O Concelho de Évora apresenta um valioso património disseminado por todo o espaço municipal, constituído não apenas por edifícios notáveis, mas também por muitos outros elementos de valor arquitectónico, arqueológico e ecológico. Tais elementos constituem marcos históricos e da memória local. Nesta página disponibiliza-se informação sobre o património existente na Freguesia de Canaviais, procurando proporcionar a todos os visitantes e residentes, uma oportunidade de conhecer e explorar a riqueza patrimonial de uma das mais importantes freguesias rurais do Concelho de Évora.
Convento do Espinheiro
O Convento do Espinheiro, séc. XV, é considerado património nacional, e as suas origens remontam a uma lenda que fala numa aparição da Virgem Maria sobre um espinheiro, por volta do ano 1400. Em 1412, foi edificado um oratório em honra de Nossa Senhora, e finalmente em 1458, durante o reinado de D. Afonso V, e dada a crescente importância deste local como ponto de peregrinação, foi fundada a igreja e posteriormente o convento.
Enquadramento
Rural, no termo da cidade de Évora, em zona agricultada; o conjunto do Convento e igreja destacam-se, pela volumetria, na planície circundante; a capela, mais destacada, situa-se no termo da cerca do Convento.
Acesso
EN 18, na estrada de Évora para Estremoz, distando cerca de 3 km da sede de Concelho, acessível por caminho vicinal sinalizado pelo lado esquerdo da estrada principal.
Descrição pormenorizada
Igreja: Virada a Oeste, de nave única, planta rectangular com capelas laterais, em cruz latina, é antecedida por nártex de grandes dimensões, conservando, no transepto, dois absidíolos da primitiva abside poligonal; cobertura em abóbada de meio-canhão com apainelados de estuque colorido e telhado de duas águas, contrafortes de suporte marcando os tramos; frontão triangular rasgado por janelão joanino de vão rectangular e cornija arqueada; as capelas laterais do paramento N, posteriores à edificação primitiva, modificaram o plano original do corpo da nave, nivelando-as com o cruzeiro. O coro alto, renascentista, é suportado por arco abatido e pilastras jónicas.
Convento: Massa de volumes assimétricos, fruto das várias intervenções que sofreu ao longo dos tempos, destaca-se, pela dimensão, na envolvente; possui claustro de dois pisos, vastas salas que sofreram diversas alterações ao longo da sua história, uma torre campanário, de andares, uma cisterna, da autoria de de planta rectangular com três naves de cinco tramos; a actual entrada para o convento faz-se pela antiga porta do carro; do lado direito fica o corpo nobre do edifício; o oratório, a antiga cozinha e outras pequenas dependências conventuais - reaproveitadas - conservam vestígios da edificação original; saliente-se a adega dos frades, de 1520, da autoria de João Alvares e Álvaro Anes, constituída por sala comprida de três naves e cinco tramos.
Capela: Destinada a capela funerária do cronista Garcia de Resende, é de invocação a Nossa Senhora do Egipto; compõe-se de planta longitudinal, composta, de pequenas dimensões, com nave, capela-mor e nártex de alvenaria, iluminada por frestas rasgadas. No pavimento, a campa de Jorge de Resende. A escada e a fonte quinhentista de mergulho, com ligação à cisterna, no adro constitui uma área de fresco, alterada posteriormente, mas uma ambiência particularmente envolvente.
Cronologia
1412 - Edificação, por um particular, de um pequeno oratório em agradecimento à aparição da Virgem;
1457 - O oratório é aumentado, devido à devoção de que já gozava na cidade;
1458 - Fundada a Igreja e, logo a seguir, o mosteiro; Dom Afonso V e os monarcas seguintes (até Dom Sebastião) habitaram e engrandeceram a Casa religiosa;
1663 - Serviu de pousada ao Estado-maior castelhano, durante o cerco da cidade;
1834 - Foi secularizado e transformado em propriedade agrícola;
1997 - Em processo de venda pelo proprietário Doutor Luís Marçal;
2000 - Escritura de venda sendo adquirido pela Sociedade de Promoção de Projectos Turísticos e Hoteleiros para instalação de Pousada.
2005 - Finalizada a requalificação do Convento do Espinheiro, é inaugurado um luxuoso e magnífico hotel de 59 quartos, inserido num sumptuoso jardim de 8 hectares, o que o torna local perfeito para desfrutar da paisagem Alentejana e relaxar durante a sua estadia.
Tipologia
Arquitectura religiosa, gótica, manuelina; casa monástica (igreja e convento); arquitectura religiosa / funerária; paralelos: outras obras de Martim Lourenço.
Características Particulares
Capela: Com pequena escala e proporções diminutas que fazem desta construção uma obra-prima do gótico manuelino; os pavimentos quinhentistas de azulejaria hispano-muçulmana são dos mais importantes conjuntos de azulejos de produção sevilhana; o poço quinhentista;
Igreja e Convento: A imponência dos volumes (quase um contraponto à pequena capela) e o hibridismo da construção, com elementos de várias épocas que se conjugam de forma harmoniosa.
Situada dentro da cerca do Convento de Nossa Senhora do Espinheiro, caracteriza-se pelo facto de ser a capela funerária do cronista Garcia de Resende e de invocação a Nossa Senhora do Egipto. Compõe-se de planta longitudinal, composta, de pequenas dimensões, com nave, capela-mor e nártex de alvenaria, iluminada por frestas rasgadas.
No pavimento, a campa de Jorge de Resende, irmão de Garcia de Resende. A escada e a fonte quinhentista de mergulho, com ligação à cisterna, no adro constitui uma área de fresco, alterada posteriormente, mas com ambiente particularmente envolvente.
Acesso
A 3Km de Évora, circulando na EN 18, de Évora para Estremoz, encontra-se o ramal para o Convento de Nossa Senhora do Espinheiro, em cuja cerca se encontra o monumento.
Características Particulares
Pequena escala e proporções diminutas que fazem desta construção uma obra-prima do gótico manuelino; os pavimentos quinhentistas de azulejaria hispano-muçulmana são dos mais importantes conjuntos de azulejos de produção sevilhana; o poço quinhentista.
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