segunda-feira, 7 de março de 2011

Monumentos: Monumento aos Mortos da I Grande Guerra

A ideia de dotar a cidade de tal monumento partiu de um grupo de militares e civis, entre os quais se contava o General Óscar Fragoso Carmona (na época Comandante da Região Militar de Évora e posteriormente Presidente da República) e o Governador Civil do Distrito, Jorge de Barros Capinha, tendo sido mais tarde formada uma Comissão Executiva para dar seguimento aos planos.

A Comissão Executiva era composta pelos majores Manuel da Silva Martins, Artur Augusto Correia Matias; capitães Luís de Camões, Caetano Manuel Cordeiro Rosado, António Monteiro, Emídio José Curjeira de Carvalho; e tenentes Raul Martinho, José António Pombinho Júnior, Luís Freire e José Fernandes.

Após alguns anos de recolha de fundos através de festas e outros eventos lúdicos, bem como de donativos o projecto e a maquete foram apresentados e debatidos na Câmara Municipal de Évora em 1928, tendo-se designado como local de implantação a Praça Joaquim António de Aguiar. Face à despesa avultada a efectuar na Praça escolhida e tendo em conta esta ter sido já alvo de avultado investimento, a Câmara Municipal decidiu que o monumento deveria ser colocado na Avenida Barahona.

Inaugurado com grande solenidade em 4 de Junho de 1933 pelo então Presidente da República, Óscar Fragoso Carmona, este monumento com a altura de onze metros, é encimado por uma figura alada em bronze simbolizando Vitória, sobrepujando um plinto de granito regional.

O brasão da cidade de Évora faz também parte do conjunto, abaixo do qual tem a seguinte inscrição em latim: “Feliis Pró Pátria Caesis Ebora”, que significa “Évora oferece aos filhos mortos pela pátria”, da autoria do Professor Domingos António Vaz Madeira.

Dos lados esquerdo e direito tem as legendas: “ França 1917-1918” e “África 1914-1918”, na parte de baixo uma placa de bronze com o escudo da Liga dos Combatentes da Grande Guerra e, a cada canto do monumento, um obus também em bronze.

Évora Perdida no Tempo - Banco do Alentejo, na Praça do Giraldo


Aspecto interior das instalações do Banco do Alentejo, na Praça do Giraldo

Autor David Freitas
Data Fotografia 1960 - 1969
Legenda Banco do Alentejo, na Praça do Giraldo
Cota DFT105 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

domingo, 6 de março de 2011

RESPONSAVEL OPERACIONAL CENTRO SERVIÇOS (Seguradora) - ÉVORA

A REDWARE é uma empresa do Grupo Reditus, uma das mais antigas empresas nacionais de base tecnológica, recruta para projecto no sector Segurador, um Responsável Operacional Centro Serviço, para incrementar a sua equipa com um elemento fundamental na estratégia e gestão futura.

DESCRIÇÃO FUNÇÃO:
Gestão geral da operação, de acordo com objectivos de crescimento, rentabilidade e desenvolvimento do projecto, a função envolve a monitorização do Business Plan e a Liderança das áreas operacionais (+/- 350 pax).

RESPONSABILIDADES:
- Gestão Operacional das várias áreas do Centro Serviço em Front Office e Back Office de acordo com a metodologia em vigor no projecto;
- Responsável pela equipa de gestão do Centro de Serviços de Contact Center;
- Dinamizar e coordenar actividades de melhoria continua;
- Responsável pelo cumprimento dos Kpi’s operacionais e objectivos estabelecidos, assim como o desenvolvimento de Planos de Acção que visem a melhoria dos mesmos;
- Dinamização e motivação das áreas a cargo.

PERFIL DO CANDIDATO:
- Habilitações Literárias ao nível da Licenciatura ou Frequência Universitária (preferencial);
- Visão Estratégica, capacidade de liderança, planeamento, organização e controlo;
- Capacidade crítica e de análise;
- Espírito Empreendedor, orientação para o mercado e resultados;
- Facilidade em relacionamento interpessoal, atitude positiva e dinâmica;
- Idade acima dos 28 anos;
- Fluência na língua inglesa;
- Factor Preferencial: Experiência anterior em gestão de equipas de Contact Center.

OFERECEMOS:
- Entrada Imediata;
- Integração numa empresa dinâmica e inovadora onde a progressão está indexada ao desempenho individual;
- Condições de remuneração e incentivos compatíveis com a função em questão.

CANDIDATURAS:
Envio de candidatura indicando a referência ROEV para monica.fernandes@reditus.pt

sexta-feira, 4 de março de 2011

Sofia Vitória canta Chico Buarque - Dia 05 de Março às 21h30 no Fórum Eugénio de Almeida

Chico Buarque é reconhecido como um dos poetas que mais sensivelmente soube captar e exprimir o feminino, traduzindo-o em palavras e em música. Nos seus versos e melodias desfilam amores felizes e infelizes, sonhos e pesadelos, numa vertigem de imagens e conflitos que compõem a alma humana. Chico Buarque tornou-se um retratista e um porta-voz das inquietudes, angústias e esperanças do seu tempo, identificando-se com as pessoas e mostrando-lhes coisas que elas desconheciam a respeito da sua própria vida, do seu pequeno e vasto mundo.

A partir de textos de Eric Nepomuceno, José Miguel Wisnick e Walderez de Barros, o reportório interpretado por Sofia Vitória, acompanhada ao piano por Luís Figueiredo, conta com canções que exploram o “eu” feminino.

Para ouvir e sentir no dia 05 de Março, às 21h30 no Fórum Eugénio de Almeida.

Entrada: 5,00€ | Bilhetes à venda no Fórum Eugénio de Almeida

Évora associa-se à Hora do Planeta

A Câmara Municipal de Évora vai associar-se, este ano, à quinta edição da iniciativa “A Hora do Planeta”, que decorrerá no próximo dia 26 de Março, cujo objectivo é chamar à atenção para as alterações climáticas, através de um gesto muito simples: desligar as luzes por uma hora.
A edilidade, juntamente com os respectivos serviços, ainda não definiu de concreto quais os edifícios e monumentos que irão ter as luzes desligadas entre as 20h30 e as 21h30, contudo manifesta desde já a sua adesão a esta iniciativa, que está a ser liderada junto das autarquias pela Associação Nacional de Municípios Portugueses.
Recorde-se, que A Hora do Planeta começou em 2007 em Sidney, na Austrália, quando 2,2 milhões de pessoas e mais de 2.000 empresas apagaram as luzes por uma hora para firmarem uma posição contra as mudanças climáticas.
Apenas um ano depois a Hora do Planeta tornou-se um movimento de sustentabilidade global com mais de 50 milhões de pessoas em 35 países a mostrarem o seu apoio a esta causa ao desligarem simbolicamente as suas luzes. Marcos globais, como a Sydney Harbour Bridge, a Torre CN, em Toronto; a Ponte Golden Gate, em São Francisco; o Coliseu de Roma; a Ponte 25 de Abril, o Mosteiro dos Jerónimos e o Cristo Rei, em Lisboa; e o Convento de Cristo, em Tomar, entre muitos outros, ficaram às escuras como símbolos de esperança por uma causa que se torna mais urgente a cada hora e em qualquer parte do mundo.
Em Março de 2009, centenas de milhões de pessoas participaram na terceira Hora do Planeta. Mais de 4000 cidades em 88 países aderiram formalmente a esta iniciativa, desligando alguns dos seus monumentos durante uma hora para afirmar o seu apoio para com o planeta, fazendo com que a Hora do Planeta 2009 caminha-se para ser a maior iniciativa mundial de luta contra as mudanças climáticas.
No ano passadao, a Hora do Planeta atingiu o objectivo, com um recorde de 128 países e territórios que se juntaram a este evento simbólico voluntário da World Wildlife Found (WWF). Edifícios e monumentos emblemáticos da Ásia-Pacífico à Europa passando por África e Américas foram desligados.
Em Portugal, 24 cidades e 2 vilas e mais de uma centena de monumentos, de Portugal Continental às ilhas, aderiram em massa a este evento. Juntando a população portuguesa a pessoas de todo o mundo de todas as esferas da vida social desligaram as luzes e uniram-se nesta celebração e contemplação da única coisa que todos nós temos em comum: o Planeta Terra.
Porquê apagar as luzes?
Antes de mais há que ter consciência que este apagar de luzes por uma hora é meramente um gesto simbólico, mas que pode ser representativo de um elevar da consciência de todos para um problema que é, igualmente, de todos: as alterações climáticas.
A verdade é que este simples gesto, tem despertado em todo o mundo compromissos capazes de ir marcando a diferença numa base diária contínua e tem levado a uma verdadeira mudança de hábitos de vida de cidadãos, empresas e governos que começam a despertar para compromissos válidos e práticos a favor desta luta.
Assim, apagar as luzes:
É mostrar que estamos preocupados com o aquecimento do planeta e queremos dar a nossa contribuição, influenciando e pedindo acções de redução das emissões e de adaptação às mudanças climáticas, combatendo a desflorestação e conservando os nossos ecossistemas;
É um acto que simboliza a eficiência e o uso de todos os recursos com inteligência, responsabilidade e de forma sustentável.

