sábado, 28 de março de 2020

Évora: horários em vigor nas grandes superfícies comerciais


A deslocação aos estabelecimentos comerciais para nos abastecermos de bens essenciais é uma necessidade. No entanto, importa que sejam observados alguns cuidados no sentido de prevenir o contágio do novo coronavírus COVID-19.

-Desloque-se ao estabelecimento comercial apenas quando for estritamente necessário fazê-lo;
-Vá sozinho(a);
-Sempre que possível ajude vizinhos idosos ou com dificuldades de locomoção, trazendo-lhes as compras a casa;
-No contacto com os funcionários ou outros clientes cumpra sempre as regras de distanciamento;
-Aceite e cumpra as normas indicadas no local quanto ao manuseamento dos alimentos, em especial os frescos.

Para que não faça deslocações desnecessárias, deixamos aqui os horários de funcionamento das maiores superfícies comerciais de Évora.


Évora perdida no tempo - Praça do Geraldo - anos 50


sexta-feira, 20 de março de 2020

Obras no Salão Central arrancam a 23 de março


Na próxima segunda-feira, dia 23 de março, terão início os trabalhos de remodelação do edifício do antigo Salão Central Eborense. A empreitada representa um investimento de 2,5 milhões de euros e tem uma duração prevista de 540 dias.

​Integrado no Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano para a cidade de Évora, Programa de Revitalização do Centro Histórico, a reabilitação deste icónico edifício irá constituir uma peça importante na revitalização do Centro Histórico, ficando a cidade dotada de mais um equipamento multiusos que será determinante no contexto da candidatura de Évora a Capital Europeia da Cultura 2027. De acordo com o respetivo projeto, será mantida a estrutura original, preservando-se a imagem exterior.

Dado tratar-se de uma obra de dimensões importantes situada no coração do Centro Histórico, onde a circulação e o estacionamento de viaturas tem caraterísticas especiais, a Câmara Municipal de Évora, após consulta às partes diretamente envolvidas, e tendo em conta o interesse coletivo, preparou um plano de recurso que garante as condições técnicas e funcionais necessárias ao decurso dos trabalhos, minimizando ao mesmo tempo os constrangimentos decorrentes. Informação detalhada sobre este plano pode ser consultada na página oficial da Câmara em www.cm-evora.pt, que inclui as alterações de circulação, trânsito e estacionamento de viaturas. A Câmara Municipal de Évora pede por isso especial atenção para o cumprimento da nova sinalização a ser colocada nos locais, na certeza da compreensão de todos, em particular dos residentes e empresários estabelecidos na área de intervenção.

Não obstante os condicionalismos impostos pela pandemia de Coronavírus, a Câmara Municipal de Évora e a TPS - Teixeira, Pinto e Soares SA, empresa responsável pela obra, entenderam que esta poderia iniciar-se de acordo com o previsto. Caso as condições venham a ser alteradas em função de desenvolvimentos futuros, a situação será naturalmente reavaliada.





quarta-feira, 18 de março de 2020

Covid-19 - Évora regista o primeiro caso positivo


O Alentejo registou os dois primeiros casos de pessoas infetadas pelo novo coronavírus. O Algarve passa a ter 21 casos e, em todo o país, o número subiu para 642, segundo o boletim epidemiológico desta quarta-feira, 18 de Março, acabado de divulgar pela Direção-Geral de Saúde (DGS).

O Alentejo era a única região de Portugal que ainda não tinha registado nenhum caso, mas, agora, registou os seus dois primeiros infetados. Essa é uma a grande novidade do boletim de hoje.

Segundo a Rádio e Televisão do Sul (TDS), «um dos casos do Alentejo será o de um homem de 28 anos que veio do Irão, tendo feito escala em Madrid e seguido para o Aeroporto de Lisboa».

«Em Lisboa, terá apanhado um táxi até Évora. Mais tarde, veio ao Hospital de Évora e foi-lhe feita uma primeira análise, tendo dado positivo», conta a TDS.

Não se sabe se se trata de um português ou de um estrangeiro, mas, entretanto, o homem já terá sido transportado para o Hospital Curry Cabral, em Lisboa.

