quinta-feira, 18 de novembro de 2010
A Bruxa Teatro estreia hoje “Antígona em Nova Iorque”
"Antígona em Nova Iorque", com cenografia e figurinos de Miguel Mocho, estreia hoje às 21:30 na ermida de São Bartolomeu, junto às Portas d'Avis, em Évora, onde se manterá em cena até 11 de dezembro.
Trata-se de uma produção da companhia A Bruxa que pela segunda vez encena nesta ermida, desta feita com um elenco constituído por António Abernú, Figueira Cid, Lucília Raimundo, e Pedro Estima.
Cães vivos usados no curso de Medicina Veterinária são apenas os destinados ao abate - Universidade
O diretor do Hospital Veterinário da Universidade de Évora, José Tirapicos Nunes, explicou hoje que os cães vivos utilizados em aulas de anatomia são apenas aqueles que já estavam destinados ao abate no canil da cidade.
Os animais, segundo José Tirapicos Nunes, "são sempre anestesiados e depois eutanasiados, antes de acordarem da anestesia".
Também animais já abatidos são utilizados nas aulas de anatomia do curso de Medicina Veterinária, disse o responsável, garantindo que "são sempre cumpridas as regras".
A Câmara e a universidade têm em vigor um protocolo para a incineração de cadáveres, como o caso de cães vítimas de atropelamento na via pública.
O presidente da Câmara de Évora já revelou hoje à Lusa que abriu um inquérito para averiguar o funcionamento do canil municipal e apurar eventuais responsabilidades, após denúncias mútuas entre o responsável do serviço e duas veterinárias.
Évora Perdida no Tempo - Capela-mor da Sé de Évora
Autor Inácio Caldeira
Data Fotografia 1920 ? -
Legenda Capela-mor da Sé de Évora
Cota CME0354 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Megalitismo em Évora
O Lonely Planet, considerado o mais importante guia de viagens e de turismo cultural de todo o mundo e tido
como de leitura obrigatória para todos os operadores dos respectivos sectores, afirma que, este ano, Portugal será um destino incontornável para os viajantes de toda a parte. E recomenda as experiências que o turista não pode perder ao visitar o nosso país: a prova dos vários vinhos do Porto, um passeio pelas remotas povoações graníticas da Peneda-Gerês, passar por Lisboa e provar o pastel de Belém e, finalmente, ver um pôr-do-sol nos monumentos megalíticos junto a Évora.
Este alvitre vai, decerto, trazer à cidade muitos viajantes estrangeiros com o objectivo explícito de visitar estes locais onde a aventura do homem, enquanto ser social, se começou a desenhar. Será então desolador ver muitos eborenses e homens de cultura do país exibirem o seu desconhecimento em relação a esses lugares, vestígios de um tempo mítico fundador sacralizado pelos deuses, quando outros virão de tão longe para apreciar o espectáculo indizível que é contemplar o ocaso do astro-rei num cenário quase primordial.
Neste contexto se entende que é necessário promover tão valioso património, espalhado pelas imediações da urbe e que tão esquecido tem sido na divulgação do melhor que Évora tem, fornecendo informação susceptível de suprir tão grave lacuna.
Asseveram os estudiosos do passado que as primeiras sociedades agro-pastoris, próprias do Neolítico, se sucederam aos primitivos grupos errantes de caçadores-recolectores que viviam do que a natureza lhes dava, característica da época mesolítica. A sedentarização, produto do domínio das técnicas agrícolas e da domesticação dos animais, veio criar uma nova forma de vida que implicava o trabalho em favor da comunidade. Esta profunda alteração na vivência humana ocorreu sobretudo na Europa Ocidental.
Em Portugal, os historiadores apontam para que os primeiros pastores tenham vindo dos concheiros do Tejo e Sado, locais de exploração de moluscos marinhos e terrestres, onde erguiam sazonalmente acampamentos que tinham a exacta durabilidade dos meios de subsistência procurados: água em abundância e caça com fartura. Por essas alturas era a natureza da paisagem que impunha a fixação, ainda que temporária ou eventual. Ao posterior movimento de deslocação interna, gerador do mundo rural alentejano, veio a referir-se desta forma o arqueólogo Manuel Calado: «abandonar as margens dos estuários e mudar-se de armas e bagagens para os arredores de Évora foi, certamente, uma ruptura profunda no quotidiano das populações do VI milénio a.C..
De um dia para o outro houve (o homem) que adaptar-se a novos horizontes, novas actividades, novos valores». No Alentejo (zona de Évora, particularmente) e na Bretanha (Oeste francês), duas das áreas de maior concentração demográfica neolítica, foram pela primeira erguidos os grandes monumentos megalíticos com base nos menires, cravados no solo e por vezes de alturas insuspeitas, relacionados com o culto da fecundidade (símbolos fálicos) ou indicando marcos territoriais. Isto pressupõe já a existência de povoados próximos de afloramentos graníticos com gente em larga escala para construir, levantar e transportar monólitos de dimensão impressionante, empenhada também, por outro lado, no desbravamento de bosques e florestas. O uso de instrumentos de pedra polida, nomeadamente de machados, era-lhes, por certo, essencial. Passemos então à descoberta dos grandes megálitos do concelho.
Num cabeço localizado a 12 quilómetros a poente de Évora, situado na freguesia de Nossa Senhora de Guadalupe, encontra-se o maior monumento megalítico estruturado da Península Ibérica e um dos mais antigos da história da Humanidade. É o Cromeleque dos Almendres, constituído actualmente por 95 menires de granito (chegaram a ultrapassar centena) e começado a construir há cerca de 7.000 anos, tendo passado 3 fases antes de atingir a feição última (forma oval) em finais do terceiro milénio a.C.. Uma dezena deles está decorada, exibindo património o megalitismo eborense relevos e gravuras de grau de visibilidade diferente. Em metade são todavia bem notórios.
Na placa interpretativa que figura junto ao parque de estacionamento, clareira cavada entre o montado de sobro e azinho ali existente e rodeada de medronhos, se informa ser desconhecida a sua função. Adianta-se todavia que os dados arqueológicos recentes têm colocado em evidência a disposição e implantação de alguns monólitos em coincidência com os movimentos elementares do Sol e da Lua, permitindo a marcação dos equinócios e solstícios, o que deixa antever a possibilidade de ter sido usado como posto de observação astronómica.
E acrescenta-se que «alguns dos elementos decorativos e a aparente esquematização dos menires, poderão constituir, à escala monumental, a primeira representação escultórica de entidades tutelares ou mesmo das mais ancestrais linhagens do poder». Lá do alto avista-se Évora, que por esses tempos nem sequer existia.
A partir de Guadalupe, alcançada a partir de um desvio na EN-114, o caminho para o Cromeleque, à distância de 4,3 Km, é de terra batida mas perfeitamente acessível a veículos ligeiros. Entra-se em caminhos particulares e deve seguir-se com cuidado, até mesmo para não deixar passar despercebida a estreita vereda que o proprietário abriu para aceder ao Menir dos Almendres, exemplar isolado de forma ovóide alongada, decorado com um báculo gravado em baixo relevo, indicativo da actividade agro-pastoril e idêntico a outras insculturas vistas em outros monumentos da altura.
A sua localização está ligada ao Cromeleque, dado que, observada a partir deste, se aponta para a posição do nascer do Sol no dia do solstício de Verão. No regresso a Guadalupe, é tomar a estrada para Valverde. São quatro quilómetros de belíssima estrada até à povoação. Atravessa-se a ponte sobre a ribeira do mesmo nome e, antes de chegar ao Aqueduto da Mitra, curva-se à esquerda e entra-se em terrenos da Universidade. Ao fim de pouco mais de dois quilómetros em percurso revestido a gravilha chega-se a uma clareira, resgatada entre azinheiras velhíssimas, daquelas que já não sabem a idade, deixando-se o carro, dado que só é possível prosseguir a pé. Duzentos metros percorridos é necessário passar por uma ponte rudimentar de madeira, mas oferecendo bastante segurança. Meio quilómetro à frente, a meio de uma encosta suave, aparece a Anta Grande do Zambujeiro, considerada a mais alta do mundo, sustentada em grandes pedras verticais graníticas com cerca de 6 metros de altura.
As antas ou dólmens eram monumentos tumulares colectivos, relativos à fase derradeira do Neolítico, compreendida entre o fim do V milénio a.C. e o III milénio a.C.. Na sua essência, a anta do Zambujeiro é composta por uma câmara apoiada em 7 pilares aprumados, ou esteios, a que se segue um longo corredor cujo acesso está hoje vedado por uma porta protectora de madeira. A laje de cobertura encontra-se sob a mamoa, ou seja, um pequeno montículo artificial de terra, composto de várias pedras, que servia para encobrir o monumento.
Devido a uma intervenção antiga, que afectou a estabilidade do monumento, foi necessário construir uma cobertura provisória do conjunto, esperando-se a realização de uma acção que faça a sua recuperação definitiva. Estes são os três principais monumentos megalíticos do concelho. Mas outros existem disseminados ainda pela zona de Valverde, entre os quais são de assinalar as Antas do Barrocal. Entrando-se ligeiramente na freguesia de Santiago do Escoural (termo de Montemor-o-Novo) pode ver-se a Anta-Capela da Senhora do Livramento e a Necrópole de Vale Rodrigo.
No caminho para a Azaruja, e cortando para os Canaviais, chama a atenção a Anta do Paço das Vinhas. Retomando o caminho e seguindo para a Igrejinha, fica o Menir da Oliveirinha, caído e de grandes dimensões, o maior do concelho de Évora. Na zona de Torre de Coelheiros sobressaem as antas do Zambujalinho, da Bota, do Freixo de Cima e a de Cabacinhitos, com as suas notáveis placas de xisto gravadas, expressando promessas e pedidos. A não perder, principalmente ao entardecer, dizem os homens do “Lonely Planet”. E com razão, acrescente-se.
Texto: José Frota
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Alunos de Artes protestam contra condições de ensino
Dezenas de estudantes da Escola de Artes da Universidade de Évora fecharam esta terça-feira o estabelecimento para exigir a resolução de problemas que "põem em causa a aprendizagem", como o aquecimento e obras no pólo de teatro, em "risco de ruir".
Os estudantes encerraram a escola, com cadeados nos portões, e concentraram-se junto ao pólo de teatro, empunhando cartazes e gritando palavras de ordem contra a "grave situação" em que dizem estar.
Na Escola de Artes da Universidade de Évora (UE), a funcionar nas instalações de uma antiga unidade fabril, são leccionados os cursos de artes visuais,c design, arquitectura e teatro.
Débora Santos, estudante de teatro e membro do conselho-geral da UE, explicou à agência Lusa que a "luta" dos alunos está relacionada com a privatização do bar, a necessidade de acessos para deficientes motores e pela abertura do estabelecimento 24 horas por dia.
Quanto ao pólo de teatro, em particular, os estudantes exigem obras imediatas, alegando que as instalações "correm o risco de ruir", e a construção de casas de banho.
"Hoje não temos aquecedores, temos buracos nas salas, temos chuva, temos pombos, temos uma casa de banho unissexo, não temos balneários disponíveis e não temos salas insonorizadas", descreveu a estudante, natural do Barreiro e a estudar há três anos na UE.
Além de criticarem os preços praticados no bar, "iguais aos de qualquer café fora da escola", os estudantes exigem ainda a contratação de docentes, o funcionamento da cantina durante o jantar com a "qualidade necessária" e a criação de uma reprografia e biblioteca.
"A universidade não tem condições financeiras para satisfazer as necessidades dos estudantes. Sobrevive à custa das nossas propinas", criticou Débora Santos, exigindo que o Governo tome uma posição e "defina fazer as obras necessárias".
Évora Perdida no Tempo - Cadeiral do coro da Sé de Évora
Autor Inácio Caldeira
Data Fotografia 1920 ? -
Legenda Cadeiral do coro da Sé de Évora
Cota CME0353 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Monumentos de Évora
O Concelho de Évora apresenta um valioso património disseminado por todo o espaço municipal, constituído não apenas por edifícios notáveis, mas também por muitos outros elementos de valor arquitectónico, arqueológico e ecológico. Tais elementos constituem marcos históricos e da memória local. Nesta página disponibiliza-se informação sobre o património existente na Freguesia de Canaviais, procurando proporcionar a todos os visitantes e residentes, uma oportunidade de conhecer e explorar a riqueza patrimonial de uma das mais importantes freguesias rurais do Concelho de Évora.
Convento do Espinheiro
O Convento do Espinheiro, séc. XV, é considerado património nacional, e as suas origens remontam a uma lenda que fala numa aparição da Virgem Maria sobre um espinheiro, por volta do ano 1400. Em 1412, foi edificado um oratório em honra de Nossa Senhora, e finalmente em 1458, durante o reinado de D. Afonso V, e dada a crescente importância deste local como ponto de peregrinação, foi fundada a igreja e posteriormente o convento.
Enquadramento
Rural, no termo da cidade de Évora, em zona agricultada; o conjunto do Convento e igreja destacam-se, pela volumetria, na planície circundante; a capela, mais destacada, situa-se no termo da cerca do Convento.
Acesso
EN 18, na estrada de Évora para Estremoz, distando cerca de 3 km da sede de Concelho, acessível por caminho vicinal sinalizado pelo lado esquerdo da estrada principal.
Descrição pormenorizada
Igreja: Virada a Oeste, de nave única, planta rectangular com capelas laterais, em cruz latina, é antecedida por nártex de grandes dimensões, conservando, no transepto, dois absidíolos da primitiva abside poligonal; cobertura em abóbada de meio-canhão com apainelados de estuque colorido e telhado de duas águas, contrafortes de suporte marcando os tramos; frontão triangular rasgado por janelão joanino de vão rectangular e cornija arqueada; as capelas laterais do paramento N, posteriores à edificação primitiva, modificaram o plano original do corpo da nave, nivelando-as com o cruzeiro. O coro alto, renascentista, é suportado por arco abatido e pilastras jónicas.
Convento: Massa de volumes assimétricos, fruto das várias intervenções que sofreu ao longo dos tempos, destaca-se, pela dimensão, na envolvente; possui claustro de dois pisos, vastas salas que sofreram diversas alterações ao longo da sua história, uma torre campanário, de andares, uma cisterna, da autoria de de planta rectangular com três naves de cinco tramos; a actual entrada para o convento faz-se pela antiga porta do carro; do lado direito fica o corpo nobre do edifício; o oratório, a antiga cozinha e outras pequenas dependências conventuais - reaproveitadas - conservam vestígios da edificação original; saliente-se a adega dos frades, de 1520, da autoria de João Alvares e Álvaro Anes, constituída por sala comprida de três naves e cinco tramos.
Capela: Destinada a capela funerária do cronista Garcia de Resende, é de invocação a Nossa Senhora do Egipto; compõe-se de planta longitudinal, composta, de pequenas dimensões, com nave, capela-mor e nártex de alvenaria, iluminada por frestas rasgadas. No pavimento, a campa de Jorge de Resende. A escada e a fonte quinhentista de mergulho, com ligação à cisterna, no adro constitui uma área de fresco, alterada posteriormente, mas uma ambiência particularmente envolvente.
Cronologia
1412 - Edificação, por um particular, de um pequeno oratório em agradecimento à aparição da Virgem;
1457 - O oratório é aumentado, devido à devoção de que já gozava na cidade;
1458 - Fundada a Igreja e, logo a seguir, o mosteiro; Dom Afonso V e os monarcas seguintes (até Dom Sebastião) habitaram e engrandeceram a Casa religiosa;
1663 - Serviu de pousada ao Estado-maior castelhano, durante o cerco da cidade;
1834 - Foi secularizado e transformado em propriedade agrícola;
1997 - Em processo de venda pelo proprietário Doutor Luís Marçal;
2000 - Escritura de venda sendo adquirido pela Sociedade de Promoção de Projectos Turísticos e Hoteleiros para instalação de Pousada.
2005 - Finalizada a requalificação do Convento do Espinheiro, é inaugurado um luxuoso e magnífico hotel de 59 quartos, inserido num sumptuoso jardim de 8 hectares, o que o torna local perfeito para desfrutar da paisagem Alentejana e relaxar durante a sua estadia.
Tipologia
Arquitectura religiosa, gótica, manuelina; casa monástica (igreja e convento); arquitectura religiosa / funerária; paralelos: outras obras de Martim Lourenço.
Características Particulares
Capela: Com pequena escala e proporções diminutas que fazem desta construção uma obra-prima do gótico manuelino; os pavimentos quinhentistas de azulejaria hispano-muçulmana são dos mais importantes conjuntos de azulejos de produção sevilhana; o poço quinhentista;
Igreja e Convento: A imponência dos volumes (quase um contraponto à pequena capela) e o hibridismo da construção, com elementos de várias épocas que se conjugam de forma harmoniosa.
Situada dentro da cerca do Convento de Nossa Senhora do Espinheiro, caracteriza-se pelo facto de ser a capela funerária do cronista Garcia de Resende e de invocação a Nossa Senhora do Egipto. Compõe-se de planta longitudinal, composta, de pequenas dimensões, com nave, capela-mor e nártex de alvenaria, iluminada por frestas rasgadas.
No pavimento, a campa de Jorge de Resende, irmão de Garcia de Resende. A escada e a fonte quinhentista de mergulho, com ligação à cisterna, no adro constitui uma área de fresco, alterada posteriormente, mas com ambiente particularmente envolvente.
Acesso
A 3Km de Évora, circulando na EN 18, de Évora para Estremoz, encontra-se o ramal para o Convento de Nossa Senhora do Espinheiro, em cuja cerca se encontra o monumento.
Características Particulares
Pequena escala e proporções diminutas que fazem desta construção uma obra-prima do gótico manuelino; os pavimentos quinhentistas de azulejaria hispano-muçulmana são dos mais importantes conjuntos de azulejos de produção sevilhana; o poço quinhentista.
domingo, 14 de novembro de 2010
Procura-se MÉDICOS ESPECIALISTAS EM GINECOLOGIA/OBSTETRÍCIA para o distrito de Évora (M/F)
Recrutamos para várias Entidades nossas clientes, sediadas no Distrito de Évora, profissionais Médicos Especialistas em Ginecologia/Obstetrícia.
PERFIL:
- Especialidade de Ginecologia/Obstetrícia;
- Disponibilidade.
CONDIÇÕES:
- Possibilidade de horário repartido em turnos mediante disponibilidade do profissional;
- Regime de Prestação de Serviços.
Se tem o perfil pretendido envie o seu CV para: recrutamento@helped.pt
Para mais informações contacte-nos para 707452452.
www.helped.pt
sábado, 13 de novembro de 2010
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Cinema em Évora de 11 a 17 de Novembro de 2010 - 18h00 e 21h30
CINEMA PARAÍSO
De 11 a 17 de Novembro - 18h00 e 21h30
De:Giuseppe Tornatore
Com:Philippe Noiret, Salvatore Cascio, Marco Leonardi
Drama, Itália/França, 1988
Alfredo (Philippe Noiret), proprietário do cinema e projeccionista, foi um amigo inseparável do pequeno Salvatore, conhecido por "Toto", à medida que este crescia na sua terra natal, uma vila devastada pelos horrores da guerra. O cinema oferecia fantasia e evasão ao habitantes da pequena vila, fazendo esquecer a dura realidade da fome e da pobreza.
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Comemorações do Dia Mundial da Diabetes em Évora
A Câmara Municipal de Évora está a iluminar o Templo Romano desde o passado dia 7 até ao próximo dia 14 de Novembro, à semelhança do que já havia feito nos anos de 2007, 2008 e 2009.
No âmbito das comemorações do Dia Mundial da Diabetes, a Direcção Geral de Saúde, solicitou à Câmara de Évora a iluminação de um monumento emblemático do município, solicitação a que a autarquia deu o devido seguimento.
Esta iniciativa de iluminação de monumentos a azul tem lugar um pouco por todo o mundo, apresentando como principal objectivo chamar a atenção sobre a problemática da diabetes, sendo o lema geral do quinquénio 2009-2013: “Educar para Prevenir”. Este ano, especificamente, o lema é: “Vamos controlar a Diabetes. Agora”.
Évora Perdida no Tempo - Parada militar no Rossio de São Brás
Autor Inácio Caldeira
Data Fotografia 1920 ? -
Legenda Parada militar no Rossio de São Brás
Cota CME0342 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Apresentação do livro Memórias do Futuro – Narrativa de Uma Família, de Daniel Sampaio
Sinopse
Com 78 anos de idade, o narrador e personagem principal deste novo livro de Daniel Sampaio é um dia confrontado com uma situação comum a muitos homens da sua idade – o casamento de um neto. Convidado para a festa, feliz por não ter sido esquecido, parte para uma longa viagem mental nas profundidades da sua memória. Começa por esse neto, Afonso, que o fez sentir velho pela primeira vez, aos 60 anos; aqui recupera a memória de Luísa, a colega na escola onde ambos ensinavam e partilhavam projectos e sonhos profissionais; recua até aos 40 anos, à figura de Mariana, sua mulher e companheira de sempre, mas que por esta altura da vida o confronta com a fragilidade das relações humanas, a começar pelo amor; e enfim, chega aos 20 anos, à adolescência e à juventude, onde tudo começa, para o bem e para o mal.
Nota Biográfica
Daniel Sampaio
Daniel Sampaio centra as suas obras no quotidiano da família e da escola e tem-se dedicado ao estudo e à intervenção junto de jovens em risco.
Dos títulos que publicou, destacam-se Ninguém Morre Sozinho (uma obra de referência sobre o suicídio adolescente), Inventem-se Novos Pais, Arte da Fuga, Tudo o Que Temos Cá Dentro e Lavrar
o Mar. A versão teatral do seu livro Vagabundos de Nós foi levada à cena em 2004 e galardoada com o Prémio do Teatro Marcelino Mesquita, da Sociedade Portuguesa de Escritores e Artistas Médicos.
Daniel Sampaio é Professor Catedrático de Psiquiatria da Faculdade de Medicina de Lisboa e tem coordenado, no Hospital de Santa Maria, unidades de intervenção junto de adolescentes em crise.
O Alto de S.Bento
O Alto de S. Bento, é um notável geo-sítio situado a cerca de três quilómetros do Centro Histórico e conhecido entre a população como o miradouro da cidade, que vista lá de cima parece estender-se a seus pés. Foi esta característica, aliada ao microclima existente, que concorreu para que o lugar se tornasse procurado e fruído por grande número dos habitantes. Nomeadamente quando, a partir de finais do século XIX, se alargou a estrada que lhe dava acesso e posteriormente se construiu a ligação rodoviária a Arraiolos.
Desde tempos bem antigos que toda a vasta zona que se sucedia à Porta da Lagoa, constituída por terrenos de grande fertilidade e frescura, foi alvo do interesse das comunidades monásticas. Em séculos diferentes neles se vieram a instalar os Conventos de S. Bento de Cástris, da Cartuxa e do Espinheiro. A implantação religiosa estendeu-se posteriormente a outros eclesiásticos e prelados, conforme o denotam eloquentemente os nomes que alguns desses espaços ainda mantêm: Quinta do Chantre, Quinta dos Freires da Graça, Quinta de S. Caetano, Quinta de Santo António. Aos monges e padres que se instalaram para viverem em afastamento o seu retiro mundano, tendo a sua sobrevivência garantida pela exploração intensiva dos produtos hortícolas e de algum gado miúdo, juntaram-se posteriormente alguns nobres e magistrados que edificaram belas residências com o objectivo de ali passarem o inclemente verão eborense.
O isolamento monástico, e a circunstância das poucas residências particulares estarem desocupadas durante
um parte do ano, tornavam os caminhos entre quintas bem perigosos. Nas zonas intermédias acoitavam-se grupos de bandoleiros que assaltavam quem por ali por vezes circulava, para encurtar distâncias. Tudo viria a alterar-se com a revolução liberal. Os bens da Igreja foram secularizados, os nobres deixaram de viver das tenças reais e foram obrigados a vender os bens para sobreviver, enquanto muitos magistrados se viram afastados dos seus lugares e remetidos para outras paragens.
A nova ordem política e social provocou bastas alterações fundiárias, tendo contribuído para o desmoronamento e fragmentação de muitas casas senhoriais, que vieram a conhecer outros donos. Rasgados novos caminhos vicinais de comunicação, foi possível melhorar e intensificar o trânsito entre as propriedades e franquea por completo o caminho que conduzia ao topo daquela colina granítica de cerca de 360 metros de altitude e em cujas imediações vivia uma série de pequenos hortelãos. A pé ou a cavalo, o Alto de S. Bento passou a ser demandado por todos quantos queriam conhecer a paisagem que dali se desfrutava, gozar a benignidade dos seus ares ou para ali fazerem os seus piqueniques, moda burguesa dos finais do século XIX.
Este novo modo de vida ganhou outra dimensão por volta de 1885. Reinava em Évora um grande entusiasmo em torno das recém-aparecidas bicicletas, que os jovens ditos bem nascidos começavam a preferir aos trens e às caleches dos seus pais e avós. A novidade dos primeiros passeios velocipédicos deu origem às lúdicas voltas domingueiras, que os levavam às quintas dos arredores mostrando às moças o seu ar distinto de “ sportmen”. O Alto de São Bento era um dos percursos preferidos dos que gostavam de procurar a ruralidade dos subúrbios citadinos.
A sua demanda aumentou a partir da segunda década da centúria passada, com a crescente utilização do automóvel. O Alto passou a ser, particularmente de noite, local de amores clandestinos. Pouco ou nada policiado, o local permitia por outro lado ver à distância quem se aproximava. Nem isto fez, porém, com que o local deixasse de ser procurado pelos anteriores motivos. Ele continuou e continua a ser frequentado pelos amantes da natureza e das caminhadas pedestres, a servir de refrigério nos calmosos dias de Verão ou a acolher os que se mantêm fiéis à tradição de ir comer o borrego pascal ao campo na tarde de segunda-feira.
A esmagadora maioria dos que ali se deslocam desconhece, no entanto,que o Alto de S. Bento foi um povoado pré-histórico ocupado na transição do Mesolítico para o Neolítico, ou seja, quando o homem iniciou o seu processo de sedentarização. O estudo de vestígios dessa época ali encontrados - artefactos de sílex (lamelas e micrólitos geométricos) - levou o arqueólogo Manuel Calado a concluir ter sido o local «um dos povoados dos construtores de menires e recintos megalíticos».
Esta ocupação ter-se-á verificado, com grande grau de plausibilidade, entre os finais do sexto milénio antes de Cristo e inícios do quinto. Junto à grande e compacta massa granítica que constitui o cabeço foram erguidos há muitas décadas seis moinhos de vento que, com o decorrer do tempo, foram perdendo a sua função original. Seguiu-se a entrada num processo de degradação que parecia imparável quando a Câmara, em finais do século passado, decidiu recuperar dois deles e o espaço envolvente com o propósito de ali criar um projecto educativo designado por Núcleo Museológico do Alto de S. Bento. Este comporta dois núcleos: o do Granito, onde estão recolhidos muitos dos vestígios pré-históricos encontrados, e o da Florística, sendo a criação deste justificada pela existência de um ecossistema muito diversificado e complexo onde abundam os matos mediterrânicos subtropicais, alguns pinheiros mansos, sobreiros e azinheiras.
O Núcleo foi aberto à comunidade escolar e à população em 2001. Três anos depois começaram as obras de reconversão da chamada “Casa do Guarda”, que passou à designação de Núcleo de Expressão Artística. A intervenção no local alargou-se aos terrenos circundantes aos moinhos, o que permitiu a criação de dois percursos de passeio (A e B), com acesso limitado a peões e a veículos de duas rodas, a par de um parque de merendas. Foi igualmente colocada sinalética geral, da qual sobressai um magnífico painel de azulejos que indica todos os pontos da cidade que dali se divisam. E, como seria de aguardar, toda a zona foi vedada.
A afluência ao Alto aumentou sobremaneira com a sua utilização por parte da população escolar, cativada desta forma para a aprendizagem Ciências Naturais. Também a população se veio a interessar pelo sítio de uma forma bem diferente. Caminheiros e ciclistas voltaram a incluí-lo nas suas rotas lúdicas. Para sua melhor fruição, o Município vem promovendo nos sábados estivais o programa “Tardes Soalheiras, Noites ao Relento”, com o objectivo de conseguir que as famílias do concelho saiam de casa e partam à procura do muito que há para conhecer em seu redor. Visitar o Alto de S. Bento, na sua tríplice vertente (histórica, geofísica e ambiental), é pois um acto de cultura que tem como aliciante adicional a possibilidade de participação em actividades científicas, de investigação ou de descoberta da paisagem e riquezas ambientais.
Texto: José Frota
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