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sábado, 16 de fevereiro de 2013

Fonte da Praça do Giraldo



Recentemente a Câmara Municipal submeteu a Fonte da Praça de Giraldo a uma obra de conservação e restauro, devolvendo-lhe a sua magnitude e beleza. Esta fonte é um dos monumentos mais interessantes do património hidráulico eborense, de arquitectura civil renascentista, construída provavelmente entre 1571 e 1573, é considerada uma sumptuosa peça do seu género na região. 

Vários investigadores mencionam que a localização da fonte corresponde ao espaço anteriormente ocupado por um arco triunfal ou um pórtico romano. E que junto a este legado se construiu durante o século XV ou XVI o suposto Chafariz dos Quatro Leões, com esculturas que datavam provavelmente do período romano e que recebiam água do Aqueduto da Água da Prata. Terá sido por ordem do Cardeal-Infante D. Henrique que se demoliu todo este património, supostamente por estas construções taparem a frontaria da Basílica de S. Antão, então recentemente edificada, dando lugar à construção da actual fonte. Construída em estilo barroco, a fonte teve como tracista o arquitecto Afonso Álvares, mestre das obras da Comarca e do Cano Real, sob orientação de Joane Mendes Cicioso, tendo custado, pelo menos, a quantia de 5000 cruzados. 

Para a construção do seu bojo, segundo Túlio Espanca, a 6 de Novembro de 1571, foi preciso romper uma ombreira da Porta da Lagoa para poder passar um bloco de mármore branco de Estremoz, que pesava muitas toneladas. Constituída por um único tanque, de secção redonda, a fonte assenta numa base de braceletes. Tem oito mascarões com bicas em bronze, antropomórficas, concebidas no gosto clássico, que envolvem a taça e correspondem às oito ruas que vêm desembocar na Praça de Giraldo.  Na base em que assenta a coroa apresenta-se a seguinte inscrição latina de homenagem, em letra romana: SEBAS / TIANO / LVSIT / REGI / PIO FE / LICIN / VICTO / VITA Segundo a história popular, Filipe III de Espanha, em 1619, terá dito a lendária frase quando se referia à fonte: Bien merece ser coronada!

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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Chafariz d'el Rei




A construção desta fonte  e chafariz público, remota à época de D. Manuel, que o mandou construir quando na cidade estagiava ou à Câmara de 1497, em homenagem ao rei Venturoso. A lápide de mármore, ostentando a Cruz de Cristo e legenda latina, cronografada com bordadura carregada  de dez castelos, está colocada ao merlão central, de grande porte. Sotoposta, em pedra lavrada, existem as armas de Portugal segundo a interpretação arcaica, constituidas por cinco escudetes dispostos em cruz  Robusto muro em alvenaria, de cunhais graniticos, é terminado por cortina de ameias do tipo chanfrado, de perfis muito aguçados. O tanque de granito escuro e carcomido, muito baixo e de planta sensivelmente rectangular, esteve protegido em tempos, por vários malhões circulares, do tipo rustico, que servia para amarrar os quadrupedes dos viajantes.

Com a escritura composta por caracteres romanos e góticos:
EMANUEL - I - R -
P - ET - A - CITRA - E

IN - APHRICA - G - DT - VLTRAMARE -
OMINVS § 1497 - ANVS

que traduzida para português e desdobrando as abreviaturas, se deve interpretar:
MANUEL REI DE PORTUGAL DAQUEM E DALEM MAR EM AFRICA E SENHOR DA GUINÉ ANO 1497.

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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Chafariz das Bravas




O pitoresco chafariz e lavadouro publico das Bravas, sito na Avenida Tulio Espanca, próximo à Igreja de S. Sebastião, mencionado documentalmente desde 1483, o Chafariz das Bravas terá sido edificado pelo Senado Eborense no último terço do século XV (ESPANCA, Túlio, 1966), e integrado na rede de águas construída nas principais entradas da cidade. Muito embora D. João III tenha introduzido melhoramentos ao Chafariz das Bravas, nomeadamente através de uma empreitada "do montante de 10 000 reis entregue aos pedreiros Lourenço Luís e Domingos Rodrigues, segundo arrematação pública de 11 de Março de 1528" (ESPANCA, Túlio, 1966), este monumento não parece ter sofrido grandes intervenções estruturais. Assim, a cortina de vinte ameias góticas que remata o paredão de alvenaria e enquadra o tanque rectangular de granito, é muito semelhante ao desenho "apenso à folha de guarda do Foral da Leitura Nova, doado pelo rei D. Manuel em 1 de Novembro de 1501 "(ESPANCA, Túlio, 1966). No entanto, existem outras descrições que referem a existência de mais do que um tanque, o que aponta para modificações a esse nível, motivadas, muito possivelmente, pelas necessidades de aproveitamento das águas para diversos fins (GUERREIRO, Madalena, 1999, p. 7). Por outro lado, sabe-se que o brasão de armas nacionais que se encontrava ao centro, e as duas carrancas situadas nos extremos do Chafariz, desapareceram (ESPANCA, Túlio, 1966).

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