Uma companhia seguradora francesa deverá assumir os prejuízos causados em três habitações atingidas pela queda de uma aeronave há cerca de um mês, em Évora, disse hoje o proprietário de uma das casas afectadas«Uma seguradora francesa tem a responsabilidade civil sobre os danos colaterais do acidente. Já foi feita a peritagem e a avaliação dos danos», revelou João Canha, dono de uma das casas atingidas, em declarações.
A 14 de Agosto, um avião bimotor Beech 99, conduzido pelo dono da aeronave e proprietário da empresa de pára-quedismo SkyDive, caiu no Bairro de Almeirim, em Évora, causando a morte dos dois ocupantes.
João Canha explicou que «a seguradora francesa enviou um perito que fez o levantamento dos danos e levou consigo os orçamentos» para a recuperação do seu imóvel.
«A seguradora já nos comunicou um acordo de princípio sobre a assunção de responsabilidades sobre a casa», indicou João Canha, lamentando que já tenham passado duas semanas desde a recepção do documento.
«Já passaram há duas semanas e, até agora, ainda não houve qualquer outro desenvolvimento», disse o proprietário do imóvel.
Actualmente, segundo João Canha, a sua habitação «nem sequer tem electricidade, porque o contador ficou completamente derretido e é necessário substituir os cabos eléctricos».
«É uma casa que eu tenho tido alugada e que, neste momento, não posso alugar. Era uma fonte de rendimento que me ajudava a custear os encargos que tenho com a casa», disse.
O proprietário reclama ainda urgência na recuperação das habitações, devido à sua vulnerabilidade durante a época das chuvas e ao risco para a via pública de derrocada dos rebocos.
Contactado pela agência Lusa, Manuel Guerra, pai da proprietária de outra moradia atingida, recusou falar sobre o assunto.
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