O estudo da origem e do progresso de Graça do Divor, apontam-na para uma das zonas mais remotamente habitadas do Alentejo. Como tal, a História remete a sua existência humana para a época da Pré-História, na era do Neólitico. Decorreram investigações, na freguesia, em que se descobriram vestígios de actividade neolítica pela presença de fragmentos em cerâmica e utensílios de pedra lascada e polida. Não foram encontrados vestígios de casas, pois o material deveria ser fraco. A fixação das civilizações, neste território, deve-se às boas condições territoriais, quer a nível da habitação, quer a nível do solo. As terras arenosas permitiam que, durante as épocas chuvosas, não houvesse alagamentos, e dos solos poderiam extrair, entre outros produtos, a madeira e os frutos secos. O tipo de rocha que por lá existia, facilmente extraída, permitia o fabrico de utensílios muito utilizados no neolítico, como os machados e os enxós. A caça era um meio de sobrevivência destes povos, e esta zona oferecia-lhes boas condições para tal. Para além destes factores, Graça do Divor possui abundância e qualidade de recursos hídricos devido à confluência das bacias hidrográficas dos rios Tejo, Sado e Guadiana. As épocas do Calcolítico e da Idade do Bronze não foram tão sentidas, havendo poucos vestígios em comparação com o Neolítico. Registam-se marcas dos povos metalúrgicos, sendo as primeiras fortificações como instrumento de apropriação estratégica do espaço. Sucede-se a Romanização da freguesia que, tal como os anteriores povos, aproveita as excelentes condições da terra, de acordo com os seus padrões de exploração latifundiária. Edificam-se as “villae”, e, de todo o concelho de Évora e talvez do país, torna-se a freguesia mais romanizada. Salienta-se, também, a importância estratégica, pois a nível administrativo, a freguesia encontrava-se perto de Évora. Não existe uma data concreta da sua origem, mas Graça do Divor já existia no século XVI. A origem do nome da freguesia deve-se ao facto dos romanos chamarem a esta zona “campo divorum” ou “Campos Elísios”, isto é, Lugar dos Deuses. A quantidade e a qualidade dos cursos de água e nascentes de Nossa Senhora da Graça do Divor são de extrema importância. Marcam uma grande estratégica secular face aos abastecimento de água, que existe até à actualidade. O Aqueduto da Água de Prata foi construído, no século XVI, a mando de D. João III, para abastecer e regular a água, evitando a seca. As ribeiras mais importantes são: Divor, Depósito, Penedo, Capelos, Pouca-Lã, Curral do Sabugo, Azinheira, Vale-de-Maria, Bico-do-Anel e Casbarra. Recentemente, o acontecimento mais marcante, nesta freguesia, foi a Reforma Agrária, levando à ocupação e prosperidade das terras, pelas cooperativas. Esta situação contribuiu para o aumento da taxa de emprego. | |||
HERÁLDICA - O símbolos heráldicos para a Freguesia de Nossa Senhora da Graça do Divor, tiveram parecer da Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses a 23 de Setembro de 1998. - Foram aprovados sob proposta da Junta de Freguesia pela Assembleia de Freguesia em 13 de Novembro de 1998.- Foram publicados no Diário da República nº 289/98 de 16 de Dezembro de 1998 da III série. - Foram registados na Direcção Geral das Autarquias Locais sobre o nº 02/99 de 6 de Janeiro de 1999. | |||
BRASÃO Escudo azul, torre de prata com uma janela manuelina, aberta e lavrada do campo; em chefe, flor de lís de ouro; em campanha, um feixe de espigas de trigo e um ramo de oliveira, tudo de ouro, com os pés passados em aspas e atados de vermelho. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: «NOSSA SENHORA DA GRAÇA DO DIVOR». Memória descritiva e justificativa dos símbolos heráldicos - Os ramos representam a produção agrícola da Freguesia. - A torre com a janela manuelina representa o Solar manuelino da Sempre Noiva, por ser a peça arquitectónica mais notável da Freguesia. - A flor-de-lis representa a Nossa Senhora da Graça, padroeira da Freguesia O orago desta freguesia, como o próprio nome indica, é Nossa Senhora da Graça. | |||
