quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

O Palácio dos Duques de Cadaval



O Palácio dos Duques de Cadaval fica na parte de dentro da muralha de Évora, frente ao templo romano. Este palácio, pertencente desde a sua fundação à família dos Duques de Cadaval, apresenta uma excepcional combinação dos estilos mudéjar, gótico e manuelino.

O primitivo palácio surgiu, no século XIV, junto à Torre de Évora, onde o Fidalgo Martim Afonso de Mello, servidor do Mestre de Avis e descendente da Coroa portuguesa, mandou erguer o Palácio. 

A construção desse palácio assentou, em parte, sobre as muralhas romano-visigodas do antigo Castelo de Évora, incorporando vestígios de ambos na sua estrutura, visíveis através dos contornos militares fortificados do edifício, bem como da imponente torre da fachada principal, vestígio do castelo. Nas traseiras do Palácio, pode admirar-se a extraordinária torre pentagonal: a famosa Torre das Cinco Quinas.

Além dos jardins exteriores e das inúmeras salas e salões que constituem o edifício, o Palácio dos Duques de Cadaval acolhe uma colecção de esculturas, pinturas e armaria, com peças datadas entre o século XV e o século XVIII.



No Palácio dos Duques de Cadaval residiram temporariamente vários monarcas portugueses, nomeadamente Dom João II, Dom João IV e Dom João V. Também no Palácio esteve prisioneiro Dom Fernando II, 3º Duque de Bragança, acusado de conspiração contra o rei Dom João II e decapitado na Praça do Giraldo, a praça principal da capital alentejana, em 1483.

No início da década de 1990, o palácio passou por uma campanha de restauro promovida por Dona Claudine, esposa do 10º Duque de Cadaval e mãe da actual duquesa. Hoje em dia, o Palácio dos Duques de Cadaval pode-se visitar, assim como a igreja de São João Evangelista. (ver pagina informações).


No dia 21 de Junho de 2008, o Palácio dos Duques de Cadaval acolheu o evento social mais importante do ano na Europa: o matrimónio de Dona Diana Álvares Pereira de Melo, 11ª Duquesa de Cadaval, com Sua Alteza Real o Príncipe Charles Phillipe de Orleans e Duque de Anjou, celebrado nesse mesmo dia na Catedral de Évora, pelo Arcebispo de Évora. Todas as famílias reais de Europa estiveram representadas, assim como do resto do mundo (Marrocos, Cambodja...).


Évora Perdida no Tempo - Sessão de autógrafos de Eurico Veríssimo

Sessão de autógrafos de Eurico Veríssimo na Livraria Nazareth: público no interior da livraria.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1959 -
Legenda Sessão de autógrafos de Eurico Veríssimo
Cota DFT2982 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

OVNI de Alqueva 2004, identificado


Este incidente ocorreu a 31 de Maio de 2004, na Barragem do Alqueva situada entre Reguengos e Évora, quando o jovem Eduardo Silva, estagiário do Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ) na companhia de três colegas se encontravam no local a recolher algumas fotografias no âmbito de um trabalho referente ao meio ambiente.
Eduardo Silva somente reparou que existia uma ponto na sua foto e que ainda brincou com os seus colegas ao alegar ser um OVNI em tom de brincadeira.
Salienta que estava um dia de calor e no seu horizonte não eram visíveis pássaros, não se tratando também de balão, avião ou mesmo helicoptero, não existindo qualquer ruido.
Porem esta noticia correu Jornais e mesmo estações televisivas de informação, despertando as atenções de muitas comunidades alusivas ao fenómeno OVNI.
Segundo o Coronel Barbosa do Estado Maior das Forças Armadas, conta que a Força Aérea não tinha qualquer registo anómalo em Radar, porem iria efectuar um cruzamento de informações e testemunhos da população, passando este caso a especialistas no assunto OVNI.
Os anos passaram, o esquecimento ou arquivamento se esbateu acabando por silenciar este caso, não tendo qualquer resolução sobre o que o Jovem Eduardo Silva teria capturado com a sua câmera fotográfica digital.
Após uma grande análise das mais de 100 espécies de aves existentes no Alentejo, foi possível identificar a ave que terá surgido na foto de Eduardo Silva.



