quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Évora Perdida no Tempo - Festival aerónautico no campo de aviação de Évora


Autor David Freitas
Data Fotografia 1968 - Jun -
Legenda Festival aerónautico no campo de aviação de Évora
Cota DFT3140.1 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Palácios de Évora



Évora, todos o sabem, foi uma das mais importantes cidades da fundação e consolidação do Reino de Portugal. Aqui se estabeleceram em tempos diversos monarcas, nobres de alta estirpe, comandos militares, ordens religiosas, que deixaram a sua marca nos palácios, paços, solares, defesas e conventos que mandaram levantar para sua residência. Alguns desses grandes imóveis, embora de grande visibilidade exterior, são muito mal conhecidos. Estão situados na Acrópole e foram testemunhas de acontecimentos singulares da História pátria que não fazem parte das descrições com que os guias turísticos os apresentam ou da sabedoria comum dos seus habitantes. Para lhes recuperarmos o passado e a saga que lhes está associada, colocam-se em evidência nesta edição três dos mais emblemáticos.

O Palácio dos Condes de Basto, o mais antigo dos paços de Évora, assenta num alcácer mouro, situado em plena cintura amuralhada, que D. Afonso Henriques cedeu por volta de 1176 à Ordem de S. Bento de Calatrava para seu alojamento, em troca do seu compromisso de defesa da cidade. Em 1211, os «Freires de Évora» vieram a ser presenteados com a doação do lugar de Avis, ficando, no entanto, compelidos a proceder ao seu povoamento e desenvolvimento e a nele erguer um castelo.

Para lá se mudou a Ordem pelo que, em 1220, o velho solar eborense voltou à tutela da Coroa como Paço Real, agora com o nome de Paço de S. Miguel da Freiria. D. Fernando enamorou-se do espaço e mandou fazerlhe obras de beneficiação, para o usar como residência habitual durante as frequentes vilegiaturas em Évora.

Após a sua morte a viúva, Leonor Teles, escolheu-o como poiso de eleição para os amores que mantinha com o galego João Fernandes Andeiro, seu valido, o qual tomaria o seu partido quando da crise dinástica  conhecida por interregno. Tal tomada de posição levou D. João, capitão-mor do Reino e Mestre da Ordem de Avis, a assaltar o Paço e a destruí-lo quase por completo.

Nomeado Condestável, Nuno Álvares reclamou-o para sua habitação permanente por ser lugar mui favorável a suster as arremetidas castelhanas. O edifício foi reconstruído e o grande chefe militar português viveu nele durante um quarto de século. Depois da sua retirada o Palácio ficou entregue aos capitães-mores de Évora até que D. Afonso V, em meados do Século XV, o ofereceu a Diogo de Castro, capitão de cavaleiros, na qualidade outorgada de governador hereditário da cidade.

Todavia os seus descendentes, tíbios e pusilânimes, aproximaram-se de Espanha por alturas da ocupação filipina. Fernando II conseguiu assim manter todas as regalias dos seus antecessores, tornou-se conselheiro de Filipe II e dele recebeu, em 1895, o título de Conde de Basto. De imediato o Palácio alterou a sua designação. Esta situação permaneceu até 1642, quando Lourenço Pires de Castro, 3º. Conde de Basto e protegido de Filipe III, foi expropriado por D. João IV de Portugal de todos os seus títulos a bens. O Paço voltou à posse da Coroa e, em diversas épocas, serviu de alojamento temporário ao Arcebispo D. Domingos de Bragança e a D. Catarina de Bragança, rainha viúva de Carlos II de Inglaterra. 

O seu último ocupante terá sido Vicente Rodrigues Ruivo (1895-1912), cujos herdeiros o deixaram quase irrecuperável. Em 1950 o filantropo local Engº. Vasco Maria Eugénio d’Almeida, 2º Conde de Vil’Alva, recuperou-o, com o apoio técnico da Direcção Geral dos Monumentos Nacionais, e devolveu-lhe o esplendor antigo. É Monumento Nacional desde 1922. Situado em local de complicado acesso a automóveis, o Palácio passa um pouco despercebido aos visitantes e até mesmo aos eborenses, por não fazer parte dos percursos habituais. É, no entanto, de uma beleza extraordinária, composto por um conjunto de grandes e pequenos blocos, de que se salientam a entrada, o jardim, a casa do administrador, os escritórios e arrecadações e os magníficos pórticos alpendrados.

