segunda-feira, 26 de março de 2012

Évora Perdida no Tempo - Largo dos Colegiais antes da intervenção


Aspecto do largo dos Colegiais antes da intervenção: escadas e prédio da Rua Estevão Cordovil (demolido em 1955). Em Novembro de 1953 a Casa Cadaval doou ao município o terreno adjacente ao Buraco dos Colegiais para arranjo e ajardinamento, reservando essa passagem a peões, obra que ficou pronta em 1955.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1955 ant. -
Legenda Largo dos Colegiais antes da intervenção
Cota DFT2726 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

domingo, 25 de março de 2012

Recrutamento de TOC - Évora

A ECC - Engª Ambiental e Prevenção Laboral Lda., pretende recrutar para os seus quadros 1 Técnico Oficial de Contas (m/f) a tempo inteiro:

Perfil do candidato:

- Licenciatura;
- TOC, com experiência mínima de 3 anos na função;
- Sólidos conhecimentos informáticos em geral, e em plataforma PHC em particular (factor preferêncial);
- Empenho, dedicação e interesse no trabalho em equipa;
- Disponibilidade imediata.

Oferta:

- Integração em empresa sólida e de prestígio;
- Remuneração compatível com a experiência demonstrada.

Enviar candidatura e cv actualizado para:

sexta-feira, 23 de março de 2012

Évora dá vinho a provar


A Praça de Giraldo, em Évora, vai receber este sábado, dia 24 de março, uma mostra e prova de vinhos comentada pela Confraria dos Enófilos do Alentejo, em mais uma iniciativa integrada na edição deste ano da Rota de Sabores Tradicionais.

Assim, a principal “sala de visitas” da cidade irá proporcionar a degustação de alguns dos melhores néctares alentejanos, com a vantagem de às 12h00 e as 15h30 a prova ser comentada por elementos da Confraria dos Enófilos do Alentejo que assim darão a conhecer o “ADN” do vinho eleito.

A prova comentada de vinhos, organizada pela Câmara Municipal de Évora e pela Confraria dos Enófilos do Alentejo, com o apoio dos Vinhos do Alentejo e dos Azeites do Alentejo, será complementada com a presença de três lojas gourmet (Divinus, Alforge e Erva Doce), para além do oleiro “chico Tarefa”.

Para além da presença da Banda Filarmónica de N. Sr.ª de Machede, a iniciativa terá ainda uma visita guiada ao Centro Histórico para a descoberta da toponímia alimentar (14h30- 15h30).

Évora Perdida no Tempo - Largo dos Colegiais antes da intervenção


Aspecto do largo dos Colegiais antes da intervenção: escadas e prédio da Rua Estevão Cordovil (demolido em 1955). Em Novembro de 1953 a Casa Cadaval doou ao município o terreno adjacente ao Buraco dos Colegiais para arranjo e ajardinamento, reservando essa passagem a peões, obra que ficou pronta em 1955.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1953 - 1955
Legenda Largo dos Colegiais antes da intervenção
Cota DFT2729 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quinta-feira, 22 de março de 2012

Igreja de São Mamede


A igreja paroquial de São Mamede é um monumento religioso dedicado a São Mamede na cidade de Évora, situado no Largo Evaristo Cutileiro, freguesia de São Mamede.
A igreja teve fundação gótica, na época de D.Dinis. Foi depois remodelada no século XVI, datando dessa época o seu aspecto actual. A galilé em mármore, assim como a abóbada nervurada da nave, imprimem a este monumento um forte carácter renascentista. Do século XVII datam os azulejos polícromos que cobrem as paredes da nave e da Capela da Confraria do Santíssimo Sacramento. O retábulo do altar-mor é de mármore, em estilo neoclássico, dos finais do século XVIII.

Évora Perdida no Tempo - Convento da Graça após o desabamento


Parte do Convento da Graça (de Évora) encontrava-se já em ruína parcial quando, no dia 15 de Março de 1957, sofreu nova derrocada no corpo dos dormitórios, noviciado e enfermaria. Em 1966 o imóvel encontrava-se, ainda, em fase de recuperação (a cargo da Direcção Geral de Edifícios e Monumentos nacionais).
Autor David Freitas
Data Fotografia 1957 dep. - 1966 ant.
Legenda Convento da Graça após o desabamento
Cota DFT179 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

terça-feira, 20 de março de 2012

Ciclos de Música - Até que um pássaro me saia da garganta


Melodea - Temporada de Música 2011 . 2012

Fórum Eugénio de Almeida | 21h30



Até que um pássaro me saia da garganta - 14 de abril

Sete Canções, Sete Poemas



Espetáculo que nasce da ideia de sonorizar musicalmente sete poemas de Eugénio de Andrade, autonomizando cada um numa “peça de câmara” para duas guitarras clássicas e voz (declamada e cantada). O Jazz funde-se com a poesia de Eugénio de Andrade, numa mescla de palavras cantadas e ditas.



José Peixoto - guitarra, música e direção musical

Natália Luiza - dramaturgia

Miguel Seabra - direção cénica e desenho de luz

Teresa Macedo - cantora

Ana Cloe - atriz

Luís Roldão - guitarra



Poemas Eugénio de Andrade



Entrada: 6,00€ | Bilhetes à venda no Fórum Eugénio de Almeida

Évora Perdida no Tempo - Estação elevatória da Barragem da Graça do Divor


Autor David Freitas
Data Fotografia 1967 -
Legenda Estação elevatória da Barragem da Graça do Divor
Cota DFT5211 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

segunda-feira, 19 de março de 2012

Transferência do Museu da Música para Évora “bloqueada este ano” por falta de verbas

O secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, reconheceu que o processo de transferência do Museu Nacional da Música, de Lisboa para Évora, está “claramente bloqueado, este ano”, devido à falta de recursos financeiros.

O governante reiterou, contudo, que continua a ser “intenção” da Secretaria de Estado da Cultura transferir o museu, que funciona na estação do Alto dos Moinhos do Metro de Lisboa, para o Convento de São Bento de Cástris, em Évora.

“São Bento de Cástris é um assunto que nos preocupa mas para o qual, neste momento, de facto, não temos imediatamente fundos para fazer aquilo que gostaríamos de fazer”, admitiu.

O secretário de Estado falava aos jornalistas na Universidade de Évora, depois de proferir uma conferência no âmbito do aniversário da Escola de Ciências Sociais da academia alentejana.

À margem da sessão, Francisco José Viegas lembrou que, aquando de uma visita sua a São Bento de Cástris, afirmou ser adepto da mudança do museu para a cidade alentejana.

“É uma das nossas intenções, como disse quando vim visitar São Bento de Cástris pela primeira vez. Agora, claro, é preciso equacionar muitas outras coisas e isso está tudo em cima da mesa”, afirmou.

Questionado sobre se, devido à falta de fundos, o processo não avança este ano, o governante foi peremptório: “Está bloqueado. Este ano, sim, está claramente bloqueado”, até porque seria necessário “fazer muitas obras”

Também em declarações aos jornalistas, a responsável da Direcção Regional da Cultura do Alentejo (DRCAlen), Aurora Carapinha, revelou que hoje (19) vai ter início uma empreitada para “a recuperação das coberturas de todo o complexo” do Convento de São Bento de Cástris, que tem como objectivo a “mitigação da degradação e a consolidação do edifício”.

As obras, que rondam os 220 mil euros, financiados a 85 por cento por fundos comunitários, através InAlentejo, deverão estar prontas dentro de “seis meses”, disse.

Ao mesmo tempo, frisou Aurora Carapinha, vão prosseguir, naquele espaço, outras obras de conservação e recuperação que a DRCAlen já está a realizar.

A directora regional da Cultura adiantou ainda que, independentemente da transferência do Museu Nacional da Música, está em cima da mesa a hipótese de “uma pequena comunidade de monges, do Brasil”, da ordem beneditina, poder vir a instalar-se numa parte de São Bento de Cástris.

“Todo aquele complexo pode ter várias funcionalidades, tal como [antigamente tinha] qualquer convento. Não pomos de lado essa hipótese”, limitou-se a acrescentar.

Évora Perdida no Tempo - Sala de depósito da Biblioteca Pública de Évora


Autor David Freitas
Data Fotografia 1969 Março 
Legenda Sala de depósito da Biblioteca Pública de Évora
Cota DFT5075 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

domingo, 18 de março de 2012

Precisa-se gestor industrial - Évora

Precisa-se de gestor industrial afim de gerir, organizar fábrica de rações para animais.

O trabalho será com sistema informatico de produção/comando da fábrica, gestão de stocks, emissão de GR, encomendas a fornecedores.

Envio de CV para

sábado, 17 de março de 2012

A arte de encadernar no Atelier Barahona



Por vezes, em lugares inesperados do Centro Histórico, vão abrindo novos espaços comerciais que, contribuindo para a reabilitação da zona onde se inserem, oferecem, de forma singular e original, serviços de que Évora carece, na sua condição de cidade de cultura. É o que acontece com o “Atelier Barahona”, cuja loja se encontra num prédio de dimensões muito acanhadas na rua do Salvador nº. 13, à Porta Nova, em direcção à Praça Luís de Camões, junto ao último pilar visível do arco do Aqueduto, e que se dedica prioritariamente ao encadernamento, douramento e restauro de livros.

O ancestral cubículo pertenceu durante muitas décadas à família Campos Mello, que ali manteve um pequeno comércio de flores e de aves domésticas, para as quais dispunha de produtos alimentares específicos. Mais recentemente foi trespassado a outro negociante, que o escavou no seu interior para o adaptar a outra função. Mas ao encontrar ali restos da antiga defesa citadina e uma parede adjacente ao último pilar do aqueduto, parou as obras, deixou-as escoradas e não mais pensou em utilizá-lo para futuro empreendimento. E aliená-lo não parecia também tarefa fácil, dada a exiguidade do espaço e o fosso que ali fora cavado e não tapado.

Mas a localização era aliciante e o casal Alexandre e Sandrine Barahona decidiram ocupá-lo como pequeno estabelecimento de promoção, mostra e venda dos trabalhos produzidos na oficina, situada noutra zona, assim como para recepção de clientes e contactos com gente interessada nos serviços oferecidos. Recuperado o edifício e eliminado o fosso, através da construção de um forte separador de vidro apoiado em suportes de aço, a loja foi inaugurada a 27 de Novembro de 2009, data do aniversário de Sandrine. Alexandre, pertencente a uma das mais tradicionais famílias eborenses (é neto de Manuel Estanislau Barahona, durante muitas décadas provedor da Santa Casa da Misericórdia de Évora) e Sandrine eram jornalistas em França quando se conheceram. Era ela, porém, a apaixonada pela encadernação, arte maior no seu país a partir do séc. XVI, como resultante do incentivo às artes e ao livro, em fase de crescente procura e difusão. Em Paris e em Barcelona fez Sandrine as suas aprendizagens em encadernação e douração, obtendo o reconhecimento profissional por intermédio da Real Associação de Encadernação de Espanha.

Depois de casados vieram viver para Évora. «Mas aqui é muito difícil viver ou mesmo sobreviver como jornalista» - explicou Alexandre, que entretanto se tornou empresário com interesses espalhados pelo turismo, pela restauração e pela agricultura, para além de prestar apoio à actividade da mulher, que enveredou pelo exercício das suas aptidões e conhecimentos adquiridos, depois de ter comprado todo o equipamento pertencente ao Mestre José Brito, com oficina na Praça de Giraldo desde 1955, tido no final do século como o último encadernador dourador português em actividade e tragicamente desaparecido poucos anos depois na sequência de um acidente de viação.

De José Brito ficou, pois, Sandrine Barahona com os materiais de trabalho e o mister levado a cabo em sóbria oficina. Aí se dedicou à encadernação e douramento de livros utilizando métodos tradicionais, fazendo desde a encadernação clássica à decoração contemporânea, e da encadernação medieval à copta e japonesa. A qualidade do seu labor depressa galgou os limites da região, passando a ter clientes nas zonas de Lisboa, do Porto, de Coimbra e de Aveiro. A criação de um laboratório especial para recuperação de livros fez avolumar a procura dos seus serviços. A Biblioteca Municipal de Elvas e a Biblioteca do Palácio de Vila Viçosa estão entre as instituições que os demandam. Muitos sãos os bibliófilos e os escritores que ali mandam recuperar os livros mais antigos.

Acresce que outras formas acabaram por surgir, quer por iniciativa própria, quer por alvitre de alguns clientes. Conquistou assim alforria a papelaria de luxo, com  a execução artística de postais e ementas, com o fabrico de agendas e álbuns de fotografias, assim como a original produção de caixas (pequenas arcas, baús, cofres e malas, tudo manufacturado) personalizadas e idealizadas por quem as encomenda. Faltava pois uma loja, colocada em local estratégico, onde tudo isto pudesse ser exposto para ganhar superior visibilidade e promoção.

Foi desta forma que surgiu o “Atelier Barahona”. Mas o que sobretudo há a realçar em tudo isto é que, ao ocupar o lugar deixado vazio pela morte de Mestre Brito, Sandrine Barahona não deixou morrer em Évora uma arte cultural única no país e uma profissão em vias de extinção. O “Atelier Barahona” é uma loja que honra a cidade.


Texto: José Frota