Estas imagens estiveram submetidas apreciação de alguns investigadores Internacionais que concluíram e partilharam a mesma opinião sobre a resolução deste caso. No Alentejo o bem afamado Pombo Torcaz ( Columba Palumbus ), muito apreciado por caçadores e gastronomia regional.
Este é o maior da sua espécie, onde a sua coloração cinza com ligeira plumagem branca e tamanho o distingue de todas as outras espécies congenes.
Esta ave habita todo o território Português, sendo mais abundante em épocas frias, migrando de variados países Europeus.
Toda a zona do Alqueva é abundante desta espécie de ave, sendo muito comum as poder observar enquanto passeia pelos campos do Alentejo ou em viagem de automóvel.
Na fotografia podemos constatar que o Sol está posicionado á direita na imagem, revelando as sombras escuras no montado "Arvoredo" próximo da água e projectando toda a luminosidade sobre a ave "Pombo".
A sua coloração cinza com o reflexo Solar cria um efeito de cinza metálico.
Durante o seu voo esta ave ao entrar para baixa altitude para pouso, recolhe as suas asas que segundo determinada posição fica com o aspecto discóide e inclinação ligeiramente acentuada como muito bem observamos na imagem.
Ao efectuarem zoom sobre a imagem, terão criado um ligeiro desfoque. É de salientar que ao fotografar em programa "modo paisagem", se obtiver uma ave no seu ângulo fotográfico, esta irá ficar com um ligeiro rasto, devido ao tempo de processamento do obturador.

Évora Perdida no Tempo - Claustro do Convento de S. Bento de Cástris

Vista parcial do claustro do Convento de São Bento de Cástris.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1957 ant. -
Legenda Claustro do Convento de S. Bento de Cástris
Cota DFT333.1 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A Igreja São João Evangelista do Palácio dos Duques de Cadaval


A Igreja São João Evangelista do Palácio dos Duques de Cadaval é considerada como uma das mais bonitas igrejas privadas de Portugal. Foi completamente restaurada em 1957 por Dom Jaime, 10º Duque de Cadaval, que lhe restituiu a traça primitiva respeitando cuidadosamente tudo o que de melhor nela existia.

A Igreja São João Evangelista foi fundada em 1485. Entra-se por um pórtico gótico flamejante do século XV junto a uma lápide em forma de baldaquino, com a inscrição da sua fundação e com o brasão do seu fundador, D. Rodrigo de Melo, 1º Conde de Olivença.

A nave goza de nervuras góticas e está revestida com uma belíssima e excepcionai colecção de azulejos do pintor António de Oliveira, datados de 1711 e assinados pelo autor.

No chão da igreja podem-se ver os túmulos dos Duques de Cadaval e seus ascendentes. Ao centro da igreja pode-se admirar duas das muitas curiosidades desta igreja: uma cripta com ossos dos frades do convento dos Lóios e uma cisterna árabe - a igreja foi construída sobre as ruínas de um castelo árabe, destruído durante as revoltas a favor do Mestre de Avis, em 1384.


A parede da Nave tem uma tribuna do século XVII, bonito exemplo de arquitectura deste século, mandada construir pelo 1º Duque de Cadaval, Dom Nuno Álvares Pereira de Melo.
O espectacular altar principal é de estilo maneirista, transição da Renascença para o Barroco. As imagens representam São João Evangelista. As paredes estão revestidas com azulejos do século XVII, policromados, estilo tapete.

A Capela do Santíssimo tem um altar dourado do século XVIII com um túmulo renascentista do século XVI, pertencente a Dom Francisco de Melo, conselheiro de Dom João III. A construção deste túmulo é atribuída ao arquitecto francês Nicolau Chanterene. Na outra parede desta capela pode-se admirar o túmulo de Dom Manuel de Melo, Governador de Tânger.

