domingo, 13 de maio de 2018

Real Celeiro Comum do Monte da Piedade


O Depósito de Pão do Concelho, o primeiro instituído em Portugal, deveu-se ao rei D. Sebastião, por alvará de 20 de Julho de 1576 e foi instalado, a título provisório, nas torres do castelo manuelino por empreitada dada aos mestres de pedraria Mateus Neto e Francisco Gil no ano imediato e terminada por Brás Godinho na década seguinte. As vultuosas obras de adaptação deste edifício militar para Quartel de Dragões de Évora, segundo determinação real de D. João V em 1736, impuseram o estudo de transferência dos depósitos de trigo para lugar definitivo e o monarca, interessado em instalar condignamente os cereais do mais poderoso produtor nacional - o Alentejo deu plenos poderes à Junta nomeada para construir edifício que honrasse pela sua arquitectura e proporções a monarquia portuguesa. Para o efeito adquiriu-se um talhão de moradias situadas entre a Rua do Paço e o Largo de S. Francisco, que compreendiam os restos do palácio quinhentista de D. Jorge de Lencastre, Duque de Coimbra e filho natural de D. João II. Todavia, a construção, planeada nos últimos anos do reinado do Magnânimo só teve início no ano de 1773, sob assistência do Corregedor da Comarca Dr. João de Faria da Costa e Abreu Guião e foi concluída em 1780. Desde 1744, porém, que o Celeiro funcionava, com feição precária, no edifício do Trem (Palácio de D. Manuel). 

Foi tracista do novo imóvel o mestre pedreiro João Baptista e acessores Brás da Silva, António Baptista e Sebastião Rosado; oficiais de cantaria João de Sampaio e João da Silva; ferreiro Francisco Cardim; mestre de carpintaria João Crisóstomo; dos fomos e arranque da pedra. Sebastião José e Angelo Henriques e pintor João Baptista. Vedores: deputados cónego João Pedro Stokier e Estêvão Mendes da Silva. A obra importou em 20 000 cruzados. No ano de 1821 sofreu grandes benefícios assistidos pelo oficial de pedraria Manuel Joaquim dos Santos. O Regimento de 1576 vigorou até 1852, apesar de, após a restauração liberal de 1835 a Câmara, por sentença estadual que extinguiu a Junta primitiva, entrar na administração do Estabelecimento com as necessárias alterações. Estas foram, sucessivamente, modificadas com as Portarias e Leis de Outubro de 1852, Julho e Agosto de 1854, Julho de 1863 e Julho de 1898. A fachada axial, voltada ao lado sul e sobranceira à ermida de S. Joãozinho, é uma nobre empena decorada por janelas de sacada, de granito emoldurado e com frontões triangulares, defendidas por elegantes balcões de ferro forjado, do estilo rocócó. 

Formoso portado, também de granito, em linhas dum barroquismo seco mas monumental, compõe o centro, ladeado por pilastras que atingem as cornijas bem salientes do edifício, que é coberto com telhado de quatro águas donde rompem mansardas do tipo característico da arquitectura pombalina. O portal propriamente dito, de arco lanceolado, envolvido por ornatos aconcheados e volutas, onde assenta o armorial da casa reinante portuguesa, de mármore branco, está centrado por jambas apilastradas, de filetes e mísulas de enrolamento, do género vegetalista, terminadas em ábacos de porte muito acentuado, sobrepujadas por fachos de belo efeito ornamental. Estantes e lateralmente ao brasão, duas tabelas enroladas em forma de pergaminho exibem a inscrição: CELLEIRO COMM UM F.TO P.ª UTIL.DE P UBLICA POR ORD EM DE S.M.F.SEND O INSPECTOR E D EPUT.DO O DZ.DOR JOÃO JOZE DE F.ª DA COSTA E ABREU GUIÃO CORR.OR DESTA COMARCA E DEPUTADOS DE MESMO CELL EIRO O CONICO JOÃO PEDRO ST OCOLER E ESTE UÃO MENDES DA SILV.RA CID.ÃO DEST A CI.DE ANNO D 1777. 

O Real Celeiro Comum é constituído pelo depósito, em si, e pelas sala de sessões, sala vaga, cartório e moradia do tesoureiro, com suas dependências cómodas mas vulgares, que compreendem o piso alto e se atingem através da escadaria principal, coberta de abóbada em 1778 e que termina em patamar de três entradas, de vergas de granito trabalhado, com molduras salientes e reentrantes terminadas em empenas de cunha. São do puro estilo português do derradeiro período de D. João V. As portas, de madeira esculpida e almofadada, com seus painéis e filetes, conservam as fechaduras e espelhos originais, coroados, de latão. Verdadeira grandeza tem o depósito do trigo, amplíssimo salão de planta rectangular, onde se recolhiam cerca de cinco milhões de quilos do precioso cereal. Construído em alvenaria, é formado por um rectângulo de 30,10 m de comprimento, 21,60 m de largura, e 6,25 m de altura, com quatro naves de cinco tramos divididos por pilares de secção poligonal, de cornijas muito acentuadas e fechado por abóbada de penetrações, com arcos redondos de aduelas almofadadas. As doze colunas centrais assentam em robustíssima sapata de granito, e estiveram recobertas de alvenaria de 1821 a 1962. A iluminação da dependência faz-se por vastas janelas rectangulares, emolduradas, vulgares. O edifício está ocupado ao presente pela Direcção-Geral dos Serviços Agrícolas - Brigada Técnica da XII Região - e pela Federação Nacional dos Produtores de Trigo. 

BIBL. Tombos mss. do Celeiro Comum. Sécs. XVI-XIX. Arquivo Distrital de Évora. 

quarta-feira, 9 de maio de 2018

Évora perdida no Tempo - Fonte Quinhentista


Apresentação do Livro "Os Espíritos da Natureza"


Horário: 14h30
Inicio do Evento: 12 maio
Fim do Evento: 12 maio
Localização: Biblioteca Pública de Évora
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RITA GOLDRAJCH
– Nascida em Portugal. Filha de mãe alentejana e pai judeu | 1972
– Licenciada em design gráfico pela Escola Superior Gallaecia | 1999
– Designer Gráfica na Empresa Arquiviva em Setúbal | 2000
– Designer Gráfica na Empresa DesignArtUs em Lisboa | 2001 Designer Gráfica Independente | 2002…
– Criadora das bonecas Puppas – Todas Diferentes Todas Iguais | 2008 Professora de Yoga pela Escola Yoga Om | 2010
– Professora de Yoga em Mora, Brotas, Avis, Arraiolos, Ponte de Sôr,…
– Ilustradora do Livro Anuro – O sapo sapinho o sapo sapão, do escritor Carlos Canhoto | 2015
– Ilustradora do livro A Cegonha, o Pardal e o Pedro. Amigos para sempre! da escritora Fátima Caeiro | 2016 Autora e ilustradora do livro Os Espíritos da Natureza | 2016
​– Amante da natureza, da beleza, da gentileza, da alegria, da verdade e do amor.​

"Guerra, Censura e Humor" | Exposição Documental


Horário: 2ª a 6ª: 10h às 12h e 14h às 18h | Sábados 14h às 18h
Inicio do Evento: 12 abril
Fim do Evento: 12 maio
Localização: Palácio de D. Manuel

​​Mostra evocativa do centenário da I Guerra Mundial 1914-1918,com jornais, revistas e alguma correspondência. Reprodução de 40 desenhos do artista Holandês Raemaekers.​

Os Vocalistas


Horário: 22h
Inicio do Evento: 12 maio
Fim do Evento: 12 maio
Localização: Armazém 8

​​formados em 2015, abraçam a música tradicional e popular e vários êxitos portugueses, mas sempre com o Cante Alentejano na alma e com a preocupação que tal transpareça facilmente. O grupo é constituído por cinco elementos: José Emídio, de 53 anos, um dos fundadores do grupo “Adiafa” e o mentor deste projeto Bernardo Emídio de 23 anos, natural de Beja, também elemento do grupo Adiafa Ruben Lameira 25 anos natural de Beja, é também um dos elementos do grupo “Adiafa” Miguel Garcia de 23 anos e Ricardo Furão 22 anos, os dois naturais do Campinho. “Os Vocalistas” contam no seu repertório vários êxitos portugueses e naturalmente recolhas de canções alentejanas, cantadas à capela, a cinco vozes, tendo na maioria dos temas a companhia de um dos cordofones portugueses, a viola campaniça do baixo Alentejo. Sendo um grupo polivalente no que respeita ao género de músicas que cantam, a raiz é sempre apenas uma: o cante alentejano, ou seja, até os sucessos da música nacional são “alentejanados”. Agora a este conceituado grupo alentejano, juntam-se três exímios músicos do panorama nacional (acordeonista, baixista e percussionista), que partilham também a loucura destes alentejanos de Beja! No inicio de 2017 lançaram uma “quarentena de modas” que colocou as redes sociais em alvoroço. Na respetiva página de facebook, youtube e Vimeo, foi lançado um vídeo diário, de uma moda (canção) diferente, durante quarenta dias sem cessar, num local distinto. De realçar que o grupo participou na 1ª edição em Portugal do programa televisivo “À Capella”, no qual ficou classificado num surpreendente 2º lugar. O programa foi transmitido ao longo de 8 semanas na estação de televisão RTP1. Desde então são presença assídua em vários programas televisivos, onde também transparece a diversão destes orgulhosos alentejanos. Os Vocalistas têm atuado um pouco por todo o país, e também para as comunidades portuguesas no estrangeiro, e assim pretendem continuar!​

Capote Fest 2018


Horário: 22h às 04h
Inicio do Evento: 10 maio
Fim do Evento: 12 maio
Localização: SHE - Sociedade Harmonia Eborense & Monte Alentejano, Évora

​CAPOTE FEST O Festival da Música Moderna Portuguesa 10, 11 e 12 de Maio 2018 | Évora Sociedade Harmonia Eborense | Monte Alentejano Uma coorganização Capote Música e Câmara Municipal de Évora A terceira edição do Capote Fest chega a Évora dias 10, 11 e 12 de Maio na SHE - Sociedade Harmonia Eborense e este ano, pela primeira vez, no Monte Alentejano. O Capote é um festival de música portuguesa, que pretende afirmar Évora no roteiro nacional dos festivais de música e atrair mais pessoas à cidade. Promove a nova música portuguesa através de bandas emergentes, de impacto regional, e outras já com relevância nacional. O Capote Fest é uma iniciativa da Capote Música, um coletivo​ independente de Évora que apoia a criação e produção musical. O cartaz é formado por nove bandas que aceitaram o convite para representar o melhor do talento nacional nesta 3ª edição! O arranque do Capote Fest acontece na Sociedade Harmonia Eborense no dia 10 de Maio a cargo de Cajado. A 10 e 11 de Maio, as portas do Monte Alentejano abrem às 22h e pelo seu palco passam concertos de Lâmina, Awaiting the Vultures, Eu Fúria, Plause, Dapunksportif, Prana, Conjunto!Evite e Momma T & The Cameltoes. (Em baixo informação sobre cada banda). Após os concertos no Monte Alentejano, o Festival continua no Pós-Capote com os Dj’s Altamont na discoteca Praxis, a partir das 3h. A entrada é gratuita para os portadores da pulseira do Festival. Uma das novidades este ano é a parceria entre o Capote Fest e o Festival Grosso Modo, um evento de arte urbana a acontecer de 10 a 12 de Maio no Pólo dos Leões. --- + INFO CAPOTE FEST 10 Maio ▸ Sociedade Harmonia Eborense, Praça do Giraldo | 23h Entrada livre para sócios da SHE | 3€ para sócios temporários 11 e 12 Maio ▸ Monte Alentejano, Rossio de S. Brás, Évora Abertura de Portas ▸ 22h | Início dos Concertos | 22h30 Bilhetes Monte Alentejano ▸ 1 dia . 7 € | 2 dias . 10 € ​​

terça-feira, 8 de maio de 2018

Oficina de Daguerreotipia



Horário: Conforme Programa
Inicio do Evento: 11 maio
Fim do Evento: 12 maio
Localização: Palácio do Vimioso

A Câmara Municipal de Évora (DCP/Arquivo Fotográfico) em colaboração com o Laboratório HERCULES (Universidade de Évora) vão promover nos dias 11 e 12 de Maio próximos uma oficina de daguerreotipia, orientada por Luis Pavão, na qual será efectuada uma apresentação e demonstração daquele processo fotográfico que hoje renasce das cinzas da fotografia analógica, num interesse crescente por todas as tecnologias antigas da imagem que escapam ao redutor processo digital.
Um daguerreótipo é uma fotografia produzida num suporte metálico, cobre ou latão, coberto de prata, muito polida, tornando-se um espelho. A chapa do daguerreótipo é tornada sensível à luz por acção de vapores de iodo, que reagem com a prata.
Este foi o primeiro processo de fazer fotografias que se tornou popular e foi praticado por todo um mundo, desde 1839 até 1860, ou mesmo até um pouco mais tarde. Também foi praticado em Portugal, até aparecer onegativo em vidro.
Alguns Daguerreótipos com 170 anos, ainda hoje se conservam em bom estado.

PROGRAMA DA OFICINA
Durante dois dias, os “alunos” vão observar todos os passos da criação de um daguerreótipo. Assim, vão poder lustrar um pouco as placas prateadas e observar os riscos a tornarem-se menos evidentes. Vão, igualmente, observar as cores porque a chapa passa quando é sensibilizada nos vapores de iodo, bem como observar alguns exemplares de daguerreótipos antigos.
Neste mergulho prático na história dos processos fotográficos vai ser necessário sol, muitos ajudantes, paciência e alguma tolerância, caso as coisas não corram da forma desejada. A organização só pode garantir a todos os participantes de que irão gostar desta pequena aventura pelas ruas de Évora.

PLANO DE TRABALHOS:
DIA 11 DE MAIO
10H00
Apresentação do processo.
Visita aos instrumentos e ferramentas.
Primeira sessão prática:
lustrar chapas manualmente.

13H00 – 14H00
Pausa para almoço

14H00 – 18H00
Segunda sessão prática:
Sensibilização com iodo;
Carregar chapas;
Captação de imagens no exterior;
Expor algumas chapas na câmara;
Regresso ao estúdio, revelação;
Fixação e lavagem;
Banho de ouro;
Selagem da chapa.

DIA 12 DE MAIO
10H00 - 16H00
Continuação das sessões práticas

13H00 – 14H00
Pausa para almoço

INSCRIÇÕES:
Divisão de cultura e património
Carmen Almeida
carmem.almeida@cm-evora.pt

DESOBEDOC – Ciclo de Cinema Insubmisso


Horário: 18h e 21h30
Inicio do Evento: 09 maio
Fim do Evento: 10 maio
Localização: Auditório Soror Mariana

9 MAIO 
18h00 - NO INTENSO AGORA de João Moreira Salles
Brasil| documentário | 127’ | 2016 | M/12
21h30 - LUZ OBSCURA de Susana Sousa Dias
Portugal | documentário | 76’ | 2017 | M/12

10 MAIO 
18h  - SALTO de Luís Godinho
Portugal | documentário | 15’ | 2017 | M/12
21:30h - A FÁBRICA DE NADA de Pedro Pinho
Portugal | ficção | 176’ | 2017 | M/12

A SHE Convida: Rodrigo Lino


Horário: 22h30
Inicio do Evento: 09 maio
Fim do Evento: 09 maio
Localização: Sociedade Harmonia Eborense

​​Rodrigo Lino é o músico convidado desta semana. Às quartas feiras A SHE convida músicos e público a partilhar um espaço de improvisação. Não percas a oportunidade de conhecer alguns dos melhores músicos da cidade. Isto e imperial a 80 cêntimos ;) Biografia Saxofonista, assume-se essencialmente como músico de rua. Autodidata, encontra na música experimental a sua zona de conforto, onde expressa através de diferentes cores sonoras as influências absorvidas no mundo do jazz, rock psicadélico, fusão e até mesmo rock progressivo. Introspetivo na sua essência é através do saxofone que tenta chegar às pessoas. Influenciado por nomes como Wayne Shorter, Chris Potter, Collin Stetson, John Coltrane e Joe Henderson, permanece numa busca continuada que o leve a uma sonoridade que o defina e que deixe o seu cunho pessoal. Para ele a música é o seu lugar de meditação e cada nota soprada no saxofone é um rabisco pintado numa tela imaginária, tela essa que no fim será aquilo que cada um quiser ...

Évora acolhe o 15º Troféu YAMAHA 2018


A vasta caravana do 15º Troféu YAMAHA 2018 ruma uma vez mais ao distrito de Évora, mas desta feita ao coração da sua capital. A cidade de Évora irá assim receber no próximo domingo, dia 13 de maio, este grande evento desportivo que contará certamente com milhares de espectadores, não só pela grande espetacularidade deste troféu como também pela proximidade ao primeiro e único Centro Comercial da Região do Alentejo, um amplo espaço com 70 lojas e estacionamento gratuito para 950 automóveis e motos.

A Câmara Municipal de Évora, em parceria com os Vinhos LC Ervideira, disponibilizaram um belíssimo terreno situado em frente ao Évora Plaza e, em conjunto com a YAMAHA, irão construir um traçado totalmente novo para acolher esta 3ª prova do Troféu YAMAHA 2018. Um traçado que terá uma extensão de aproximadamente 2500 metros, com 3 variantes de pistas para todas as classes. Pista essa que será denominada de “Pista Ervideira” por via da parceria existente desde 2015.

O piso do Paddock será em Alcatrão, na Rua Circular Norte do Parque industrial, situado numa extremidade do complexo Industrial e Tecnológico de Évora, voltado para o Évora Plaza, um traçado que certamente agradará à grande maioria dos 200 pilotos participantes, num cenário muito acolhedor, onde a vista sobre a pista é praticamente total de qualquer lugar do recinto. 

Os treinos iniciam-se pelas 09h30 e a prova tem lugar a partir das 14h.