terça-feira, 6 de março de 2012
Évora Perdida no Tempo - Missa na Escola de Enfermagem S. João de Deus
Autor David Freitas
Data Fotografia 1956 c. -
Legenda Missa na Escola de Enfermagem S. João de Deus
Cota DFT7572 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME
segunda-feira, 5 de março de 2012
Teatro - Falar Verdade a Mentir
Duarte é um jovem peralvilho, mentiroso compulsivo, apaixonado de Amália e esta dele. Amália é filha do Sr. Brás Ferreira, um comerciante rico, do Porto que vem a Lisboa para casar a menina. Mas se Brás Ferreira apanhar o Duarte (mentiroso compulsivo) numa mentira, lá se vai o casamento de Amália com Duarte.
Joaquina criada de Amália, esperta e ladina pretende casar com José Félix, ladino e imaginativo criado do General Lemos. Juntos tratarão de tornar verdade, perante Brás Ferreira, as mentiras que Duarte inventa.
Nesta comédia em acto único de dezassete cenas, Almeida Garrett põe a ridículo a sociedade burguesa no Portugal do século XIX.
Encenação: Victor Zambujo
Cenografia e Figurinos: Leonor Serpa Branco
Ambiência musical: Paulo Pires
Interpretação: Álvaro Corte Real, Ana Meira, Jorge Baião, José Russo, Maria Marrafa e Rui Nuno
De 5 a 9 de Março e de 12 a 16 de Março:
Teatro Garcia de Resende
(espectáculos para público escolar)
27 de Março:
Sala Principal do Teatro Garcia de Resende
(Comemorações do Dia Mundial do Teatro)
Évora Perdida no Tempo - Aspecto interior da Sé catedral de Évora
Aspecto interior da Sé Catedral de Évora: vista parcial da nave central e pia de água benta.
Autor David Freitas
Data Fotografia 1966 ant. -
Legenda Aspecto interior da Sé catedral de Évora
Cota DFT6037 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME
domingo, 4 de março de 2012
Médico especialistas em Ortopedia
MoreCare é uma empresa especializada no desenvolvimento de projectos de Recrutamento, Selecção e Outsourcing na área da saúde. Procuramos dar resposta às necessidades dos nossos clientes, instituições de saúde privadas ou públicas, optimizando e rentabilizando os recursos, garantindo uma gestão eficiente.
Pretendemos identificar médico especialista em Ortopedia para colaborar na Urgência de um Hospital em Évora. A prestação será realizada de acordo com a disponibilidade dos profissionais, em regime de prestação de serviços.
Se pretende colaborar connosco poderá enviar o seu resumo curricular para
sábado, 3 de março de 2012
sexta-feira, 2 de março de 2012
Évora recebeu Prémio Melhor Programação Cultural Autárquica
A Câmara Municipal de Évora voltou a ser premiada mais uma vez, desta feita com o Prémio Melhor Programação Cultural Autárquica, da Sociedade Portuguesa de Autores, tendo o galardão sido entregue à Vereadora Cláudia Sousa Pereira na cerimónia da III Gala do Prémio Autores 2012, que decorreu na noite do dia 27 de Fevereiro, no auditório do Centro Cultural de Belém.
Nesta gala, transmitida em direto pela RTP e apresentada por Catarina Furtado, foram premiados um conjunto de destacados criadores em áreas tão diversas como o cinema, a rádio, a televisão, a literatura, a dança, as artes visuais e a música. O programa contou também com uma homenagem ao maestro Pedro Osório e as atuações de Lúcia Moniz e João Reis, Carlos do Carmo, Amor Electro, Sérgio Godinho, Adriana e Orquestra conduzida pelo maestro Jorge Costa Pinto.
Além de Évora, foi também premiada a Câmara de Coimbra, de entre as mais de 30 autarquias nacionais que apresentaram candidaturas. De referir ainda que o Prémio Internacional Autores foi entregue ao realizador e argumentista espanhol Imanol Uribe, tendo a Direção da SPA decidido atribuir o Prémio Vida e Obra, a Mário Soares, pela sua atividade como autor de livros e pelo seu contributo para a valorização da cultura na vida pública portuguesa.
Évora, cidade onde a união fraterna entre a educação e a cultura é um facto, apresentou uma candidatura centrada na mostra do trabalho desenvolvido pelos diversos serviços municipais, mas também pelas parcerias estabelecidas com agentes culturais da cidade e do concelho, sem esquecer igualmente o acolhimento de diversas tournées de artistas nacionais e internacionais.
Face às dificuldades orçamentais, a autarquia reconheceu que a aposta prioritária em 2011 incidiu em ações que beneficiaram de contrapartida financeira e no estabelecimento de redes, parcerias e colaborações.
Salientou também esta candidatura (que estará disponível na íntegra brevemente na página eletrónica da autarquia eborense) a ação de Évora como cidade educadora, dando como exemplo o conjunto de atividades que são oferecidas às escolas quer pela autarquia, que por agentes culturais e instituições, apontando vários projetos e atividades, como sejam, entre muitos outros, a Loja dos Sonhos, a Água Contada, Fotógrafos, Títeres e Outros Sonhadores, Cabinet 1799, projeto Gira-Livros, Arqueo-Conversas, além da dinamização de variadas exposições e organização de espetáculos.
A divulgação da programação através de vários suportes informativos, caso da Agenda cultural, Quiosque digital, Guia da semana, Revista Évora Mosaico, entre outros, também foi mencionada, além de indicados os diversos espaços municipais camarários onde se desenvolvem trabalhos e acolhem eventos, sem esquecer também aqueles que estão cedidos a diversos agentes do concelho.
Feita a entrega do galardão, a Vereadora Cláudia Sousa Pereira, proferiu algumas palavras de agradecimento à Sociedade Portuguesa de Autores em nome do Presidente do Município eborense por esta distinção, apresentando também os parabéns aos restantes nomeados, frisando que esta programação “não teria sido possível sem uma série de colaborações, de redes, de partilhas, de gente que trabalhou e para essas pessoas um agradecimento muito especial, bem como aos serviços municipais que foram incansáveis”.
Considerou que “vale a pena trabalhar-se deste modo”, tendo manifestado a sua gratidão e reconhecimento a todos os que tornaram possível este prémio que ”é sobretudo para os eborenses: os que nasceram em Évora, os que escolheram Évora para viver e os que passam por Évora e levam Évora consigo”.
Évora Perdida no Tempo - Capela de St. António (Ig. S. Francisco de Évora)
Capela de Santo António (capela lateral do lado da Epístola) da Igreja de São Francisco de Évora.
Autor David Freitas
Data Fotografia 1966 ant. -
Legenda Capela de St. António (Ig. S. Francisco de Évora)
Cota DFT4044 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME
quinta-feira, 1 de março de 2012
Évora Perdida no Tempo - Largo dos Colegiais antes da intervenção
Aspecto do Largo dos Colegiais antes da intervenção. Em Novembro de 1953 a Casa Cadaval doou ao município o terreno adjacente ao Buraco dos Colegiais para arranjo e ajardinamento, reservando essa passagem a peões, obra que ficou pronta em 1955.
Autor David Freitas
Data Fotografia 1953 -
Legenda Largo dos Colegiais antes da intervenção
Cota DFT6325 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
Casa Bacharel / Drogaria Azul - 116 anos de existência
A “Casa Bacharel”, também conhecida por “Drogaria Azul” e sediada na Rua Elias Garcia nos nºs. 11,12 e 13, rivaliza com a Papelaria Nazareth na compita pelo estatuto de mais antiga loja da cidade. Nenhuma delas começou com a denominação actual e, se é possível precisar a data do início do funcionamento da drogaria, o mesmo não acontece com a papelaria, que teve por primeiro proprietário o comerciante Eduardo de Souza e abriu portas por volta da mesma altura, mas em ano e data desconhecidos. Mas que ambas são os estabelecimentos comerciais mais antigos de Évora, disso não sobejam dúvidas.
Posto este intróito, é tempo de nos reportarmos à história da loja, que iniciou a sua actividade em 1896 sob a designação de Casa Bacharel & Cª, sociedade por quotas, com o capital inicial de 8 contos de réis, sendo sócios os Senhores Bacharel e Cutileiro, este em posição minoritária. Em 1904, porém, já Cutileiro tinha deixado a sociedade e a firma passado à designação única de Casa Bacharel. Pelo menos disso nos dá conta a publicidade que Bacharel fazia inserir regularmente no jornal “A Voz Pública”, primeiro órgão oficioso e, depois, oficial do Partido Republicano em Évora. Nesses anúncios proclamava a Casa Bacharel ser a grande referência local em termos do comércio misto de ferragens, drogas, tintas, produtos químicos e farmacêuticos, óculos, binóculos, artigos eléctricos e fotográficos e uma quantidade inesgotável de instrumentos para o lar.
Com efeito, a localização do estabelecimento em plena Praça Luís de Camões, zona nevrálgica do comércio local desse tempo, a filiação republicana do proprietário e a qualidade da mercadoria em oferta fizeram da Casa Bacharel um estabelecimento de grande procura. Quando Bacharel se retirou a loja passou para as mãos de Jaime Teodorico da Silva Alberto, o seu único empregado desde início, que em 1938 a trespassou a António Peixoto da Silva. Pouco hábil para a função, este não soube lidar com as dificuldades advenientes da II Guerra Mundial e deixou que a loja entrasse em declínio. Por esse tempo já passara a ser mais conhecida por “Drogaria Azul”, atendendo ao facto de ser essa a sua cor nas ombreiras, nas portas, paredes exteriores e rodapés. Dez anos mais tarde, em 1948, trespassa-a a José Cid da Silva, um comerciante do ramo, natural de Alvito e que na freguesia de Vila Alva, logo após a conclusão da escola primária, se empregara numa drogaria, prosseguindo a sua carreira em Alverca. A vida levou-o posteriormente até Angola, de onde veio regressar a Vila Alva, ao que constou na altura por inadaptação ao clima. Pessoa muito dinâmica e profundamente conhecedora do ofício, Cid da Silva mudou a residência para Évora, dedicou-se de alma e coração ao negócio e, passados quatro anos, tinha revitalizado a drogaria, recuperado antigos clientes, conquistado novos e pusera o estabelecimento a dar lucros.
Mercê da sua afabilidade, simpatia e permanente disponibilidade, Cid da Silva tornou-se uma pessoa benquista na cidade. Para não ser prejudicado, nunca tomou posições políticas públicas, embora os amigos mais chegados soubessem da sua aversão ao salazarismo e à guerra colonial. Agiu neste campo sempre de forma discreta, por não querer comprometer o futuro da loja e o dos filhos. Em 1984 entendeu que chegara a hora de gozar a sua reforma. Também ele optou por fazer o trespasse da drogaria a um seu empregado, Leonardo da Silva, o qual lhe pagou uma verba à volta dos 1200 contos. Leonardo da Silva começou a trabalhar na Drogaria Azul a 1 de Setembro de 1956, depois de ter andado a guardar gado antes e depois de fazer a 4ª. classe. Era o filho mais velho de um trabalhador rural. Seu pai soube por um amigo que Cid da Silva procurava um empregado e foi lá conversar com ele, acabando o rapaz por ficar com o lugar. Mas em 1966 veio a incorporação no serviço militar, a ida para as colónias e só em 1969 o regresso.
Convicto de que em Lisboa outras perspectivas mais risonhas e atraentes se lhe abririam, decidiu ficar pela capital, encontrando trabalho numa firma que era fornecedora da drogaria eborense. No ano seguinte Cid da Silva acenoulhe com a hipótese do regresso, oferecendo-lhe três contos e quinhentos por mês. O facto de a namorada de então e actual mulher ser de Évora decidiu-o a regressar, assentando aqui arraiais. Catorze anos depois, tomava de trespasse – como já se disse – a loja ao seu patrão. O seu desejo foi manter a loja tal como a recebera, tradicional e com muita clientela.
Em 1990 a Câmara emitiu uma postura na qual avisava que as lojas, nas suas portas e rodapés, só poderiam estar pintadas de amarelo torrado ou de cinzento. Leonardo da Silva solicitou à edilidade autorização para continuar de azul, dada que essa era a sua tonalidade emblemática e servia de referência a toda a população.
O município deferiu o pedido, atendendo à longevidade. De resto a Casa Bacharel/Drogaria Azul continua a
vender praticamente o mesmo que antes, apenas com ligeiras alterações, ditadas pela evolução dos tempos. E o maior anseio de Leonardo da Silva é, agora, que o tempo começa a deixar visíveis os sinais da sua passagem, que os filhos prossigam o negócio.
Texto: José Frota
Texto: José Frota
Évora Perdida no Tempo - Vista parcial de Évora
Vista parcial de Évora. À esquerda vê-se a Rua Estevão Cordovil, um dos corpo da Universidade de Évora, o Seminário, a torre e parte do Convento dos Lóios e a Sé Catedral; à direita vê-se o que resta do antigo Convento de Santa Mónica, parte do Paço dos Duques de Cadaval e a Torre das 5 Quinas.
Autor David Freitas
Data Fotografia 1950 - 1970
Legenda Vista parcial de Évora
Cota DFT7618 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Percursos Ambientais em Évora - Aqueduto da Água da Prata
O Aqueduto da Água da Prata foi durante muitos anos a principal fonte de abastecimento de água à Cidade. Hoje a sua importância é menor, mas não deixa de constituir uma alternativa e reforço do abastecimento. Apesar de estarem em curso obras de restauro do Aqueduto, o caminho encontra-se limpo, em grande parte da sua extensão, pelo que o percurso pode começar a ser utilizado.
Brevemente serão melhorados os caminhos, será colocada sinalização, algumas vedações e serão melhorados os acessos, para que as pessoas possam percorrer o Aqueduto entre Évora e a Graça do Divor. O percurso pode ser utilizado por caminheiros ou ciclistas
Évora Perdida no Tempo - Secção de embalagem da Fábrica dos Leões
Autor David Freitas
Data Fotografia 1950 dep. - 1970 ant.
Legenda Secção de embalagem da Fábrica dos Leões
Cota DFT5103.1 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Personalidades Eborenses - António Ribeiro Chiado
António Ribeiro, conhecido por "O Chiado" ou "O Poeta Chiado" (Évora, 1520 - Lisboa, 1591). Foi um poeta jocoso e satírico do século XVI, contemporâneo de Luís Vaz de Camões. Era conhecido como Chiado (o poeta) por ter morado muitos anos no Chiado, em Lisboa, na rua assim chamada já naquele século, que no século XIX mudaria para Rua Almeida Garrett, nome que conserva até hoje.
Nasceu em Évora, num meio humilde. Professou na Ordem dos Franciscanos, na sua cidade natal, até ter optado por abandonar a vida de clausura. De Évora parte para Lisboa, onde o seu talento com as palavras o torna conhecido na zona lisboeta do Chiado. Segundo as descrições, seguiu uma vida de celibato, vestindo-se sempre com um hábito clerical.
Durante a sua vida gozou de grande popularidade não só por ser poeta mas também por ser um exímio improvisador e imitador das vozes e de gestos de figuras conhecidas dessa época, sempre junto aos seus hábitos. Faleceu em Lisboa, em 1591.
Não se têm dados exactos de todas as publicações de Chiado. Sabe-se que deixou muitos manuscritos como os seguintes:
- Autos (segundo o estilo de Gil Vicente, há menção a edições publicadas ainda em vida mas sem registos)
- Auto de Gonçalo Chambão;
- Auto da Natural Invenção.
Os seguintes autos foram encontrados juntos, num livro de miscelâneas:
- Pratica de oyto feguras, Faria & Payua moços, Ambrosio da gama, Lopo da silueira, Gomez da Rocha fidalgos, Negro capelã, Ayres galuam;
- Auto das regateyras per Antonio Ribeyro. Pratica de treze figuras, Velha, Briatiz, Negra, Comadre, Pero Vaz, Noyuo, May, Ioã Duarte, Afonso Tome, Frenã Dãdrade, Gomez Godinho, Brimanesa;
- Pratica dos compadres, Fernam dorta, Brasia machada, Isabel, Vasco Lourenço, o compadre, Siluestra, Moço, namorado, a comadre, caualeyro Esteuam : auto terceiro.
Outras obras:
- Philomena dos Louvores dos Santos com Outros Cantos Devotos;
- Letreyros muyto sentenciosos, os quaes se acharam em certas sepulturas de Espanha;
- Letreyros muyto sentenciosos… e hua regra spiritual que elle fez ao Geral de S. Francisco, e assi hua petiçam… ao Commissayro, e a resposta do Geral, feita por Affonso Alveres (Uma regra espiritual que fez ao Geral de S. Francisco, uma petição que fez ao Comissário, e a reposta do Geral, feita por Afonso Alvares).
O seu génio como poeta é mencionado por Camões, num dos versos do Auto de El Rei Seleuco.
No coração da Baixa de Lisboa, junto ao Bairro Alto, encontra-se a zona do Chiado. Nela está a estátua do poeta homónimo, inaugurada a 18 de Dezembro de 1925, por iniciativa da Câmara Municipal de Lisboa, para homenageá-lo. A estátua, de bronze, é da autoria de Costa Mota (tio) e a base, em pedra de lioz, de José Alexandre Soares. Nela se vê a representação do poeta sentado num pequeno banco, envergando um hábito de monge, sorrindo com escárnio, numa posição arqueada, de convite.
Está situada entre as estátuas de nomes grandiosos da literatura portuguesa (Fernando Pessoa, Eça de Queiróz e Camões), num largo rodeado de igrejas, teatros e livrarias, facto que levou alguns intelectuais da época a oporem-se veementemente à localização escolhida.
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