terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Évora Perdida no Tempo - Nave central da Sé de Évora

Nave central da Sé de Évora, vendo-se do lado esquerdo o altar de Nossa Senhora do Anjo e, do lado esquerdo, a imagem do Anjo Gabriel. Esta imagem pertence à colecção do Grupo Pró-Évora, colocada em depósito no Arquivo Fotográfico da CME.
Autor Inácio Caldeira
Data Fotografia 1920 ant. -
Legenda Nave central da Sé de Évora
Cota GPE0002 - Propriedade Grupo Pró-Évora

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Masterclass com Dave Samuels



Link: Masterclass com Dave Samuels


Teatro: Ay, Carmela!

Perdidos numa noite de nevoeiro e fome, dois anónimos "artistas de variedades", caem em território inimigo. Aí, em troca da liberdade, são obrigados a apresentar o seu espectáculo às tropas vencedoras e aos prisioneiros vencidos. Que fazer à representação para sobreviver em tão díspar plateia? Como resistir ou ceder sem abalar a dignidade?

Tradução e encenação: Gil Salgueiro Nave
Cenografia, figurinos e adereços: Luís Mouro
Interpretação: Fernando Landeira e Sónia Botelho
Sonoplastia: Helder Gonçalves
Desenho de luz: Vasco Mósa


19 e 20 de Janeiro, às 21h30:
Teatro Garcia de Resende

Évora Perdida no Tempo - Aspecto geral da Rua da República


Aspecto geral da Rua da República. Esta imagem pertence à colecção do Grupo Pró-Évora, colocada em depósito no Arquivo Fotográfico da CME.


Autor Inácio Caldeira
Data Fotografia 1910 - 1920
Legenda Aspecto geral da Rua da República
Cota GPE0068 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

domingo, 16 de janeiro de 2011

Comercial Telecomunicações (m/f) - Évora

A Kelly Services está a recrutar para o seu parceiro, uma prestigiada empresa na area das telecomunicações em fase de crescimento, um comercial para a zona de Évora.

Principais Responsabilidades:

- Angariação e acompanhamento de clientes;

- Negociação de propostas comercias;

- Esclarecimento de clientes relativamente às soluções e produtos disponíveis;

Valorizamos as candidaturas que cumpram os seguintes requisitos:

- Experiência como Comercial e especificamente em Telecomunicações;

- Focalização no cliente;

- Excelente capacidade de comunicação e argumentação, ambição e orientação para o cumprimentos dos objectivos;

- Conhecimentos de Informática na óptica do utilizador;

- Disponibilidade imediata.

A sua candidatura será analisada por Helena Santos.


sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Pequenos Violinos da orquestra Metropolitana de Lisboa em digressão pelo Alentejo

Os Pequenos Violinos da orquestra Metropolitana de Lisboa iniciam domingo, em Évora, uma mini digressão pelas três capitais alentejanas.

No domingo, às 18:00 horas, os músicos juvenis, sob a direção de Inês Saraiva, tocam no Teatro Garcia de Resende. No dia 22, à mesma hora, sobem ao palco do Centro de Artes do Espectáculos de Portalegre e no dia 29, também às 18:00 horas, ao atuam no Pax Julia, em Beja.

Do programa constam canções tradicionais portuguesas como “Estrelinha”, “O Balão do João” e ainda “Over the rainbow” de Harold Arlen, Dança Húngara n.º1, de Johannes Brahms, 1.º andamento do Concerto em Lá menor, de Antonio Vivaldi, ou o Minueto n.º1 de Bach, entre outras peças.

Universidade:Mestrado em Teatro

Évora cria gabinete de apoio a vítimas de homofobia e violência doméstica

"Alentejo de Diversidades” tem como principais objectivos a prevenção da homofobia e da violência dentro da família (independentemente da orientação sexual das pessoas afectadas) e, particularmente, dentro da relação entre pessoas do mesmo sexo, através de apoio, informação e sensibilização.

Um gabinete de apoio a vítimas de homofobia e de violência doméstica, o primeiro do género em Portugal, abre este mês em Évora, revelaram os seus mentores na apresentação do projecto “Alentejo das Diversidades”, que teve lugar esta semana no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Évora e contou com a participação da Secretária de Estado da Igualdade, Elza Pais, e da Presidente da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, Teresa Fragoso, entre outras individualidades.

