quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Historial da Freguesia de Nossa Senhora de Guadalupe


Nossa Senhora de Guadalupe, uma das mais recentes freguesias do concelho de Évora, nasceu a partir da freguesia de Nª Sª da Graça do Divor, pelo Decreto Lei nº 128/85 de 4 de Outubro. A ocupar uma área de 6.685 hectares, anteriormente pertencente à extinta freguesia de S. Matias, tem como principal povoação a aldeia de Guadalupe. Monte das Pedras e S. Matias, sede de uma extinta freguesia do século XVI, são outros dos lugares de referência desta localidade.

A 13 km da cidade eborense, encontra-se limitada pelas freguesias de Nª Sª da Tourega, Nª Sª da Boa-Fé, S. Sebastião da Giesteira e Nª Sª da Vila, pertencente ao concelho de Montemor-o-Novo.

Criada pelo Decreto Lei nº 128/85 de 4 de Outubro a Freguesia de Nª Sra. de Guadalupe nasce a partir da Freguesia de N. Sraª da Graça do Divor e na área onde antes existiu a extinta freguesia de S. Matias.

A aldeia de Guadalupe, outrora Água de Lupe, alberga nas suas fronteiras vestígios importantes do megalitismo. Há milhares de anos atrás o homem ocupou a zona envolvente à actual freguesia, por se tratar de uma zona fértil, com paisagem e clima propícios à prática agrícola. Diversas antas, cromeleques, menires, grutas com gravuras e outras ruínas, são marcas dessa presença.

O nome da freguesia advém de uma ermida dedicada a Nossa Senhora de Guadalupe. Erigida no local onde existiu, noutros tempos, um pequeno oratório, foi inaugurada solenemente apenas em 1615, 6 anos depois da sua fundação.

O brasão da freguesia é composto por um sobreiro de ouro, frutado de verde, troncado e arrancado de prata e descortiçado de vermelho, representativo da extracção de cortiça, uma das actividades que ainda persiste na freguesia. Do lado direito vê-se indistintamente uma oliveira de ouro, frutada de negro e desenraizada de prata, colocados em faixa, a simbolizar aquela que foi, em tempos, a mais importante actividade da freguesia. Nos extremos verticais encontramos, em cima, uma flor-de-lis de prata e em ponta, em baixo, um dólmen de ouro, a realçar a riqueza arqueológica da aldeia.
O orago da freguesia é Nossa Senhora de Guadalupe. O culto desta santa, declarada padroeira de toda a América, em 1945, pelo Papa Pio XII, está intimamente ligado ao processo de evangelização do México, que até essa altura se tinha revelado bastante moroso e difícil.

Com início nesse país da América latina, a devoção a esta santa deveu-se, em parte, à sua aparição ao índio baptizado Juan Diego, que ocorreu pela primeira vez em meados de 1531, quando este passava pela colina de Tepeyac, nas imediações da capital mexicana. A busca de uma melodia, que então ouvira, conduziu-o a uma nuvem branca, sobre a qual se elevava uma linda Senhora, resplandescente de luz, envolta num arco-íris.

Revelando-se como a verdadeira mãe de Cristo, encarregou-o de pedir ao bispo D. Juan de Zumárraga que construísse, naquela colina, uma igreja em honra e glória de Deus. Após várias tentativas o jovem índio consegue finalmente falar com o bispo, que, como seria de esperar, não acreditou na veracidade da história.

O bispo decide, então, pedir um sinal da Virgem ao indígena, o qual lhe foi concedido apenas na terceira aparição. Juan Diego tinha ido buscar um sacerdote para dar a extrema-unção a um tio doente, e a Virgem pede-lhe que colha flores no bosque e as leve ao bispo, ao que Diego respondeu prontamente.

O índio vai entregar as flores ao bispo, embrulhadas num pano. Ao abri-lo o bispo fica estupefacto ao encontrar um ramo de flores frescas e perfumadas, envoltas num manto onde estava bordada a figura da Virgem de Guadalupe, de tez morena, olhos claros e vestida como as mulheres da Palestina. Emocionado, D. Zumárraga, decide proceder à construção do templo em honra da mãe de Deus.

Esse manto, apesar da baixa qualidade do tecido, sobreviveu ao longo de 450 anos, mantendo-se ainda em perfeito estado de conservação, no Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe. Esta igreja tornou-se, depois do Vaticano, o santuário mais popular do mundo.



Oração a Nossa Senhora de Guadalupe


Perfeita, sempre Virgem Santa Maria,
Mãe do Verdadeiro Deus, por quem se vive.
Tu que na verdade és nossa Mãe Compassiva,
te buscamos e te clamamos.
Escuta com piedade nosso pranto, nossas tristezas.
Cura nossas penas, nossas misérias e dores.
Tu que és nossa doce e amorosa Mãe,
acolhe-nos no aconchego do teu manto,
no carinho de teus braços.

Que nada nos aflija nem perturbe nosso coração.
Mostra-nos e manifesta-nos a teu amado Filho,
para que Nele e com Ele encontremos
nossa salvação e a salvação do mundo.
Santíssima Virgem Maria de Guadalupe,
Faz-nos mensageiros teus,
mensageiros da Palavra e da vontade de Deus.

Amém.




Limites

A linha limite da Freguesia de Guadalupe, pertencente ao Concelho de Évora, começa no marco nº 1, 13, 27 situado na Herdade de Alcamizes e segue a estrema desta Herdade, confrontando com a Freguesia de Nª Sra. da Tourega, onde está colocado o marco nº 2, 26.

A partir deste marco segue a estrema da Herdade de Figueiras até ao marco 3, 25, continuando pela Herdade da Provença e depois pela de Perdieiros até ao marco nº 4, 24 onde encontra a Herdade de Vale de Cardo, em cuja estrema está o marco nº 5, 1, 23, seguindo-se o confronto com a Freguesia de Nª Sra. da Boa Fé, e a continuação pela estrema daquela Herdade.

Segue depois a estrema da Herdade dos Almendres, onde se situam os marcos nº 6, 35, 7, 34, 8, 33, 9 e 32 e a Herdade de Courelas na qual se levantam os marcos nº 10, 31, 11 e 30, passando daqui em diante a seguir a estrema da Herdade de Paicão, confrontando com a freguesia de São Sebastião da Giesteira. Nesta estrema está localizado o marco nº 12, 29, e a seguir a Herdade do Castro, na estrema da qual está o marco nº 13, 28, 13, passando a partir dele a confrontar com a Freguesia de Nª Sra. da Vila do concelho de Montemor-o-Novo.


Prosseque pela estrema da Herdade do Castro até encontrar a Herdade de Abaneja, de cuja estrema não se afasta e onde existem os marcos nº 14, 12 e 15, 11. A partir deste último marco segue a estrema da Herdade de Vale Marias de Cima ou Palanganas, na qual se situam os marcos nº 16,10, 17, 9 confrontando-se a partir deste último marco com a Freguesia da Graça do Divor prosseguindo pela estrema da Herdade de Vale de Marias de Cima ou Palanganas até encontrar a Herdade de Vale de Marias dos Morenos de cuja a estrema não se afasta.

Segue pela canada até ao Ribeiro da Casbarra e encontra a Herdade do Azinhal, passando pela estrema do Valado do Mato, Courelas do Foro, Quinta de Cima, Quinta Pequena e Quinta de Santa Catarina. Passa a confrontar, a partir daqui, a Freguesia da Sé e depois a estrema da Quinta do Salgado e Herdades do Montinho onde se ergue o marco nº 51, 21, e Quintinha na qual estão colocados os marcos 52, 20, 53, 19. Neste ponto encontra a Herdade do Esbarrondadouro, cuja estrema segue e na qual estão os marcos nº 54, 18, 55 e 17 e passa depois a seguir a estrema das Herdades de Lucena e Curral da Obra onde existe o marco nº 56, 16 e Herdade de Alcamises onde está o marco nº 57, 15, junto à estrada nacional e continuando pela mesma estrema encontram-se os marcos nº 58, 14 e 1, 13, 27.

Évora Perdida no Tempo - Ruínas Fingidas, no Jardim Público


Vista estereoscópica das Ruínas Fingidas, no Jardim Público.


Autor Inácio Caldeira
Data Fotografia 1920 ? -
Legenda Ruínas Fingidas, no Jardim Público
Cota CME0334 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Feiras no Largo


Decorrem ao longo do ano, aos fins-de-semana, no largo do Mercado Municipal, e a sua periodicidade é determinada por quatro feiras temáticas: Feira de Velharias, Feira do Livro Usado e do Coleccionismo, Mostra de Artesanato e Mostra de Arte.
Para além da revitalização e animação do Centro Histórico e animação turística do local – Praça 1º de Maio, as feiras temáticas visam apoiar os agentes destes sectores de actividade, proporcionando-lhes espaço para escoamento da sua produção, bem como compatibilizar os públicos do mercado e espaço comercial adjacente com esta forma de comércio mais informal, com benefício mútuo para ambos, num quadro de maior complementaridade e atractividade.

Évora Perdida no Tempo - Parada militar na Praça do Giraldo

Autor Inácio Caldeira
Data Fotografia 1920 ? -
Legenda Parada militar na Praça do Giraldo
Cota CME0386 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Câmara de Évora aceita trabalhos do Concurso de Linha Gráfica

Todos os jovens interessados em participar no Concurso de Linha Gráfica do Mês da Juventude, dinamizado pela Câmara Municipal de Évora, podem entregar os seus trabalhos até ao próximo dia O4 de Fevereiro.

O Concurso de Linha Gráfica do Mês da Juventude, pensado em função dos destinatários, jovens com idades entre os 16 e 30 anos, residentes no concelho, permite o envio dos trabalhos por e-mail em formato jpg, cdr ou tif para a morada electrónica palavraj@cm-evora.pt .
Apresentando como objectivo principal o estímulo à criatividade, este concurso para a eleição da imagem gráfica a ser utilizada em todos os instrumentos de divulgação das comemorações do Mês da Juventude – Março 2011 pretende também envolver os jovens desde o início nesta grande iniciativa que a autarquia promove anualmente pelo 5ºano consecutivo.

O júri que avaliará os trabalhos é constituído pelos elementos do Conselho Municipal da Juventude de Évora e todos os participantes terão direito a um prémio e um certificado de participação. O primeiro prémio tem o valor de 150 euros. Na edição do concurso de Imagem Gráfica 2010, concorreram 69 jovens, que participaram com um total de 110 propostas.
Mais informações poderão ser obtidas no J@evora – Ponto Jovem Municipal, Rua do Menino Jesus ou através do e-mail palavraj@cm-evora.pt ou do telefone 266 777 100. A ficha de inscrição e as normas de funcionamento estão acessíveis em www.cm-evora.pt

Évora Perdida no Tempo - Caixa de água do Convento da Cartuxa


Vista estereoscópica da caixa de água (século XVII) do Convento da Cartuxa, ligada ao Aqueduto da Água da Prata .

Autor Inácio Caldeira
Data Fotografia 1920 ? -
Legenda Caixa de água do Convento da Cartuxa
Cota CME0325 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

domingo, 9 de janeiro de 2011

Comerciais D2D - Évora

A Kelly Services encontra-se neste momento em processo de recrutamento de Comerciais para a promoção de produtos e serviços na àrea das telecomunicações, para empresa multinacional sua cliente situada na zona de Évora.

Perfil do Candidato:
- Experiência anterior na área comercial (factor preferencial);
- Habilitações académicas 12ºano;
- Motivação para a área comercial e para o trabalho por objectivos;
- Persistência e capacidade de liderança;
- Disponibilidade imediata.

Condições da Oferta:
- Contrato de trabalho;
- Part-Time de 20h de 2ª a 6ª;
- Remuneração Base + Subsídio de refeição + Comissões + Prémio mensal 3 vezes superior ao praticado no mercado;
- Oportunidade de progressão de carreira.

Agarre esta oportunidade!

Kelly, mais do que um nome!

Para se candidatar envie-nos o seu CV para o e-mail pt.kos@kellyservices.pt com referência ao assunto.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Rouba mota a funcionário de stand



Uma mota, propriedade de um funcionário de um stand de motociclos em Évora, foi nesta tarde de quinta-feira furtada por um jovem que se fazia passar por comprador. Segundo o lesado, o individuo pediu a mota para experimentar e nunca mais apareceu."Nem sequer levou capacete", frisou José Recto, funcionário da Casa Valadas.

Com cerca de 20 anos, o assaltante terá visto na Internet um anúncio de venda da mota clássica (na foto), modelo GN 250 Café Racer, matrícula 'TU-18-46'. Apareceu na loja depois das 15h00.

"A conversa foi normal para um acto de venda. Pediu para experimentar a mota e disse-lhe, como faço a outros interessados, para dar uma pequena volta junto à loja. Acabou por fugir", referiu.

O furto está a ser investigado pela PSP de Évora.

Agenda Cultural - Janeiro

Novo Governador do Distrito Rotário 1960 apresentou cumprimentos

O novo Governador do Distrito Rotário 1960, do Rotary International, Joaquim Esperança, acompanhado por elementos do Rotary Club de Évora, veio apresentar cumprimentos à Câmara Municipal de Évora, tendo sido recebido pelo Presidente da autarquia, José Ernesto d’ Oliveira.

“Recebi-o com muito o gosto e prazer, é sempre importante trocarmos opiniões com uma instituição que se dedica a fazer bem aos outros, que tem na sua mente, e com quem partilhamos, projectos de ajuda aos mais fracos, de inserção nos vários domínios daquilo que é a solidariedade social”, considerou o Presidente da Câmara de Évora.

A presença do Rotary em Évora, sublinha também o autarca, “não só dignifica a cidade, como ao longo dos tempos tem sido um parceiro importante na realização de obras e promoção de eventos importantes para a vida social da nossa cidade”.

Esta foi a primeira organização de clubes prestadores de serviços a ser criada, explicam os responsáveis do Rotary International em Portugal, e os mais de 1,2 milhões de voluntários sócios dos Rotary Clubs emprestam o seu tempo e talentos em consonância com a máxima rotária de “Dar de Si Antes de Pensar em Si”.

O Rotary é uma organização internacional de empresários, profissionais e líderes comunitários, os quais constituem entidades apolíticas, não religiosas e abertas a pessoas de todas as culturas, raças e credos.

Os rotários desenvolvem projetos comunitários, que visam tratar de assuntos atuais e de extrema importância, entre eles crianças em situação de risco, pobreza e fome, preservação do meio ambiente, analfabetismo e violência. Além disso, apoiam iniciativas pró-juventude, promovem o desenvolvimento profissional e patrocinam oportunidades educacionais e intercâmbio para estudantes, professores e outros profissionais.

Museu acolhe fotografias da Sociedade Harmonia Eborense

A exposição "A Colecção Fotográfica da Sociedade Harmonia Eborense" é inaugurada hoje no Museu de Évora.
A mostra integra algumas das mais de 300 fotografias da Sociedade Harmonia Eborense, datadas desde os finais do século XIX até aos anos 90 do século XX.
Dessas imagens, a maioria refere-se a eventos da vida social da cidade, como bailes, festas e exposições.
Organizada pela Câmara de Évora e pela Sociedade Harmonia Eborense, a exposição pode ser visitada 9 de Março.

Évora Perdida no Tempo - Rua do Centro Histórico

Autor Inácio Caldeira
Data Fotografia 1920 ? -
Legenda Rua do Centro Histórico
Cota CME0378 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME