quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Évora Perdida no Tempo - Grade do Côro do Convento do Calvário


Grade do Côro do Convento do Calvário, em Évora.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1960 - 1970
Legenda Grade do Côro do Convento do Calvário
Cota DFT210 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

terça-feira, 11 de outubro de 2011

A História do Comércio e Serviços em Évora

A actividade comercial em Évora revelava já alguma dinâmica na primeira década do século XX, que se veio a alargar na que lhe sucedeu.
Este sector e o de serviços, tinha constituído até então a imagem de marca da cidade feudal na qual proliferavam mercadores, mascates, bufarinheiros, algibebes, correeiros, sapateiros, ferradores, almocreves, escudeiros, a par de boticários, escreventes, bacharéis e tabeliães. A Regeneração modernizara entretanto o país, introduzira novos hábitos de vida e as pessoas haviam rompido com o isolamento de antanho procurando o contacto com a vida e a rua, dando-lhes cor, bulício e animação.

Essa nova relação com o exterior implicou, como é óbvio, uma mudança apreciável no atavio pessoal (quer masculino quer feminino) requerida pela frequência do espaço público, isto é, da loja, do escritório, do café, do clube, do baile, do sarau, do teatro, do concerto, da festa, do piquenique, do passeio pelas arcadas ou pelo Passeio Público, que a implantação da República mais viria a acentuar. Quase como hoje, era no trajecto entre a Rua do Paço, a Rua Ancha e a Rua da Porta Nova, passando pela Praça de Giraldo, que se concentravam as lojas de maior fama e procura nos mais diversos domínios.

Ora, a 10 de Janeiro de 1910 constituiu festa de arromba e acontecimento social de relevância a abertura ao público da nova agência dos “Grandes Armazéns do Chiado” (o estabelecimento provisório tinha-se efectuado no ano anterior) situado em plena Praça de Giraldo, no prédio que faz cotovelo com a Rua da Selaria, o qual segundo a publicidade da altura «fica sendo o mais formoso e importante estabelecimento da cidade». Apresentava «um sortido colossal, com as mais deslumbrantes novidades da Estação de Inverno, distribuída pelas secções de fanqueiro, retrosaria, lãs, malhas, sedas, rouparia, camisaria, gravataria, lanifícios, luvaria, chapelaria e sapataria.

Este acontecimento provocou a antecipação dos saldos nos “Armazéns do Antigo Barateiro de Lisboa”, apregoando-se a si próprio como o arauto da moda, com portas na Rua João de Deus (antiga Rua Ancha), 82 e 86, que tendo as mesmas secções, acrescida da de fato para criança, havia dominado até aí o sector da roupa. No início de 1911 era inaugurado, com o sugestivo nome de “Novo Mundo”, um novo estabelecimento do género. Quase paredes meias com o anterior, estava localizado ao fundo das arcadas, ocupando os números de 78 a 80 A e era propriedade da firma Tavares e Mesquita. Menos ambiciosos e de preços mais acessíveis salientavam-se o estabelecimento de Manuel José Vicente, «fornecedor da Santa Casa da Misericórdia», sito na Praça de Giraldo, 24 e 25, os “Armazéns do Chico”, domiciliados na Rua da Porta Nova, 42 a 46. E também a graciosa “Casa dos Arcos Cor de Rosa”, de Rodrigo B. Roque, na Rua João de Deus, de 18 a 28.

Inaugurada ainda antes da implantação da dita, tinha fama a “Alfaiataria República” de José Pereira de Sande, localizada na Rua João de Deus, a qual tinha a concorrência da “Alfaiataria Confiança”, de Sousa e Valente, na Praça de Giraldo (vendas a prestações com fiador de confiança) ; do estabelecimento de António da Silva Topa, ainda na Rua João de Deus; da “Alfaiataria Moderna”, na Rua d’Alconchel, 27; da loja de Luís Sebastião de Sousa, «de fato feito e por medida» e da oficina dos próprios “Armazéns do Barateiro de Lisboa”.

Para as senhoras havia o «atelier» de Aurélia dos Prazeres, «modista lisbonense», como se intitulava, instalado na Carreira do Menino Jesus, 1, mudando depois para a Rua do Paço, 95, onde executava todas
as confecções para senhoras e crianças, para o que dispunha sempre dos melhores figurinos e pessoal bem habilitado. À compita com esta radicara-se na Rua João de Deus, 85 e 87, Madame Gameiro, antiga directora de secção de modas e confecções de uma loja da capital, e modista especializada em vestidos, combinações, anáguas e espartilhos. De Lisboa recebia chapéus e principalmente sombrinhas de Verão, na
altura “le dernier cri de la mode parisienne”.

A “A Nova Chapelaria” de A.Vieira e C ª., na Praça do Giraldo, 29 (junto à “Brasserie”) era também especialista na confecção de chapéus, quer masculinos, quer femininos, e também de bonés. Mas também importava de Paris e Londres. No domínio dos perfumes a casa Tristão e Barradas era a preferida com grande sortido de sabonetes e essências francesas e pastas dentífricas inglesas de cereja. Por esses dias começava economia em mudança a explosão do comércio e serviços a ter elevada procura a nóvel “Kermese de France” quase ao início da Rua João de Deus e que subsistiria até ao final do século passado.

Mas nem só de vestuário e perfumes se fazia a actividade mercantil da cidade. No ramo alimentar distinguia-se o magnífico Centro Comercial e Industrial de António Anselmo Dias, de portas abertas desde 1867 na Rua João de Deus, com armazéns de mercearia, miudezas, fábrica de chocolate, confeitaria, torrefacção e moagem de café, a par de artigos de drogaria. Ao mesmo tipo de loja pertencia a de A.Gomes Namorado, no Largo da Porta Nova, 42 a 46, igualmente dotada de fábrica a vapor de chocolate, fabrico de confeitaria e torrefação e moagem de café. Funcionava ainda como pastelaria e depósito de fósforos, vinagres e de cerveja. Em armazéns diversos possuía sabão, bacalhau, sal e petróleo.

No capítulo das mercearias finas distinguiam-se também na Praça de Giraldo, o Centro Comercial Eborense, de Brás Simões, em primeiro lugar e trespassado depois à firma Sousa & Valente; na rua d’ Alconchel, 35 a 37, a de Manuel Alves Leal; a “Aliança d’Évora” de Alfredo de Carvalho, na Rua João de Deus, 24 a 26, e a “Lealdade” de Albino José da Silva, na Rua da Porta Nova, 7 a 13. Entretanto na Rua Miguel Bombarda (antiga Rua dos Infantes) Manuel dos Santos Índias governava a melhor padaria da cidade e na Rua da Moeda, 57 a 59, ficava o excelente armazém de vinhos, vinagres e aguardentes de José Joaquim d’ Almeida.

Para alimentar o espírito – nem só de pão vive o homem, Jesus Cristo o disse – as Livrarias “Académica”, na Rua do Paço 8 (depois Rua da República) e a “Nazareth”, no lugar de sempre, vendiam as novidades literárias, funcionando em simultâneo como papelarias e tabacarias, enquanto José Augusto Correia (o Zé do Casarão) era o agente de jornais credenciados. Neste âmbito a coqueluche era a “Tabacaria Mónaco”, uma iniciativa do republicano Francisco Maria Nunes cujas portas abriram em 1909 na ainda Rua do Paço. Construída à imagem e semelhança da célebre “ Tabacaria Mónaco”, no Rossio de Lisboa (ainda hoje existente), ali se podiam, de acordo com o texto laudatório publicado em “A Voz Pública”, «fumar os belos tabacos estrangeiros e nacionais e lerem os principais jornais, portugueses e estrangeiros, políticos, de modas e ilustrados, e irem as nossas mulheres e filhas comprar os seus figurinos e encomendar os moldes cortados para os seus vestidos». À moda da época, também na “Mónaco” se vendiam «a melhor manteiga, os melhores vinhos verdes de Colares e do Porto, etc., as melhores águas minerais e cervejas».

Em termos de cuidados de saúde, Évora possuía uma quantidade assinalável de farmácias, destacando-se a “Farmácia Motta,” de Cândido Ferreira da Motta, membro da direcção do Banco Eborense; a “Farmácia Ferro” de António Fernandes Marques, a “Farmácia da Misericórdia”; a “Farmácia Rebocho Pais”, de José Dordio Rebocho Pais, a “Farmácia Central”, na Rua de Avis, e para os mais carenciados a “Farmácia dos Pobres”, situada na Rua d’Alconchel e que funcionava também como depósito das Águas de Vidago. Entre os clínicos pontificavam Evaristo Cutileiro (tuberculose e doenças do foro respiratório), na Rua da Porta Nova; Ludolphe Bravo, médico-parteiro como ao tempo se dizia, com consultório na Rua do Paço; Felício Caeiro, cirurgião, na Rua dos Mercadores; Morais Sarmento, igualmente cirurgião, na Rua da Selaria e ainda Alves Branco, no Largo da Alameda. Mas quem fazia furor pela novidade e qualidade do seu trabalho era o cirurgião dentista António José Nogueira, com consultório montado em 1905 na Rua da Porta Nova, 5, onde efectuava a obturação de dentes com cimento, amálgama, oiro e esmalte e implantava dentes artificiais sobre placa de vulcante ou de esmalte e colocava dentes à “pivot” e em “bridge-work”, coroas de ouro e porcelana.

Noutros domínios, a Relojoaria e Ourivesaria Simões, fundada por Joaquim Simões ao cimo da Rua do Paço em 1876 levava a palma a todas os do seu género. Deixou de existir há cerca de duas décadas o mesmo não tendo acontecido todavia com a Casa Bacharel, agora Drogaria Azul, aberta na Rua da Porta Nova em 1896, que anunciava ser a grande referência do comércio misto de ferragens, drogas, tintas, produtos químicos e farmacêuticos, óculos, lunetas e binóculos, artigos eléctricos e fotográficos e uma quantidade inesgotável de instrumentos para o lar.

Para pleitear e querelar na justiça os mais famosos advogados eram Armando Cordeiro Ramos, Gabriel Vitor Bugalho, com escritório na Rua do Raimundo, e Martinho Pedro Pinto Basto. Jacinto António de Brito, Florival Sanches de Miranda, José Bento Rosado, António Jacinto Villalva eram os mais conhecidos entre os solicitadores. Na Fotografia Lisbonense de Ricardo Santos e Filho, na Rua d’Avis, 23, os eborenses tinham quem com arte e bom gosto lhes tirasse o retrato, como na altura soía dizer-se. Pode afirmar-se com absoluta certeza que era neste sector do comércio e serviços que o Partido Republicano em Évora tinha o núcleo principal dos seus apoiantes.

Texto: José Frota 


Évora Perdida no Tempo - Altar da Ordem Terceira da Igreja do Carmo


Altar do Santíssimo Sacramento da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo , na Igreja co Convento do Carmo (lado da Epístola).

Autor David Freitas
Data Fotografia 1950 - 1966
Legenda Altar da Ordem Terceira da Igreja do Carmo
Cota DFT7038 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

VI Festival de Expressões "Arte de Escolher"



PROGRAMA


Performances de Teatro de Objetos "A convenção dos Direitos da Pessoa com Deficiência" nas ruas do Centro Histórico da Cidade de Évora. Participantes: Clientes da Cercidiana e Amigos
Encenação: Bruno Cintra
Dia 3 | Partida do Parque Infantil às 17:30
Dia 5 | Partida da Praça do Giraldo às 15:00
Dia 7 | Partida da Praça do Giraldo às 17:30

Dias 12 a 15 Outubro
Animação de Rua com o Grupo "Bate ao Lado"
Participantes: Clientes da Cercidiana e Amigos
Início às 16:30 no TGR
Exposição de Artes Plásticas (obras de Clientes da Cercidiana)
Teatro Garcia de Resende

Dia 12

17:30
“Palavras e Pés Quentes”
Grupo de Teatro da ASCTE (Évora)
Praça 1º de maio
(para todos)

21:30
“Romeu e Julieta”
Grupo de Teatro da Cercidiana
Teatro Garcia de Resende
(para todos)

Apresentantes Visuais
Grupo Experimental de Teatro de Objetos
(Cercidiana)
Teatro Garcia de Resende

Dia 13

17:30
“Fotografias da crise”
Grupo de Teatro “O Imaginário” da APPACDM (Évora)
Praça 1º Maio
(para todos)

21:30
Apresentantes Visuais
Grupo Experimental de Teatro de Objetos
(Cercidiana)
Teatro Garcia de Resende

Um Monologo"
“Auto das Fadas”
Crinabel Teatro (Lisboa)
(para maiores de 6 anos)
Teatro Garcia de Resende

Dia 14

21:30
Apresentantes Visuais
Grupo Experimental de Teatro de Objetos
(Cercidiana)
Teatro Garcia de Resende

“Sou do tamanho do que vejo e não do tamanho da minha altura”
Grupo “Era uma vez… teatro”
APPC Porto
Teatro Garcia de Resende

Dia 15

21:30
Apresentantes Visuais
Grupo Experimental de Teatro de Objetos
(Cercidiana)
Teatro Garcia de Resende

Voluntarina" - A sensibilização para o mundo do voluntariado
Companhia de Teatro Paladio
Associação Paladio Arte (Espanha - Segóvia)
Teatro Garcia de Resende

Évora Perdida no Tempo - Casa forte da Biblioteca Pública


Casa forte da Biblioteca Pública de Évora

Autor David Freitas
Data Fotografia 1960 - 1970
Legenda Casa forte da Biblioteca Pública
Cota DFT5072 - Propriedade Arquivo Fotográfico da CME

domingo, 9 de outubro de 2011

Bombeiro apanhado a conduzir alcoolizado

Um condutor de uma ambulância dos Bombeiros Voluntários de Évora foi interceptado pela GNR, no passado sábado pelas 23h00 na Estrada Nacional 114 entre Évora e Montemor, a conduzir com uma taxa de alcoolemia superior à permitida por lei.
Fonte da GNR referiu que o condutor acusou 0,85 gramas de álcool por litro de sangue sendo que o máximo legal é de 0,49 gramas por litro.

Comercial (M/F)ÉVORA

A Flexilabor, Empresa de Trabalho Temporário Lda., integrada no Grupo Pessoas e Soluções, encontra-se no momento a recrutar Comerciais(m/f).

Função:

- Venda directa a particulares de produtos e serviços de Telecomunicações.

Requisitos:

- Experiência na área comercial ou similar;

- Orientação para objectivos;

- Conhecimentos de Informática;

- Disponibilidade Imediata.

Oferecemos:

- Formação inicial remunerada;

- Contrato de trabalho;

- Sistema de comissões Mensal;

Horário:

- 8 horas diárias desempenhadas entre as 13h e as 22h,

Local de Trabalho: Évora e arredores

Observações:

Envie hoje mesmo resposta a este Anúncio anexando currículo actualizado para: clara.matos@flexilabor.pt, indicando como referência DC_Évora.

Av. António Augusto de Aguiar, nº 108 2º Dto.

1050-019 Lisboa

(em frente ao El Corte Inglês)

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Recitais no Fórum Eugénio de Almeida


Numa iniciativa inédita, a Fundação Eugénio de Almeida, em colaboração com o Departamento de Música da Escola das Artes da Universidade de Évora, realiza pequenos recitais de música durante o período de almoço e os fins de tarde de Outubro.

O convite à audição de alguns dos melhores sons surge através da criatividade e sensibilidade de jovens músicos que, com as suas flautas, pianos, guitarras ou clarinetes, vão tornar a pausa da refeição ou de final de dia muito mais especiais.



24 de Outubro

13h30

Joana Fernandes - flauta

Programa

K. Reinecke, Sonata Undine

A. Jolivet, Incantations nº 4 e 5



18h00

Joana Gomes e Ana Marques - violino e piano

Programa

F. Lopes-Graça, Sonatina nº 1

B. Bartok, Sonatina e Danças romenas

M. Falla, Suite popular espanhola

F. Lopes-Graça, Prelúdio, Capricho e Galope



Entrada: 2,00 € | Bilhetes à venda no Fórum Eugénio de Almeida

Gratuito para estudantes e professores da Universidade de Évora.

Interior da Sé de Évora

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Andakibebé- recomendado para famílias com crianças até 6 anos de idade. NÃO PERCA!


Duração: 55 minutos, sem intervalo.
Espectáculos: 29 de Outubro, sábado, às 18h00 e dia 30, domingo, às 11h00.
Local: Teatro Garcia de Resende



Partindo de jogos e brincadeiras do universo infantil, a música dá sentido a um conjunto de elementos contrastantes e constrói-se uma relação muito próxima com crianças e adultos ao longo do espectáculo. O público é convidado a entrar no espectáculo e participar musicalmente em vários momentos energéticos, bem como a ouvir contemplar cuidadosamente outros de natureza mais subtil e poética.



Ficha Artística
Concepção: Companhia de Música Teatral; Música, Textos e Direcção Artística: Paulo Maria Rodrigues; Imagens: Joana Quental Vídeos, e desenho de som e luz: Luis Miguel Girão; Figurinos e adereços: Maria Gonzaga; Cenografia: Miguel Ferraz; Intérpretes: Ana Paula Almeida, Carlos Gomes, Helena Rodrigues, Isabel Gonçalves, Jorge Leal e Paulo Maria Rodrigues


Informações: Telef: 266746750, Telem: 965740270 e-mail: eboraemusica@mail.evora.net


Andakibébé começou por ser um livro/CD editado pela Companhia de Música Teatral. Após uma resposta clara de pais e educadores sobre a relevância educativa desta publicação, criou-se um espectáculo baseado nesse material. Entre o teatro e a música, com humor e irreverência, explorando paisagens sonoras e visuais ricas e coloridas, um pianista e cinco cantores constroem uma “performance” ao vivo que, mais do que um espectáculo, é uma festa, uma sugestão sobre como comunicar através da música, teatro e movimento. Partindo de jogos e brincadeiras do universo infantil, a música dá sentido a um conjunto de elementos contrastantes e constrói-se uma relação muito próxima com crianças e adultos ao longo do espectáculo. O público é convidado a entrar no espectáculo e participar musicalmente em vários momentos energéticos, bem como a ouvir contemplar cuidadosamente outros de natureza mais subtil e poética. A música, variada, rica e contrastante, incluindo temas originais, canções e rimas da tradição cultural portuguesa, interage com figurinos coloridos, com elementos cénicos que vão sendo transformados ao longo do espectáculo e com projecções vídeo de animações baseadas nas ilustrações originais do livro. O espectáculo leva o público numa viagem a memórias e à imaginação, explorando os territórios da comunicação universal através da arte, como se tem provado em apresentações em diferentes países como Portugal, Espanha e Polónia.

Évora Perdida no Tempo - Vista parcial de Évora


Vista parcial de Évora vendo-se, em primeiro plano, parte da muralha e a Torre de Alconchel e, em segundo plano, a Igreja de São Francisco.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1950 - 1970
Legenda Vista parcial de Évora
Cota DFT2303 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Hospital de Évora regista casos de desidratação

Três idosos foram assistidos nos últimos dias no Hospital de Évora devido a desidratação, provocada pelo calor, numa altura em que as temperaturas no Alentejo ultrapassam os 30 graus centígrados, disse à agência Lusa fonte hospitalar.
A mesma fonte salientou que se trata de "casos pontuais", uma vez que a população da região está habituada a viver com temperaturas elevadas.
"Só dois ou três dias depois é que se fazem sentir as consequências dos golpes de calor", explicou a fonte.
Nos outros hospitais distritais do Alentejo (Beja e Portalegre) não há notícia de quaisquer casos relacionados com o calor, segundo fontes de ambas as unidades hoteleiras.
Neste início de Outono, o Alentejo voltou a registar esta quarta-feira temperaturas superiores a 30 graus centígrados.
Para os próximos dias, está prevista a continuação de temperaturas elevadas.

Personalidades Eborenses - Ana Laura Chaveiro Calhau

Foi a primeira mulher do concelho a assumir publicamente a sua condição de republicana. Filha do grande lavrador eborense Joaquim Inácio Calhau e de Maria Pires Chaveiro, Ana Laura nasceu na freguesia de Igrejinha, do concelho de Arraiolos, em 1892, mais propriamente na Herdade da Comenda Grande, onde ainda residia quando em 1908, apenas com 16 anos, discursou no grande comício republicano do quintalão da Rua de Machede, falando entre Bernardino Machado e Afonso Costa. Jovem de educação esmerada e de grande cultura, participou ainda nesse ano no plebiscito às mulheres republicanas organizado pela Tribuna Feminina do jornal “República”. 
No ano seguinte esteve entre as fundadoras da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas (LRMP). Foi a principal impulsionadora da Comissão de Mulheres Republicanas Eborenses, que decidiu ofertar uma bandeira por elas bordada e confeccionada ao município eborense para içar no Rossio de Brás e no edifício camarário no dia 1 de Dezembro de 1910, declarado como feriado para celebrar o dia da Bandeira. Casou nova e diminuiu a sua actividade política, mas continuou a militar na LRMP até à sua extinção, trocando correspondência com outras feministas do tempo como Ana de Castro Osório e Maria Veleda. Morreu a 27 de Maio de 1955, com 63 anos, no mesmo lugar onde abriu os olhos e viveu. Sempre republicana.


Texto: José Frota

Évora Perdida no Tempo - Secção de empacotamento da Fábrica dos Leões


Fábrica dos Leões: secção de embalagem/ empacotamenento (funcionários e maquinaria).

Autor David Freitas
Data Fotografia 1950 dep. - 1970 ant.
Legenda Secção de empacotamento da Fábrica dos Leões
Cota DFT5130.1- Propriedade Arquivo Fotográfico CME