No seguimento da abordagem feita a inúmeras áreas presentes na edição especial 2005-2009 da revista Esfera, lançada pelo Governo Civil do Distrito de Évora, damos agora continuidade a esse trabalho. Não sendo possível abordar pormenorizadamente cada uma dessas áreas, temos destacado alguns dos aspectos considerados mais relevantes durante a apresentação desta publicação.
O director regional de Economia do Alentejo, António Mendes Pinto, realça nesta matéria a construção da nova unidade industrial da Embraer na cidade de Évora. Revela que "é um projecto de mais de 200 milhões de euros, dos quais cerca de 75 milhões são patrocinados pelo Estado português, que cria 1500 postos de trabalho durante toda a fase de construção e que depois irá empregar perto de duas centenas de pessoas com formação académica superior em postos de trabalho fixos".
Em relação ao Turismo, o vice-presidente da ERT (Entidade Regional de Turismo) do Alentejo, Domingos Cordeiro, falou sobre alguns dos 11 empreendimentos de projectos turísticos de excelência que constam da Esfera, sendo que cinco deles são considerados Projectos de Interesse Nacional (PIN).De acordo com Domingos Cordeiro,
"apesar da crise, que retardou um pouco a execução destes empreendimentos, dois deles estão concretizados, o M’Ar de Ar Aqueduto (concelho de Évora) e o da Herdade da Palheta (concelho de Redondo), e outros estão em fase de execução, já com construções no terreno, como é o caso do projecto da Herdade das Ferrarias (concelho de Mourão) e do Évora Resort (concelho de Évora).
No que diz respeito ao sector da Agricultura, a Esfera apresenta os projectos de maior impacto e relevância desenvolvidos com apoios, nomeadamente do PRODER - Programa de Desenvolvimento Rural. De acordo com o director regional de Agricultura do Alentejo, João Libório, constam da revista "sete projectos emblemáticos, mas há muitos mais". Na sua opinião, "a agricultura está a mudar e só se apostarmos nas áreas em que somos competitivos". A esse nível, recorda que "na agricultura procurou direccionar-se os pedidos de apoio para cinco fileiras estratégicas, que são o vinho, o azeite, os produtos de qualidade, as florestas e os produtos hortofrutícolas". Ainda em rela
ção à área do Ambiente, Agricultura e Floresta, a governadora civil do distrito de Évora assumiu o "papel" de falar sobre a EDIA. Fernanda Ramos referiu que esta empresa "antecipou em 12 anos a conclusão do projecto de Alqueva, pois estava previsto terminar em 2025 e vai terminar em 2013". Em relação ao distrito de Évora, "tudo aquilo que tinha de ser feito, já está executado", assegura.
O director do Centro Operacional Sul das Estradas de Portugal, José Paulo Pathé, também esteve presente na apresentação da Esfera, comentando as obras referentes a esta empresa. Segundo José Paulo Pathé, "em termos de obras executadas, temos cerca de 22 milhões de euros entre 2005 e 2009, nas obras em curso no ano de 2009, temos 8,5 milhões de euros e nas obras que vão ser adjudicadas ainda este ano ou em 2010, são quase 10 milhões de euros. São obras no âmbito da segurança rodoviária, de conservação e de beneficiação de certos troços", acrescenta.Para falar dos Fundos Estruturais, a sess
ão de apresentação da Esfera contou com a presença de Mariana Pala, representante da Autoridade de Gestão do INALENTEJO, e de António Serrano, membro da Comissão Directiva do QREN.
Um dos pontos destacados por Mariana Pala foi o facto do INALENTEJO (Programa Operacional Regional do Alentejo 2007/2013) registar "diferenças significativas" em relação aos anteriores Programas Operacionais. "Essas diferenças são sobretudo importantes ao nível da região Alentejo porque nós ganhámos território e população. Enquanto no QCA III tínhamos a abrangência territorial do Baixo Alentejo, Alentejo Litoral, Alto Alentejo e Alentejo Central, neste período de programação ‘ganhámos’ a Lezíria do Tejo, totalizando 58 concelhos. Esta realidade deve ser tida em conta quando se fala em números, em aprovações ou em investimentos", argumenta. O programa tem uma dota
ção financeira global de 869 milhões de euros, sendo composto por seis eixos prioritários. Mariana Pala realçou o Eixo 1 - Competitividade, Inovação e Conhecimento, que é "uma das prioridades do QREN enquanto estímulo à iniciativa empresarial e ao aumento da produtividade. No nosso programa este eixo absorve, em termos de programação financeira, cerca de um terço".
Por sua vez, António Serrano fez questão de sublinhar que "o Governo inovou e montou um programa que implicou uma reestruturação completa da máquina que tínhamos preparada para os outros quadros comunitários. Esta situação também criou um transtorno no arranque deste quadro e no nosso caso do INALENTEJO. Os objectivos do QREN são substancialmente diferentes do QCA III, são mais exigentes, pelo que foi necessário fazer adaptações no sentido da simplificação de atingir mais beneficiários, sobretudo na área empresarial".
Diário do Sul
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