quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Autarca de Évora acredita que projecto da Embraer vai atrair mais empresas aeronáuticas


O autarca de Évora, José Ernesto Oliveira, congratulou-se hoje com a inauguração das duas fábricas da Embraer na cidade, na sexta-feira, garantindo que este “enorme projecto” vai ter “repercussão” e atrair outras empresas do sector aeronáutico. 

“O que se está a assistir em Évora vai ter repercussão nos anos seguintes, com a natural aproximação de outros operadores industriais ligados à indústria aeronáutica, que aqui” poderão “vir a desenvolver os seus projectos, disse. O presidente do município de Évora falava à Agência Lusa a propósito da inauguração, esta sexta-feira, das duas fábricas da construtora aeronáutica brasileira Embraer na cidade. Assegurando tratar-se de “uma data e de um momento particularmente gratos”, o autarca disse que este projecto “começa agora”, mas “tudo indica” que terá “um futuro largo à sua frente”. 

Questionado pela Lusa sobre o efeito de atracção deste investimento, José Ernesto Oliveira limitou-se a revelar, sem pormenores, que existem mais empresas interessadas em Évora. “As coisas continuam num plano não propriamente negocial, mas há reservas de terrenos”, admitiu, recordando que o loteamento do parque aeronáutico foi sujeito a alterações para a criação de lotes que possam “acolher empresas mais pequenas”, mas sempre ligadas a esse sector. “Estamos convencidos” de que, no seguimento do projecto da Embraer, “se vão concretizar outros projectos, a curto prazo”, vaticinou. 

O presidente da Embraer Portugal, Paulo Marchioto, adiantou que as unidades, uma de estruturas metálicas (partes de asas) e a outra de materiais compósitos (componentes para caudas), já representaram um investimento de 177 milhões de euros. O projecto foi formalizado em Julho de 2008, através de um acordo assinado em Lisboa, perante o então primeiro-ministro José Sócrates e o ex-presidente brasileiro Lula da Silva. Um ano depois, a 26 de Julho de 2009, foi lançada em Évora a primeira pedra de uma das fábricas, numa cerimónia também presidida por José Sócrates. 

O arranque oficial da construção, no parque aeronáutico situado na periferia de Évora, junto ao Aeródromo Municipal, deu-se a 2 de Novembro de 2010. Após a fase de “testes” e de “ajustes” dos seus dois novos “Centros de Excelência”, ao longo do Verão, a empresa, líder no sector de aviação comercial e a terceira maior construtora aeronáutica do mundo, inaugura agora as unidades e aponta as primeiras entregas para “o final do ano”. 

“Foi uma aposta que travámos com muita determinação”, mas também “arriscada na altura”, lembrou José Ernesto Oliveira, aludindo à crise financeira e económica. Contudo, “todos os obstáculos” foram superados e “este enorme projecto” vai ter impactos em termos laborais, porque a cidade, garantiu, “vê criada oportunidade de emprego qualificado, particularmente para os jovens”. 

As fábricas já empregam 98 pessoas, mas o projecto global, segundo estimativas da Embraer, prevê a criação de um total de “600 postos de trabalho directos e 1400 indirectos”.

Texto: Lusa

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Forcados ponderam apresentação de queixa contra hospital de Évora

O grupo de Forcados Amadores de Monsaraz está a ponderar apresentar uma queixa contra o Hospital Espírito Santo, em Évora, por alegado atraso no socorro a um forcado ferido no passado sábado, segundo fonte desta associação.

O acidente ocorreu sábado, durante uma corrida na Praça de Touros da Amieira, em Portel, tendo ficado ferido o forcado Armando Martins, pertencente aos Forcados Amadores de Monsaraz, segundo um elemento deste grupo.

David Rodrigues, responsável por este grupo de forcados, disse à agência Lusa que o forcado ficou ferido numa perna e que foi transportado pelos Bombeiros de Portel.

Ao chegar ao Hospital Espírito Santo de Évora, o forcado já tinha à sua espera a namorada e o pai desta, o qual terá denunciado numa rede social a alegada falta de um pronto atendimento por parte de um ortopedista de serviço.

David Rodrigues não testemunhou estes primeiros momentos no hospital, mas contou à agência Lusa que segunda-feira, quando visitou o amigo, ouviu um médico dizer-lhe que, apesar da cirurgia ter corrido bem, este ainda corria o risco de ser amputado por não ter sido operado mais cedo.

Perante estes acontecimentos, e enquanto membro da Associação Nacional de Forcados, o grupo de Forcados Amadores de Monsaraz está a ponderar apresentar uma queixa contra este atendimento.

Contactada pela Lusa, fonte do hospital disse que, até ao momento, não foi apresentada qualquer queixa ou reclamação com este teor.

Após ter tido conhecimento do caso pela comunicação social, o hospital decidiu que vai "analisar a situação", disse à agência Lusa a mesma fonte.

Texto: Lusa

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Tauromaquia vai ser património imaterial de Évora


A Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central (CIMAC), que representa os 14 concelhos do distrito de Évora, prepara-se para declarar a tauromaquia como Património Cultural Imaterial da região, disse à agência Lusa fonte da instituição.

De acordo com o presidente do município de Reguengos de Monsaraz e autor da proposta, José Calixto, o documento deverá ser aprovado pela CIMAC "durante o mês de Outubro".

Caso seja aprovada a proposta, a zona de Évora surge como a segunda região do país a declarar a tauromaquia como Património Cultural Imaterial, depois de a Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA), que representa os 15 concelhos do distrito de Portalegre, ter aprovado um documento idêntico em Julho.

O autarca de Reguengos de Monsaraz explicou que os municípios do distrito de Évora estão a decidir, nos respetivos concelhos, o "reconhecimento" da tauromaquia como Património Cultural Imaterial de Interesse Municipal, para depois, em outubro, a declaração da CIMAC ser aprovada.

Para o autarca, a tauromaquia, nas suas mais diversas manifestações, engloba "um conjunto de tradições e expressões orais, de artes do espetáculo, de práticas sociais, rituais e eventos festivos, de conhecimentos e práticas relacionadas com a natureza e de aptidões ligadas ao artesanato tradicional".

Nesse sentido, acrescenta, que "esta tradição, esta herança cultural, própria de um povo nunca poderá ser renegada". José Calixto destacou ainda que o distrito de Évora acolhe várias ganadarias, grupos de forcados, toureiros, dirigentes tauromáquicos e diretores de corrida, como Agostinho Borges, e que contou, no passado, com "grandes nomes" do toureiro a cavalo, como José Mestre Batista, Simão da Veiga e Luís Miguel da Veiga.

"Nunca nos podemos esquecer que a temporada tauromáquica começa em Portugal no dia 1 de Fevereiro, em Mourão", no distrito de Évora, assinalou. De acordo com a CIMAC, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) aprovou em Outubro de 2003 a Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, entrando a mesma em vigor a 20 de Abril de 2006.

Esta convenção promove a salvaguarda do património cultural imaterial e o respeito pelo património cultural imaterial das comunidades, dos grupos e dos indivíduos em causa.

De acordo com os critérios da UNESCO, são já mais de 30 os municípios portugueses que declararam a tauromaquia como Património Cultural Imaterial de Interesse Municipal.

Texto: C.Manhã

domingo, 16 de setembro de 2012

Electromecânico - Évora

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Évora, Portel, Viana do Alentejo

Procura-se Electromecânico para:
Realizar as actividades técnicas inerentes à inspecção, manutenção e reparação de equipamentos mecânicos e electromecânicos, bem como à instalação e afinação de equipamentos.