O segundo caso no Alentejo deverá ser o de uma pessoa infetada do concelho de Montemor-o-Novo. Ou seja, ambos os casos conhecidos hoje são no Alto Alentejo.

O boletim desta quarta-feira, que se reporta às informações confirmadas até à meia noite de ontem, também confirma a segunda morte devido ao novo coronavírus, numa notícia que já tinha sido avançada ao início da manhã. Trata-se de António Vieira Monteiro, presidente do Santander em Portugal.

Dos 642 casos confirmados, só 89 pessoas estão internadas e 20 estão nos cuidados intensivos, em estado mais grave.

Quanto às regiões, o Norte tem o maior número de infetados (289), seguida de Lisboa e Vale do Tejo (243) e Centro (74). Depois surge o Algarve (21), Madeira (1), Alentejo (2) e Açores (3).

Ou seja: todas as regiões de Portugal já registam casos de pessoas infetadas com o novo coronavírus.

Há, no total, 24 cadeias de transmissão ativas. 351 pessoas ainda aguardam resultado laboratorial. Mas, como nem tudo são más notícias, o boletim de hoje também dá conta de três casos já recuperados.

Desde 1 de Janeiro, já foram registados 5067 casos suspeitos, dos quais 4074 não se confirmaram. De momento, existem 6656 contactos em vigilância O Alentejo registou os dois primeiros casos de pessoas infetadas pelo novo coronavírus. O Algarve passa a ter 21 casos e, em todo o país, o número subiu para 642, segundo o boletim epidemiológico desta quarta-feira, 18 de Março, acabado de divulgar pela Direção-Geral de Saúde (DGS).

O Alentejo era a única região de Portugal que ainda não tinha registado nenhum caso, mas, agora, registou os seus dois primeiros infetados. Essa é uma a grande novidade do boletim de hoje.

Segundo a Rádio e Televisão do Sul (TDS), «um dos casos do Alentejo será o de um homem de 28 anos que veio do Irão, tendo feito escala em Madrid e seguido para o Aeroporto de Lisboa».

«Em Lisboa, terá apanhado um táxi até Évora. Mais tarde, veio ao Hospital de Évora e foi-lhe feita uma primeira análise, tendo dado positivo», conta a TDS.

Não se sabe se se trata de um português ou de um estrangeiro, mas, entretanto, o homem já terá sido transportado para o Hospital Curry Cabral, em Lisboa.

O segundo caso no Alentejo deverá ser o de uma pessoa infetada do concelho de Montemor-o-Novo. Ou seja, ambos os casos conhecidos hoje são no Alto Alentejo.

O boletim desta quarta-feira, que se reporta às informações confirmadas até à meia noite de ontem, também confirma a segunda morte devido ao novo coronavírus, numa notícia que já tinha sido avançada ao início da manhã. Trata-se de António Vieira Monteiro, presidente do Santander em Portugal.

Dos 642 casos confirmados, só 89 pessoas estão internadas e 20 estão nos cuidados intensivos, em estado mais grave.

Quanto às regiões, o Norte tem o maior número de infetados (289), seguida de Lisboa e Vale do Tejo (243) e Centro (74). Depois surge o Algarve (21), Madeira (1), Alentejo (2) e Açores (3).

Ou seja: todas as regiões de Portugal já registam casos de pessoas infetadas com o novo coronavírus.

Há, no total, 24 cadeias de transmissão ativas. 351 pessoas ainda aguardam resultado laboratorial. Mas, como nem tudo são más notícias, o boletim de hoje também dá conta de três casos já recuperados.

Desde 1 de Janeiro, já foram registados 5067 casos suspeitos, dos quais 4074 não se confirmaram. De momento, existem 6656 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.

Ainda de acordo com o boletim da DGS, a maioria dos casos foram importados de Espanha (18), Itália (17), França (13) e Suíça (8).

Há ainda países como Alemanha e Áustria, Andorra, Bélgica, Países Baixos, Reino Unido e Irão, todos com 1 caso importado.pelas autoridades de saúde.

Ainda de acordo com o boletim da DGS, a maioria dos casos foram importados de Espanha (18), Itália (17), França (13) e Suíça (8).

Há ainda países como Alemanha e Áustria, Andorra, Bélgica, Países Baixos, Reino Unido e Irão, todos com 1 caso importado.

https://alentejo.sulinformacao.pt/2020/03/covid-19-algarve-tem-21-casos-numero-sobe-para-642-em-todo-o-pais/

sábado, 14 de março de 2020

App Município de Évora


A Câmara de Évora tem uma aplicação gratuita para smartphone, compatível com todos os sistemas operativos: Android, Windows Phone e iOS

Esta aplicação visa a publicitação de notícias e eventos, divulgação de informações e promoção turística e cultural do Município de Évora. O conjunto de funcionalidades disponibilizadas permite à autarquia comunicar e receber feedback direto dos munícipes através da disponibiliza​ção de alguns serviços.

Com esta ferramenta todos aqueles que vivem, trabalham e visitam Évora, passam a dispor de uma forma instantânea e intuitiva de interação com o município. Informação útil sobre o concelho, património, gastronomia, onde comer, dormir e o que visitar, são apenas algumas das inúmeras funcionalidades da aplicação.​

À distância de um toque passa​ a estar a possibilidade de, em tempo real, o cidadão comunicar ocorrências (roturas de água, queda de sinalização) ou, simplesmente receber as notícias e alertas emitidos pela autarquia.

Para fazer a instalação precisa apenas de aceder à "loja" do seu smartphone, pesquisar por Évora e descarregar o ficheiro.

sexta-feira, 13 de março de 2020

Câmara Municipal de Évora adota medidas preventivas relativamente a COVID 19


Câmara Municipal de Évora decidiu, na sequência do comunicado do Conselho de Ministros de 12 de março, que dá conta das "medidas extraordinárias e de carácter urgente de resposta à situação epidemiológica do novo Coronavírus – COVID 19", um conjunto de medidas a adotar com efeitos imediatos, nomeadamente o cancelamento ou adiamento, sem data, de todos os eventos de iniciativa municipal, e o encerramento, total ou parcial, de um conjunto de equipamentos municipais.

Desta forma,
 Serão canceladas todas as iniciativas de âmbito sociocultural, desportivo, de recreio e atividades de tempos livres, promovidas pelo Município;
Será cancelado o mercado temporário (de abril);
Será vedado o acesso ao público a equipamentos socioculturais e desportivos interiores, nomeadamente as Piscinas Municipais, o Centro de Convívio Municipal, a Arena d'Évora, o Monte Alentejano, a Ludoteca, a Igreja de São Vicente, o Convento dos Remédios, o Museu da Água, a Casa da Balança, as visitas ao Arquivo Municipal, a biblioteca itinerante Loja dos Sonhos e todas as zonas interiores dos equipamentos desportivos;
Serão encerrados os parques infantis;
As zonas exteriores de utilização livre do Complexo Desportivo, bem como o Circuito de Manutenção manter-se-ão em funcionamento, restringindo-se o acesso aos equipamentos de uso coletivo (aparelhos de atividade física e de manutenção);
Serão suspensas as visitas de grupo às Termas Romanas, situadas no Edifício dos Paços do Concelho;
Serão adotadas medidas de condicionamento de acesso a cada local de atendimento público, dando-se preferência ao atendimento pelos meios telefónicos e digitais, cujos endereços estão disponíveis para consulta na página da Câmara Municipal de Évora em http://www.cm-evora.pt/ ;
Adequaremos o funcionamento de todos os serviços municipais a esta situação de emergência.
Estas medidas estão em vigor até ao dia 14 de abril. A situação será monitorizada de forma permanente, adotando-se, se necessário, novas medidas durante este período.

Num contexto de imprevisibilidade da progressão da pandemia e tendo em conta que, até à data, não foram identificados casos positivos na região Alentejo, importa agir preventivamente e com a devida tranquilidade, apelando-se a toda a população que siga as diretivas emanadas das entidades competentes.

http://www.cm-evora.pt/pt/Evora-Noticias/arquivo/Paginas/C%C3%A2mara-Municipal-de-%C3%89vora-adota-medidas-preventivas-relativamente-a-COVID-19.aspx

sábado, 8 de fevereiro de 2020

7º Encontro - Programa Municipal Inclusão em Movimento 2019-2020


Cerca de 40 utentes das instituições de apoio à deficiência do concelho de Évora participaram neste encontro realizado no dia 06 de fevereiro nas instalações da ATKRS, Associação Taekwondo Kickboxing Revolution Self Defense.

Durante a manhã experimentaram algumas técnicas das diversas artes marciais sob orientação do Mestre Vitor Bilro e dos seus colaboradores.

O próximo encontro irá realizar-se no dia 20 de fevereiro no Complexo Desportivo de Évora.

Este programa tem como objetivo promover a inclusão e a igualdade de oportunidades no acesso a atividades de carácter desportivo, social e cultural, facilitadoras da promoção da saúde e o bem-estar físico, psíquico e social da comunidade eborense.

São parceiros deste programa as seguintes instituições:

-Associação Sócio-Cultural Terapêutica de Évora;
-Associação de Reabilitação, Apoio e Solidariedade Social de Évora;
-Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental de Évora;
-Associação de Paralisia Cerebral de Évora;
-Cercidiana.

http://www.cm-evora.pt/pt/Evora-Noticias/arquivo/Paginas/7%C2%BA-Encontro---Programa-Municipal-Inclus%C3%A3o-em-Movimento-2019-2020.aspx

Jorge da Rocha apresenta “Blau”


Pela primeira vez em Évora, Jorge da Rocha, músico português residente em Barcelona, apresenta o seu novo álbum, "Blau". 
Após ter viajado por toda a Europa, pela Ásia e pela América do Sul com os seus dois álbuns anteriores (ambos gravados somente com recurso à voz e ao contrabaixo), este novo trabalho incorpora também outros instrumentos e influências que abrem caminho a novas texturas e paisagens sonoras ampliando o universo expressivo deste músico inquieto, emotivo e curioso. 
Marcada pela sua trajetória jazzística e pela paixão pela música moderna, pela eletrónica e pelas canções, a música de Jorge da Rocha leva-nos numa viagem de descoberta musical e emocional, de reflexão sobre o mundo atual e de entrega à busca pessoal e artística. Ao vivo, é um espetáculo​ singular e sedutor, protagonizado pela apaixonante expressividade do seu contrabaixo e da sua voz e pelo encanto das suas canções.

http://www.cm-evora.pt/pt/agendacultural/Paginas/Jorge-da-Rocha-apresenta-%E2%80%9CBlau%E2%80%9D.aspx

The Legendary Tigerman


É assim que começa o press release de The Legendary Tigerman. E assim tem sido nos últimos 20 anos. A primeira frase sempre foi o mote, a fundação de tudo, quase como um mantra que ecoaria em cada canção de Paulo Furtado. Mas o homem tigre vestiu muitas peles, galgou terreno nos 7 continentes, abraçou cada um de nós, fosse na sala mais pequena do Japão ou no maior festival da Europa.
Tigerman fez-se de muitas formações, muitos formatos para entregar o rock n’ roll como só ele sabe... em doses desmedidas de turbulência e agitação, exatamente como tem de ser. 20 anos depois da estreia a solo, The Legendary Tigerman regressa ao palco novamente sozinho, acompanhado apenas da sua guitarra, um kit de bateria e um kazoo.
Serão 11 cidades, 11 celebrações do mais puro rock n’ roll e blues. Únicas e irrepetíveis. Únicas e apetecíveis.
“Queria começar um projeto que fosse lendário logo à partida, como uma provocação” dizia, altivo e sagaz, The Legendary Tigerman.
Pois então que se celebrem as provocações no tempo do politicamente correto.
Celebre-se o amor às causas.
Celebre-se o Rock n’ Roll lendário... em cada noite, em cada cidade, como se fosse a última vez.

http://www.cm-evora.pt/pt/agendacultural/Paginas/The-Legendary-Tigerman.aspx

Música para Bebés e Papás


Um projeto com orientações musicais para crianças com idades compreendidas entre os 6 e os 36 meses. Uma atividade didática, lúdica e prazerosa, que privilegia a cumplicidade entre bebés e papás e onde todos participam e se divertem.

http://www.cm-evora.pt/pt/agendacultural/Paginas/Musica-para-Bebes-e-Papas.aspx

Ciclo " a voz dos Outros"


Uma noite de tributo à musica de uma das bandas míticas do Rock. os grandes êxitos dos Rolling Stones, sao o mote para o espectaculo deste sábado que passa pelo rock e pelos Blues

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Évora acolhe supercomputador ligado ao projeto do maior radiotelescópio do mundo


O supercomputador Oblivion, com desempenho equivalente à combinação de mais de mil computadores, vai funcionar em Évora, associado ao projeto do maior radiotelescópio do mundo e disponível também para a comunidade científica e empresas, foi  esta quinta-feira revelado.
"É uma máquina potente, com nós de computação, de gestão e de armazenamento. E podemos dizer que tem uma 'performance' equivalente a 1.200 PC's (computadores pessoais) a funcionarem em conjunto", destacou hoje à agência Lusa Miguel Avillez, coordenador do Oblivion.

A máquina, instalada no Data Center da DECSIS, no Parque Industrial e Tecnológico da cidade, vai ser inaugurada pela Universidade de Évora (UÉ) no dia 04 de fevereiro, às 11h30.

O supercomputador, adiantou Miguel Avillez, também professor da UÉ, envolveu "um investimento próximo de um milhão de euros" e foi adquirido para a infraestrutura de investigação ENGAGE SKA "Enabling Green E-science for the SKA Research Infrastructure", ligada ao projeto do maior radiotelescópio do mundo.

"50% do tempo de CPU da máquina ficará afeto ao ENGAGE SKA", mas "os outros 50%" são para disponibilizar "à comunidade científica e a empresas no âmbito da Rede Nacional de Computação Avançada", assinalou.

O ENGAGE SKA, liderado pelo Instituto de Telecomunicações (IT) de Aveiro e com as universidades de Évora, Aveiro, Porto e Coimbra, Instituto Politécnico de Beja e Associação RAEGE Açores, é a interface da comunidade científica nacional ao Square Kilometre Array (SKA).

Trata-se de um projeto global que, a uma escala sem precedentes, envolve cientistas e engenheiros integrados em mais de 100 instituições de 21 países na preparação da construção do maior radiotelescópio do mundo, que tem como objetivo observar e mapear o Universo, referiu a UÉ, aludindo a dados do portal do SKA.

"Irá abranger uma área com um milhão de metros quadrados para a recolha de dados através de milhares de radiotelescópios, o que exigirá avanços radicais no processamento de dados, na velocidade de computação e na infraestrutura tecnológica", referiu.

O supercomputador em Évora vai "apoiar no processamento de volumes massivos de dados resultantes de atividades de investigação e inovação desenvolvidas em Portugal e enquadradas no design, prototipagem e operação" do radiotelescópio SKA e dos "seus eventuais precursores".

A máquina "é capaz de processar 239 milhões de milhões de operações por segundo (TFLOPS -- 'Tera Floating Operations per Second'), com "um custo energético muito baixo", e "vai ser preparada para armazenar 1,5 Petabytes de dados (equivalente a 1,5 milhões de Gigabytes)", de acordo com o professor.

Além de "tratar, analisar e obter informações a partir de volumes massivos de dados", o Oblivion vai "efetuar simulações numéricas em vários domínios da ciência", nomeadamente no campo da astrofísica, precisou Miguel Avillez, do Departamento de Matemática e coordenador do Grupo de Astrofísica Computacional da UÉ.

"Permite fazer modelos sobre a origem e evolução do universo, das galáxias ou dos planetas e a radiação emitida a partir do Sol, entre outras coisas, e modelos de novos materiais, trabalhar o desenho de novos medicamentos ou testar aplicações paralelas para previsões nas áreas do clima e da agricultura", avançou a academia alentejana.

"o supercomputador está em fase de testes, prevendo-se entrar em produção brevemente", adiantou o coordenador.

O ENGAGE SKA tem um financiamento global na ordem dos quatro milhões de euros, atribuído pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), através do Programa COMPETE 2020.

https://www.cmjornal.pt/sociedade/detalhe/evora-acolhe-supercomputador-ligado-ao-projeto-do-maior-radiotelescopio-do-mundo?ref=DET_CMaoMinuto_10

sábado, 25 de janeiro de 2020

O caso do Chico Engeitado


No primeiro dia de Outubro de 1959 Évora foi surpreendida com a notícia de que o Grupo Cénico da velha Sociedade Dramática e Recreativa Eborense (Antiga Mocidade) havia ganho o Concurso de Arte Dramática Popular, organizado pelo SNI (Secretariado Nacional de Informação), órgão de propaganda do regime salazarista. 

A estranheza pela escolha prendia-se quer com o facto de a sociedade não ser conotada, nem de perto, nem de longe, com o Estado Novo, quer com a temática da obra apresentada ser pouco cara às gentes abastadas e dominantes da região, apoiantes da situação. Da autoria de um modesto funcionário público, Alexandre Rosado de seu nome, a peça, inscrita na classe B (comédia e farsa), tinha como título “O Caso do Chico Engeitado” (sic) e contava de forma viva e animada o quotidiano de uma pequena aldeia alentejana em que um dos personagens sofria do referido estigma social. Ajudará a compreender melhor a situação se a situarmos no seu devido contexto. 

Ora bem, o SNI tinha sido criado em 1944, para substituir a SPN (Sociedade de Propaganda Nacional), lançada em 1933 como órgão público responsável pela propaganda política, informação pública e comunicação social. Fora o intelectual de direita, simpatizante do fascismo e dos regimes autoritários, para além de jornalista brilhante, António Ferro, quem sugerira a Oliveira Salazar a existência de um organismo encarregado de propagandear os feitos do regime. A derrota, já então previsível, dos fascismos europeus levou o governo português a proceder a uma reorganização quase imediata do recém - criado SNI, que viu a sua área de acção ser alargada com a integração do turismo e da Inspecção dos Espectáculos nos seus serviços e, ao mesmo tempo, ser-lhe cometida a tarefa de aproximação cultural à sociedade, ou, por outras palavras, de definir a actividade cultural das entidades particulares de fins recreativos. 

O contacto far-se-ia através da Federação Portuguesa das Colectividade de Cultura de Recreio (FPCCR), fundada em 1925, pouco antes do golpe do 28 de Maio, que levaria à Ditadura Militar. Uma das primeiras iniciativas governamentais de natureza cultural foi a organização de um concurso de Arte Dramática para as sociedades federadas dos distritos de Lisboa e de Setúbal. O propósito era o de estimular a renovação do teatro amador, contribuindo para o desabrochar de novos talentos, e deixar ficar patente a ideia do quanto a chamada arte de palco era importante para a educação do povo. Todavia, a FPCCR falhou na sua missão de concitar a adesão associativa ao projecto. Daí que, em 1949, António Ferro, já perto do seu adeus ao SNI, decida reformular a política cultural e recreativa e elaborar um novo plano de acção que despertasse verdadeiramente as sociedades para uma colaboração mais activa com os ditos interesses nacionais, propondo «a partilha simbólica de uma identidade comum». 

A criação do estatuto de utilidade pública, com todo um imenso cortejo de benefícios fiscais e alguns incentivos financeiros, foi um dos instrumentos postos em prática no âmbito da tentativa de consecução dos objectivos propostos. No concernente ao teatro o SNI decidiu estender o Concurso de Arte Dramática a todas as colectividades do género no país, dividindo o certame em duas categorias: a A, aberta ao género dramático e à tragédia; e a B, relativa à comédia e à farsa. As peças a concurso seriam apresentadas em Lisboa, a fim de se proceder à escolha das que participariam na fase final, a realizar no emblemático Teatro da Trindade. Mas logo na 2ª edição, em 1951, o Concurso esteve à beira da extinção, dado que o SNI, numa atitude de reforço à fiscalização da censura, decidiu proibir a apresentação de algumas peças, o que levou ao adiamento do certame para o ano seguinte. Também a Dramática Eborense se veio a queixar de cortes nos textos, o que lhes retirava o sabor da originalidade, obrigando por vezes à substituição por outros, dada a impossibilidade da sua reformulação. 

A vigilância cerrada do regime salazarista às sociedades culturais e recreativas adensou-se nos anos seguintes, culminando em 1957 com o encerramento de três delas. No rol foi incluída a Sociedade Fraternidade Simão da Veiga, com sede em Lavre, distrito de Évora, tendo os seus bens transitado para a respectiva Casa do Povo. Apesar de tudo, a Antiga Mocidade nunca deixou de se apresentar a concurso, ainda que com peças aparentemente pouco ambiciosas e de autores menos conhecidos. Em 1959 resolveu a sua direcção apostar num texto ligeiro, intitulado “O Caso do Chico Engeitado”, da autoria do entusiasta e estudioso local pelo teatro Alexandre Rosado. A este simples amanuense do Registo Civil, já com 71 anos, coube também a encenação. 

O certo é que a peça provocou surpresa em Lisboa e foi seleccionada para a fase final, a decorrer entre 20 e 30 de Setembro. As rasgadas loas dos críticos teatrais lisboetas deixaram desde logo antever um bom resultado. No “Diário de Lisboa”, onde moravam os melhores analistas do sector, escrevia-se a 24 : «Com “O Caso do Chico Enjeitado” (escrito aqui correctamente), de Alexandre Rosado, o teatro português criou o correspondente nacional da “Our Town” de Thornton Wilder ». (N. do red.: esta peça do referido dramaturgo norte-americano, que ganhou o Prémio Pullitzer do Drama em 1938, retratava o carácter dos cidadãos de uma comunidade do séc. XX através das suas vidas diárias.) (...) «Utilizando processos por vezes similares, com o pequeno senão do gosto malabarístico, de brincar com as coisas do teatro e não condensar a peça para esta encontrar a sua justa medida, Alexandre Rosado não soube apenas inventar um dos casos mais sérios do nosso teatro, soube ainda reunir o eficiente escol de amadores que constitui o Grupo Cénico da Dramática Eborense». 

Ao contrário do habitual, a decisão foi extremamente rápida. Um dia após o encerramento do concurso, a Emissora Nacional e os vespertinos da capital anunciavam a vitória do grupo de Évora na classe B com “O Caso do Chico Enjeitado” (localmente continuava a prevalecer a grafia com g), a que correspondia o prémio Joaquim de Almeida, no valor de 10.000$00, enquanto Alexandre Rosado arrebatava o prémio de encenação Carlos Santos, que era valorado em 5.000$00. Os intérpretes Luíza Moleiro, Jorge Pimentão e José Madeira da Rocha recebiam menções honrosas. Ao espanto na cidade pela obtenção do galardão máximo sucedeu-se a indiferença das gentes oficiais. 

Coube à imprensa local, com destaque para o “Jornal de Évora”, reagir contra tal «falta de interesse» e pressioná-las no sentido de patrocinarem a realização de uma festa de homenagem ao grupo e à colectividade. A vontade escassa e a realização próxima das festividades do IV Centenário da Universidade de Évora serviram de pretexto a dois adiamentos da consagração citadina. Finalmente, a 5 de Novembro, no Teatro Garcia de Rezende, perante uma «assistência escolhida», como salientou o diário “Democracia do Sul”, teve lugar uma sessão solene alusiva ao acontecimento. Falaram o Governador Civil, José Félix de Mira, o presidente da Câmara, João Luís Vieira da Silva, o prelado doméstico José Filipe Mendeiros e o comandante da PSP local. Elogios de circunstância, promessas poucas e vagas de auxílio e pouco mais. Feita a festa, fez-se o possível e conseguiu-se que a façanha dos amadores da Dramática caísse no esquecimento. Dos enjeitados (rejeitados pelos pais) se pretendia que não rezasse a história. Meio século depois a «Évora Mosaico» decidiu recuperá-la, para que ela permaneça na memória citadina.


ÉVORA MOSAICO nº 3 – Outubro, Novembro, Dezembro 09 | EDIÇÃO: CME/ Divisão de Assuntos Culturais/ Departamento de Comunicação e Relações Externas | DIRECTOR: 
José Ernesto d’Oliveira | PROJECTO GRÁFICO: Milideias, Évora | COLABORADORES: José Frota, Luís Ferreira, Teresa Molar e Maria Ludovina Grilo | FOTOGRAFIAS: Carlos Neves, 
Rosário Fernandes | IMPRESSÃO: Soctip – Sociedade Tipográfica S.A., Samora Correia | TIRAGEM: 5.000 exemplares | PERIODICIDADE: Trimestral | ISSN 1647-273X | Depósito Legal 
nº292450/09 | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA