A multinacional norte-americana Kemet Electronics pretende avançar com o despedimento colectivo de quase metade dos trabalhadores da fábrica de Évora, num total de 127 operários, disse à agência Lusa o delegado sindical.
"A empresa indicou no processo de despedimento colectivo que pretende encerrar uma das linhas de produção a 30 de Junho", referiu Hugo Fernandes, delegado sindical e dirigente do Sindicato das Indústrias Elétricas do Sul e Ilhas (SIESI).
Contactada pela Lusa, a administração da empresa escusou-se prestar qualquer informação sobre o assunto.
O dirigente sindical explicou que "a empresa invoca motivos estruturais e de mercado para fazer o despedimento colectivo" na fábrica de Évora, que, na sua opinião, "não correspondem à verdade".
O quadro apresentado pela empresa "está condicionado", afirmou Hugo Fernandes, alegando que, nos últimos três ou quatro anos, ocorreu uma "deslocalização de equipamentos e de produção para outras fábricas do grupo".
"Se a produção estivesse cá, os dados da empresa não correspondiam à verdade. O quadro está condicionado por decisão da gestão", argumentou.
De acordo com o responsável, os trabalhadores, que já esta semana realizaram plenários, vão deslocar-se, na próxima sexta-feira, ao Ministério da Economia para entregarem um documento com argumentos contra o despedimento colectivo.
O delegado sindical e dirigente do SIESI adiantou que o despedimento colectivo vai afectar "trabalhadores com uma antiguidade superior a dez anos de casa".
A fábrica de Évora da Kemet Electronics, que emprega cerca de 310 trabalhadores, produz condensadores de tântalo para telemóveis e para a indústria automóvel.
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