quinta-feira, 15 de setembro de 2011
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
Exposição “Impressões Digitais” de Manuel d’Olivares
Manuel d’Olivares inaugura no Palácio de D. Manuel, dia 3 de Outubro, sábado, pelas 17 horas, uma exposição de desenho/instalação da sua autoria, com organização da Câmara Municipal de Évora.
Manuel d’Olivares nasceu em Angola, vive e trabalha entre Barcelona e Paris, e toda a sua obra recebe uma forte inspiração urbana, resultado das várias cidades onde viveu e onde se movimenta. Para esta exposição fixou-se nos pavimentos das cidades repletos de símbolos de lojas, indicações de zonas e locais, mas sobretudo tampas do sistema eléctrico, de águas, de esgotos, de comunicações.
Para esta exposição Manuel d’Olivares fixou-se nos pavimentos das cidades repletos de símbolos de lojas, indicações de zonas e locais, mas sobretudo tampas do sistema eléctrico, de águas, de esgotos, de comunicações, entre outros elementos. Fundidos em ferro, gravados em cimento ou em pedra, cravados no asfalto, com uma grande beleza plástica, são texturas, baixos-relevos que pisamos, muitas vezes sem nos darmos conta e que, aparentemente iguais, diferem de cidade para cidade.
Estes elementos são para o artista as “Impressões Digitais” das cidades e as obras que constituem esta exposição foram realizadas em 6 cidades entre 2007 e 2011: Lisboa, Barcelona e Paris, Nova York e Veneza, cidades onde o artista diz sentir-se em casa, e Évora, cidade que acolhe esta exposição.
Esta exposição estará aberta ao público até ao dia 2 de Outubro, podendo ser visitada gratuitamente de segunda a sexta-feira, das 10:00 às 12:00 e das 14:00 às 18:00, e aos sábados só no período da tarde, encerrando ao domingo.
Évora Perdida no Tempo - Antigo Armazém do Tabaco na Praça do Giraldo
Antigo Armazém do Tabaco na Praça do Giraldo (memórias do comércio eborense)
Autor David Freitas
Data Fotografia 1960 - 1969
Legenda Antigo Armazém do Tabaco na Praça do Giraldo
Cota DFT157 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME
terça-feira, 13 de setembro de 2011
A conjura monárquica de 1912 em Évora
A violência anticlerical, a Lei da Separação da Igreja do Estado, o monopólio do poder por banda do PRD e as ameaças, depois concretizadas, de desinteligências sérias no seio deste, convenceram alguns monárquicos que estavam criadas as condições para que o novo regime, ao mínimo abanão, se desmoronasse por completo. Entre estes encontrava-se o capitão Henrique Mitchell Paiva Couceiro, herói das Campanhas de África (1989-1896) e governador colonial de Angola, que fora um dos poucos militares que na Rotunda de Lisboa, em Outubro de 1910, tudo tentara para impedir o triunfo dos republicanos. Refugiado na Galiza, por duas vezes ultrapassou a fronteira à frente de um grupo de homens armados tentando espevitar a apatia dos monárquicos e provocar uma insurreição geral, mesmo uma guerra civil se o desenrolar dos acontecimentos o viesse a exigir, de acordo com as suas próprias palavras. A primeira tentativa ocorreu a 3 de Outubro de 1911 e, por mal organizada, foi repelida com facilidade. A segunda, em 6 de Julho de 1912, para além de envolver cerca de mil homens que tentaram tomar Chaves, sendo rechaçados com alguma dificuldade, seria acompanhada em caso de sucesso, conforme o planeado, de levantamentos militares noutros pontos, praticamente todos na zona norte com a excepção de Évora na parte sul do território. A inclusão de Évora no rol dos locais onde a sedição deveria ter lugar causou estranheza, mas o motivo veio a ser apurado quando dias depois alguém recordou que Paiva Couceiro havido sido transferido de Lisboa para o cargo de Adjunto da Inspecção do Serviço de Artilharia, instalado na cidade, onde travou conhecimento com muitos militares aqui em serviço, e civilmente se aproximou do Partido Regenerador Liberal, ele que sempre se mantivera fiel à Casa de Bragança, como continuava a ser sem que lhe fossem contudo atribuídas conotações partidárias.
A população da cidade só teve conhecimento daquilo a que chamou o “complot monárquico” quando se viu confrontada com as primeiras prisões, acontecidas a 10 de Julho. O major António Rodrigues Monteiro Montez, chefe do movimento na região sul (haveria de conseguir evadir-se sendo depois recapturado em Elvas), o capitão Francelino Pimentel, dois sargentos, três cabos e um soldado compuseram o grupo dos detidos desse dia. No dia seguinte viram-se acompanhados pelos civis Joaquim da Motta Capitão, boticário e redactor do “Notícias d’Évora”, António Maria Vidal Veloso, o mais famoso barbeiro da cidade, o escrevente Américo Augusto Baptista e o ex-seminarista Eurico Maia.
A onda de prisões prosseguiu quotidianamente durante cerca de uma semana e abrangeu perto de 30 pessoas, entre civis e militares, acabando um recruta por se suicidar. Dos elementos castrenses encarcerados destacavam-se o capitão Toscano e os tenentes António Domingos Ferreira e Vasconcelos e Sá (muito conhecido pelos dotes musicais e compositor da célebre canção do início do século, “Margarida vai à fonte” enquanto por banda dos civis se contavam figuras como os poderosos lavradores Luís Perdigão de Sousa Carvalho (Conde da Ericeira) e António Carlos Coelho de Villas Boas e os advogados Gabriel Pinto e Armando Cordeiro Ramos. Dos restantes era bastante conhecido José Francisco Correia, apodado de “O Zé da Sé”, por passar o tempo na Catedral entre padres e freiras, peça fundamental da conjura por ter sido o encarregado de distribuir pelos civis as armas e as munições desviadas de algumas unidades militares e habilmente escondidas no Largo da Porta de Avis. Detida igualmente foi uma mulher, Pulquéria Ferreira Pinto de seu nome.
O processo de inquérito realizado em Évora determinou a ilibação do Conde da Ervideira e de António Villas Boas por não terem sido detectados quaisquer indícios da participação no acto conspirativo. Os outros detidos foram remetidos para Lisboa a fim de serem submetidos a julgamento em tribunal marcial. A maioria foi condenada e alguns enviados para o degredo. Por seu turno, o processo de inquirição civil teve como relator o republicano local Hermenegildo Higino Barrão e veio a ter divulgação pública. As averiguações levadas a cabo permitiram reconstituir o que havia acontecido e o papel desempenhado pela Carbonária local na sua descoberta e consequente neutralização. Conversas enigmáticas e movimentos suspeitos de alguns oficiais subalternos tinham sido percebidos no regimento de Cavalaria 5 pelo cabo ferrador Tiago Augusto Calado, que os comentou com os também cabos Inglês e Bólrão, igualmente pertencentes ao movimento carbonário. Os três comunicaram a situação outros soldados que passaram a vigiar os oficiais referenciados, tendo alertado as chefias militares. No exterior o trabalho de vigilância aos suspeitos civis ficou entregue ao núcleo operário da Carbonária enquadrado por Estevão de Oliveira Fernandes, auxiliado pelo temido revolucionário corticeiro Artur Nogueira. Foi assim possível a identificação desta ramificação eborense do grupo de monárquicos afectos a Paiva Couceiro.
A 25 de Julho, com toda a situação já aclarada, a direcção do Centro Democrático composta por José Augusto do Rosário, Leonel de Sousa, Isidro Pires Candeias, Francisco Gomes Calado e Agripino de Oliveira resolveu convocar todos os republicanos para, em sessão especial a realizar daí a dois dias, ser prestada homenagem ao Exército Português e à Carbonária, cujos elementos «sempre vigilantes, sempre prontos ao sacrifício, puderam impedir tão monstruosa tragédia». Refira-se que o presidente do Centro Republicano Democrático, José Augusto do Rosário, era ele próprio um activo e denodado carbonário. Natural das Alcáçovas, veio muito jovem para Évora a fim de trabalhar na estação local dos Correios e Telégrafo. Era então anarco-sindicalista. Foi iniciado na Carbonária e passou para os republicanos. Em 1908 estava em Lisboa a frequentar um curso de aperfeiçoamento profissional quando participou no movimento falhado de 28 de Janeiro, o qual ficou conhecido na história por Janeirada. Foi preso e somente liberto com a implantação da República, tendo voltado ao seu posto de trabalho em Évora.
A ele próprio, carbonário convicto, coube fazer, nessa sessão, o elogio da organização a que pertencia. E disse: «Aos civis, na sua maioria operários, deve em grande parte, a República a sua segurança pelo que, apesar do extenuante trabalho a que durante o dia eram obrigados, nunca trepidaram na vigilância, chegando a oferecer-se para os maiores sacrifícios». Para concluir da seguinte forma: «(...) Mais uma vez se demonstrou a sem razão e falta de patriotismo, daqueles que servindo-se da calúnia, têm tentado sem o conseguir, a dissolução da Carbonária, não querendo ver nesta instituição o cunho de patriotismo e abnegação que tão bem tem evidenciado antes e depois de República proclamada».
Texto: José Frota
Texto: José Frota
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Tony Carreira actua na Arena d’Évora

O cantor Tony Carreira actua na Arena d’Évora no próximo dia 17 de Setembro, pelas 22 horas, num concerto gratuito organizado pela Câmara Municipal de Évora, produzido pela Regi-Concerto e com o apoio da cadeia de supermercados Continente.
A distribuição de ingressos para este concerto terá lugar nas bilheteiras da Arena d’Évora a partir do dia 14 de Setembro, das 9:00 às 12:30 e das 14:00 às 17:30, no limite máximo de dois bilhetes por pessoa. No dia 13 de Setembro as bilheteiras estarão abertas excepcionalmente para a distribuição de bilhetes para os munícipes de Évora com idade igual ou superior a 65 anos e/ou pensionistas, que poderão levantar o bilhete mediante a apresentação de documento identificativo que comprove a sua idade ou condição.
Esta será a segunda passagem que Tony Carreira faz pela Arena d’Évora, desta vez para apresentar ao vivo o seu último álbum de originais, intitulado "O Mesmo de Sempre", que foi editado no final do ano passado e que revelou ser mais um sucesso de vendas na carreira do cantor.
Évora Perdida no Tempo - Claustro do extinto Convento de S. Domingos
Vestígios arquitectónicos do claustro do extinto Convento de São Domingos, cuja demolição se iniciou em 1836.
Autor David Freitas
Data Fotografia 1950 - 1966
Legenda Claustro do extinto Convento de S. Domingos
Cota DFT4403 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME
domingo, 11 de setembro de 2011
Electricista Auto - Évora
Electricista Máquinas Industriais
DESCRIÇÃO DA ORGANIZAÇÃO:
Empresa de prestígio no ramo da Construção Civil e Obras Públicas, procura profissionais competentes que acompanhem a sua expansão.
FUNÇÃO:
Electricista de máquinas industriais, centrais britagem e betão.
REQUISITOS DE SELECÇÃO:
- Experiência mínima de 5 anos no sector e função;
- Conhecimentos na área da electricidade de equipamentos de movimentação de terras (Pá-carregadora, Retroescavadora, Bulldozer, Giratória, Dumper, Bobcat, Cilindro, etc) e de elevação de cargas (Grua móvel, Grua Torre, Empilhadores, etc) e Automóveis ligeiros e pesados;
- Espírito de iniciativa e capacidade de organização, planeamento e comunicação;
- Disponibilidade imediata;
- Zona: Alentejo
OFERTA:
Só serão consideradas as candidaturas com currículo em anexo.
CONTACTOS:
Resposta com Curriculum Vitae detalhado, colocando em assunto o título deste anúncio, para: grupoworkingteam@gmail.com
Ver Oferta de Emprego: http://www.net-empregos.com/1320507/electricista-auto-evora/#ixzz1WtcUo0mh
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sábado, 10 de setembro de 2011
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Personalidades Eborenses - Inocêncio Joaquim Camacho Rodrigues
Teve uma relação relativamente efémera com Évora, apesar de ter sido candidato às eleições legislativas de 28 de Agosto de 1910 por Évora. Este meio-irmão de Brito Camacho nasceu em Moura (freguesia de S. João Baptista) a 23 de Maio de 1867 mas cedo abalou para Lisboa para prosseguiu os estudos universitários. Concluído o curso na Faculdade de Ciências tornou-se professor daquele estabelecimento de ensino. Casou-se em 1900 e, bem lançado na vida, ingressou nas fileiras do Partido Republicano do qual foi vogal do respectivo Directório. Foi ele quem fez da varanda da Câmara Municipal de Lisboa a proclamação e identificação do Governo Provisório da República. Nomeado primeiramente Secretário-geral da Fazenda Pública, rapidamente se viu alcandorado a Director- Geral. A 2 de Abril de 1911 registou nova promoção, subindo a Governador do Banco de Portugal. Pelo círculo de Évora foi eleito para deputado à Assembleia Nacional Constituinte. Até 1915 ganhou sempre o lugar de deputado enquanto candidato pelo círculo de Évora. Em 1920 chegou a Ministro das Finanças. Tinha enorme reputação nessa área mas a sua boa estrela começou a empalidecer quando foi atingido pelo escândalo das notas falsas, perpetrado por Alves dos Reis, que o ludibriou como Governador do Banco de Portugal. A sua competência permitiu-lhe a permanência no cargo até 1936. Morreu em Lisboa, a 11 de Setembro de 1943.
Texto: José Frota
Texto: José Frota
Évora Perdida no Tempo - Aspecto interior da Sé Catedral de Évora
Aspecto interior da Sé Catedral de Évora: sub-coro e parte da nave central. Esta imagem foi publicada no Inventário Artístico de Portugal de Túlio Espanca, Concelho de Évora, vol. II, Lisboa, A.N.B.A., 1966, est.110 (1).
Autor David Freitas
Data Fotografia 1966 ant. -
Legenda Aspecto interior da Sé Catedral de Évora
Cota DFT6033 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Évora Perdida no Tempo - Altar mor da Igreja do Calvário
Altar mor da Igreja do Calvário na Páscoa de 1953.
Autor David Freitas
Data Fotografia 1953 -
Legenda Altar mor da Igreja do Calvário
Cota DFT206 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Sé Catedral de Évora
A Basílica Sé Catedral de Nossa Senhora da Assunção, mais conhecida por Catedral de Évora, ou simplesmente Sé de Évora, apesar de iniciada em 1186 e consagrada em 1204, esta catedral de granito só ficou pronta em 1250. É um monumento marcado pela transição do estilo românico para o gótico, marcado por três majestosas naves. Nos séculos XV e XVI, a catedral recebeu grandes melhoramentos, datando dessa época o coro-alto, o púlpito, o baptistério e o arco da capela de Nossa Senhora da Piedade, também conhecida por Capela do Esporão, exemplar raro de arquitetura híbrida plateresca, datado de 1529. Do período barroco datam alguns retábulos de talha dourada e outros melhoramentos pontuais nas decorações sumptuárias. Ainda no século XVIII a catedral foi enriquecida com a edificação da nova capela-mor, patrocinada pelo Rei D.João V, onde a exuberância dos mármores foi sabiamente conjugada com a austeridade romano-gótica do templo. Em 1930, por pedido do Arcebispo de Évora, o Papa Pio XI concedeu à Catedral o título de Basílica Menor. Nas décadas seguintes foram efectuadas algumas obras de restauro, tais como a demolição das vestiarias do cabido, do século XVIII, (que permitiram pôr a descoberto a face exterior e as rosáceas do claustro) e o apeamento de alguns retábulos barrocos que desvirtuavam o ambiente medieval das naves laterais.
Exterior
Apostolado do Pórtico
A fachada da catedral é flanqueada por duas torres, ambas do período medieval, sendo a torre do lado sul a torre sineira da catedral, cujos sinos há séculos marcam o passar das horas da cidade. Flanqueando o portal há soberbas esculturas de Apóstolos, do século XIV. O trecho arquitectónico mais emblemático do exterior é o zimbório, torre-lanterna do cruzeiro das naves erguida no reinado de D.Dinis, que é o ex-libris da catedral e um dos trechos mais conhecidos da cidade. Além do pórtico principal há ainda mais duas entradas: a Porta do Sol, virada a sul, com arcos góticos e a Porta Norte, reedificada no período barroco.
As naves
O interior da catedral está distribuído em amplas três naves (trata-se da maior catedral portuguesa). Na nave central (a mais alta), está o altar de Nossa Senhora do Anjo (também chamada na cidade Senhora do Ó), em talha barroca, com as imagens góticas da Virgem, em mármore policromado e do Anjo Gabriel. Ainda na nave central podem admirar-se o púlpito (em mármore) e o magnífico órgão de tubos (ambos do período renascentista). No transepto, abrem-se as antiquíssimas capelas de São Lourenço e do Santo Cristo (que comunica com a Casa do Cabido) e as Capelas das Relíquias e do Santíssimo Sacramento, ambas decoradas com opulentos adornos de talha dourada. Na nave esquerda, junto à entrada, abre-se o baptistério, fechado por belas grades férreas do período renascentista. No topo norte do transepto está o belo portal renascentista (atribuído a Nicolau Chanteréne) da Capela dos Morgados do Esporão (que nela tinham sepultura).
Capela-Mor
Vista dos mármores da Capela-mor
O altar do século XVIII e capela-mor em mármore são de J. F. Ludwig, mais conhecido por Ludovice, o arquitecto do Convento de Mafra. A edificação desta obra deveu-se à necessidade de espaço para os cónegos, visto que no século XVIII o esplendor das cerimónias litúrgicas exigia um maior número de clérigos. Assim, sacrificou-se a primitiva capela gótica (cujo retábulo de pintura se pode hoje admirar no Museu Regional de Évora). Nela se combinam mármores brancos, verdes e rosa (provenientes de Estremoz, Sintra e Carrara (Itália). Podem-se ainda admirar um belo Crucifixo da autoria de Manuel Dias, chamado o Pai dos Cristos, que encima a pintura de Nossa Senhora da Assunção (padroeira da Catedral), efectuada em Roma por Agostino Masucci, para além de estátuas alegóricas, dos bustos de São Pedro e São Paulo e ainda de um órgão de tubos da autoria do mestre italiano Pascoal Caetano Oldovini.
Claustro
Ala sul do Claustro
Nos claustros, de cerca de 1325, há estátuas dos Evangelistas em cada canto. O claustro, construído por ordem do Bispo D.Pedro, é um belo exemplar gótico, enriquecido com rosáceas de decorações diversas. É ainda enobrecido pela capela funerária do Bispo D.Pedro (fundador do claustro), cujo túmulo gótico ainda subsiste no centro da mesma. Recentemente foram colocados na ala sul do claustro dos túmulos dos Arcebispos de Évora falecidos no século XX.
Coro alto
O coro é fruto das obras efectuadas no período manuelino. Tem um valioso cadeiral de madeira de carvalho, onde estão esculpidas cenas mitológicas, naturalistas e rurais, datado de 1562.
Tesouro e Museu de Arte Sacra
O tesouro abriga peças de arte sacra, nos domínios da paramentaria, pintura, escultura e ourivesaria. A mais curiosa é uma Virgem (Nossa Senhora do Paraíso) do século XIII, de marfim cujo corpo se abre para se tornar num tríptico com minúsculas cenas esculpidas: a sua vida em nove episódios. Entre outras peças podem-se ainda admirar a Cruz-Relicário do Santo Lenho (século XIV), o Báculo do Cardeal D.Henrique (que foi Arcebispo de Évora e Rei de Portugal) e galeria dos Arcebispos, onde estão retratados todos os prelados eborenses desde 1540 até à actualidade. Tanto o tesouro, como a galeria dos Arcebispos integram o Museu de Arte Sacra da Catedral, aberto em 1983, aquando das comemorações do 8ºcentenário da Sé. O Museu encontra-se instalado, desde 22 de Maio de 2009, no antigo Colégio dos Moços do Coro da Sé, edifício contíguo à Sé, que depois de remodelado, alberga as colecções de ourivesaria, paramentaria, pintura e escultura, que compõem o valioso Tesouro da Sé.
Factos históricos
Vários grandes eventos religiosos estão associados a este templo. Diz-se que aqui foram benzidas as bandeiras da frota de Vasco da Gama em 1497. No cruzeiro está a capela tumular de João Mendes de Vasconcelos, emissário de D. Manuel à corte de Carlos V de Castela, na tentativa falhada de trazer de volta a Portugal Fernão de Magalhães, que então preparava em Sevilha a primeira viagem de circum-navegação do globo.
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