quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Piscina Municipal coberta já abriu


Ao domingo, a piscina pode ser utilizada livremente entre as 09h00 e as 18h00.

A Piscina Municipal coberta já abriu ao público para mais uma época, constituindo uma excelente opção desportiva face à qualidade da infra-estrutura. Para o período 2011/12 a Câmara Municipal de Évora disponibiliza uma série de horários para o público em geral, a denominada utilização livre, destacando-se o domingo em que poderá ser utilizada livremente entre as 09h00 e as 18h00.

A informação sobre o preçário, bem como sobre os horários, encontram-se disponível em http://www2.cm-evora.pt/piscinasmunicipais/ . A época de inverno teve início dia 15 de Setembro e terminará dia 31 de Maio do próximo ano.

A natação permite de forma geral, tendo em conta todos os benefícios a ela associados, lutar contra o envelhecimento a nível físico bem como mental. Vários estudos levados a cabo nesta área provam que a prática de um desporto, e mais especificamente da natação, ajuda a melhorar o estado geral do corpo e da mente.

Évora Perdida no Tempo - Travessa do Sertório


Travessa do Sertório, vendo-se a Torre de Sisebuto e parte da Caixa de Água da Rua Nova.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1950 - 1960
Legenda Travessa do Sertório
Cota DFT7271 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Igreja de S.Francisco

A Igreja de São Francisco em Évora é uma igreja de arquitetura gótico-manuelina. Construída entre 1480 e 1510 pelos mestres de pedraria Martim Lourenço e Pero de Trilho e decorada pelos pintores régios Francisco Henriques, Jorge Afonso e Garcia Fernandes, está intimamente ligada aos acontecimentos históricos que marcaram o período de expansão marítima de Portugal. Isso fica patente nos símbolos da monumental nave de abóboda ogival: a cruz da Ordem de Cristo e os emblemas dos reis fundadores, D. João II e D. Manuel I.
Segundo a tradição, nesta igreja foi sepultado Gil Vicente, em 1536.


Segundo a tradição, o Convento de São Francisco de Évora terá sido a primeira casa da Ordem Franciscana em Portugal, tendo sido fundada no século XII. Segundo os cânones da Regra de São Francisco, a primitiva igreja monástica tinha três naves, com capelas comunicantes entre si. Nestre primitivo edifício se realizaram várias cerimónias importantes, tais como o casamento de D.Pedro I com D.Constança Manuel. Desse período restam alguns vestígios, como atestam as frestas trilobadas que ladeiam o pórtico principal. A igreja seria remodelada no final do século XV, tendo-se construído o magnífico templo que hoje subsiste e que é uma das mais impressionantes igrejas portuguesas. Respeitando os limites originais, as três naves foram substituídas pela nave única subsistente, coberta pela arrojada abóbada gótico-manuelina que atinge vinte e quatro metros de altura. O Convento de São Francisco viveu então os seus momentos áureos, quando a corte do Rei D.Afonso V se começou a intalar no espaço conventual durante as suas estadias em Évora. Desta forma, a igreja de São Francisco foi elevada à categoria de Capela Real, daí os múltiplos emblemas régios de D.João II e D.Manuel I. Nesta época, recebeu o mosteiro o título de Convento de Ouro, tal a riqueza com que a Família Real o decorava.
A estes anos de esplendor (que de alguma forma contrariavam a espiritualidade franciscana (de pobreza e simplicidade), seguiu-se um período menos glorioso, acentuado pela perda da independência (em 1580). Neste período se construíu a curiosa Capela dos Ossos, para que a comunidade reflectisse a propósito da efemeridade da vida humana. No século XVIII construíram-se vários retábulos de talha dourada e de mármore (grande parte deles subsidiados pelos donatários das respectivas capelas, onde tinham sepultura privada). No século XIX uma nova crise se abateria sobre o Convento: a extinção das ordens religiosas, em 1834. Toda a parte monástica foi nacionalizada, tendo-se nela instalado o Tribunal da cidade, até cerca de 1895, data em que, sob grave ruína, se demoliu praticamente toda a parte conventual (dormitórios, parte do claustro, etc.). Salvou-se porém a magnífica igreja porque em 1840, para ali se transferiu a sede da freguesia de São Pedro.

Destacam-se em toda a igreja as características da arquitectura gótico-manuelina, particularmente nas ameias e torres das fachadas, no pórtico principal e na magnífica abóbada da nave.

Na extensa nave do templo, abrem-se dez capelas laterais, compostas por retábulos de talha dourada e policromada (século XVIII) e de estuques (século XIX). Alguns são provenientes da igreja do Convento da Graça, de onde foram salvos da ruína. No Baptistério está a pia baptismal da antiga igreja de São Pedro e uma curiosa representação do Baptismo de Cristo no Jordão, em cortiça, proveniente do antigo convento de Santa Mónica.

O retábulo da capela-mor substituíu um conjunto de pintura renascentista (presentemente disperso pelos Museus de Évora e da Arte Antiga. O retábulo actual é da segunda metade do século XVIII, em mármore, obra que contrasta com o ambiente manuelino do espaço. Nele se expõem as grandes imagens de São Francisco e São Domingos, como era hábito nas igrejas franciscanas. Nos alçados da capela estão duas belíssimas janelas marmóreas renascentistas, de onde a Família Real assistia aos ofícios religiosos (no século XVI) e um grande órgão de tubos setecentista (de Pascoal Caetano Oldovini). O cadeiral dos monges está decorado com representações de vários santos franciscanos. Os altares colaterais têm ainda várias pinturas do período renascentista.

Particularmente majestoso é o conjunto artístico da Capela da venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência (constituída por leigos), nela se conjugam harmoniosamente todo o esplendor da talha barroca do período joanino com os azulejos e telas representativos de temáticas franciscanas.

Pequena dependência renascentista, de abóbada nervurada, outrora independente do templo franciscano, erguida na face norte do transepto. Foi a primitiva sede da Santa Casa da Misericórdia de Évora e sob a sua portada está a escultura do anjo da Anunciação, em mármore do século XVI.

Da destruição da parte conventual salvou-se a antiga sala do capítulo, que no século XIX foi transformada em Capela do Senhor dos Passos da Casa dos Ossos (imagem de grande devoção local, representando o sofrimento de Cristo no caminho do calvário). O camarim onde se expõe a imagem é a maquete da capela-mor da Sé de Évora, tendo sido construída por ordem de J. F. Ludwig, mais conhecido por Ludovice, o arquitecto que a projectou no século XVIII.

A Capela dos Ossos é uma das curiosidades deste grande monumento, sendo um dos ex-libris da cidade de Évora. A capela foi construída nos séculos XVI e XVII, no lugar do primitivo dormitório dos frades. A sua construção partiu da iniciativa de três frades franciscanos que queriam proporcionar uma melhor reflexão acerca da brevidade da vida humana. A capela é constituída por ossadas provenientes das sepulturas da igreja do convento e de outras igrejas e cemitérios da cidade. As paredes e parte das abóbadas da capela estão revestidas de milhares de ossos humanos, que ilustram a ideia dos monges fundadores, expressa na frase que encima o pórtico da capela: Nós ossos que aqui estamos, pelos vossos esperamos.

Évora Perdida no Tempo - Banco do Alentejo, na Praça do Giraldo


Aspecto interior das instalações do Banco do Alentejo, na Praça do Giraldo

Autor David Freitas
Data Fotografia 1960 - 1969
Legenda Banco do Alentejo, na Praça do Giraldo
Cota DFT116 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

segunda-feira, 17 de outubro de 2011


Aspecto do Largo dos Colegiais depois da intervenção. Em Novembro de 1953 a Casa Cadaval doou ao município o terreno adjacente ao Buraco dos Colegiais para arranjo e ajardinamento, reservando essa passagem a peões, obra que ficou pronta em 1955.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1955 -
Legenda Largo dos Colegiais depois da intervenção
Cota DFT7644 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

domingo, 16 de outubro de 2011

Chefe de Departamento C/ Experiência para a Loja em Evora

O nosso cliente é uma empresa líder de mercado no sector em que actua, fazendo parte de um grupo multinacional francês que está representado em 9 países distribuído por 3 continentes. No âmbito da sua expansão nacional pretende recrutar Chefe de Departamento C/Experiência para sua Loja em Évora.

Reportando ao Director de Loja terá como principais responsabilidades:

- Gestão operacional de um sector comercial da Loja;

- Garantir uma boa apresentação e animação comercial no seu sector;

- Gestão e motivação da sua equipa;

- Preparação de campanhas e Gestão de Stocks.



Requisitos

- Habilitações Literárias ao nível da Licenciatura (Preferencialmente em Gestão / Economia);

- Experiência no Comércio da Distribuição e em Gestão de Equipas (obrigatório);

- Dinamismo;

- Proactividade;

- Orientação para o Cliente;

- Residência na zona referenciada.



Oferta

Pacote salarial atractivo, acrescido de regalias sociais em vigor na empresa.

Se corresponde ao perfil solicitado envie já a sua candidatura para o e-mail:

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Glintt aposta em Évora para parque fotovoltaico

Um parque fotovoltaico com cerca de 2 900 painéis solares, que vão ser produzidos em Évora, vai «nascer» na periferia desta cidade alentejana, num investimento de quatro milhões de euros da Glintt -- Global Intelligent Technologies.
«É um projeto com duas iniciativas em paralelo. Por um lado, vamos buscar tecnologia estrangeira para adaptá-la e produzir painéis solares em Évora. Por outro, vamos produzir energia solar», disse hoje à agência Lusa Manuel Mira Godinho, Chief Executive Officer (CEO) da Glintt.

O projeto, num investimento de quatro milhões de euros, ainda está «em fase de preparação», mas deverá estar concluído «dentro de aproximadamente 12 meses», explicou o presidente-executivo da empresa.

Câmara de Évora distinguida pelas suas boas práticas de sustentabilidade


A Vereadora da Câmara Municipal de Évora, Cláudia Sousa Pereira, participou no dia 29 de Setembro, na cerimónia de entrega do galardão Eco XXI 2011, que teve lugar no Teatro-Cine de Pombal, tendo a autarquia eborense sido distinguida uma vez mais com a Bandeira Verde Eco XXI 2011 e respectiva medalha pelo seu trabalho e boas práticas de desenvolvimento sustentável.

Nesta cerimónia, organizada pela Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE), com o apoio do Município de Pombal, foi também realizado um sorteio entre os representantes dos municípios presentes, tendo a Vereadora Cláudia Sousa Pereira sido contemplada pela ABAE e EfraEnergy, com um cheque-oferta, no valor de 10 mil euros, que permitirá à Câmara pôr em prática um projecto de consultoria na área da gestão energética num edifício municipal.

“Este galardão, que nos coloca entre os melhores, é um incentivo aos serviços da autarquia para que continuem a trabalhar no caminho da sustentabilidade e também um motivo para que os munícipes colaborem em todo esse trabalho e esforço da autarquia para melhorar o ambiente e tornar Évora melhor”, considerou a Vereadora, satisfeita também por ter obtido, através da sua presença, o prémio de participação na área da gestão energética.

“O prémio vai permitir ao Município lidar com a questão da eficiência energética num edifício municipal, possibilitando-nos conhecer a situação e tomar medidas para o tornar mais sustentável”, explicou ainda a autarca à margem da cerimónia.

A sessão de abertura do evento contou com a presença do Presidente do Município de Pombal, Narciso Mota, de Francisco Teixeira, da Agência Portuguesa do Ambiente e de José Archer, Presidente da Associação Bandeira Azul da Europa, tendo a apresentação dos resultados do Eco XXI 2011 sido feita por Margarida Gomes, a Coordenadora Nacional do referido projecto.

Decorreram ainda apresentações temáticas dos municípios da Maia, Torres Vedras, Cascais, Beja, Águeda e Pombal, seguindo-se a entrega dos prémios anuais de participação 2011 e dos galardões EcoXXI 2011.

Segundo a ABAE, este ano 86% dos municípios candidatos poderão hastear a Bandeira Verde Eco XXI 2011, o que significa que conseguiram pontuar acima dos 50% da pontuação máxima possível do índice de sustentabilidade.

O projecto Eco XXI, destinado aos municípios, visa distinguir as boas práticas, políticas e acções feitas em prol da sustentabilidade local, com especial ênfase no que respeita à qualidade ambiental e às práticas de educação para a sustentabilidade.

Foi lançado em 2005 como forma de assinalar a Década da Educação para a Sustentabilidade (Nações Unidas) e é inspirado nos objectivos da Agenda 21. Através de 23 indicadores e diversos sub-indicadores, uma Comissão Nacional avalia, seguindo critérios científicos rigorosos, as diversas vertentes da sustentabilidade, desde a gestão dos recursos, à informação aos munícipes, passando pela energia, mobilidade, floresta, resíduos, turismo, ordenamento do território, qualidade do ar e da água, agricultura sustentável, emprego, cidadania, ordenamento do território e educação e sensibilização ambiental, entre outros.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Amanhã (14/10/2011) é o dia da inauguração da Worten no Évora Retail Park


A Worten inaugura na próxima sexta-feira, dia 14 de Outubro, uma nova loja no Retail Park de Évora, que vem reforçar o plano de expansão da marca na zona sul do país. A abertura desta loja, que será a 134.ª Worten em Portugal, vai ao encontro das necessidades dos habitantes locais, apostando na variedade de produtos, com a garantia dos preços mais baixos.

Com 1470 metros quadrados de área de venda e uma equipa de 44 profissionais, esta loja pretende corresponder às necessidades dos milhares de habitantes da cidade alentejana, com uma forte aposta na variedade de produtos aos preços mais baixos.

Quanto aos suportes de comunicação da campanha de abertura, a Worten desenvolveu dois folhetos promocionais e estará presente em imprensa, rádio, exterior e rede multibanco, sem esquecer toda a comunicação na loja.

A partir do dia 14, todos os que comprarem na loja Worten de Évora farão imediatamente parte do “Clube dos Preços Baixos”, um clube formado por pessoas com uma capacidade natural para poupar.

A Industrialização em Évora

  

A vontade política da não industrialização do Alentejo e, por maioria de razão, de Évora, a sua maior cidade, prevaleceu sempre nos propósitos da elite financeira regional, ligada umbilicalmente à exploração fundiária, a qual apenas se lançou em projectos dessa natureza quando não pôde deixar de o fazer, sob pena de ter de abdicar de fatia significativa do seu poder e influência. Temiam os grandes senhores que lhes faltasse a mão-de-obra na lavoura e fugisse para a indústria onde os salários eram melhores e os trabalhos aparentemente menos duros.

Acabou por ser a aplicação da máquina a vapor ao serviço da modernização dos transportes a trazer, até ao concelho, a novidade dos progressos que as novas tecnologias registavam com base numa inovadora relação entre o capital e o trabalho, possibilitando a formação de grandes unidades de produção, transformação e distribuição de bens de utilidade geral e colectiva e menos de interesse individual ou personalizado. Em 1863 foi inaugurado em Évora o caminho-de-ferro estabelecendo-se a ligação com Lisboa. Como é óbvio foi necessário construir a estação para servir de apoio à manutenção, limpeza, conservação e reparação do material circulante o que conduziu por seu turno à contratação de pessoal especializado para a realização de tais tarefas.

Assim chegaram os primeiros operários que, trabalhando para uma empresa ou sociedade poderosa, eram remunerados regularmente para o efeito, perdendo o controlo do processo de produto e gerando um lucro que lhes era completamente alheio. Nos décadas seguintes a rede ferroviária foi-se esticando e chegou sucessivamente a Setúbal, Estremoz e Faro. Acreditando nos constantes progressos da ciência e da técnica e nas possibilidades de rápida distribuição dos produtos rasgadas pela nova via, o lavrador natural de S. Miguel de Machede, Perdigão Queiroga, de alcunha “O Larila”, abriu nessa zona, já no ano de 1899, a primeira fábrica de moagem conhecida na cidade. Curiosamente deu-lhe o nome de “Fábrica de Moagem Perdigão Queiroga à Estação”, amplamente publicitada na imprensa da época.

No outro lado da cidade, em 1901, junto às portas de Machede lançara Romão Marquez a sua Fábrica de Cortiça. No ano seguinte José Gomes Severino criava duas pequenas fábricas, uma na Travessa dos Lagares, nº4, e outra no Largo dos Penedos, 13 a 17, visando a primeira o armazenamento e preparação dos fardos que na segunda eram reduzidos a pequenos pedaços para a feitura de quadros e rolos. Numa das travessas à Rua do Raimundo erguia ainda no mesmo ano Francisco de Oliveira Saragoça um espaço dedicado à transformação da cortiça e também à fabricação de telhas e tijolo. Com idênticos propósitos abria em 1904 a empresa José Augusto e Companhia.

A tímida industrialização fazia-se em torno do aproveitamento dos produtos agrícolas em que o Alentejo e a cidade eram férteis. De resto as máquinas eram muito caras, avariavam ainda com frequência e os grandes capitalistas locais pouco interesse tinham em investir. Viria a ser a capacidade de iniciativa e a crença no progresso do grande lavrador e banqueiro eborense José António de Oliveira Soares, presidente do Real Sindicato Agrícola de Évora e da Escola Prática de Agricultura, que ao apresentar-se na cidade em 1902 com o primeiro automóvel aqui visto, que viria a fazer publicamente a cabal demonstração de serem infundados os receios quanto à utilização de novas técnicas e máquinas valendo a pena, se necessário, recorrer à banca, para conseguir financiamento para a aquisição dos novos equipamentos requeridos para a modernização da produção.

Dois anos depois, o negociante Estevão de Oliveira Fernandes funda na Rua do Paço uma empresa comercial e industrial denominada “Auto Palace” dedicada à venda de automóveis, máquinas agrícolas e industriais e com oficinas de reparação de todos os géneros. Por seu turno, a empresa inglesa de óleos e gorduras minerais lubrificantes Vaccum Oil Company, (antecessora da Mobil) e com filial em Lisboa instala uma delegação em Évora, na Rua João de Deus, 5 e 7, onde procede à aplicação daqueles produtos em «máquinas a vapor e motores a gaz pobre, a gaz d’hulha, a petróleo e a gasolina. E lubrifica ainda eixos de carros, wagons, wagonetas, máquinas agrícolas e automóveis».

Por imperativos da iluminação da cidade buscavam-se agora outras formas de energia. Em 1 de Maio de 1890 tinha sido inaugurada a iluminação a gás na cidade com a fábrica colocada no Rossio de S. Brás, no local onde se situa hoje o Hotel D. Fernando. Era pertença da Companhia Geral de Iluminação a Gás ,com sede no Porto e com capitais nortenhos e estrangeiros. Acontece porém que este tipo de iluminação emanava por vezes odores menos agradáveis, provocava indisposições orgânicas e era cara e propícia à ocorrência de incêndios.

As atenções de todos viraram-se para a electricidade, já existente em várias cidades do país e que vinha provando ser a forma de energia ideal, por superar completamente todas as desvantagens apresentadas pelo gás de iluminação. Para concretizar esse desiderato e em alternativa ao sistema concessionado, um grupo de capitalistas locais resolveu unir esforços e vontades constituindo a Companhia Eborense de Electricidade e dotando-a de um capital social de 25 mil contos. Depois de várias peripécias e muitas rondas negociais, a central eléctrica acabou por ser edificada em terrenos junto às muralhas da cidade, na zona do Ferragial do Buraco dos Colegiais.

Em 1909 começou a fornecer luz eléctrica a algumas pequenas empresas e diversos equipamentos públicos, entre os quais os prédios militares, a Estação de caminho- de-ferro e os diversos imóveis da Santa Casa da Misericódia, facto a que não era alheia a superior qualidade do serviço prestado e o prestígio e confiança que
a sua direcção constituída na altura por José António d’Oliveira Soares, José Estevão Cordovil, José Eduardo de Calça e Pina Câmara Manoel e Estevão da Cunha Pimentel, tinham na cidade, o que se traduzia na grande capacidade para celebrar contratos de certa dimensão.

Em 1917 a Câmara municipalizou ambas as empresas e contraiu-as numa só, sob sua administração. Sem matéria-prima disponível dado que o concelho é parco em recursos do subsolo, a metalurgia não existia. Sem mostrar qualquer apetência pelos negócios e criação de firmas industriais, permanecia uma série de oficinas e pequenas fabriquetas, de carácter familiar, com dois ou três aprendizes e produção artesanal. Nessa série de estabelecimentos de produção manufactureira contavam-se os sapateiros, os marceneiros, os cordoeiros, os tanoeiros, os serralheiros, os ferradores, os carpinteiros, os carpinteiros de carros (desde carruagens de luxo aos carros de canudo), os abegãos (fabricantes de utensílios e ferramentas) e os chamados artistas da pedra (pedreiros, calceteiros e canteiros). 

Reuniam-se na chamada Associação Industrial de Évora, visando o apoio e solidariedade mútuos, a qual em 1911 passou a Eborense pela incorporação de vários capitalistas e negociantes locais. A mudança «parece ter-se relacionado com as transformações que estavam a ocorrer nas relações de trabalho no seio da indústria» considera o professor Paulo Eduardo Guimarães, em “Elites e Indústria no Alentejo (1890-1960)”. As repercussões daí derivadas só vieram no entanto a notar-se no final da segunda década. Indústria que desde logo conheceu grande sucesso foi a tipográfica.

O primeiro prelo que chegou a Évora, no ano de 1840, foi destinado ao Governo Civil e à Repartição de Fazenda para auxílio no expediente geral. Para além de um administrador nomeado pelo governo, a Tipografia tinha como responsável gráfico Francisco da Cunha Bravo, um artista da especialidade, natural de Castelo Branco, e dois aprendizes. A partir de certa altura, Cunha Bravo, cujas solicitações de particulares eram cada vez mais e vendo que os jornais se encontravam em fase degrande expansão, estabeleceu-se por conta própria na Praça de Giraldo fundando a Tipografia Eborense, que viria a vender à empresa “Pharol do Alentejo”, para se estabelecer noutro local da cidade.

A Tipografia Eborense terminou o seu périplo de mudanças em 1907, no Pátio das Cinco Quinas, ano de falecimento do seu proprietário. Cunha Bravo fez fortuna com o seu espírito de grande trabalhador e artista de rara qualidade, sempre irrequieto e procurando motivar outros para uma profissão que considerava muito digna e tornava os homens melhores e mais cultos. Outras empresas do género surgiram na cidade.

Em 1910 encontravam-se em plena laboração a Tipografia Minerva Comercial, Lda, fundada em 1893 e propriedade na altura do republicano José Ferreira Baptista, que passou a pagar aos seus operários o dia 5 de Outubro, ainda que este fosse feriado; a Empresa Tipográfica Eborense, criada em 1899 e do também republicano Tristão Augusto Barradas; a Tipografia “Notícias d’Évora”, publicação regenedora-liberal aparecida em 1900 e a da “A Voz Pública”, fundada em 1904, órgão local assumido do Partido Republicano e de que era dono José Bento Rosado.

O grande empreendimento industrial no concelho, em todo este período, seria no entanto a formação da Sociedade Alentejana de Moagem, criada em 1916 por iniciativa de um grupo de proprietários e lavradores que ergueram a conhecida Fábrica dos Leões. O capital inicial foi de 120 contos, mas passaria em 1920 para 800 contos em consequência da sua compra por parte dos industriais espanhóis, radicados em Lisboa, Eugénio Alvarez e Manuel Alvarez y Rivera.

Texto: José Frota 



Évora Perdida no Tempo - Janela da Igreja do Cv. S. Bento de Cástris


Janela da Igreja do Convento de São Bento de Cástris.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1950 - 1969
Legenda Janela da Igreja do Cv. S. Bento de Cástris
Cota DFT334 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Câmara de Évora dinamizou formação sobre prevenção de crime informático


A Câmara Municipal de Évora organizou esta semana nos Paços do Concelho uma formação sobre prevenção de crime informático, inserida no programa que assinala a abertura do novo ano lectivo e que registou uma significativa participação pública, designadamente de jovens.
Esta formação, a cargo da Directoria de Lisboa e Vale do Tejo da Polícia Judiciária, visou abordar casos reais e identificar medidas preventivas de combate a este tipo de crime, bem como conselhos de segurança. O Inspector alertou para os principais crimes informáticos praticados em Portugal e indicou como o cidadão deve proteger-se e, em especial os mais novos, sendo indispensável que os pais e encarregados de educação estejam sempre atentos.
Por crimes informáticos entendem-se todas as condutas ilícitas praticadas através de meios informáticos, que têm como principais características afectarem tanto a vida pessoal dos cidadãos como a economia nacional, facilitando directa e/ou indirectamente outras actividades criminosas.
A Vereadora da Câmara Municipal de Évora, Cláudia Sousa Pereira, esteve neste evento para dar as boas vindas aos participantes e agradecer a colaboração da Polícia Judiciária, sublinhando a importância desta formação, dado que somos uma Cidade Educadora, sempre aberta ao ensino nas mais variadas áreas do conhecimento e para os mais diversos públicos. Salientou também o valor da parceria que a autarquia vem desenvolvendo com as forças de segurança, através de um conjunto de eventos de significativa utilidade para a comunidade.
Por seu turno, o Inspector mencionou um conjunto de leis onde estão enquadradas as formas de punição dos crimes informáticos e deu vários exemplos de crimes que acontecem hoje, não só através do uso dos computadores, como dos telemóveis, sendo as vítimas das mais variadas idades, inclusive os idosos, que cada vez mais utilizam estes novos meios de comunicação.
Definir uma política de segurança individual e familiar é imprescindível, incidindo esta na protecção do sistema e da informação, tendo sempre atenção aos comportamentos de risco e sabendo discernir o que é boa e má informação.
Explicou igualmente como agir caso tenha sido vítima e a quem reportar as situações, tendo a formação sido ainda animada através de um conjunto de questões de muito interesse global colocadas pelos participantes, às quais o responsável da Polícia Judiciária respondeu de forma muito pronta, clara e concisa.
No âmbito da abertura do novo ano lectivo, salienta-se ainda a cerimónia de boas vindas ao pessoal docente e a apresentação do Projecto Educativo do Património de Évora (PEPE), no próximo dia 13, no Museu de Évora, local onde, no dia 14, decorre também uma homenagem ao pessoal docente e não docente, reformados no ano lectivo de 2010/2011.
Além disto, salienta ainda o programa de observação da natureza: “Um olhar sobre o Alto de S. Bento”, aberto à participação de toda a população, cujas próximas actividades se realizam nos dias 15 e 22 de Outubro, denominadas respectivamente, “Himalaias no Alentejo” e “Bosques Mediterrânicos”. Tratam-se de actividades que visam divulgar as ciências naturais, tirando partido das grandes valências do património natural do Alto de S. Bento e da existência de laboratórios nos moinhos, que poderão apoiar as observações de campo.

Évora Perdida no Tempo - Grade do Côro do Convento do Calvário


Grade do Côro do Convento do Calvário, em Évora.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1960 - 1970
Legenda Grade do Côro do Convento do Calvário
Cota DFT210 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

terça-feira, 11 de outubro de 2011

A História do Comércio e Serviços em Évora

A actividade comercial em Évora revelava já alguma dinâmica na primeira década do século XX, que se veio a alargar na que lhe sucedeu.
Este sector e o de serviços, tinha constituído até então a imagem de marca da cidade feudal na qual proliferavam mercadores, mascates, bufarinheiros, algibebes, correeiros, sapateiros, ferradores, almocreves, escudeiros, a par de boticários, escreventes, bacharéis e tabeliães. A Regeneração modernizara entretanto o país, introduzira novos hábitos de vida e as pessoas haviam rompido com o isolamento de antanho procurando o contacto com a vida e a rua, dando-lhes cor, bulício e animação.

Essa nova relação com o exterior implicou, como é óbvio, uma mudança apreciável no atavio pessoal (quer masculino quer feminino) requerida pela frequência do espaço público, isto é, da loja, do escritório, do café, do clube, do baile, do sarau, do teatro, do concerto, da festa, do piquenique, do passeio pelas arcadas ou pelo Passeio Público, que a implantação da República mais viria a acentuar. Quase como hoje, era no trajecto entre a Rua do Paço, a Rua Ancha e a Rua da Porta Nova, passando pela Praça de Giraldo, que se concentravam as lojas de maior fama e procura nos mais diversos domínios.

Ora, a 10 de Janeiro de 1910 constituiu festa de arromba e acontecimento social de relevância a abertura ao público da nova agência dos “Grandes Armazéns do Chiado” (o estabelecimento provisório tinha-se efectuado no ano anterior) situado em plena Praça de Giraldo, no prédio que faz cotovelo com a Rua da Selaria, o qual segundo a publicidade da altura «fica sendo o mais formoso e importante estabelecimento da cidade». Apresentava «um sortido colossal, com as mais deslumbrantes novidades da Estação de Inverno, distribuída pelas secções de fanqueiro, retrosaria, lãs, malhas, sedas, rouparia, camisaria, gravataria, lanifícios, luvaria, chapelaria e sapataria.

Este acontecimento provocou a antecipação dos saldos nos “Armazéns do Antigo Barateiro de Lisboa”, apregoando-se a si próprio como o arauto da moda, com portas na Rua João de Deus (antiga Rua Ancha), 82 e 86, que tendo as mesmas secções, acrescida da de fato para criança, havia dominado até aí o sector da roupa. No início de 1911 era inaugurado, com o sugestivo nome de “Novo Mundo”, um novo estabelecimento do género. Quase paredes meias com o anterior, estava localizado ao fundo das arcadas, ocupando os números de 78 a 80 A e era propriedade da firma Tavares e Mesquita. Menos ambiciosos e de preços mais acessíveis salientavam-se o estabelecimento de Manuel José Vicente, «fornecedor da Santa Casa da Misericórdia», sito na Praça de Giraldo, 24 e 25, os “Armazéns do Chico”, domiciliados na Rua da Porta Nova, 42 a 46. E também a graciosa “Casa dos Arcos Cor de Rosa”, de Rodrigo B. Roque, na Rua João de Deus, de 18 a 28.

Inaugurada ainda antes da implantação da dita, tinha fama a “Alfaiataria República” de José Pereira de Sande, localizada na Rua João de Deus, a qual tinha a concorrência da “Alfaiataria Confiança”, de Sousa e Valente, na Praça de Giraldo (vendas a prestações com fiador de confiança) ; do estabelecimento de António da Silva Topa, ainda na Rua João de Deus; da “Alfaiataria Moderna”, na Rua d’Alconchel, 27; da loja de Luís Sebastião de Sousa, «de fato feito e por medida» e da oficina dos próprios “Armazéns do Barateiro de Lisboa”.

Para as senhoras havia o «atelier» de Aurélia dos Prazeres, «modista lisbonense», como se intitulava, instalado na Carreira do Menino Jesus, 1, mudando depois para a Rua do Paço, 95, onde executava todas
as confecções para senhoras e crianças, para o que dispunha sempre dos melhores figurinos e pessoal bem habilitado. À compita com esta radicara-se na Rua João de Deus, 85 e 87, Madame Gameiro, antiga directora de secção de modas e confecções de uma loja da capital, e modista especializada em vestidos, combinações, anáguas e espartilhos. De Lisboa recebia chapéus e principalmente sombrinhas de Verão, na
altura “le dernier cri de la mode parisienne”.

A “A Nova Chapelaria” de A.Vieira e C ª., na Praça do Giraldo, 29 (junto à “Brasserie”) era também especialista na confecção de chapéus, quer masculinos, quer femininos, e também de bonés. Mas também importava de Paris e Londres. No domínio dos perfumes a casa Tristão e Barradas era a preferida com grande sortido de sabonetes e essências francesas e pastas dentífricas inglesas de cereja. Por esses dias começava economia em mudança a explosão do comércio e serviços a ter elevada procura a nóvel “Kermese de France” quase ao início da Rua João de Deus e que subsistiria até ao final do século passado.

Mas nem só de vestuário e perfumes se fazia a actividade mercantil da cidade. No ramo alimentar distinguia-se o magnífico Centro Comercial e Industrial de António Anselmo Dias, de portas abertas desde 1867 na Rua João de Deus, com armazéns de mercearia, miudezas, fábrica de chocolate, confeitaria, torrefacção e moagem de café, a par de artigos de drogaria. Ao mesmo tipo de loja pertencia a de A.Gomes Namorado, no Largo da Porta Nova, 42 a 46, igualmente dotada de fábrica a vapor de chocolate, fabrico de confeitaria e torrefação e moagem de café. Funcionava ainda como pastelaria e depósito de fósforos, vinagres e de cerveja. Em armazéns diversos possuía sabão, bacalhau, sal e petróleo.

No capítulo das mercearias finas distinguiam-se também na Praça de Giraldo, o Centro Comercial Eborense, de Brás Simões, em primeiro lugar e trespassado depois à firma Sousa & Valente; na rua d’ Alconchel, 35 a 37, a de Manuel Alves Leal; a “Aliança d’Évora” de Alfredo de Carvalho, na Rua João de Deus, 24 a 26, e a “Lealdade” de Albino José da Silva, na Rua da Porta Nova, 7 a 13. Entretanto na Rua Miguel Bombarda (antiga Rua dos Infantes) Manuel dos Santos Índias governava a melhor padaria da cidade e na Rua da Moeda, 57 a 59, ficava o excelente armazém de vinhos, vinagres e aguardentes de José Joaquim d’ Almeida.

Para alimentar o espírito – nem só de pão vive o homem, Jesus Cristo o disse – as Livrarias “Académica”, na Rua do Paço 8 (depois Rua da República) e a “Nazareth”, no lugar de sempre, vendiam as novidades literárias, funcionando em simultâneo como papelarias e tabacarias, enquanto José Augusto Correia (o Zé do Casarão) era o agente de jornais credenciados. Neste âmbito a coqueluche era a “Tabacaria Mónaco”, uma iniciativa do republicano Francisco Maria Nunes cujas portas abriram em 1909 na ainda Rua do Paço. Construída à imagem e semelhança da célebre “ Tabacaria Mónaco”, no Rossio de Lisboa (ainda hoje existente), ali se podiam, de acordo com o texto laudatório publicado em “A Voz Pública”, «fumar os belos tabacos estrangeiros e nacionais e lerem os principais jornais, portugueses e estrangeiros, políticos, de modas e ilustrados, e irem as nossas mulheres e filhas comprar os seus figurinos e encomendar os moldes cortados para os seus vestidos». À moda da época, também na “Mónaco” se vendiam «a melhor manteiga, os melhores vinhos verdes de Colares e do Porto, etc., as melhores águas minerais e cervejas».

Em termos de cuidados de saúde, Évora possuía uma quantidade assinalável de farmácias, destacando-se a “Farmácia Motta,” de Cândido Ferreira da Motta, membro da direcção do Banco Eborense; a “Farmácia Ferro” de António Fernandes Marques, a “Farmácia da Misericórdia”; a “Farmácia Rebocho Pais”, de José Dordio Rebocho Pais, a “Farmácia Central”, na Rua de Avis, e para os mais carenciados a “Farmácia dos Pobres”, situada na Rua d’Alconchel e que funcionava também como depósito das Águas de Vidago. Entre os clínicos pontificavam Evaristo Cutileiro (tuberculose e doenças do foro respiratório), na Rua da Porta Nova; Ludolphe Bravo, médico-parteiro como ao tempo se dizia, com consultório na Rua do Paço; Felício Caeiro, cirurgião, na Rua dos Mercadores; Morais Sarmento, igualmente cirurgião, na Rua da Selaria e ainda Alves Branco, no Largo da Alameda. Mas quem fazia furor pela novidade e qualidade do seu trabalho era o cirurgião dentista António José Nogueira, com consultório montado em 1905 na Rua da Porta Nova, 5, onde efectuava a obturação de dentes com cimento, amálgama, oiro e esmalte e implantava dentes artificiais sobre placa de vulcante ou de esmalte e colocava dentes à “pivot” e em “bridge-work”, coroas de ouro e porcelana.

Noutros domínios, a Relojoaria e Ourivesaria Simões, fundada por Joaquim Simões ao cimo da Rua do Paço em 1876 levava a palma a todas os do seu género. Deixou de existir há cerca de duas décadas o mesmo não tendo acontecido todavia com a Casa Bacharel, agora Drogaria Azul, aberta na Rua da Porta Nova em 1896, que anunciava ser a grande referência do comércio misto de ferragens, drogas, tintas, produtos químicos e farmacêuticos, óculos, lunetas e binóculos, artigos eléctricos e fotográficos e uma quantidade inesgotável de instrumentos para o lar.

Para pleitear e querelar na justiça os mais famosos advogados eram Armando Cordeiro Ramos, Gabriel Vitor Bugalho, com escritório na Rua do Raimundo, e Martinho Pedro Pinto Basto. Jacinto António de Brito, Florival Sanches de Miranda, José Bento Rosado, António Jacinto Villalva eram os mais conhecidos entre os solicitadores. Na Fotografia Lisbonense de Ricardo Santos e Filho, na Rua d’Avis, 23, os eborenses tinham quem com arte e bom gosto lhes tirasse o retrato, como na altura soía dizer-se. Pode afirmar-se com absoluta certeza que era neste sector do comércio e serviços que o Partido Republicano em Évora tinha o núcleo principal dos seus apoiantes.

Texto: José Frota