Dezenas de estudantes da Escola de Artes da Universidade de Évora fecharam esta terça-feira o estabelecimento para exigir a resolução de problemas que "põem em causa a aprendizagem", como o aquecimento e obras no pólo de teatro, em "risco de ruir".
Os estudantes encerraram a escola, com cadeados nos portões, e concentraram-se junto ao pólo de teatro, empunhando cartazes e gritando palavras de ordem contra a "grave situação" em que dizem estar.
Na Escola de Artes da Universidade de Évora (UE), a funcionar nas instalações de uma antiga unidade fabril, são leccionados os cursos de artes visuais,c design, arquitectura e teatro.
Débora Santos, estudante de teatro e membro do conselho-geral da UE, explicou à agência Lusa que a "luta" dos alunos está relacionada com a privatização do bar, a necessidade de acessos para deficientes motores e pela abertura do estabelecimento 24 horas por dia.
Quanto ao pólo de teatro, em particular, os estudantes exigem obras imediatas, alegando que as instalações "correm o risco de ruir", e a construção de casas de banho.
"Hoje não temos aquecedores, temos buracos nas salas, temos chuva, temos pombos, temos uma casa de banho unissexo, não temos balneários disponíveis e não temos salas insonorizadas", descreveu a estudante, natural do Barreiro e a estudar há três anos na UE.
Além de criticarem os preços praticados no bar, "iguais aos de qualquer café fora da escola", os estudantes exigem ainda a contratação de docentes, o funcionamento da cantina durante o jantar com a "qualidade necessária" e a criação de uma reprografia e biblioteca.
"A universidade não tem condições financeiras para satisfazer as necessidades dos estudantes. Sobrevive à custa das nossas propinas", criticou Débora Santos, exigindo que o Governo tome uma posição e "defina fazer as obras necessárias".
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