Évora Perdida no Tempo - Rua do Salvador


Rua do Salvador (junto à Porta Nova) antes da demolição do edifício que obstruía a rua.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1951 ant. -
Legenda Rua do Salvador
Cota DFT6318 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Cabinet 1799

Sejam bem-vindos ao Cabinet 1799... o novo projecto educativo da Casa da Balança...



Um Gabinete de Curiosidades dedicado à história do metro e do sistema métrico. Uma colecção única com preciosidades e invulgaridades, veja-se o Livro 1 das histórias do sistema métrico onde se contam as aventuras e desventuras dos ilustres sábios em geodesia Pierre Méchain e Jean Delambre no meridiano de Paris, no tempo da revolução francesa. 1792 e 1799. ed. Casa da Balança, 2011.


E como não poderia deixar de ser, o Livro 1 é apresentado no Animatógrafo na Casa da Balança, num espectáculo único com os ilustres sábios como protagonistas. Sessões de 20 minutos, às Quintas, com marcação prévia.


Ficha Técnica do Livro 1

Entidade: 
Casa da Balança: Unidade Museológica de Metrologia; Tutela: Divisão de Assuntos Culturais – DCHPC - CME

Projecto: 
Cabinet 1799 : gabinete de curiosidades com uma colecção imaginária, dedicada à história do metro e do sistema métrico. Instalado no gabinete da Travessa das Canastras da Casa da Balança.
Livro 1 As Aventuras e Desventuras dos ilustres sábios Pierre Méchain e Jean Delambre no meridiano de Paris, no tempo da revolução francesa, 1792-1799, representado no Animatógrafo da Casa da Balança.
Encenação: Susana Russo. Interpretação: Alexandra Charrua; Cristina Ardisson e Lurdes Júlio.
Textos e legendas : Antonieta Felix; Alexandra Charrua; Cristina Ardisson e Lurdes Júlio.
Imagens - colagens digitais: Alexandra Charrua. Design marionetas: Alexandra Charrua.
Construção de marionetas e acessórios: Alexandra Charrua; António Ferreira; Cristina Ardisson e Lurdes Júlio.

Sonoplastia: 
António Ferreira Banda sonora do domínio público: Música de abertura La Carmagolle com Letra e Música de Byrad, 1792; Marin Maris; sons – cavalos a relinchar; Música para berlindas La Vielle n.º29 de Le triomphe de la République, ou Le camp de Grandpré, divertissement-lyrique en 1 acte, de Marie-Joseph Blaise de Chénier (1764-1811) e François-Joseph Gossec (1734-1829) in http://www.fafich.ufmg.br/luarnaut/cont1.html.; Caixa de música – La Marseillaise, versão para bandas; som mar e disparos canhões – perseguição dos barcos; música – La Marseillaise, interpretada por Mireille Mathieu, Música de Rouget de Lisle; sons do domínio público - sinos;vento forte e chuva; Música final - Cá Irá, Letra: Ladré e Música: Carillon National de Bécourt, 1790, in http://www.fafich.ufmg.br/luarnaut/cont1.html.
Produção: Casa da Balança, 2010-2011. Colaboração: Eborae Mvsica e Cendrev.
Público: Maiores de 6 anos. Duração: 20 minutos.


Copyright|Casa da Balança|2011


Évora Perdida no Tempo - Capela lateral da Sé de Évora


Aspecto anterior à demolição de uma das capelas laterais da Sé Catedral de Évora (demolidas na década de 1940/ 1950, durante as obras de restauro).
Autor David Freitas
Data Fotografia 1950 ant. -
Legenda Capela lateral da Sé de Évora
Cota DFT7504 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Évora Perdida no Tempo - Escola de Condução Victor Santos

Autor David Freitas
Data Fotografia 1950 - 1970
Legenda Escola de Condução Victor Santos
Cota DFT4745 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

PSP reforça efectivos durante a passagem de ano

A PSP de Évora vai reforçar o número de efetivos na rua durante a passagem de ano. Com a capacidade hoteleira praticamente esgotada na cidade, a PSP vai ser mais visível, com mais patrulhas apeadas e com a presença da brigada de intervenção rápida nas zonas mais movimentadas. A Policia de Segurança Pública revela que dentro das preocupações está a segurança rodoviária. Nesse sentido vão realizar-se mais fiscalizações a viaturas e ao consumo de álcool. Alvo de atenção estará também o funcionamento dos estabelecimentos de diversão noturna. Estas medidas estão integradas na Operação Festas Seguras, que até agora, em todo o país, levou à detenção de 808 pessoas.  Diana FM

Évora Perdida no Tempo - Antigo Palácio do Farrobo


Antigo Palácio do Farrobo (antigo Quartel dos Bombeiros), demolido em 1963 para dar lugar ao Palácio da Justiça.
Autor David Freitas
Data Fotografia 1963 ant. -
Legenda Antigo Palácio do Farrobo
Cota DFT3019.1 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Parque de Ciência previsto para Évora vai ter laboratórios para apoiar empresas em várias áreas

O Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo, previsto “nascer” em Évora, no próximo ano, vai agregar laboratórios para apoiar empresas em várias vertentes, como energias renováveis, ambiente e clima, agroalimentares, protótipos e mecatrónica ou informática.

“Vários laboratórios vão ser instalados no parque para prestarem serviços a empresas, por exemplo no estudo de materiais e construção de protótipos”, adiantou hoje Manuel Cancela d'Abreu, vice-reitor da Universidade de Évora.

O responsável explicou à Agência Lusa que o parque, assim como todo o Sistema Regional de Transferência de Tecnologia (SRTT) em que está integrado, num projeto para ser implementado no Alentejo e na Lezíria do Tejo, vai abranger várias vertentes de atuação.

“Uma delas, muito importante, é a das indústrias e empresas agroalimentares. Outras são as energias renováveis, a mecatrónica e protótipos, as indústrias ligadas ao ambiente e ao clima e a informática”, revelou.

A ideia é que existam laboratórios e outras estruturas de investigação que promovam a transferência de tecnologia da Universidade de Évora e dos institutos superiores politécnicos de Beja, Portalegre e Santarém para as empresas da região.

“O Parque de Ciência e Tecnologia e o SRTT são importantíssimos porque, hoje em dia, as empresas e as regiões desenvolvem-se e conseguem criar emprego através da inovação, pelo que é fundamental o trabalho em conjunto com as instituições de ensino superior e de investigação”, frisou.

O SRTT vai ser criado por um consórcio de 21 parceiros e prevê um investimento global de quase 42 milhões de euros, dos quais cerca de 30 milhões (70 por cento) são apoios comunitários, através do Programa Operacional InAlentejo.

Uma das vertentes mais importantes do SRTT, que também engloba incubadoras de empresas em vários pontos da região, é o Parque de Ciência e Tecnologia que, no próximo ano, vai ser construído em Évora.

A sociedade gestora do parque, que vai também coordenar todo o SRTT, é constituída formalmente quarta-feira, na Universidade de Évora, com a assinatura da escritura.

O capital da sociedade é de 575 mil euros, detido maioritariamente (quase 76 por cento) pela Universidade de Évora, seguindo-se o Banco Espírito Santo e a empresa Glintt, que atua em várias áreas, nomeadamente a informática e as energias renováveis.

Os restantes parceiros da sociedade são a Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo, a Associação Nacional de Jovens Empresários, os institutos Politécnicos de Beja, Portalegre e Santarém e a empresa Decsis.

Évora Perdida no Tempo - Claustro do extinto Convento S. Domingos


Vestígios arquitectónicos do claustro do extinto Convento de São Domingos, cuja demolição se iniciou em 1836.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1950 - 1966
Legenda Claustro do extinto Convento S. Domingos
Cota DFT4404 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME