quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Embraer queixa-se de dificuldades logísticas

A brasileira Embraer está a procurar soluções para transportar para o Brasil os componentes de aviões que serão produzidos em Évora, noticiou o Diário Económico. A fabricante aeronáutica está a construir duas unidades de componentes de aviões em Évora mas depara-se com dificuldades de logística no transporte destas peças para os portos nacionais. “Estão em andamento várias reuniões, incluindo encontros na Alfândega, Porto de Sines, de Lisboa, de Leixões e outros. Também estão a ser feitas visitas perió- dicas pelo departamento de logística” da empresa, garantiu o presidente da Embraer Europa, Luíz Fuchs, em entrevista por ‘email’ ao Diário Económico. Em causa estão, por exemplo, os condicionamentos rodoviários entre Évora e Sines. A construtora brasileira, que em Portugal criará 570 postos de trabalho directos, admite que os componentes poderão ser levados para Bilbau, Espanha, onde a empresa já tem uma plataforma logística montada, para depois serem transportados para o Brasil. “Não é uma prioridade mas, como em tudo, temos sempre de ter um plano B”, admite Luíz Fuchs. Entretanto, o Governo publicou um despacho em Diário da República onde assinala que o Estado português poderá investir até um máximo de 30 milhões de euros no avião militar da Embraer que está em desenvolvimento e que cuja construção poderá passar por Évora. Ainda sem ter assinado o acordo com a fabricante brasileira, o Executivo compromete-se a financiar quase metade do previsto na participação portuguesa no projecto, caso esta não seja financiada, na totalidade, pelo Quadro Referência Estratégica Nacional (QREN). Portugal é um dos seis países com quem a Embraer está a fazer acordos para a construção desta aeronave militar. Com data de 1 de Novembro, o despacho assinado pelos ministros das Finanças e da Economia considera que o projecto “constitui uma oportunidade única para dinamizar a capacitação do cluster aeronáutico, por forma a gerar e desenvolver competências tecnológicas e potenciar a internacionalização da indústria nacional”. As negociações entre o Governo português e a empresa brasileira irão conduzir à assinatura de uma parceria industrial para “desenvolvimento e produção de diversas componentes estruturais da aeronave, bem como de sistemas e software”.

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