domingo, 6 de dezembro de 2009

Delegados Comerciais ÉVORA


EMPRESA LIDER DE MARCADO EM RECUPERAÇÃO DE CRÉDITOS


M/F DELEGADOS COMERCIAIS

Para a Delegação de ÉVORA
REQUISITOS:
-Sentido de responsabilidade
-Facilidade de comunicação
-Idade 25/45 anos
-12ºAno de escolaridade
-Espírito batalhador
Oferece-se
Remuneração base +
Comissões +
Prémios +
viatura
telem.
Enviar CV+FOTO para:
geral.faro@devpag.pt

Farmacêutico Adjunto para Évora

A RHManagement pretende recrutar para Farmácia modernizada, localizada em zona central e integrada no projecto das Farmácias Portuguesas:



FARMACÊUTICO ADJUNTO
m/f
ÉVORA
Ref. RHM.EVR



PERFIL IDEAL:

•Mestrado Integrado ou Licenciatura em Ciências Farmacêuticas;
•Com ou sem experiência profissional;
•Facilidade de aprendizagem e elevado nível de motivação;
•Boas capacidades de comunicação e relacionamento interpessoal.



OFERECE-SE:

•Oportunidade de desenvolvimento profissional;
•Pacote salarial de acordo com a experiência demonstrada.



Se preenche os requisitos, envie a sua candidatura para rhm2@rhmportugal.pt indicando a Ref.ª RHM.EVR.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Programação das comemorações do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência “Natal Solidário 2009”.





A Câmara Municipal de Évora, em parceria com diversas associações de apoio à área da Deficiência, associações de idosos, clubes e entidades locais com intervenção nos referidos sectores, leva a efeito as comemorações do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência “Natal Solidário 2009”, de 27 de Novembro a 11 de Dezembro, através de um conjunto de eventos lúdicos e desportivos.

Inserida neste evento, destaca-se a Feira da Solidariedade (de 27 de Novembro a 4 de Dezembro) que diariamente animará a Praça 1º de Maio, entre as 10 e as 19 horas, com música, marionetas, ginástica, exposição e venda de trabalhos das instituições dos sectores da Deficiência e Terceira Idade.

O lançamento da Campanha Natal Limpo 2009, que tem ajudado nos últimos anos a recolher várias toneladas de papel e cartão, será feito na tarde do dia 4 e prossegue este ano com a mesma finalidade.

O programa destas comemorações inicia-se no dia 27, com a abertura oficial da Feira da Solidariedade pelas 16 horas, na Praça 1º de Maio, seguindo-se a actuação da Tuna Académica da Universidade de Évora (TAUE).

No dia seguinte, a Feira acolhe pelas 11 horas “A História da Carochinha” pelo Era Uma Vez – Teatro de Marionetas e, às 16 horas, actua Carla Saramago e Dande, artistas que poderá também ver no dia 29 de Novembro e no dia 1 de Dezembro, às 11 horas, no mesmo local.

Esta feira apresenta igualmente no dia 29, pelas 16:30 horas “As Minhas MAIS…Marionetas”, pelo TRULÉ, e no dia 30, às 11 horas, há “Expressão e Movimento” pela ARASS e a actuação, a partir das 16 horas, do Grupo Coral da ARIFM – Associação de Reformados e Idosos da Freguesia da Malagueira, grupo que também mostra os seus dotes artísticos no dia seguinte, pelas 15 horas. No dia 1 de Dezembro pode também assistir, às 16 horas, ao espectáculo do Grupo Coral da AHRIE – Associação Humanidade e Respeito para com os Idosos de Évora.

O Teatro de Fantoches pela ARASS preenche a manhã do dia 2, a partir das 10:30 horas, e às 15 horas actua a Tuna Sénior de Évora.

Desporto, atelier de língua gestual, almoço e espectáculo musical

Uma aula aberta de ginástica pelo Heatlh Clube Everybody ocorre no dia 3, pelas 16 horas e às 16:30 horas será a vez de escutar as canções do Grupo Coral da Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos da Freguesia da Horta das Figueiras.

No dia 4, o Grupo de Dança da ARASS mostra os seus dotes artísticos pelas 11 horas, às 15 horas será a vez de “Reflexos” da ASCTE e pelas 17:30 horas é lançada a Campanha “Natal Limpo 2009”, que terá a animação musical da Tuna Académica do Liceu de Évora e dos Gigabombos do Imaginário.