Évora Perdida no Tempo - Altar da Igreja de Santa Marta, em Évora

Altar da Igreja de Santa Marta, em Évora. Ao centro, a imagem de São Miguel 8século XVIII), ladeado por Santa Marta (século XVII) e São Pedro Papa. Esta imagem foi publicada no Inventário Artístico de Portugal, Concelho de Évora, vol.II, est. 422 

Autor David Freitas
Data Fotografia 1966 ant. -
Legenda Altar da Igreja de Santa Marta, em Évora
Cota DFT4278 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quinta-feira, 3 de março de 2011

Trupe de Brincas de Carnaval do Rancho Flor do Alto Alentejo

O Rancho Folclórico Flor do Alto Alentejo organiza este ano de 2011 as brincas de Carnaval com a colaboração da trupe de Brincas do Bº de Almeirim.
Umas das tradições que continuamos a divulgar pelo nosso concelho em que estamos a contar uma historia num tom mais cómico,
Aqui fica o cartaz e o programa:

Grupo de Brincas de Carnaval do Rancho Folclórico "Flor do Alto Alentejo"
Fundamento: “As Encantadas” (da autoria de Raimundo José Lopes)

Sábado – 5 de Março

9:30 – Praça 1.º de Maio (Mercado Municipal)
11:00 – Sociedade Recreativa e Dramática Eborense
15:00 – Praça do Giraldo
16:30 – Bairro de Almeirim (Restaurante Galhano)
23:30 – Barraca de Pau (no Baile do Pavilhão Multiusos com o Organista e Vocalista Hugo Carrageta)

Domingo – 6 de Março
9:30 – Nossa Senhora de Machede
11:00 – Malagueira (Junta de Freguesia)
15:00 – Bairro de Frei Aleixo (Café Restaurante O Rijo)
19:00 – Graça do Divor (Salão de Festas)

Segunda-Feira – 7 de Março

11:00 – Horta das Figueiras (Café Restaurante O Parque)
15:00 – Praça do Sertório (Câmara Municipal de Évora)
21:00 – Torre de Coelheiros (Casa do Povo)

Terça-Feira – 8 de Março

9:30 – Bairro de Almeirim (Café 2003)
11:00 – Bairro das Espadas (Café Chia)
15:00 – Valverde (Café Mónica)
17:30 – S. Sebastião da Giesteira

Monumentos: Ermida de São Brás


A Ermida de São Brás, situada extra-muros no Rossio de São Brás, foi mandada construir por D. João II, no local onde já existiria uma pequena gafaria provisória em madeira, erguida para tratar dos doentes afectados pela peste que assolou o país em 1479-80. O povo de Évora, o rei e o bispo executor da obra, D. Garcia de Meneses, mostravam assim a sua devoção por São Brás, a quem se rezava habitualmente aquando de uma epidemia. A obra, cuja licença eclesiástica data de 7 de Setembro de 1480, terá começado em 1482, e a ermida já estava aberta ao culto em 1490 (ESPANCA, Túlio, 1966). O monumento, projectado por mestre desconhecido, é particularmente inovador na utilização de um estilo manuelino-mudéjar tipicamente alentejano, com sucessão de volumes escalonados, robustos e coroados por merlões, e inaugura na cidade a utilização, depois largamente divulgada em monumentos de todo o Alentejo, de elementos arquitectónicos como os contrafortes cilíndricos com coruchéus cónicos (PEREZ EMBID, Florentino, 1955, p.134). Juntamente com as igrejas dos Lóios e S. Francisco, este templo marca a introdução do tardo-gótico em Évora.

Erguida sobre uma plataforma destinada a vencer um desnível do terreno, a ermida tem fachada principal com nártex aberto em três grandes arcos ogivais apoiados em meias colunas de alvenaria com capitéis vegetalistas, enquadrados por poderosos torreões cilíndricos ameiados. Neste pórtico terá existido uma decoração mural com as armas e o pelicano de D. João II, possivelmente perdida nas obras suecssivas que o templo sofreu (ESPANCA, Túlio, 1966). O corpo da igreja, todo caiado, possui catorze contrafortes cilíndricos, com os torreões do pórtico, terminados num friso de merlões chanfrados, e todos coroados por coruchéus cónicos. A cabeceira é um corpo cúbico, alargado lateralmente pelos volumes mais baixos e muito estreitos das sacristias, também ameiadas, onde se rasgam frestas ogivais. Sobre a capela-mor ergue-se o lanternim hexagonal, e no topo norte, deitando para a sacristia, destaca-se o campanário. De salientar ainda a sucessão de interessantes gárgulas de granito, de temática zoomórfica, ao longo do edifício.

No interior de nave única, coberta por abóbada de volta perfeita, existem vários painéis de azulejo de padrão geométrico, em verde e branco, ainda quinhentistas e de ressonâncias mudéjares; os altares de talha dourada setecentista, um de cada lado da nave, são dedicados a São Romão e a Nossa Senhora das Candeias. Na capela-mor, o retábulo também em talha dourada enquadra uma escultura de madeira do santo padroeiro do templo, em edícula central. As pinturas são no geral arcaizantes, de nítida influência flamenga e interesse apenas regional, datáveis da segunda metade de quinhentos, embora respeitem a duas empreitadas distintas Guarda-se no Museu Regional de Évora parte do importante recheio de ourivesaria sacra, de prata dourada, da extinta Confraria de São Brás. Existe ainda algum mobiliário setecentista nas dependências da igreja, bem como uma pia de água benta, renascentista, em mármore.

O templo sofreu beneficiações em 1573, custeadas pelo Cardeal-Infante D. Henrique, e constando basicamente de decorações murais nas paredes e abóbadas da nave e execução do retábulo de talha, mas as pinturas (e vários altares) ficaram destruídos em 1663, por ocasião dos bombardeamentos da cidade pelas tropas castelhanas, particularmente desastroso por a ermida se encontrar na cintura defensiva do Rossio de São Brás. Embora os trabalhos de restauro tenham começado imediatamente, os últimos vestígios das pinturas murais desapareceram nas reformas camarárias de finais do século XIX e início do século XX. Ainda hoje são visíveis alguns vestígios de um friso de esgrafitos, incluíndo emblemas manuelinos e temas geométricos, ao longo do remate superior da fachada, agora restaurada e pintada de novo.

Évora Perdida no Tempo - Varandim do Convento do Calvário


Aspecto do varandim do Convento do Calvário, em Évora.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1960 - 1970
Legenda Varandim do Convento do Calvário
Cota DFT205 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quarta-feira, 2 de março de 2011

Construção do Évora Shopping arranca em Julho

A construção do centro comercial Évora Shopping arranca em julho, devendo as obras terminar na primavera de 2013, após um investimento de 60 milhões de euros, anunciaram hoje os promotores do projeto, que engloba ainda um retail park.

A Imorendimento e a Madford Developments, promotoras do conjunto comercial, através da joint-venture EVRET, revelaram que vão iniciar a construção da fase final do projeto, referente ao centro comercial.

O investimento global no projeto é na ordem dos 60 milhões de euros e, quando todas as obras estiverem concluídas, vai representar "um forte contributo para a dinamização do tecido económico, social e comercial" de Évora, prevendo-se a criação de cerca de 600 postos de trabalho diretos.

"O complexo comercial promovido pela EVRET localiza-se numa das únicas áreas de influência do país ainda por explorar em termos de oferta comercial integrada, qualificada e moderna", realçam os promotores. Daí, justificam, o "enorme interesse" que tem despertado, "quer entre as forças económicas e entidades públicas da cidade, quer entre os habitantes locais".

"O Évora Shopping vem responder a uma real necessidade de mercado e, apesar da conjuntura económica atual, estamos confiantes quanto à viabilidade e ao sucesso deste investimento imobiliário", assegurou Anthony Henry Lyons, diretor-geral da Madford Developments. O centro comercial contempla uma Área Bruta Locável (ABL) de 16.500 metros quadrados e cerca de 60 lojas, distribuídas por dois pisos.