No interior há salas esplendorosas e pinturas de encantar. Nele está actualmente sediada a Fundação Eugénio d’Almeida. No futuro está destinado a receber um Museu de Arte Contemporânea e Cultura. Junto ao templo romano fica o Palácio dos Duques de Cadaval, mandado erguer por Martim Afonso de Melo, fidalgo, rico-homem de Évora e servidor do Mestre de Avis. Assente no embasamento do antigo Castelo de
Évora, de fundamentos romano-visigodos, é um edifício fortificado, dotado de uma imponente torre na fachada principal e de outra, nas traseiras, de forma pentagonal – uma autêntica raridade. Esta faceta deu origem à sua designação primitiva de Palácio da Torre das Cinco Quinas, classificado como Monumento Nacional a partir de 1910. Tumultos acontecidos durante a crise de 1383-1385 deram azo a que fosse parcialmente incendiado.

As obras que se seguiram permitiram recuperar as torres e a Porta da Traição, ao mesmo tempo que era levantado um elegante pavilhão iluminado por janelas com cortinas de ameias de tipo mudéjar. O Palácio foi depois pousada favorita de D. João II, Dom João III, D. João IV e D. João V. O primeiro destesmonarcas manteve ali prisioneiro D. Fernando II, duque de Bragança, a quem acusou de conspiração contra si, antes de o mandar decapitar na Praça do Giraldo, corria o ano de 1483. Mas só em 1648 é criado o Ducado de Cadaval, em favor de Nuno Álvares Pereira de Melo, unindo as Casas maternas de Bragança e Melo e dos Condes de Olivença, e herdeiro ainda do Condad de Tentúgal e do Marquesado de Ferreira. 

O Palácio da Torre das Cinco Quinas passou então para a posse da nova linhagem. Hoje é a residência habitual de D. Diana Mariana Vitória Álvares Pereira de Melo, de 32 anos, 11ª. Duquesa de Cadaval e casada com o Príncipe Charles-Philipe d’Orléans, duque d’ Anjou. Os matrimónio celebrouse em Maio de 2008 na catedral de Évora com grande pompa e circunstância. No início da década todo o vasto espaço foi alvo de prolongada acção de restauro, empreendida por D. Claudine Tritz, mãe de Diana. A sua gestão compete agora à filha.

O Palácio é palco de diversas iniciativas culturais promovida e patrocinadas pela Casa Cadaval, das quais sobressai o Festival Évora Clássica, organizado desde 1994 e que é já uma referência na programação anual deste género musical. O edifício alberga também a Galeria de Arte da Casa Cadaval, onde se podem admirar diversos códices iluminados, esculturas, pinturas e armaria. No seu prolongamento fica a Igreja de S João Evangelista, de elegante pórtico gótico e panteão da família, com campas de bronze, elementos igualmente classificados.

Em parte do jardim foi aberto um simpático restaurante denominado “Jardim do Paço”. Igualmente junto ao Templo Romano, mas do lado oposto, encontrase um volumoso edifício cuja entrada é servida externamente por um espaço ajardinado onde figuram um busto, da autoria de Mestre Lagoa Henriques, do já citado D. Vasco Maria Eugénio d’Almeida, seu adquirente no início dos anos 60, e um sarcófago de arte moderna, cinzelado por José Pedro Croft. Embora nada o indique, nem da sua existência se faça menção nos guias da cidade, trata-se do antigo e sinistro Palácio da Inquisição. A Inquisição portuguesa nasceu legalmente em Évora em 1536, com o beneplácito de D. João III.

 Para instalar o Tribunal do Santo Ofício, a Igreja comprou ao conde da Vidigueira todas as casas que na área lhe pertenciam. A Inquisição só seria extinta em 1821 pelas Cortes Constituintes. No Palácio de Évora os inquisidores perseguiram, torturaram e condenaram à morte, durante 280 anos, milhares de cristãos novos e pessoas denunciadas como hereges, relapsos, feiticeiros, bruxas, prostitutas, bígamos, solicitantes e ateus, todos sujeitos aos selváticos tratos do potro e de polé. Alguns não chegaram a enfrentar os autos de fé e morreram emparedados nas cruéis covas subterrâneas criados pelo espanhol Alvarez de Paredes. Túlio Espanca assinala que, em 1963, quando da adaptação do edifício a Instituto de Estudos Superiores, foram ali achados vários esqueletos nas mais dramáticas posições.

Ao saque do imóvel enquanto abandonado, ou às transformações recebidas durante o tempo já mais recente em que foi utilizado como Hotel Alentejano, escaparam a imponente sala grande dos Despachosou dos Julgamentos, de tecto armoriado – em cuja entrada superior se pode ler inscrita a legenda Excurge Deus causa tuam – e lambril azulejar, diversos recantos e cerca de catorze mil processos, livros de receitas e despesas e cadernos do promotor. Um pouco mais abaixo, nos Serviços da Cúria Diocesana e antiga residência dos inquisidores, pode ainda ver-se, a encimar o portal de entrada, um rectângulo marmóreo envolvendo as armas do Santo Ofício: a Cruz de Cristo, entre um ramo de oliveira e uma mão empunhando uma espada. 

Texto: José Frota 

Évora Perdida no Tempo - Secção de embalagem da Fábrica dos Leões


Fábrica dos Leões: secção de embalagem/ empacotamenento (funcionários e maquinaria)

Autor David Freitas
Data Fotografia 1950 dep. - 1970 ant.
Legenda Secção de embalagem da Fábrica dos Leões
Cota DFT5132.1- Propriedade Arquivo Fotográfico CME

domingo, 8 de janeiro de 2012

Comercial (M/F) ÉVORA

A Flexilabor, Empresa de Trabalho Temporário Lda., integrada no Grupo Pessoas e Soluções, encontra-se no momento a recrutar Comerciais(m/f).

Função:

- Venda directa a particulares de produtos e serviços de Telecomunicações.

Requisitos:

- Experiência na área comercial ou similar;

- Orientação para objectivos;

- Conhecimentos de Informática;

- Disponibilidade Imediata.

Oferecemos:

- Formação inicial remunerada;

- Contrato de trabalho;

- Sistema de comissões Mensal;

Horário:

- 8 horas diárias desempenhadas entre as 13h e as 22h,

Local de Trabalho: Évora e arredores

Observações:

Envie hoje mesmo resposta a este Anúncio anexando currículo actualizado para:


, indicando como referência DC_Évora.

Av. António Augusto de Aguiar, nº 108 2º Dto.

1050-019 Lisboa

(em frente ao El Corte Inglês)

Alvará nº 403 de 13 de Dezembro de 2002

Flexilabor, Flexibilidade Inteligente

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Rota de Sabores Tradicionais de Évora já começou


A edição deste ano terá a sua “abertura oficial simbólica” no próximo sábado, dia 7 de Janeiro, em que se apela à população para inaugurar o evento através da ida a um dos vários restaurantes aderentes.

Um total de 50 restaurantes do concelho de Évora, a que se juntam quatro lojas de produtos “gourmet” e duas pastelarias, aceitaram o repto da Câmara Municipal de Évora e estão a participar na edição deste ano da Rota de Sabores Tradicionais, uma iniciativa cultural de promoção da gastronomia regional alentejana, que teve início no primeiro dia de 2012.

A Rota de Sabores Tradicionais (RST), na sua nona edição, tem a particularidade de decorrer ao longo de quatro meses, incentivando os restaurantes aderentes a “oferecer” pratos confecionados com produtos da época, respetivamente: caça, porco, sopas e borrego. Os apreciadores da doçaria regional poderão saborear o melhor do Alentejo ao longo de todo o evento.

Nesta conjuntura adversa e num quadro de estímulo aos agentes económicos eborenses, particularmente no que diz respeito ao sector de restauração, a RST pretende contribuir para a dinamização dos estabelecimentos deste setor e similares, para a animação do Centro Histórico e do comércio local e para a promoção de Évora e da cultura de gastronomia tradicional junto dos eborenses e visitantes da cidade.

Durante a planificação da edição deste ano da RST procurou-se estabelecer parcerias com associações representativas de profissionais do sector e outras entidades como a Turismo do Alentejo, ERT; AHRESP - Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal; Associação Comercial do Distrito de Évora; CEPAAL - Centro de Estudos e Promoção do Azeite; CVRA – Comissão Vitivinícola Regional Alentejana; Confraria dos Enófilos do Alentejo; Confraria Gastronómica do Alentejo e a Confraria da Moenga.

Reconhecendo a importância da cozinha tradicional alentejana como fator de valorização e preservação da identidade cultural e dinamizador de desenvolvimento económico e turístico no Concelho, esta iniciativa visa sensibilizar os empresários do setor de restauração para as vantagens de incluir nas suas ementas receitas da cozinha tradicional alentejana, utilizar produtos de qualidade sazonais e genuínos da região e zelar pela qualidade do serviço prestado.
Numa situação de recessão económica no país e a previsão de retração do consumo com consequências negativas para a atividade do setor de restauração e similares, o projeto pretende também contribuir para a animação e dinamização dos estabelecimentos de restauração e da Cidade, para a animação do Centro Histórico e do comércio local e para a promoção de Évora e da cultura de gastronomia tradicional junto dos eborenses e visitantes da cidade e, deste modo, cativar os potenciais clientes para novas experiências gastronómicas e consumo nos restaurantes eborenses.

A edição deste ano da Rota de Sabores Tradicionais terá a sua “abertura oficial simbólica” no próximo sábado, dia 7 de Janeiro, em que se apela à população para inaugurar o evento através da ida a um dos vários restaurantes aderentes, que servirão pratos tradicionais a preços especiais (descontos) ao jantar e terão animação musical.

Durante o mês de janeiro estão previstas ainda mais algumas iniciativas que visam assinalar o evento, nomeadamente uma Prova de Vinhos de adegueiros particulares, de Sopas e Doces Tradicionais (14 de Janeiro), na Casa do Povo dos Canaviais, e uma Degustação de Azeites do Alentejo na Praça de Giraldo (21 de Janeiro).

Pelas Ruas de Évora ...

Televisão Digital Terrestre em Évora

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

O Palácio dos Duques de Cadaval



O Palácio dos Duques de Cadaval fica na parte de dentro da muralha de Évora, frente ao templo romano. Este palácio, pertencente desde a sua fundação à família dos Duques de Cadaval, apresenta uma excepcional combinação dos estilos mudéjar, gótico e manuelino.

O primitivo palácio surgiu, no século XIV, junto à Torre de Évora, onde o Fidalgo Martim Afonso de Mello, servidor do Mestre de Avis e descendente da Coroa portuguesa, mandou erguer o Palácio. 

A construção desse palácio assentou, em parte, sobre as muralhas romano-visigodas do antigo Castelo de Évora, incorporando vestígios de ambos na sua estrutura, visíveis através dos contornos militares fortificados do edifício, bem como da imponente torre da fachada principal, vestígio do castelo. Nas traseiras do Palácio, pode admirar-se a extraordinária torre pentagonal: a famosa Torre das Cinco Quinas.

Além dos jardins exteriores e das inúmeras salas e salões que constituem o edifício, o Palácio dos Duques de Cadaval acolhe uma colecção de esculturas, pinturas e armaria, com peças datadas entre o século XV e o século XVIII.



No Palácio dos Duques de Cadaval residiram temporariamente vários monarcas portugueses, nomeadamente Dom João II, Dom João IV e Dom João V. Também no Palácio esteve prisioneiro Dom Fernando II, 3º Duque de Bragança, acusado de conspiração contra o rei Dom João II e decapitado na Praça do Giraldo, a praça principal da capital alentejana, em 1483.

No início da década de 1990, o palácio passou por uma campanha de restauro promovida por Dona Claudine, esposa do 10º Duque de Cadaval e mãe da actual duquesa. Hoje em dia, o Palácio dos Duques de Cadaval pode-se visitar, assim como a igreja de São João Evangelista. (ver pagina informações).


No dia 21 de Junho de 2008, o Palácio dos Duques de Cadaval acolheu o evento social mais importante do ano na Europa: o matrimónio de Dona Diana Álvares Pereira de Melo, 11ª Duquesa de Cadaval, com Sua Alteza Real o Príncipe Charles Phillipe de Orleans e Duque de Anjou, celebrado nesse mesmo dia na Catedral de Évora, pelo Arcebispo de Évora. Todas as famílias reais de Europa estiveram representadas, assim como do resto do mundo (Marrocos, Cambodja...).


Évora Perdida no Tempo - Sessão de autógrafos de Eurico Veríssimo

Sessão de autógrafos de Eurico Veríssimo na Livraria Nazareth: público no interior da livraria.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1959 -
Legenda Sessão de autógrafos de Eurico Veríssimo
Cota DFT2982 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