De salientar que estas comemorações englobam ainda no dia 2 de Dezembro o Dia de Futebol/”Inclusão em Movimento”, entre as 10 e as 12 horas, no Complexo Desportivo do G.D.B. Sto. António, organizado pela Câmara com a parceria das associações de apoio à área da Deficiência; Juventude Sport Clube, Lusitano Ginásio Clube, G.D.B. Sto. António e Associação de Futebol de Évora. Entre as 18:30 e as 20:30 horas, a Associação de Surdos de Évora, em parceria com a Câmara, organiza um atelier de língua gestual portuguesa no Posto de Turismo. As inscrições são gratuitas até ao dia 30 de Novembro e podem ser feitas para o mail: asevora@evora.net ou para os telefones: 266 752 777/ 93 335 26 02

Dia 3 de Dezembro a Câmara Municipal organiza, a partir das 13 horas, o almoço de Natal e espectáculo musical com os artistas Carla Saramago, José Mendes, Dande e Doris na Arena d´Évora, dirigido às pessoas com deficiência e suas famílias, e no dia 10 há Goal Ball/”Inclusão em Movimento”, entre as 14:30 e as 17 horas, no Pavilhão do Juventude Sport Clube.

Actividades de inclusão/”Inclusão em Movimento”(Peddy Papper, Desportos Radicais, Jogos Tradicionais) é a proposta para o dia 11, das 10 às 12.30 horas, na Escola Secundária André de Gouveia, numa iniciativa dinamizada pela Câmara e por esta Escola secundária.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Sé Catedral de Évora




A Sé de Évora é, paralelamente com o Templo Romano, um dos mais emblemáticos monumentos da Cidade de Évora. Localizados praticamente lado a lado, marcam duas épocas da história separadas no tempo, mas que seguramente ilustram a importância do local em cada um desses períodos (Costa e Rodrigues, 2000).

A data da sua construção é bastante discutida entre os historiadores; segundo a versão tradicional, o lançamento da primeira pedra foi no Séc. XII em 1186, aquando da nomeação de D. Paio como Bispo de Évora. Esta tese é baseada em registos existentes no Livro dos Aniversários do Arquivo Capitular da Sé de Évora, de 1470. No entanto, a historiadora Ana Rita Trindade (Trindade, 2003), que investigou os arquivos da Sé, coloca algumas dúvidas quanto à veracidade desta teoria, uma vez que o livro se encontra datado de 1470, duzentos anos após a suposta edificação da Sé. Ainda nesse documento, diz que D. Paio foi o primeiro Bispo de Évora, e segundo Trindade sabe-se que o primeiro Bispo eborense foi D. Sueiro.

Outros historiadores afirmam que a actual Sé foi apenas construída no Séc. XIII, no reinado de D. Afonso III, pelo então Bispo de Évora D. Durando, época em que a diocese de Évora estaria com condições económicas e políticas para a construção da Catedral. Esta hipótese é reforçada com a descoberta de uma lápide na Capela do Santíssimo alusiva à consagração do presbitério pelo Bispo D. Durando e de uma inscrição no túmulo deste. Trindade, completa a fundamentação desta hipótese com a descoberta de um documento, no Arquivo do Cabido da Sé de Évora, datado de 1288, onde o Bispo D. Jardo e o Cabido cedem rendimentos das propriedades para sustento financeiro das obras de edificação da Sé, não deixando dúvidas, assim, que em 1288 a Sé estava em construção. Desta forma, Trindade afirma que a Sé de Évora “começou a ser construída cerca de 1280, tendo anteriormente existido um outro edifício sede de diocese”.

A historiadora Trindade e o engenheiro Leo Wevers (Wevers, 2004) basearam-se na tese de doutoramento do Prof. Virgolino Jorge, onde este autor estabelece as fases de construção das várias partes do templo através de uma análise métrica, estabelecendo assim a construção da Sé no período de 1280-1340 (Trindade, 2003; Tavares et al, 2005).

Do ponto de vista arquitectónico, a Catedral de Évora é uma das mais importantes manifestações da arquitectura gótica no Sul de Portugal. Nenhuma outra catedral portuguesa a iguala na elegância da combinação dos volumes, é perfeita e harmónica apesar do acabamento das três torres não datar da mesma época e, em nenhuma outra também incluindo as que foram construídas posteriormente, se conjugam com tanta originalidade elementos estruturais e decorativos românicos e góticos, de tão diferentes proveniências (Chicó, 1946).

A Sé de Évora é considerada um edifício de estilo Românico-Gótico, ou ainda de estilo Gótico Nacional com influência cistercense e mendicante. A sua construção foi inspirada no modelo da Sé de Lisboa e em Catedrais estrangeiras, nomeadamente espanholas e francesas, revelando-se de grande importância, não apenas como ponto terminal de Românico e inicial do Gótico, mas sobretudo pela variedade de soluções de transição empregues. Teve como principais arquitectos ou mestres-de-obras Domingos Pires, entre 1280 e 1303, e Martim Domingues, responsável pelo término da construção, entre 1304 e 1334, época da construção do claustro e do pórtico da entrada principal. Este último é considerado um dos mais impressionantes portais góticos portugueses, com seis arquivoltas e um apostulado em escultura talhada em mármore de autoria desconhecida. É levantada a hipótese de se tratar de Telo Garcia, suposto autor do apostulado da arca tumular de D. Gonçalo Pereira, Bispo de Braga, obra com a qual estabelece afinidades (Trindade, 2003).

A discussão das datas do início dos trabalhos pode ser um elemento importante para a compreensão da evolução artística na transição entre os estilos românico e gótico, e das soluções e influências encontradas nessa transição. Este é um dos aspectos que confere singularidade à Sé de Évora, pelo significado no tempo em que foi construída e no conjunto de monumento que representou um investimento de um país então em fase de organização.

Do conjunto arquitectónico denominado como “Sé de Évora” fazem parte a igreja propriamente dita e o claustro que a ladeia. Na vista de sul do conjunto do monumento pode observar-se a “torre-zimbório”, as duas torres sobre a fachada principal – “torre dos azulejos” e “torre lanterna ou do relógio” -, a rosácea do braço sul do transepto ou, ainda, a parte mais recente da velha construção, construída em materiais distintos – a “capela-mor”.

Excluindo a capela-mor, todo o conjunto monumental foi construído com materiais de composição granítica, ainda que apresentem diversas litologias. No interior da igreja é difícil avaliar a natureza litológica dos materiais utilizados, uma vez que a revesti-los existem rebocos espessos (Costa e Rodrigues, 2000).

O corpo da igreja desenvolve-se em forma de cruz latina; o interior é, assim, composto por três naves (uma central e duas laterais), com comprimento de 41 m. A nave central tem 6 m de largura com sete tramos rectangulares, de dois andares, sendo cada tramo dividido por pilares, de onde levantam os arcos torais sobre os quais repousa a abóbada de berço, com 19 m de altura (Guerreiro, 1975).

A nave central é separada das laterais por pilares cruciformes com oito colunas, com bases semelhantes às bases do gótico primitivo (Chicó, 1946). As naves laterais são mais estreitas, com cerca de 4 m de largura, com sete tramos e são cobertas por uma abóbada de aresta com 9,40 m de altura no topo e arcos torais descarregando nos pilares centrais e em colunelos embebidos nas empenas laterais; estas são rasgadas por amplas e profundas frestas de arco redondo.

As três naves são cortadas pelo transepto de cerca de 32 m de comprimento e 6,70 m de largura. No andar superior, ao longo dos dois lados da nave central e pelo transepto, corre o trifório (galeria estreita aberta sobre o andar das arcadas ou sobre o andar das tribunas nas igrejas medievais), composto por cinco arcos em cada tramo, assentes em pequenas colunas com capitéis de decoração toscana. Todo este espaço é coberto por um reboco fingindo pedra (Guerreiro, 1975).

A Sé de Évora sofreu grandes transformações ao longo dos anos, umas por motivos de gosto, outras por razões de conservação. Nos Séc. XIX e XX várias construções monumentais, nomeadamente igrejas e castelos, na Europa foram alvo de um certo número de restauros. Muitas vezes procurou-se restaurar uma construção trazendo-a de volta à “situação original”. Por este motivo ficou a autenticidade do edifício muitas vezes fortemente reduzida. Apenas as partes não restauradas possuem ainda grande valor como fonte de informação e estas deveriam ser tanto quanto possível identificadas. No período de 1936-1950, segundo um plano de intervenção elaborado pela DGEMN, a Sé foi submetida a um restauro de grande amplitude através do qual diversas partes do Séc. XVIII foram eliminadas a favor do trabalho de restauro. As obras realizadas posteriormente a esta data, embora algumas de importância para o monumento, em pouco modificaram as suas características gerais e assumiram fundamentalmente, o carácter de manutenção.

A Sé de Évora tem vindo a ser restaurada desde o início de 2003. O IPPAR, através da Direcção Regional de Évora - Divisão de Obras, Conservação e Restauro, deu início à primeira fase, que visa a conservação da pedra do zimbório, tendo estes trabalhos sido concluídos no ano de 2005.

Referências

Costa, D., Rodrigues, J.D., 2000, Estado de conservação e alteração da pedra da Sé Catedral de Évora, LNEC. Relatório nº 67/00 – DG/GERO

Tavares, M.L., Veiga, M.R., Magalhães, A.C., Aguiar, J., 2005, Conservação dos revestimentos interiores da Sé de Évora, LNEC: Relatório 272/05 – NRI

Trindade, A.R., 2003, Sé de Évora, da sua construção à actualidade, investigação realizada para o IPPAR de Évora, a incluir em monografia a publicar brevemente

Wevers, L.B., 2004, Levantamento no âmbito da arqueologia da arquitectura – estudo piloto, Investigação realizada para o IPPAR de Évora (a incluir em monografia a publicar brevemente), Évora

Chicó, M.T., 1946, A Catedral de Évora na Idade Média, Ed. Nazareth, Évora

Guerreiro, A., 1975, A Catedral de Évora – Arte e História, Ed. Sé de Évora, 2.ª ed.

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