A Igreja São João Evangelista do Palácio dos Duques de Cadaval é considerada como uma das mais bonitas igrejas privadas de Portugal. Foi completamente restaurada em 1957 por Dom Jaime, 10º Duque de Cadaval, que lhe restituiu a traça primitiva respeitando cuidadosamente tudo o que de melhor nela existia.
A Igreja São João Evangelista foi fundada em 1485. Entra-se por um pórtico gótico flamejante do século XV junto a uma lápide em forma de baldaquino, com a inscrição da sua fundação e com o brasão do seu fundador, D. Rodrigo de Melo, 1º Conde de Olivença.
A nave goza de nervuras góticas e está revestida com uma belíssima e excepcionai colecção de azulejos do pintor António de Oliveira, datados de 1711 e assinados pelo autor.
No chão da igreja podem-se ver os túmulos dos Duques de Cadaval e seus ascendentes. Ao centro da igreja pode-se admirar duas das muitas curiosidades desta igreja: uma cripta com ossos dos frades do convento dos Lóios e uma cisterna árabe - a igreja foi construída sobre as ruínas de um castelo árabe, destruído durante as revoltas a favor do Mestre de Avis, em 1384.
A parede da Nave tem uma tribuna do século XVII, bonito exemplo de arquitectura deste século, mandada construir pelo 1º Duque de Cadaval, Dom Nuno Álvares Pereira de Melo.
O espectacular altar principal é de estilo maneirista, transição da Renascença para o Barroco. As imagens representam São João Evangelista. As paredes estão revestidas com azulejos do século XVII, policromados, estilo tapete.
A Capela do Santíssimo tem um altar dourado do século XVIII com um túmulo renascentista do século XVI, pertencente a Dom Francisco de Melo, conselheiro de Dom João III. A construção deste túmulo é atribuída ao arquitecto francês Nicolau Chanterene. Na outra parede desta capela pode-se admirar o túmulo de Dom Manuel de Melo, Governador de Tânger.
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