O projecto assenta numa parceria entre a associação Opus Gay e a Câmara Municipal de Évora e conta com o apoio do Fundo Social Europeu, do QREN e da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género.

“Alentejo de Diversidades” tem como principais objectivos a prevenção da homofobia e da violência dentro da família (independentemente da orientação sexual das pessoas afectadas) e, particularmente, dentro da relação entre pessoas do mesmo sexo, através de apoio, informação e sensibilização. Conta com grupos de auto-ajuda e de aconselhamento constituídos por uma equipa multidisciplinar, incluindo ainda a realização de acções de informação e sensibilização a técnicos especialistas e a todos os que mostrem interesse nesta área temática, bem como iniciativas de sensibilização para a população em geral.

Trata-se de um projecto inovador que procura colmatar as falhas existentes, principalmente ao nível da estigmatização social e exclusão, contribuindo assim para a inclusão na cidadania. Pretende ainda implementar um conjunto de acções de parceria com outros agentes públicos e privados, construindo uma resposta em rede, com vista à prossecução de uma estratégia concertada.

O Gabinete de Apoio e Aconselhamento “Alentejo das Diversidades” fica localizado na Rua de Machede, 53A (edifício das Juntas de Freguesia), podendo os contactos com os técnicos ser feitos pessoalmente ou através do telemóvel 966 768 432 (Linha de Apoio Permanente) ou do e-mail: contraoabuso@gmail.com ou em www.opusgay.org/Centro_Acolhimento.html

Na cerimónia de apresentação, o Coordenador do “Alentejo das Diversidades”, João Cunha, efectuou uma breve apresentação do projecto e falou dos seus principais objectivos, anunciando também a criação do gabinete de apoio que conta com uma equipa multidisciplinar para trabalhar em parceria com outras instituições e prestar auxílio a pessoas vítimas de homofobia ou de violência doméstica e inclusive ajudar também os abusadores que quiserem ser ajudados a não mais maltratar os outros.

Seguiu-se uma intervenção proferida pelo Presidente da Associação Opus Gay, António Serzedelo, cujas primeiras palavras foram de agradecimento à Câmara de Évora, nomeadamente à Vereadora da Cultura, Cláudia Sousa Pereira, pelo seu empenho na dinamização deste projecto e no encontrar de um espaço para o acolher em Évora.

Falou também dos motivos e princípios do projecto, sublinhando a importância dos poderes locais nas lutas pela cidadania e pela igualdade como investimentos culturais que se reflectem no tecido económico e a necessidade premente de se combater a violência doméstica, o machismo, o sexismo e a homofobia na sociedade portuguesa, apontando como o mais recente exemplo, na senda de que são vítimas dezenas de mulheres em Portugal, o assassinato do cronista Carlos Castro.

A oradora seguinte foi a Vereadora da Câmara de Évora, Cláudia Sousa Pereira, que deu as boas vindas e agradeceu a presença de todos, manifestando a sua satisfação pela celebração deste protocolo.

Salientou e agradeceu o empenho político da Secretária de Estado da Igualdade no sucesso deste projecto e também em matérias nacionais como a do combate à homofobia e à violência doméstica que convocam também, a nível local, a participar nesse combate e a investir em acções nestas áreas, trabalhando para a inclusão e igualdade e em prol do cumprimento dos valores da República.

Reconheceu as dificuldades do percurso, nomeadamente do que tem sido feito pela Associação Obra Gay no decurso do seu trabalho, agradecendo por Évora ter sido o território “eleito” pelo projecto e frisando o empenho de todos os envolvidos da autarquia na concretização deste.

Sublinhou ainda a necessidade de promoção deste tipo de iniciativas que trazem à luz graves problemas que importa resolver e que foram ignorados e escondidos durante séculos, fazendo votos para que esta seja “uma resposta social que, aberta a uma cultura de contemporaneidade, humanismo e inclusão, onde se convocarão diferentes parceiros socioculturais, permaneça na cidade e na região”.

A Secretária de Estado da Igualdade, Elza Pais, felicitou a Vereadora Cláudia Sousa Pereira e o Presidente da Câmara pelo empenho na concretização deste projecto, realçando também o papel do Governo Civil de Évora na afirmação dos direitos humanos e na luta contra a violência doméstica e falou de alguns aspectos do trabalho político e legislativo que o Governo realiza nestas áreas.

“Lutar contra a homofobia, lutar contra a violência doméstica, lutar contra qualquer tipo de discriminação, é lutar pela defesa de uma sociedade mais justa, mais igualitária, onde todas as pessoas sem excepção, nas suas diferenças, tenham as mesmas oportunidades”, afirmou, considerando também que o compromisso da autarquia eborense “é um compromisso pioneiro no nosso país” .

No que concerne ao trabalho realizado a nível nacional, a governante deu como exemplo três planos recentemente aprovados, um que respeita à igualdade, outro contra o tráfico de seres humanos e um contra a violência doméstica, sendo seu objectivo chegar aos locais mais recônditos do país e envolver toda a sociedade civil, as autarquias e as empresas, por forma a conseguir “um Portugal mais justo e mais moderno ao nível dos valores”.

Esta cerimónia contou também com dois momentos culturais e lúdicos, proporcionados pela actriz Carmen Filomena (que leu poesias de Florbela Espanca, Fernando Pessoa e Alda Lara) e pela actuação do grupo “Vozes do Imaginário”, os quais deixaram muito agradados todos os participantes no evento.

Évora Perdida no Tempo - Travessa da Caraça


Vista estereoscópica da Travessa da Caraça.

Autor Inácio Caldeira
Data Fotografia 1920 ? -
Legenda Travessa da Caraça
Cota CME0389 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Francisco José a voz de Évora