A oferta vai integrar uma área de cinemas, supermercado, praça de alimentação e diversas lojas, tanto das "insígnias de maior relevo a operar no mercado nacional", como assegurando "uma forte presença do comércio local".

Quanto ao Évora RetailPark, a inaugurar em julho, possui uma ABL aproximada de seis mil metros quadrados e tem como "âncora confirmada" uma loja Moviflor, que vai ocupar um terço da área (quatro mil metros quadrados) e prevê criar 40 postos de trabalho diretos, adiantaram os promotores.

A EVRET prevê que o retail park possa acolher ainda outras "duas a três lojas" e revela que decorrem "avançados processos de negociação" com interessadas.A primeira face visível deste conjunto comercial, que vai ganhar a componente de retail park e avançar para o centro comercial, foi um 'stand alone' operado pela marca IZI, em funcionamento.

Monumentos: Convento de Nossa Senhora dos Remédios

O Convento de Nossa Senhora dos Remédios fica situado junto à Porta de Alconchel, freguesia de Horta das Figueiras, na cidade de Évora. Esta casa religiosa foi fundada no ano de 1606, pelo Arcebispo de Évora D.Teotónio de Bragança, para os frades da Ordem dos Carmelitas Descalços.

O convento, erguido extra-muros, caracteriza-se arquitectonicamente pelas linhas severas impostas pelo Concílio de Trento. Na fachada principal, ornada com o brasão eclesiástico do fundador, destaca-se a imagem de mármore de Nossa Senhora dos Remédios. O convento adoptou esta denominação porque os carmelitas descalços, ao chegarem a Évora (antes da edificação do convento) ocuparam a antiga ermida de Nossa Senhora dos Remédios (na Rua do Raimundo).

O interior da igreja apresenta um notável conjunto de talha dourada do estilo barroco-rococó, sendo uma das igrejas eborenses mais rica desta arte. Em 1792, deu-se neste convento o famoso caso da Beata de Évora.

Após 1834 (Extinção das Ordens Religiosas em Portugal), o edifício e cerca entraram em posse do estado, que em 30 de Maio de 1839 o cedeu à Câmara Municipal de Évora, para instalação do cemitério público. Para entrada do cemitério felizmente se aproveitou, do demolido Mosteiro de São Domingos, o grandioso portal de mármore (1537), atibuído ao escultor Nicolau de Chanterene. Presentemente encontram-se instalados no antigo Convento o Conservatório Regional Eborae Musica, além de um núcleo museológico municipal.

Évora Perdida no Tempo - Secção de embalagem da Fábrica dos Leões

Fábrica dos Leões: secção de embalagem/ empacotamenento (funcionários e maquinaria).

Autor David Freitas
Data Fotografia 1950 dep. - 1970 ant.
Legenda Secção de embalagem da Fábrica dos Leões
Cota DFT5122.1 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

terça-feira, 1 de março de 2011

Monumentos: Ruínas da Ponte Antiga do Xarrama

Encontra-se a cerca de 3.500m da cidade de Évora na Herdade da Chaminé onde atravessa o rio Xarrama, junto da actual ETAR.

Ponte arruinada (considerada romana por Túlio Espanca), de que se conservam três arcos de volta perfeita. No restante corpo identifica-se o arranque de um descarregador de secção rectangular.

Utiliza como matéria-prima o granito, com trabalho de cantaria nas aduelas e nos paramentos. O enchimento é constituído por alvenaria unida com argamassa de cal.

Apresenta tabuleiro horizontal, protegido por guardas, onde se abrem duas goteiras, a jusante, para escoar a água da chuva.

Sofreu algumas reconstruções e melhoramentos, sendo o mais notório, a aplicação de talhamares a montante, claramente independentes do corpo da ponte.

Fica na linha do primitivo itinerário militar do imperador Antonino Pio, de Évora-Beja. Em 1519, um dos limites da coutada real era dado pelo caminho que ia de S. Brás até uma ponte que atravessava aqui o Xarrama.

Évora Perdida no Tempo - Vista parcial da Muralha de Évora

Vista parcial da Muralha de Évora entre a Porta do Raimundo e a Porta de Alconchel, vendo-se do lado esquerdo o Cemitério dos Remédios.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1950 - 1966
Legenda Vista parcial da Muralha de Évora
Cota DFT4405 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME