sábado, 25 de maio de 2013

Ecopista (a partir da cidade, em direcção a Arraiolos)



A ECOPISTA constitui o principal percurso pedestre que passa pela cidade de Évora, utilizando o antigo ramal ferroviário para Arraiolos e Mora. Na zona urbana, a  ECOPISTA é em tapete de betão betuminoso, para permitir a sua utilização a pessoas com mobilidade reduzida.

Desenvolvendo-se desde o Chafariz d'El Rei, em Évora, até à Herdade da Sempre Noiva, numa trajecto de cerca de 21km, tendo depois continuidade nos concelhos de Arraiolos e Mora, numa extensão total de 60km. 

Parte da ECOPISTA é utilizada no Percurso da Água da Prata, já referido. Mais informações sobre a ECOPISTA, no Posto de Turismo.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

“Encontro Lado a Lado” no palácio de D.Manuel



A Câmara Municipal de Évora promove dia 23 de maio o “Encontro Lado a Lado”, entre as 9 e as 17 horas, no Palácio de D. Manuel, ação com que finalizará  o projeto, a decorrer desde 2011, conducente à elaboração do Plano Municipal para a Igualdade. 

Esta candidatura, que teve como objetivo principal diagnosticar e propor medidas promotoras da igualdade de género no município, constituiu  também uma significativa oportunidade  de partilha de competências com outras entidades que trabalham em prol da mesma temática.

Nesse sentido, o “Encontro Lado a Lado” permitirá, para além da abordagem mais especifica  e relacionada com a violência doméstica,  a apresentação de boas práticas em torno da promoção da  igualdade de género nas autarquias, nas associações e na educação.

A sessão de abertura conta com a participação da Vereadora da Câmara Municipal de Évora, Cláudia Sousa Pereira e da Presidente da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, Fátima Duarte.

As inscrições são gratuitas e poderão ser enviadas para: palavraj@cm-evora.pt  ou  cmevora.mpolicarpo@mail.evora.net   ou para Câmara Municipal de Évora, Praça  do Sertório – 7000 Évora, até dia 21 de maio.


segunda-feira, 20 de maio de 2013

Presidente da Câmara acompanha de perto a limpeza da cidade


A preocupação com a qualidade do trabalho foi o principal motivo que levou o autarca a efetuar esta visita de rotina, aproveitando também para tomar conhecimento de algumas questões práticas que urgem resolução por forma a otimizar mais os meios.

“Fiquei agradado, vejo que os funcionários estão a incorporar o espírito de manter uma maior preocupação de limpeza e dizem-me que já há reações positivas de munícipes ao verem que o trabalho está a desenvolver-se numa ação integrada”, explicou o Presidente Manuel Melgão, após a visita.

Frisou também um aspeto crucial, o facto de existir “uma preocupação mais acentuada de um maior trabalho em equipa”, por que “é preciso fazer, logo a seguir ao corte das ervas, a limpeza dos resíduos e isso é uma preocupação que está ali muito subjacente, pois há umas equipas que tem uma função mista, repartida por meios mecânicos de atuação - trator e moto-roçadouras - e logo a seguir apanhar todos os resíduos e carregá-los, para que não se espalhem e comprometam o serviço já feito”.

 
Em relação à falta de meios humanos, dificuldade que se tem acentuado nos últimos anos com a saída de trabalhadores por motivos de reforma e o impedimento por lei de contratar novos, o Presidente reconhece: “estamos com as equipas diminuídas e a nossa capacidade de resposta está condicionada ao nível da quantidade, agora o que temos de melhorar é a nossa qualidade para colmatar isso, o que passa por ter os trabalhadores motivados para este trabalho de equipa que é necessário e agradou-me ver que ele está a ser feito no terreno”.

domingo, 19 de maio de 2013

Comercial (M/F) - Évora


A Talenter™ promove o talento dos seus colaboradores de acordo com a natureza específica de cada área, proporcionando diferenciadas oportunidades de emprego e soluções na gestão e valorização das pessoas. 

Estamos atualmente em processo de recrutamento de Comercial para prestigiada Empresa de Telecomunicações situada na zona de Évora. 

Requisitos: 
- Forte capacidade na gestão de prioridades; 
- Gosto pelo trabalho em equipa; 
- Gosto pelo trabalho por objetivos; 
- Boa capacidade de comunicação; 
- Boa apresentação; 
- Ótima capacidade de argumentação; 
- Disponibilidade imediata. 

Condições: 
- Integração em equipa jovem e dinâmica; 
- Formação inicial remunerada; 
- Contrato de Trabalho; 
- Vencimento base + Sub. de Alimentação + sistema de comissões aliciante; 
- Oportunidade de progressão de carreira. 