«Eu não sei que tenho em Évora, que de Évora me estou lembrando...» cantou, como ninguém, Francisco José, em voz quente e arrebatadora que a todos fazia vibrar de inexprimível emoção. Certo, outros artistas, em tempos diferentes, interpretaram de forma excelente esta melodia tradicional, mas nenhum o fez tão sentidamente, arrancando-a do mais íntimo de si, lembrando a nostalgia de quantos, um dia, por imperativos da vida tiveram de a abandonar sem nunca a poder esquecer. Muitos rumos e trilhos percorreu mas nunca deixou de a entoar em pungente homenagem à terra onde viu a luz do dia, estudou e se fez homem. Francisco José Galopim de Carvalho nasceu em Évora, na Rua da Cal Branca, em 16 de Agosto de 1924. Segundo relata o seu irmão mais novo António Marcos (o famoso professor e investigador Galopim de Carvalho) em “Fora de Portas – Memórias e Reflexões”, a sua primeira grande paixão foi o jogo do bilhar, que começou a praticar assim que o tamanho lhe possibilitou estar à altura do tampo verde. Adestrada a técnica de manejar o taco e a arte de carambolar, passou a ser presença assídua em cafés e sociedades recreativas dotados de salas de bilhar, nomeadamente nas da Harmonia e FNAT, para se haver com os melhores, apesar de não passar de um adolescente.
Entretanto a sua voz bem timbrada e melodiosa começava a dar nas vistas. Apenas com 15 anos estreou-se a cantar em público interpretando o tema “Trovador” na revista musical eborense em dois actos, «Palhas e Moinhas, da autoria de Vasconcellos e Sá e colaboração de Raul Cordeiro Ramos. No final desse ano de 1939 passou a actuar nas galas do Liceu Nacional de Évora, organizadas anualmente por ocasião das festas do 1º. de Dezembro. O sucesso foi tal que as festas anuais da estudantada liceal jamais deixaram de contar com a presença do Chico Carvalho, como era então conhecido. 
Com a voz romântica e aveludada enchia o coração das suas enamoradas, em serenatas de encantamento. E não se dispensava de ajudar algum colega a amolecer a alma de uma ou outra jovem mais renitente à corte de que era alvo.
Depois, com o ingresso nos estudos universitários, as ondas da vida levaram-no a passar o rio Tejo. Em 1948 apresentou-se no Centro de Preparação de Artistas da Rádio, munido de uma carta de apresentação para o seu director, o professor e antigo cantor Motta Pereira, e foi desde logo aceite. A partir daí profissionaliza-se, passa a ser Francisco José e abandona o curso de engenharia.
Dois anos mais tarde grava em Madrid “Olhos Castanhos”, tema que conhece um êxito extraordinário e o consagra definitivamente como cantor romântico. Seguem-se “Deixa Falar o Mundo” e “Ana Paula”, que lhe consolidam a popularidade já crescente. É esta que, transpondo o Atlântico, lhe vai valer um convite para em 1954 actuar no Brasil. Aquilo que se pensava não passar de um pequena digressão acabou por se converter numa prolongada estada em terras de Vera Cruz. Nelas conheceu um êxito sem precedentes, tendo-se tornado uma autêntica vedeta da televisão do Brasil, país em que viveu até 1980.
Em 1964 o cantor veio a Portugal e a Évora matar saudades de familiares e amigos. Na RTP souberam da sua estada e convidaram-no a apresentar um programa musical, em directo e à hora de maior audiência. Aceitou e cantou, maravilhando quem o ouviu. No final “partiu a loiça toda”, denunciando o quanto os artistas nacionais eram miseravelmente recompensados pelas suas participações nos programas televisivos, ao passo que os estrangeiros eram principescamente remunerados, pondo em causa a gestão político-cultural da administração da RTP.
O arrojo demonstrado levou-o a ter de comparecer para interrogatório na sede da PIDE, levado a cabo pelos respectivos beleguins. Não ficou detido mas foi-lhe levantado um processo por difamação, do qual veio a ser absolvido. Mas sempre que voltava a Portugal estava sujeito a apertada e incómoda vigilância desde o momento do desembarque até tomar o avião de regresso ao Brasil. Foi numa dessas surtidas várias ao nosso país que em 1973 lançou outro estrondoso êxito: “Guitarra toca baixinho”. O seu retorno definitivo ocorreu no início da década de 80. Em 1983 lança um último disco intitulado “As Crianças não Querem a Guerra”.
Já sexagenário voltou à Universidade para se licenciar em Matemática. Foi leccionar Geometria Descritiva para uma Universidade Sénior, obtendo em contrapartida autorização para assistir a aulas de outras matérias como Historia de Arte e Arqueologia, pelas quais nutria também grande afeição. Vítima de acidente cardiovascular, Francisco José faleceu a 31 de Julho de 1988, a duas semanas de completar 64 anos. Talvez que nos seus derradeiros instantes se tenha lembrado dos versos finais da canção que tão emocionadamente entoou: «… Olhei para trás chorando / Alentejo da minha alma / Tão longe, tão longe, tão longe / me vais ficando».

Évora Mosaico

Évora Perdida no Tempo - Claustro do Colégio do Espírito Santo

Vista estereóscopica do Claustro do Colégio do Espírito Santo, actual Universidade de Évora. Em primeiro plano vê-se o frontão que encima a entrada da Sala dos Actos e, em segundo plano, o corpo da antiga Casa Pia, demoldido em meados do século XX (1940?).
Autor Inácio Caldeira
Data Fotografia 1920 ? -
Legenda Claustro do Colégio do Espírito Santo
Cota CME0323 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Historial da Freguesia de Nossa Senhora de Guadalupe


Nossa Senhora de Guadalupe, uma das mais recentes freguesias do concelho de Évora, nasceu a partir da freguesia de Nª Sª da Graça do Divor, pelo Decreto Lei nº 128/85 de 4 de Outubro. A ocupar uma área de 6.685 hectares, anteriormente pertencente à extinta freguesia de S. Matias, tem como principal povoação a aldeia de Guadalupe. Monte das Pedras e S. Matias, sede de uma extinta freguesia do século XVI, são outros dos lugares de referência desta localidade.

A 13 km da cidade eborense, encontra-se limitada pelas freguesias de Nª Sª da Tourega, Nª Sª da Boa-Fé, S. Sebastião da Giesteira e Nª Sª da Vila, pertencente ao concelho de Montemor-o-Novo.

Criada pelo Decreto Lei nº 128/85 de 4 de Outubro a Freguesia de Nª Sra. de Guadalupe nasce a partir da Freguesia de N. Sraª da Graça do Divor e na área onde antes existiu a extinta freguesia de S. Matias.

A aldeia de Guadalupe, outrora Água de Lupe, alberga nas suas fronteiras vestígios importantes do megalitismo. Há milhares de anos atrás o homem ocupou a zona envolvente à actual freguesia, por se tratar de uma zona fértil, com paisagem e clima propícios à prática agrícola. Diversas antas, cromeleques, menires, grutas com gravuras e outras ruínas, são marcas dessa presença.

O nome da freguesia advém de uma ermida dedicada a Nossa Senhora de Guadalupe. Erigida no local onde existiu, noutros tempos, um pequeno oratório, foi inaugurada solenemente apenas em 1615, 6 anos depois da sua fundação.

O brasão da freguesia é composto por um sobreiro de ouro, frutado de verde, troncado e arrancado de prata e descortiçado de vermelho, representativo da extracção de cortiça, uma das actividades que ainda persiste na freguesia. Do lado direito vê-se indistintamente uma oliveira de ouro, frutada de negro e desenraizada de prata, colocados em faixa, a simbolizar aquela que foi, em tempos, a mais importante actividade da freguesia. Nos extremos verticais encontramos, em cima, uma flor-de-lis de prata e em ponta, em baixo, um dólmen de ouro, a realçar a riqueza arqueológica da aldeia.
O orago da freguesia é Nossa Senhora de Guadalupe. O culto desta santa, declarada padroeira de toda a América, em 1945, pelo Papa Pio XII, está intimamente ligado ao processo de evangelização do México, que até essa altura se tinha revelado bastante moroso e difícil.

Com início nesse país da América latina, a devoção a esta santa deveu-se, em parte, à sua aparição ao índio baptizado Juan Diego, que ocorreu pela primeira vez em meados de 1531, quando este passava pela colina de Tepeyac, nas imediações da capital mexicana. A busca de uma melodia, que então ouvira, conduziu-o a uma nuvem branca, sobre a qual se elevava uma linda Senhora, resplandescente de luz, envolta num arco-íris.

Revelando-se como a verdadeira mãe de Cristo, encarregou-o de pedir ao bispo D. Juan de Zumárraga que construísse, naquela colina, uma igreja em honra e glória de Deus. Após várias tentativas o jovem índio consegue finalmente falar com o bispo, que, como seria de esperar, não acreditou na veracidade da história.

O bispo decide, então, pedir um sinal da Virgem ao indígena, o qual lhe foi concedido apenas na terceira aparição. Juan Diego tinha ido buscar um sacerdote para dar a extrema-unção a um tio doente, e a Virgem pede-lhe que colha flores no bosque e as leve ao bispo, ao que Diego respondeu prontamente.

O índio vai entregar as flores ao bispo, embrulhadas num pano. Ao abri-lo o bispo fica estupefacto ao encontrar um ramo de flores frescas e perfumadas, envoltas num manto onde estava bordada a figura da Virgem de Guadalupe, de tez morena, olhos claros e vestida como as mulheres da Palestina. Emocionado, D. Zumárraga, decide proceder à construção do templo em honra da mãe de Deus.

Esse manto, apesar da baixa qualidade do tecido, sobreviveu ao longo de 450 anos, mantendo-se ainda em perfeito estado de conservação, no Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe. Esta igreja tornou-se, depois do Vaticano, o santuário mais popular do mundo.



Oração a Nossa Senhora de Guadalupe


Perfeita, sempre Virgem Santa Maria,
Mãe do Verdadeiro Deus, por quem se vive.
Tu que na verdade és nossa Mãe Compassiva,
te buscamos e te clamamos.
Escuta com piedade nosso pranto, nossas tristezas.
Cura nossas penas, nossas misérias e dores.
Tu que és nossa doce e amorosa Mãe,
acolhe-nos no aconchego do teu manto,
no carinho de teus braços.

Que nada nos aflija nem perturbe nosso coração.
Mostra-nos e manifesta-nos a teu amado Filho,
para que Nele e com Ele encontremos
nossa salvação e a salvação do mundo.
Santíssima Virgem Maria de Guadalupe,
Faz-nos mensageiros teus,
mensageiros da Palavra e da vontade de Deus.

Amém.




Limites

A linha limite da Freguesia de Guadalupe, pertencente ao Concelho de Évora, começa no marco nº 1, 13, 27 situado na Herdade de Alcamizes e segue a estrema desta Herdade, confrontando com a Freguesia de Nª Sra. da Tourega, onde está colocado o marco nº 2, 26.

A partir deste marco segue a estrema da Herdade de Figueiras até ao marco 3, 25, continuando pela Herdade da Provença e depois pela de Perdieiros até ao marco nº 4, 24 onde encontra a Herdade de Vale de Cardo, em cuja estrema está o marco nº 5, 1, 23, seguindo-se o confronto com a Freguesia de Nª Sra. da Boa Fé, e a continuação pela estrema daquela Herdade.

Segue depois a estrema da Herdade dos Almendres, onde se situam os marcos nº 6, 35, 7, 34, 8, 33, 9 e 32 e a Herdade de Courelas na qual se levantam os marcos nº 10, 31, 11 e 30, passando daqui em diante a seguir a estrema da Herdade de Paicão, confrontando com a freguesia de São Sebastião da Giesteira. Nesta estrema está localizado o marco nº 12, 29, e a seguir a Herdade do Castro, na estrema da qual está o marco nº 13, 28, 13, passando a partir dele a confrontar com a Freguesia de Nª Sra. da Vila do concelho de Montemor-o-Novo.


Prosseque pela estrema da Herdade do Castro até encontrar a Herdade de Abaneja, de cuja estrema não se afasta e onde existem os marcos nº 14, 12 e 15, 11. A partir deste último marco segue a estrema da Herdade de Vale Marias de Cima ou Palanganas, na qual se situam os marcos nº 16,10, 17, 9 confrontando-se a partir deste último marco com a Freguesia da Graça do Divor prosseguindo pela estrema da Herdade de Vale de Marias de Cima ou Palanganas até encontrar a Herdade de Vale de Marias dos Morenos de cuja a estrema não se afasta.

Segue pela canada até ao Ribeiro da Casbarra e encontra a Herdade do Azinhal, passando pela estrema do Valado do Mato, Courelas do Foro, Quinta de Cima, Quinta Pequena e Quinta de Santa Catarina. Passa a confrontar, a partir daqui, a Freguesia da Sé e depois a estrema da Quinta do Salgado e Herdades do Montinho onde se ergue o marco nº 51, 21, e Quintinha na qual estão colocados os marcos 52, 20, 53, 19. Neste ponto encontra a Herdade do Esbarrondadouro, cuja estrema segue e na qual estão os marcos nº 54, 18, 55 e 17 e passa depois a seguir a estrema das Herdades de Lucena e Curral da Obra onde existe o marco nº 56, 16 e Herdade de Alcamises onde está o marco nº 57, 15, junto à estrada nacional e continuando pela mesma estrema encontram-se os marcos nº 58, 14 e 1, 13, 27.

Évora Perdida no Tempo - Ruínas Fingidas, no Jardim Público


Vista estereoscópica das Ruínas Fingidas, no Jardim Público.


Autor Inácio Caldeira
Data Fotografia 1920 ? -
Legenda Ruínas Fingidas, no Jardim Público
Cota CME0334 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Feiras no Largo


Decorrem ao longo do ano, aos fins-de-semana, no largo do Mercado Municipal, e a sua periodicidade é determinada por quatro feiras temáticas: Feira de Velharias, Feira do Livro Usado e do Coleccionismo, Mostra de Artesanato e Mostra de Arte.
Para além da revitalização e animação do Centro Histórico e animação turística do local – Praça 1º de Maio, as feiras temáticas visam apoiar os agentes destes sectores de actividade, proporcionando-lhes espaço para escoamento da sua produção, bem como compatibilizar os públicos do mercado e espaço comercial adjacente com esta forma de comércio mais informal, com benefício mútuo para ambos, num quadro de maior complementaridade e atractividade.