezas ecogastronómicas, com realce para a protecção agro-alimentar, a preservação dos conhecimentos rústicos e artesanais e a defesa da biodiversidade vegetal e animal. Este movimento internacional, fundado em 1986, como contraposição à fast food e ao modo de vida acelerado, constitui uma rede mundial comprometida em mudar a forma como o alimento é produzido e consumido atualmente, contando, para tal, com mais de 100.000 membros em mais de 100 países, que defendem o direito ao prazer, promovem os alimentos bons, limpos e justos e apoiam os alimentos locais.

Orador: Victor Lamberto - leader do Convivium Alentejo do movimento internacional Slow Food, autor do projecto “Rota dos Mármores – Rede Integrada de Percursos Geoturísticos”, colaborando, desde 1999, em actividades de divulgação da Ciência, nomeadamente no âmbito do programa Ciência Viva “Geologia no Verão”. É autor e co-autor de diversos artigos e comunicações nas áreas dos georrecursos, enogastronomia e geoturismo.