OVNI de Alqueva 2004, identificado


Este incidente ocorreu a 31 de Maio de 2004, na Barragem do Alqueva situada entre Reguengos e Évora, quando o jovem Eduardo Silva, estagiário do Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ) na companhia de três colegas se encontravam no local a recolher algumas fotografias no âmbito de um trabalho referente ao meio ambiente.
Eduardo Silva somente reparou que existia uma ponto na sua foto e que ainda brincou com os seus colegas ao alegar ser um OVNI em tom de brincadeira.
Salienta que estava um dia de calor e no seu horizonte não eram visíveis pássaros, não se tratando também de balão, avião ou mesmo helicoptero, não existindo qualquer ruido.
Porem esta noticia correu Jornais e mesmo estações televisivas de informação, despertando as atenções de muitas comunidades alusivas ao fenómeno OVNI.
Segundo o Coronel Barbosa do Estado Maior das Forças Armadas, conta que a Força Aérea não tinha qualquer registo anómalo em Radar, porem iria efectuar um cruzamento de informações e testemunhos da população, passando este caso a especialistas no assunto OVNI.
Os anos passaram, o esquecimento ou arquivamento se esbateu acabando por silenciar este caso, não tendo qualquer resolução sobre o que o Jovem Eduardo Silva teria capturado com a sua câmera fotográfica digital.
Após uma grande análise das mais de 100 espécies de aves existentes no Alentejo, foi possível identificar a ave que terá surgido na foto de Eduardo Silva.



Estas imagens estiveram submetidas apreciação de alguns investigadores Internacionais que concluíram e partilharam a mesma opinião sobre a resolução deste caso. No Alentejo o bem afamado Pombo Torcaz ( Columba Palumbus ), muito apreciado por caçadores e gastronomia regional.
Este é o maior da sua espécie, onde a sua coloração cinza com ligeira plumagem branca e tamanho o distingue de todas as outras espécies congenes.
Esta ave habita todo o território Português, sendo mais abundante em épocas frias, migrando de variados países Europeus.
Toda a zona do Alqueva é abundante desta espécie de ave, sendo muito comum as poder observar enquanto passeia pelos campos do Alentejo ou em viagem de automóvel.
Na fotografia podemos constatar que o Sol está posicionado á direita na imagem, revelando as sombras escuras no montado "Arvoredo" próximo da água e projectando toda a luminosidade sobre a ave "Pombo".
A sua coloração cinza com o reflexo Solar cria um efeito de cinza metálico.
Durante o seu voo esta ave ao entrar para baixa altitude para pouso, recolhe as suas asas que segundo determinada posição fica com o aspecto discóide e inclinação ligeiramente acentuada como muito bem observamos na imagem.
Ao efectuarem zoom sobre a imagem, terão criado um ligeiro desfoque. É de salientar que ao fotografar em programa "modo paisagem", se obtiver uma ave no seu ângulo fotográfico, esta irá ficar com um ligeiro rasto, devido ao tempo de processamento do obturador.

Évora Perdida no Tempo - Claustro do Convento de S. Bento de Cástris

Vista parcial do claustro do Convento de São Bento de Cástris.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1957 ant. -
Legenda Claustro do Convento de S. Bento de Cástris
Cota DFT333.1 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A Igreja São João Evangelista do Palácio dos Duques de Cadaval


A Igreja São João Evangelista do Palácio dos Duques de Cadaval é considerada como uma das mais bonitas igrejas privadas de Portugal. Foi completamente restaurada em 1957 por Dom Jaime, 10º Duque de Cadaval, que lhe restituiu a traça primitiva respeitando cuidadosamente tudo o que de melhor nela existia.

A Igreja São João Evangelista foi fundada em 1485. Entra-se por um pórtico gótico flamejante do século XV junto a uma lápide em forma de baldaquino, com a inscrição da sua fundação e com o brasão do seu fundador, D. Rodrigo de Melo, 1º Conde de Olivença.

A nave goza de nervuras góticas e está revestida com uma belíssima e excepcionai colecção de azulejos do pintor António de Oliveira, datados de 1711 e assinados pelo autor.

No chão da igreja podem-se ver os túmulos dos Duques de Cadaval e seus ascendentes. Ao centro da igreja pode-se admirar duas das muitas curiosidades desta igreja: uma cripta com ossos dos frades do convento dos Lóios e uma cisterna árabe - a igreja foi construída sobre as ruínas de um castelo árabe, destruído durante as revoltas a favor do Mestre de Avis, em 1384.


A parede da Nave tem uma tribuna do século XVII, bonito exemplo de arquitectura deste século, mandada construir pelo 1º Duque de Cadaval, Dom Nuno Álvares Pereira de Melo.
O espectacular altar principal é de estilo maneirista, transição da Renascença para o Barroco. As imagens representam São João Evangelista. As paredes estão revestidas com azulejos do século XVII, policromados, estilo tapete.

A Capela do Santíssimo tem um altar dourado do século XVIII com um túmulo renascentista do século XVI, pertencente a Dom Francisco de Melo, conselheiro de Dom João III. A construção deste túmulo é atribuída ao arquitecto francês Nicolau Chanterene. Na outra parede desta capela pode-se admirar o túmulo de Dom Manuel de Melo, Governador de Tânger.