BANDEIRA - Amarela. - Cordão e borlas de ouro e azul. - Haste e lança de ouro | |||
SELO BRANCO Nos termos da Lei, com a legenda: "JUNTA DE FREGUESIA DE NOSSA SENHORA DA GRAÇA DO DIVOR" |
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Historial da Graça do Divor
domingo, 21 de novembro de 2010
Precisa se de armadores de ferro para Évora
Precisa se de armadores de ferro para obra em ÉVORA (Zona Industrial)
-Procura se trabalhadores locais
-C/S transporte
-Tempo Inteiro
-NÃO facultamos Transporte para a obra
URGENTE
Contactos:
Lorenço-918 414 308
André Quaresma -914 805 606
andre.quaresma@bimarsed.pt
sábado, 20 de novembro de 2010
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Cinema em Évora de 18 a 24 de Novembro de 2010 - 18h00 e 21h30
ADORO-TE À DISTÂNCIA
De 18 a 24 de Novembro - 18h00 e 21h30
De: Nanette Burstein
Com: Drew Barrymore, Justin Long, Christina Applegate
Género: Comédia Romântica
Classificacao: M/12 EUA, 2010, Cores,
Quando Erin e Garret (Drew Barrymore e Justin Long) conhecem-se num bar em Nova Iorque, não poderiam imaginar que, o que podia ser apenas uma relação passageira, se fosse transformar tão rapidamente numa grande história de amor. Depois de seis semanas de fusão total, o regresso dela à cidade de São Francisco torna tudo quase insuportável.
Agora, depois de tudo o que viveram um com o outro, como poderão regressar à sua vida normal? Como conseguirá o amor sobreviver à distância, aos ciúmes e aos pequenos mal entendidos?
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
M. C. Escher: Matemático sem o saber
M. C. Escher: Matemático sem o saber
Fórum Eugénio de Almeida | 19 de Novembro I 18h00
Inscrição: 5,00€
Orador: Nuno Crato, Professor do Instituto Superior de Economia e Gestão.
Escher era um artista surpreendente. Não tendo formação matemática, muitas das suas obras revelam uma intuição de princípios geométricos que têm um fundamento mais complexo do que o próprio poderia supor. Escher brincou com a perspectiva linear, criou objectos impossíveis que exploram a ilusão tridimensional, analisou simetrias e a repetição de padrões, criou paradoxos visuais e redescobriu curvas famosas. Não é de espantar que os matemáticos tenham especial interesse pelos seus trabalhos. Todos, no entanto, ficam surpreendidos e intrigados pelas suas gravuras. Perceber alguns dos princípios matemáticos trabalhados pelo artista pode ajudar-nos a ter uma maior apreciação pelo seu trabalho.
A Bruxa Teatro estreia hoje “Antígona em Nova Iorque”
"Antígona em Nova Iorque", com cenografia e figurinos de Miguel Mocho, estreia hoje às 21:30 na ermida de São Bartolomeu, junto às Portas d'Avis, em Évora, onde se manterá em cena até 11 de dezembro.
Trata-se de uma produção da companhia A Bruxa que pela segunda vez encena nesta ermida, desta feita com um elenco constituído por António Abernú, Figueira Cid, Lucília Raimundo, e Pedro Estima.
Cães vivos usados no curso de Medicina Veterinária são apenas os destinados ao abate - Universidade
O diretor do Hospital Veterinário da Universidade de Évora, José Tirapicos Nunes, explicou hoje que os cães vivos utilizados em aulas de anatomia são apenas aqueles que já estavam destinados ao abate no canil da cidade.
Os animais, segundo José Tirapicos Nunes, "são sempre anestesiados e depois eutanasiados, antes de acordarem da anestesia".
Também animais já abatidos são utilizados nas aulas de anatomia do curso de Medicina Veterinária, disse o responsável, garantindo que "são sempre cumpridas as regras".
A Câmara e a universidade têm em vigor um protocolo para a incineração de cadáveres, como o caso de cães vítimas de atropelamento na via pública.
O presidente da Câmara de Évora já revelou hoje à Lusa que abriu um inquérito para averiguar o funcionamento do canil municipal e apurar eventuais responsabilidades, após denúncias mútuas entre o responsável do serviço e duas veterinárias.
Évora Perdida no Tempo - Capela-mor da Sé de Évora
Autor Inácio Caldeira
Data Fotografia 1920 ? -
Legenda Capela-mor da Sé de Évora
Cota CME0354 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Megalitismo em Évora
O Lonely Planet, considerado o mais importante guia de viagens e de turismo cultural de todo o mundo e tido
como de leitura obrigatória para todos os operadores dos respectivos sectores, afirma que, este ano, Portugal será um destino incontornável para os viajantes de toda a parte. E recomenda as experiências que o turista não pode perder ao visitar o nosso país: a prova dos vários vinhos do Porto, um passeio pelas remotas povoações graníticas da Peneda-Gerês, passar por Lisboa e provar o pastel de Belém e, finalmente, ver um pôr-do-sol nos monumentos megalíticos junto a Évora.
Este alvitre vai, decerto, trazer à cidade muitos viajantes estrangeiros com o objectivo explícito de visitar estes locais onde a aventura do homem, enquanto ser social, se começou a desenhar. Será então desolador ver muitos eborenses e homens de cultura do país exibirem o seu desconhecimento em relação a esses lugares, vestígios de um tempo mítico fundador sacralizado pelos deuses, quando outros virão de tão longe para apreciar o espectáculo indizível que é contemplar o ocaso do astro-rei num cenário quase primordial.
Neste contexto se entende que é necessário promover tão valioso património, espalhado pelas imediações da urbe e que tão esquecido tem sido na divulgação do melhor que Évora tem, fornecendo informação susceptível de suprir tão grave lacuna.
Asseveram os estudiosos do passado que as primeiras sociedades agro-pastoris, próprias do Neolítico, se sucederam aos primitivos grupos errantes de caçadores-recolectores que viviam do que a natureza lhes dava, característica da época mesolítica. A sedentarização, produto do domínio das técnicas agrícolas e da domesticação dos animais, veio criar uma nova forma de vida que implicava o trabalho em favor da comunidade. Esta profunda alteração na vivência humana ocorreu sobretudo na Europa Ocidental.
Em Portugal, os historiadores apontam para que os primeiros pastores tenham vindo dos concheiros do Tejo e Sado, locais de exploração de moluscos marinhos e terrestres, onde erguiam sazonalmente acampamentos que tinham a exacta durabilidade dos meios de subsistência procurados: água em abundância e caça com fartura. Por essas alturas era a natureza da paisagem que impunha a fixação, ainda que temporária ou eventual. Ao posterior movimento de deslocação interna, gerador do mundo rural alentejano, veio a referir-se desta forma o arqueólogo Manuel Calado: «abandonar as margens dos estuários e mudar-se de armas e bagagens para os arredores de Évora foi, certamente, uma ruptura profunda no quotidiano das populações do VI milénio a.C..
De um dia para o outro houve (o homem) que adaptar-se a novos horizontes, novas actividades, novos valores». No Alentejo (zona de Évora, particularmente) e na Bretanha (Oeste francês), duas das áreas de maior concentração demográfica neolítica, foram pela primeira erguidos os grandes monumentos megalíticos com base nos menires, cravados no solo e por vezes de alturas insuspeitas, relacionados com o culto da fecundidade (símbolos fálicos) ou indicando marcos territoriais. Isto pressupõe já a existência de povoados próximos de afloramentos graníticos com gente em larga escala para construir, levantar e transportar monólitos de dimensão impressionante, empenhada também, por outro lado, no desbravamento de bosques e florestas. O uso de instrumentos de pedra polida, nomeadamente de machados, era-lhes, por certo, essencial. Passemos então à descoberta dos grandes megálitos do concelho.
Num cabeço localizado a 12 quilómetros a poente de Évora, situado na freguesia de Nossa Senhora de Guadalupe, encontra-se o maior monumento megalítico estruturado da Península Ibérica e um dos mais antigos da história da Humanidade. É o Cromeleque dos Almendres, constituído actualmente por 95 menires de granito (chegaram a ultrapassar centena) e começado a construir há cerca de 7.000 anos, tendo passado 3 fases antes de atingir a feição última (forma oval) em finais do terceiro milénio a.C.. Uma dezena deles está decorada, exibindo património o megalitismo eborense relevos e gravuras de grau de visibilidade diferente. Em metade são todavia bem notórios.
Na placa interpretativa que figura junto ao parque de estacionamento, clareira cavada entre o montado de sobro e azinho ali existente e rodeada de medronhos, se informa ser desconhecida a sua função. Adianta-se todavia que os dados arqueológicos recentes têm colocado em evidência a disposição e implantação de alguns monólitos em coincidência com os movimentos elementares do Sol e da Lua, permitindo a marcação dos equinócios e solstícios, o que deixa antever a possibilidade de ter sido usado como posto de observação astronómica.
E acrescenta-se que «alguns dos elementos decorativos e a aparente esquematização dos menires, poderão constituir, à escala monumental, a primeira representação escultórica de entidades tutelares ou mesmo das mais ancestrais linhagens do poder». Lá do alto avista-se Évora, que por esses tempos nem sequer existia.
A partir de Guadalupe, alcançada a partir de um desvio na EN-114, o caminho para o Cromeleque, à distância de 4,3 Km, é de terra batida mas perfeitamente acessível a veículos ligeiros. Entra-se em caminhos particulares e deve seguir-se com cuidado, até mesmo para não deixar passar despercebida a estreita vereda que o proprietário abriu para aceder ao Menir dos Almendres, exemplar isolado de forma ovóide alongada, decorado com um báculo gravado em baixo relevo, indicativo da actividade agro-pastoril e idêntico a outras insculturas vistas em outros monumentos da altura.
A sua localização está ligada ao Cromeleque, dado que, observada a partir deste, se aponta para a posição do nascer do Sol no dia do solstício de Verão. No regresso a Guadalupe, é tomar a estrada para Valverde. São quatro quilómetros de belíssima estrada até à povoação. Atravessa-se a ponte sobre a ribeira do mesmo nome e, antes de chegar ao Aqueduto da Mitra, curva-se à esquerda e entra-se em terrenos da Universidade. Ao fim de pouco mais de dois quilómetros em percurso revestido a gravilha chega-se a uma clareira, resgatada entre azinheiras velhíssimas, daquelas que já não sabem a idade, deixando-se o carro, dado que só é possível prosseguir a pé. Duzentos metros percorridos é necessário passar por uma ponte rudimentar de madeira, mas oferecendo bastante segurança. Meio quilómetro à frente, a meio de uma encosta suave, aparece a Anta Grande do Zambujeiro, considerada a mais alta do mundo, sustentada em grandes pedras verticais graníticas com cerca de 6 metros de altura.
As antas ou dólmens eram monumentos tumulares colectivos, relativos à fase derradeira do Neolítico, compreendida entre o fim do V milénio a.C. e o III milénio a.C.. Na sua essência, a anta do Zambujeiro é composta por uma câmara apoiada em 7 pilares aprumados, ou esteios, a que se segue um longo corredor cujo acesso está hoje vedado por uma porta protectora de madeira. A laje de cobertura encontra-se sob a mamoa, ou seja, um pequeno montículo artificial de terra, composto de várias pedras, que servia para encobrir o monumento.
Devido a uma intervenção antiga, que afectou a estabilidade do monumento, foi necessário construir uma cobertura provisória do conjunto, esperando-se a realização de uma acção que faça a sua recuperação definitiva. Estes são os três principais monumentos megalíticos do concelho. Mas outros existem disseminados ainda pela zona de Valverde, entre os quais são de assinalar as Antas do Barrocal. Entrando-se ligeiramente na freguesia de Santiago do Escoural (termo de Montemor-o-Novo) pode ver-se a Anta-Capela da Senhora do Livramento e a Necrópole de Vale Rodrigo.
No caminho para a Azaruja, e cortando para os Canaviais, chama a atenção a Anta do Paço das Vinhas. Retomando o caminho e seguindo para a Igrejinha, fica o Menir da Oliveirinha, caído e de grandes dimensões, o maior do concelho de Évora. Na zona de Torre de Coelheiros sobressaem as antas do Zambujalinho, da Bota, do Freixo de Cima e a de Cabacinhitos, com as suas notáveis placas de xisto gravadas, expressando promessas e pedidos. A não perder, principalmente ao entardecer, dizem os homens do “Lonely Planet”. E com razão, acrescente-se.
Texto: José Frota
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Alunos de Artes protestam contra condições de ensino
Dezenas de estudantes da Escola de Artes da Universidade de Évora fecharam esta terça-feira o estabelecimento para exigir a resolução de problemas que "põem em causa a aprendizagem", como o aquecimento e obras no pólo de teatro, em "risco de ruir".
Os estudantes encerraram a escola, com cadeados nos portões, e concentraram-se junto ao pólo de teatro, empunhando cartazes e gritando palavras de ordem contra a "grave situação" em que dizem estar.
Na Escola de Artes da Universidade de Évora (UE), a funcionar nas instalações de uma antiga unidade fabril, são leccionados os cursos de artes visuais,c design, arquitectura e teatro.
Débora Santos, estudante de teatro e membro do conselho-geral da UE, explicou à agência Lusa que a "luta" dos alunos está relacionada com a privatização do bar, a necessidade de acessos para deficientes motores e pela abertura do estabelecimento 24 horas por dia.
Quanto ao pólo de teatro, em particular, os estudantes exigem obras imediatas, alegando que as instalações "correm o risco de ruir", e a construção de casas de banho.
"Hoje não temos aquecedores, temos buracos nas salas, temos chuva, temos pombos, temos uma casa de banho unissexo, não temos balneários disponíveis e não temos salas insonorizadas", descreveu a estudante, natural do Barreiro e a estudar há três anos na UE.
Além de criticarem os preços praticados no bar, "iguais aos de qualquer café fora da escola", os estudantes exigem ainda a contratação de docentes, o funcionamento da cantina durante o jantar com a "qualidade necessária" e a criação de uma reprografia e biblioteca.
"A universidade não tem condições financeiras para satisfazer as necessidades dos estudantes. Sobrevive à custa das nossas propinas", criticou Débora Santos, exigindo que o Governo tome uma posição e "defina fazer as obras necessárias".
Évora Perdida no Tempo - Cadeiral do coro da Sé de Évora
Autor Inácio Caldeira
Data Fotografia 1920 ? -
Legenda Cadeiral do coro da Sé de Évora
Cota CME0353 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Monumentos de Évora
O Concelho de Évora apresenta um valioso património disseminado por todo o espaço municipal, constituído não apenas por edifícios notáveis, mas também por muitos outros elementos de valor arquitectónico, arqueológico e ecológico. Tais elementos constituem marcos históricos e da memória local. Nesta página disponibiliza-se informação sobre o património existente na Freguesia de Canaviais, procurando proporcionar a todos os visitantes e residentes, uma oportunidade de conhecer e explorar a riqueza patrimonial de uma das mais importantes freguesias rurais do Concelho de Évora.
Convento do Espinheiro
O Convento do Espinheiro, séc. XV, é considerado património nacional, e as suas origens remontam a uma lenda que fala numa aparição da Virgem Maria sobre um espinheiro, por volta do ano 1400. Em 1412, foi edificado um oratório em honra de Nossa Senhora, e finalmente em 1458, durante o reinado de D. Afonso V, e dada a crescente importância deste local como ponto de peregrinação, foi fundada a igreja e posteriormente o convento.
Enquadramento
Rural, no termo da cidade de Évora, em zona agricultada; o conjunto do Convento e igreja destacam-se, pela volumetria, na planície circundante; a capela, mais destacada, situa-se no termo da cerca do Convento.
Acesso
EN 18, na estrada de Évora para Estremoz, distando cerca de 3 km da sede de Concelho, acessível por caminho vicinal sinalizado pelo lado esquerdo da estrada principal.
Descrição pormenorizada
Igreja: Virada a Oeste, de nave única, planta rectangular com capelas laterais, em cruz latina, é antecedida por nártex de grandes dimensões, conservando, no transepto, dois absidíolos da primitiva abside poligonal; cobertura em abóbada de meio-canhão com apainelados de estuque colorido e telhado de duas águas, contrafortes de suporte marcando os tramos; frontão triangular rasgado por janelão joanino de vão rectangular e cornija arqueada; as capelas laterais do paramento N, posteriores à edificação primitiva, modificaram o plano original do corpo da nave, nivelando-as com o cruzeiro. O coro alto, renascentista, é suportado por arco abatido e pilastras jónicas.
Convento: Massa de volumes assimétricos, fruto das várias intervenções que sofreu ao longo dos tempos, destaca-se, pela dimensão, na envolvente; possui claustro de dois pisos, vastas salas que sofreram diversas alterações ao longo da sua história, uma torre campanário, de andares, uma cisterna, da autoria de de planta rectangular com três naves de cinco tramos; a actual entrada para o convento faz-se pela antiga porta do carro; do lado direito fica o corpo nobre do edifício; o oratório, a antiga cozinha e outras pequenas dependências conventuais - reaproveitadas - conservam vestígios da edificação original; saliente-se a adega dos frades, de 1520, da autoria de João Alvares e Álvaro Anes, constituída por sala comprida de três naves e cinco tramos.
Capela: Destinada a capela funerária do cronista Garcia de Resende, é de invocação a Nossa Senhora do Egipto; compõe-se de planta longitudinal, composta, de pequenas dimensões, com nave, capela-mor e nártex de alvenaria, iluminada por frestas rasgadas. No pavimento, a campa de Jorge de Resende. A escada e a fonte quinhentista de mergulho, com ligação à cisterna, no adro constitui uma área de fresco, alterada posteriormente, mas uma ambiência particularmente envolvente.
Cronologia
1412 - Edificação, por um particular, de um pequeno oratório em agradecimento à aparição da Virgem;
1457 - O oratório é aumentado, devido à devoção de que já gozava na cidade;
1458 - Fundada a Igreja e, logo a seguir, o mosteiro; Dom Afonso V e os monarcas seguintes (até Dom Sebastião) habitaram e engrandeceram a Casa religiosa;
1663 - Serviu de pousada ao Estado-maior castelhano, durante o cerco da cidade;
1834 - Foi secularizado e transformado em propriedade agrícola;
1997 - Em processo de venda pelo proprietário Doutor Luís Marçal;
2000 - Escritura de venda sendo adquirido pela Sociedade de Promoção de Projectos Turísticos e Hoteleiros para instalação de Pousada.
2005 - Finalizada a requalificação do Convento do Espinheiro, é inaugurado um luxuoso e magnífico hotel de 59 quartos, inserido num sumptuoso jardim de 8 hectares, o que o torna local perfeito para desfrutar da paisagem Alentejana e relaxar durante a sua estadia.
Tipologia
Arquitectura religiosa, gótica, manuelina; casa monástica (igreja e convento); arquitectura religiosa / funerária; paralelos: outras obras de Martim Lourenço.
Características Particulares
Capela: Com pequena escala e proporções diminutas que fazem desta construção uma obra-prima do gótico manuelino; os pavimentos quinhentistas de azulejaria hispano-muçulmana são dos mais importantes conjuntos de azulejos de produção sevilhana; o poço quinhentista;
Igreja e Convento: A imponência dos volumes (quase um contraponto à pequena capela) e o hibridismo da construção, com elementos de várias épocas que se conjugam de forma harmoniosa.
Situada dentro da cerca do Convento de Nossa Senhora do Espinheiro, caracteriza-se pelo facto de ser a capela funerária do cronista Garcia de Resende e de invocação a Nossa Senhora do Egipto. Compõe-se de planta longitudinal, composta, de pequenas dimensões, com nave, capela-mor e nártex de alvenaria, iluminada por frestas rasgadas.
No pavimento, a campa de Jorge de Resende, irmão de Garcia de Resende. A escada e a fonte quinhentista de mergulho, com ligação à cisterna, no adro constitui uma área de fresco, alterada posteriormente, mas com ambiente particularmente envolvente.
Acesso
A 3Km de Évora, circulando na EN 18, de Évora para Estremoz, encontra-se o ramal para o Convento de Nossa Senhora do Espinheiro, em cuja cerca se encontra o monumento.
Características Particulares
Pequena escala e proporções diminutas que fazem desta construção uma obra-prima do gótico manuelino; os pavimentos quinhentistas de azulejaria hispano-muçulmana são dos mais importantes conjuntos de azulejos de produção sevilhana; o poço quinhentista.
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