Requisitos:
Carta Condução Ligeiros

Damos Preferência a:
Conhecimentos Serralharia Mecânica e Soldadura
Conhecimentos básicos de Electricidade e Força Motriz
Conhecimentos de hidráulica e pneumática

Responsável, Dinâmico e Autónomo


Enviar candidatura acompanhada de cv para:

sábado, 15 de setembro de 2012

Interior da Sé de Évora


Choque frontal fere dois condutores


Uma colisão frontal entre um automóvel e um veículo ligeiro de mercadorias, na cidade de Évora, provocou ontem ferimentos graves a um homem de 81 anos e a uma mulher de 53, ambos condutores das viaturas sinistradas.
Fonte do CDOS de Évora referiu  que o acidente ocorreu pelas 08h26, na EN18, entre as rotundas da Lagril e do Mercado Abastecedor da região.
"As causas da colisão são ainda desconhecidas. Trata-se de uma via onde a velocidade é reduzida e que tem boa visibilidade", acrescentou a mesma fonte.
Assistidas no local pelos bombeiros e INEM, as vítimas foram depois conduzidas para o hospital de Évora. Nas operações de socorro e limpeza da via, que obrigaram ao corte do trânsito durante uma hora, estiveram envolvidas duas dezenas de elementos dos bombeiros de Évora e Arraiolos.

Texto: A.M.S.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

A oculta Ermida de Nª Srª do Ó

A Ermida de Nossa Senhora do Ó, pequeno templo de graciosidade ímpar incrustado no arco da Porta de Avis, subsiste hoje como o único dos nichos e capelas que foram erguidos, em meados do século XIV, em honra da Virgem Maria, nas quatro entradas mais importantes da cidade.

Das outras ermidas, a da Porta de Machede (Senhora da Natividade), completamente degradada, passou a fazer parte de uma casa de habitação; a da Porta de Alconchel (Senhora da Ajuda) foi demolida em 1866 e a da Porta da Rua da Mesquita (Senhora do Amparo) foi integrada na Igreja do Senhor Jesus da Pobreza, que começou a ser construída em 1729.

Segundo o Cónego António Fernando Marques, por cima da Porta de Avis, virada a nascente, foi construído
um nicho onde foi colocada uma imagem de Nossa Senhora do Ó, padroeira das grávidas e parturientes. No lugar daquele vieram a ser mais tarde levantados um balcão e um arco coberto, em cujo vão se pintou, a fresco, a imagem da Virgem a caminho do Egipto. Outros quadros ali foram pintados: Nª. Srª. do Espinheiro, S. Sebastião e Santo António.

Cerca de 1484, foi então construída a actual ermida sobre a espessa muralha e entre as duas portas,  possivelmente como forma de resguardar a imagem da Senhora do Ó, alvo de grande devoção popular.
Nos séculos seguintes, o pequeno orago sofreu reparações e melhoramentos vários (1525 e 1589), suportados integralmente pelo Cabido eborense. Em 1671, o próprio povo veio a contribuir para a recuperação da capela, que os espanhóis haviam destruído quase por completo oito anos antes, durante a Guerra da Restauração. Entretanto, em 1804 foi a Porta de Avis que entrou em obras. A Câmara e o príncipe regente D.João, de acordo com o Comando Militar, ordenaram a abertura de uma Nova Porta de Avis, depois de produzidas diversas alterações necessárias ao seu reforço e consolidação, as quais não se repercutiram nas suas estruturas fundamentais. 

Dessa intervenção ficou uma lápide comemorativa na parte cimeira exterior da Porta. Afigura-se por natural que tenham sido efectuadas algumas modificações na ermida que lhe deram a configuração actual. Na sua obra “Da Toponímia de Évora – Vol. I”, o historiador Afonso de Carvalho afirma que «apesar de muito pequena, a ermida de Nª. Srª. do Ó tinha confraria própria e nela dizia-se missa todos os domingos e dias santos, ficando os fiéis do lado de fora e o celebrante no interior da ermida». Mais informa que eram de «grande riqueza» as pinturas e imagens existentes nesta ermida, como Frei Agostinho de Santa Maria deixou bem documentado no seu livro “Santuário Mariano”, de 1716.  E recorda que as festas em honra da Virgem tiveram uma certa importância, mormente no período que mediou entre a segunda metade do século XIX e a queda da Monarquia.

Com a implantação da República, a ermida viu-se incluída no arrolamento dos bens da Igreja e posteriormente encaminhada para uso civil. Apesar da sua exiguidade, terá servido, durante esse tempo, de habitação e arrecadação de uma taberna. Depois de devolvida à sua função primordial veio a ser reaberta ao culto em 24 de Junho de 1931 (há exactamente 78 anos), sendo a missa de Acção de Graças celebrada pelo Arcebispo de Évora, D. Manuel da Conceição Santos.

Hoje entra-se nela por uma porta situada na abertura interior da muralha. Sobem-se quatro pequenos lanços de escada e de súbito vemo-nos introduzidos na capela pela zona meã da sua actual disposição. Logo à direita, e junto a uma janela, figura o antigo púlpito. À esquerda, fica o cativante altar da Senhora do Ó, sendo todo o espaço longitudinal ocupado por cinco bancos corridos, onde, com boa vontade, se poderá sentar um máximo de 30 pessoas.

Na parede são visíveis os quadros atrás mencionados. A outra extremidade, também servida por pequena janela que dá para a Rotunda fronteira, é composta pelo antigo balcão, o qual se encontra preenchido com livros sagrados. O curioso templete não está, nos nossos dias, aberto ao público. Mas franqueia as suas portas aos segundos domingos de cada mês, pelas 9 horas, para a celebração da Eucaristia. Sem o esplendor das grandes festas de há um século, que, segundo reza a imprensa da época, chegaram a reunir no Largo de Avis mais de seis mil pessoas, a imagem da Senhora do Ó continua a sair anualmente em procissão no dia 18 de Dezembro, liturgicamente apelidado de dia da Expectação. Foi nessa data que, de acordo com a tradição católica, Maria exprimiu ardentemente o desejo de ver nascer rapidamente o seu filho.

Texto: José Frota
Fotografias: Carlos Neves

Projecto Gira-Livros reabre com algumas alterações


O Núcleo de Documentação da Câmara Municipal de Évora, serviço da Divisão de Assuntos Culturais, localizado no edifício dos Paços do Concelho, após um breve interregno, reabre agora o projecto Gira-Livros, com algumas alterações no que respeita à oferta de livros.

Iniciado a 29 de Abril de 2011, data da inauguração da Livraria Municipal, o projecto, aberto à população em geral, foi criado para dar destino às doações de livros usados que são feitas ao Núcleo de Documentação e, de acordo com essa função, estabeleceu como objectivos: promover o livro e a leitura; prolongar a vida útil de livros que de outra forma seriam destruídos e fomentar hábitos de partilha e de reaproveitamento de bens de consumo.

Os livros que são aceites, e oferecidos, no âmbito do projecto são de todos os géneros e temas (Romance, Poesia, Conto, Teatro, História, Banda Desenhada, entre muitos outros, incluindo dicionários e/ou enciclopédias), exceptuando livros escolares e livros técnicos, e devem estar em bom estado de conservação, de modo a que ainda possam ser lidos e/ou guardados.
Até ao momento, mais de 600 livros deram entrada no Gira-Livros, dos quais cerca de 500 já foram oferecidos.

A recepção de livros pode ser feita, como até então, de segunda a sexta-feira, no horário normal do serviço, mas as ofertas passam a ter um dia e um horário exclusivos: sextas-feiras das 14h00 às 17h30, período em que todos os interessados podem levar livros, até 4 exemplares por mês e/ou 6 de dois em dois meses.

Cinema ao Ar Livre - "Feios, Porcos e Maus"


quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Évora Mosaico nº5


Link: Évora Mosaico nº5

Évora Perdida no Tempo - Palácio de D. Manuel


Palácio de Dom Manuel, no Jardim Público. Após o desabamento da cobertura da Galeria das Damas, esta foi restaurada, tendo-lhe sido introduzidas grandes modificações, características da utilização do ferro na arquitectura. Em Março de 1816 um violento incêndio destruiu-o parcialmente.

Autor Desconhecido/ não identificado
Data Fotografia 1888 dep. - 1916 ant.
Legenda Palácio de D. Manuel
Cota CME0289 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

A Bruxa Teatro apresenta "Vésperas da Virgem Santíssima"


Estreia a 13 de Setembro, em Évora, a mais recente produção da aBt. Em comemorações pelos seus 10 Anos, A Bruxa Teatro apresenta Vésperas da Virgem Santíssima, texto de Antonio Tarantino e tradução de Tereza Bento.

Com Figueira Cid, direcção de José Neves, assistência de encenação de Mirró Pereira, sonoplastia de Pedro Costa, desenho de luz de Feliciano Branco, cenografia e figurino de Pedro Fazenda.


É um filho que morre e um pai que lida com a sua morte. É um filho que chama pelo pai e um pai que corre sempre em seu socorro, como fazem os pais. É assim que tem de ser, não é? Mesmo além da morte.

Em “Vésperas da Virgem Santíssima” há um jogo “quase-cómico-nunca-sempre-trágico-cómico”, num monólogo em volátil estado, no qual o pai discorre histórias familiares – estreitamente relacionadas com o filho, um travesti de rua - perdido nos tempos, repetindo verbos, falando no passado como se presente fosse, falando de um futuro (talvez ele seja ainda possível?), remetendo para hoje as acções de ontem. Entre vícios, manias, insanidades, as várias vozes destes episódios – do filho, da insuportável mãe – saem em catadupa da boca única do pai, com a urgência de quem tem tanto para dizer ao filho. E já não há tempo.

Por isso, uma linguagem intensamente oral cria imagens sucessivas, caixas dentro de caixas e é preciso não perder o fio à meada, como acontece nos pensamentos. Crime, prostituição, doença, suicídio, contas para pagar. E amor, incondicional, tolerância, muita. Cabe tudo. Cabe a memória enfiada numa espera que parece não ter fim.

Vésperas da Virgem Santíssima
Em cena de 13 a 29 de Setembro | 4ª a sáb às 21:30h, dom às 16h
A Bruxa Teatro | Rua do Eborim, 16 Ex. Celeiros da EPAC | Évora
Reservas: abruxateatro@gmail.com | 266 747 047
Bilhetes: 8€ | 4€
M/16

Texto: Mirró Pereira

Exposição "Só os Caminhos eram Meus", de Ingrid Simons, até 29 de Setembro no Palácio D.Manuel


A Câmara Municipal de Évora apresenta no Palácio de D. Manuel, até 29 de setembro, uma exposição de pintura da artista plástica holandesa Ingrid Simons, intitulada "Só os Caminhos eram Meus", numa organização conjunta da Fundação OBRAS e da autarquia. 

Ingrid Simons, nascida em 1976, é graduada pela Academia de Arte de s-Hertogenbosch, na Holanda, e esta é a sua segunda exposição em Évora, onde irá apresentar novos trabalhos que tem desenvolvido no Alentejo. As paisagens são o seu tema principal, mas numa técnica em que as cenas parecem congeladas, num dualismo entre a escuridão e a luz, criando um momento bonito e ao mesmo tempo sinistro. Desta vez, para além das telas, Ingrid apresenta também alguns trabalhos pintados em azulejo, numa experiência que começou na sua residência em Portugal em 2010, na Fundação OBRAS.

Nos séculos XVIII e XIX os azulejos azuis e brancos, com paisagens e a vida dos santos, ornamentavam as paredes dos mosteiros, câmaras e casas aristocráticas. Muitas vezes, estes azulejos cobriram frescos medievais brilhantemente coloridos com os seus significados devocionais. Ingrid Simons experimentou com novos estilos a aplicação convencional dos azulejos, fazendo referência à tradição ao utilizar as mesmas cores e esmaltes, mas em que as paisagens em azul e branco que pinta divergem em estilo e significado. Seus azulejos não se destinam a ser didáticos ou decorativos. Como nas suas pinturas e serigrafias, cria uma atmosfera de dualismo. Romântico é a primeira impressão, mas é seguido de perto pela inquietude.

Esta exposição pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 10:00 às 12:00 e das 14:00 às 18:00, encerrando aos domingos todo o dia e aos sábados apenas na parte da manhã.