Junte-se a nós e desperte o seu talento! 

Caso reúna os requisitos exigidos, envie o seu Curriculum Vitae para


mencionando no assunto da mensagem “Comercial – Almada e Seixal” ou contacte-nos através do 265 730 858. 

sábado, 18 de maio de 2013

Hoje é o Dia Internacional dos Museus



18 de Maio
Tema: “Memória + Criatividade = mudança social”

PROGRAMA:
18 de maio
15:00-17:00
Arqueo–lego no Páteo das romãs, construções em lego inspiradas nos monumentos da cidade - Atividade lúdica interativa no Páteo das romãs/Convento dos Remédios

20 de maio
18:30
Apresentação da vertente multimédia do Roteiro Fotográfico Oitocentista, no Arquivo Fotográfico (Rua Diogo Cão)
Parceria: Câmara Municipal de Évora/Divisão da Cultura/Arquivo Fotográfico | Direção Regional de Cultura do Alentejo

20 a 24 de maio
9:30-12:30 / 14:00-17:00
Como criar um contador de água? Ateliê de construção de maquetas,  Unidade Museológica CEA, Rua do Menino Jesus.

Vídeo promocional sobre a oferta educativa da Escola Secundária

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Anta do Zambujeiro (cerca de 12km de Évora, em direcção das Alcáçovas)


Um importante monumento megalítico no concelho de Évora é a Anta Grande do Zambujeiro, também ela situada a cerca de 12Km de Évora, perto de Valverde (estrada nacional Évora-Alcáçovas ou estrada municipal a partir de Guadalupe), na Herdade da Mitra (polo da Universidade de Évora).  Foi descoberta em 1964, também pelo arqueólogo Henrique Leonor Pina.

A Anta é um dos maiores monumentos megalíticos da Península Ibérica e foi construída entre os início do IV milénio e meados do III milénio a.C. tendo continuado a ser utilizada pelas comunidades agro-pastoris do Neolítico, durante séculos (até à Idade do Bronze,  por volta 1.500 a.C., isto é foi utilizada por mais de 2.000 anos) como local de enterramento dos seus mortos, assim como servirindo de santuário. Nas escavações realizadas encontraram-se um vastíssimo espólio, actualmente depositado no Museu de Évora, como cerâmica, pontas de setas, machados, pedras gravadas, joalheria pré-histórica.

A Anta encontrava-se totalmente recoberta por terra, facto que explica apenas ter sido tão tardiamente descoberta, e é composta por um corredor de 12 metros que leva a uma câmara funerária construída com 7 longos esteios de granito, com cerca de 5 metros de cumprimento, sobre os quais estava colocada uma laje, o que faz com que o diametro desta câmara tenha 50 metros.

É possível visitar este monumento de bicicleta, de carro ou integrada na visita guiada ao Cromeleque dos Almendres, com acompanhamento de um arqueólogo.

Edição: Pensão Policarpo Revisão: Marta Nunes Ferreira (Historiadora de Arte)

Crise: Gado e hortícolas dão sustento e qualidade na alimentação

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Teatro - "Pistolas, Pilantras e Problemas"


 
Um ator intrepreta um ator que interpreta uma personagem que por sua vez interpreta uma outra personagem, e contracena com um segundo ator, que interpreta outro ator a interpretar outra personagem. Dito desta forma parece confuso, mas é muito simples: a história tem uma quase pistola, dois pilantras e uma infinidade de problemas. E dois atores para tentar resolvê-los sem perder a cabeça.
Tudo muito banal, dentro dos parâmetros da normalidade: afinal, quem nunca esteve num assalto a um banco?
 
Textos Originais: Suzanna Rodrigues
Encenação: Ricardo Alves
Interpretação: Ivo Luz e Tiago Lourenço  
Design: Cristovão Carvalheiro
Produção: Porta 27
 
Junte boa disposição e vontade de trabalhar em partes iguais, misture bem com um grupo de jovens desejosos de mostrar o que valem e polvilhe com muito esforço e dedicação: eis a receita da Porta 27!
Depois de confirmar a dificuldade que é chegar ao sucesso na área da Cultura, decidimos que desistir é para os fracos e pusemos mãos à obra para criar uma infra-estrutura capaz de apoiar todos aqueles que, como nós, não perdem a vontade de trabalhar nas Artes.
Criámos esta Associação com o objectivo de promover o intercâmbio de conhecimento entre as diferentes áreas deforma a construir um projecto comum. Deste modo, e com a ajuda de especialistas em cada uma das diferentes áreas, temos a garantia de proporcionar ao nosso público um trabalho de elevada qualidade a um valor bastante reduzido.
Assim, atores, encenadores, músicos, cenógrafos, sonoplastas, luminotécnicos e dramaturgos podem trabalhar em conjunto nas suas áreas de formação e no que realmente gostam de fazer, e o público tem uma oferta muito mais diversificada e acessível à Cultura.


"O espectáculo chama-se “Pistolas, Pilantras e Problemas”, é uma comédia para M/16 e esteve no Rivoli, no Porto, durante a segunda quinzena de Janeiro. Neste momento já podemos dizer que vários locais nos aguardam devido ao feedback do espectáculo. A vertente cómica da companhia tem vindo atrair público. Temos feito várias produções, quase todas as últimas apresentadas no Rivoli e outra no Teatro Campo Alegre, encomendado pelo Serviço Educativo. Este ano ganhámos um concurso do “Visões Úteis, ou seja, somos a companhia associada durante os próximos 2 anos, o que também tem acesso a isso tudo no site da companhia: www.porta27.pt.vu"


Pistolas, Pilantras e Problemas
Local: a BRUXA teatro, Espaço Celeiros, Rua do Eborim, 16 - Évora
Datas: 18 de maio
Horário: 21:30h
Bilhetes: 5€
Reservas: abruxateatro@gmail.com
266 747 047
Organização: aBt/Acolhimento

Postais Antigos: Azulejo da Igreja da Casa Pia

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Projeto Malagueira começou há três décadas e meia





Três décadas e meia são decorridas desde que o arquiteto Álvaro Siza Vieira aceitou o convite da Câmara de Évora para projetar o conhecido e polémico bairro da Malagueira, que viria a ser premiado internacionalmente e, em contraste, alvo de múltiplas críticas e reparos internos, por colidir frontalmente com o tipo de construções medievais ou tardo-medievais que caraterizam o Centro Histórico, o qual seria classificado pela UNESCO como Património Mundial.

No sentido de pôr cobro à falta de habitação na cidade, ditada sobretudo pela afluência de grande número de trabalhadores rurais e de gente oriunda das antigas colónias, a Câmara Municipal colocou em marcha um
Plano de Expansão da Zona Oeste, para execução do qual expropriou 27 hectares da propriedade denominada de Quinta da Malagueira, situada entre o bairro de Santa Maria e a estrada das Piscinas, terreno anteriormente pertencente ao Conde da Ervideira.

Pretendia a edilidade mandar construir naquela superfície um bairro original de elevada densidade habitacional e larga mescla de classes sociais e estratos profissionais. Para justificar a escolha de Siza Vieira o município teve em conta o seu trabalho de experimentação em 16 projetos residenciais participativos, todos na área do Porto, e o seu gosto pelo trabalho, inovador para a época, bebido projeto Malagueira começou há três décadas e meia na obra do arquiteto finlandês Alvar Aalto (1898-1976), figura grada do modernismo internacional e apologista do desenho de edifícios de base racional e geométrica assentes numa grande sobriedade de linhas.

Neste projeto experimental, a única imposição que a Câmara fez foi a de que as moradias deveriam ser unifamiliares. O arquiteto decidiu-se então pela conceção de um bairro de mil e duzentas casas em banda ou geminadas, de grande luminosidade, em que se prescindia da  telha e se optava pelo terraço como forma de cobertura, cujo desenvolvimento e execução esteve em grande parte a cargo das Cooperativas Giraldo Sem Pavor e Boa Vontade, que edificaram no total 652 fogos. Ao FFH (Fundo de Fomento da Habitação) foram atribuídos 400 fogos e uma pequena quantidade de lotes foram vendidos a particulares, que assumiram o compromisso de respeitar o plano-tipo gizado por Siza Vieira.

Elemento fulcral em todo o projecto era a construção de um “aqueduto” que tinha por objectivo conferir identidade ao bairro e ligá-lo simbolicamente à cidade, e servir como galeria de infra-estruturas, destinada a albergar os canais essenciais à distribuição de água, eletricidade, telefone e televisão, substituindo-se à tradicional rede subterrânea. Como espinha dorsal da contiguidade residencial este deveria receber em fase posterior uma cúpula na qual se situariam um restaurante, um centro comercial, um hotel e uma casa de chá, dando origem a uma nova centralidade. 

Foi igualmente criado um dique de que resultou um largo de grandes dimensões na zona de confluência dos dois ribeiros que atravessam o bairro. Sobre o seu ponto de união, um pouco antes do dique foi erguida uma ponte de alguma espetacularidade e cujas escadas proporcionam o acesso a áreas naturais de grande beleza, onde predominam os espaços verdes, os baldios e outros de arborização contínua.


A concretização do projeto no terreno iniciou-se, ainda no final da década de 70, com a construção dos fogos do IGAPHE (Instituto de Gestão e Alienação do Património Habitacional do Estado), por extinção do Fundo de Fomento da Habitação. Mas os problemas começaram pouco depois, dado que a fraca qualidade inicial dos materiais de construção e a demora no tempo de construção, por dificuldades diversas, fizeram com que as casas se começassem a degradar antes mesmo da sua ocupação.

Por outro lado, a primitiva inadaptação da etnia cigana a tal tipo de habitação provocou a inadequação
do seu uso e o aparecimento de conflitos vários com a restante população. Os problemas foram-se sucedendo. A dimensão das ruas, que inicialmente haviam sido congeminadas apenas para utilização pedonal, não ultrapassando em certos casos os 4 a 6 metros, teve de ser revista e progressivamente ajustada ao trânsito automóvel. Como não havia espaço e as garagens eram poucas e utilizadas como depósito de arrumações, estabeleceu-se o estacionamento de um só lado, com a natural confusão daí adveniente.


Com as Cooperativas, Siza Vieira manteve sempre o diálogo com os seus futuros utentes, quer antes quer durante o processo de construção, escutando e satisfazendo no essencial os seus desejos ou preocupações, o que motivava permanentes correções. Assim, o primitivo muro das casas, que estava programado para não exceder os dois metros e meio (com exposição à rua), pôde subir mais um metro por imposição dos futuros moradores, desejosos de manter intacta a sua privacidade e garantir a sua segurança. Também a rudeza estética de acabamentos do “aqueduto”- grosseiramente construído em blocos de betão - se tornou gradualmente mais notória à medida que ia sendo levantado e causava igualmente o desagrado dos habitantes, que o preferiam ver pintado, e a reprovação da crítica da especialidade.

O processo experimental de Siza Vieira havia contudo suscitado a curiosidade e a controvérsia no mundo da arquitetura. O arquiteto de Matosinhos já gozava de alguma notoriedade internacional antes de projetar e desenhar o bairro da Malagueira, razão pela qual o projeto moderno e racionalista em curso em Évora concentrou a atenção e análise dos grandes arquitetos e se tornou objeto de diversos estudos, visitas, teses de mestrado e doutoramento. Não foi motivo de estranheza que depois do reconhecimento internacional o bairro tivesse começado a receber visitantes de toda a parte, nomeadamente estudantes, interessados em tomar contato in loco com esta aventura urbana fora do comum.

Em meados de 1996 percebeu-se que o bairro se preparava para entrar em fase de estagnação. As moradias estavam concluídas mas não havia dinheiro nem investidores com capacidade para a conclusão dos espaços públicos. Entre a construção dos primeiros fogos e os últimos mediavam cerca de 16 anos, não tendo sido possível gerar uma forte dinâmica construtiva. A degradação de certas zonas, conjugada com o abastardamento de muitas casas, que haviam sofrido transformações sem critério mas que, no entender dos seus proprietários, contribuíam para uma fruição mais adequada, retiraram- lhe coerência e equilíbrio morfológico.



Os espaços verdes começaram a acusar o desleixo de quem deles devia cuidar. A Câmara Municipal entrou a negligenciar o seu aspeto exterior. O próprio Siza Vieira, assoberbado com outros trabalhos de muito maior monta e ambição, deixou de vir a Évora com a frequência habitual, pois já não existia qualquer possibilidade de desenvolvimento do processo a acompanhar. O prestígio de um bairro que começou debaixo de grandes expectativas não se veio a consolidar e permanece hoje apenas como um complexo residencial periférico.

Foi há 35 anos que tudo começou. Relembramos em breve síntese os principais elementos caraterizadores do projeto e a sua evolução ao longo desse tempo. Apreciações críticas não cabem aqui por este não ser o espaço adequado para o efeito. Imperioso é ter em conta que este foi simultaneamente um processo de matriz artística, social e política e, em consequência, envolto em grande controvérsia. De qualquer forma, foi um ensaio, uma experimentação que terá valido a pena ousar. Pensado para ser apenas e só um bairro, teve o mérito de se transformar na maior freguesia do concelho, embora não tenha logrado afirmar-se como um espaço de forte coesão social.


Não obstante as suas fragilidades é completamente lícito afirmar, na esteira de Paulo Baldaia em artigo publicado em 2006 na revista “L’Architecture d’aujourdhui”, que o bairro da Malagueira «é uma das incontestáveis obras da modernidade portuguesa que o tornam num elemento prestigiante para a cidade». E faz parte do roteiro das obras de Álvaro Siza Vieira, um dos mais consagrados arquitetos de todo o mundo. Sendo diferente, acaba por ser único. Assim sendo, ao menos por isso, só por isso, merecia nestas páginas o registo da efeméride.





Texto: José Frota
Fotografias: Carlos Neves