O pitoresco chafariz e lavadouro publico das Bravas, sito na Avenida Tulio Espanca, próximo à Igreja de S. Sebastião, mencionado documentalmente desde 1483, o Chafariz das Bravas terá sido edificado pelo Senado Eborense no último terço do século XV (ESPANCA, Túlio, 1966), e integrado na rede de águas construída nas principais entradas da cidade. Muito embora D. João III tenha introduzido melhoramentos ao Chafariz das Bravas, nomeadamente através de uma empreitada "do montante de 10 000 reis entregue aos pedreiros Lourenço Luís e Domingos Rodrigues, segundo arrematação pública de 11 de Março de 1528" (ESPANCA, Túlio, 1966), este monumento não parece ter sofrido grandes intervenções estruturais. Assim, a cortina de vinte ameias góticas que remata o paredão de alvenaria e enquadra o tanque rectangular de granito, é muito semelhante ao desenho "apenso à folha de guarda do Foral da Leitura Nova, doado pelo rei D. Manuel em 1 de Novembro de 1501 "(ESPANCA, Túlio, 1966). No entanto, existem outras descrições que referem a existência de mais do que um tanque, o que aponta para modificações a esse nível, motivadas, muito possivelmente, pelas necessidades de aproveitamento das águas para diversos fins (GUERREIRO, Madalena, 1999, p. 7). Por outro lado, sabe-se que o brasão de armas nacionais que se encontrava ao centro, e as duas carrancas situadas nos extremos do Chafariz, desapareceram (ESPANCA, Túlio, 1966).
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