sexta-feira, 16 de março de 2012

Évora Perdida no Tempo - Largo Joaquim António de Aguiar


Largo Joaquim António de Aguiar (Jardim das Canas). O Largo sofreu várias remodelações, tendo sido calcetado em 1947.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1947 -
Legenda Largo Joaquim António de Aguiar
Cota DFT6384 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quinta-feira, 15 de março de 2012

Aldeia da Terra

A trabalharem há 12 anos na escultura de bonecos em terracota, Tiago Cabeça e Magda Ventura já criaram peças que venderam para vários pontos do mundo. “São peças únicas. Como a maior parte delas foi feita por encomenda, rapidamente desapareceram para casa dos seus donos. É claro que ficámos contentes mas também com pena de as ver partir”, diz o artesão.

Continuando a produzir peças para venda – a Oficina da Terra tornou-se num local de referência para quem percorre o centro histórico de Évora – decidiram colocar as mãos na massa, dar uma quantas voltas na burocracia e avançar com a construção de uma aldeia totalmente feita em terracota. Com 160 edifícios e 200 personagens, a Aldeia da Terra – Jardim das Esculturas abriu portas numa quinta localizada nas proximidades de Arraiolos.

Para a inauguração não houve corta-fitas com a presença de ministros ou secretários de Estado. Mas lá apareceram dezenas de populares construídos em barro, como o “velho” fotógrafo “a-la-minute” pronto a registar para a posteridade a imagem de um casamento, o calceteiro ou o taberneiro, o polícia, os bombeiros, enfim, personagens que povoam o dia-a-dia de uma aldeia alentejana. É claro que todos apresentam o ar divertido e irrequieto dos bonecos esculpidos por Tiago Cabeça e Magda Ventura. E que a aldeia, tendo o tradicional moinho, casas e igrejas, também foi dotada de um “moderno” aeroporto, inevitáveis obras de construção civil e até um submarino, por “imperativo de defesa”.

“Lembrámo-nos de fazer um local de exposição permanente com caricaturas de profissões, hobbies, gostos. Esta ideia, que já germinava há bastantes anos, está agora a materializar-se na construção de uma aldeia cheia de barro e de bom humor”, refere Tiago Cabeça.

O projecto foi considerado de interesse cultural e turístico pelo Ministério da Cultura e pela Entidade Regional de Turismo do Alentejo e co-financiado pelo Programa de Desenvolvimento Rural (Proder), além de contar com o apoio da Câmara Municipal de Arraiolos, apostada em criar um novo pólo capaz de levar mais visitantes ao concelho.

Além da aldeia, propriamente dita, o espaço passou a acolher a oficina dos artesãos e está preparado para que cada visitante possa criar a sua própria peça.

Luís Godinho

Interior da Sé de Évora

quarta-feira, 14 de março de 2012

Igreja de São Tiago


A igreja de São Tiago fica situada no Largo Alexandre Herculano, freguesia de Santo Antão, em Évora. Foi sede de uma antiga freguesia da cidade, extinta em 1840.
Embora remontando a épocas mais recuadas, a igreja de São Tiago foi reconstruída no século XVII, conservando porém alguns vestígios da época manuelina, como são exemplo as ameias ainda visíveis na ala sul do templo. O interior, de uma só nave encontra-se profundamente decorado ao gosto da época barroca. A abóbada está revestida de pinturas a fresco, enquanto as paredes laterais se encontram revestidas de painéis de azulejos da autoria do célebre ceramista Gabriel del Barco, representando cenas bíblicas.

Évora Perdida no Tempo - Largo da Porta Nova


Largo da Porta Nova antes da demolição do edifício que obstruía a rua do Salvador.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1951 ant. -
Legenda Largo da Porta Nova
Cota DFT6392 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

terça-feira, 13 de março de 2012

Jerónimo de Sousa esteve no Hospital de Évora

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, insistiu esta terça-feira em responsabilizar o Governo, sobretudo o primeiro-ministro, pela "possibilidade da morte antecipada de muitos portugueses", devido à "convergência diabólica" de aumentos no sector da Saúde.
"Ainda a procissão vai no adro", mas a "convergência diabólica do aumento das taxas moderadoras, dos transportes de doentes, dos medicamentos, das dificuldades económicas que os cidadãos têm, particularmente" no Alentejo, "vai ter consequências tremendas na vida das pessoas", alertou.
O líder dos comunistas falava aos jornalistas após uma reunião com a administração do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), seguida de uma visita à unidade hospitalar e de um encontro com comissões de utentes de Saúde do distrito.
O secretário-geral do PCP lembrou já ter feito "uma acusação directa ao primeiro-ministro", Pedro Passos Coelho, de que "é politicamente responsável pela possibilidade da morte antecipada de muitos portugueses por falta de condições de acesso à Saúde".
A acusação de Jerónimo de Sousa foi feita no passado dia 7, durante o debate quinzenal com o primeiro-ministro no Parlamento, quando acusou o Governo de ser responsável pela "morte antecipada de muitos portugueses", em especial idosos, por causa dos cortes na Saúde.
Na altura, Pedro Passos Coelho respondeu: "É a primeira vez que lhe oiço uma afirmação desta natureza. Se a repetir, deixo aqui desde já de antemão um firme repúdio por esse tipo de jogo político".

Personalidades Eborenses - Cristóvão da Gama

Cristovão da Gama (Évora, 1515 - 29 de Agosto 1542), era filho de Vasco da Gama e de D. Catarina de Ataíde.

Recebeu o cargo de capitão de Malaca e o de fidalgo da Casa Real depois de voltar da Índia (para onde tinha ido em 1532, na frota de Pedro Vaz do Amaral), e como recompensa da bravura lá demonstrada. Efectuou diversas empreitadas depois de voltar à Índia em 1538 sob a direcção do seu irmão, D. Estêvão da Gama, enquanto este foi governador. Em 1541 acompanhou o irmão, na expedição de Goa ao Mar Vermelho, uma armada de 75 velas com o objectivo de queimar as naus turcas em Suez, em que tomou parte honrosa.
No entanto o reino da Etiópia estava sob ameaça dos muçulmanos e acudindo ao apelo do Imperador Cristão da Etiópia, os portugueses intervieram militarmente, enviando para isso uma expedição de 400 homens comandados por D. Cristóvão da Gama.
Em 1542, após ter sido feito prisioneiro numa batalha contra o xeque de Zeilá, acabou por falecer vitima das torturas infligadas pelos seus captores. A obra "Historia das cousas que o mui esforçado capitão Dom Cristóvão da Gama fez nos reinos do Preste João com quatrocentos portugueses que consigo levou" (1564), de Miguel de Castanhoso, relata este episódio.
O padre Jerónimo Lobo foi feito depositário dos restos mortais deste intrépido homem de armas até chegarem a Portugal, tendo sido achados pelos seus descendentes. Houve inclusivamente uma tentativa por parte de um seu familiar, com pouco sucesso, de o canonizar.

Entrada da Sé de Évora

segunda-feira, 12 de março de 2012

Humor e a Cidade em Évora - 2ª Parte



Évora Perdida no Tempo - Fachada da Sé de Évora



Fachada da Sé Catedral de Évora, enquadrada lateralmente pelo edifício do antigo Paço Episcopal (actual Museu de Évora).

Autor Mário Gama Freixo
Data Fotografia 1900 - 1920
Legenda Fachada da Sé de Évora
Cota JMS0290 - Propriedade Grupo Pró-Évora

domingo, 11 de março de 2012

Mont’Sobro - a inovação em objectos de cortiça


Na Rua 5 de Outubro, antiga Rua da Selaria, que liga a Praça de Giraldo à velha Acrópole eborense, fica a Mont´Sobro, uma loja onde a tradição se conjuga com a originalidade na exploração de todas as potencialidades da cortiça, grande riqueza da terra alentejana. 

Quem palmilha esta artéria - símbolo e montra do melhor artesanato local - decerto fica surpreendido com o design, a elegância e a imaginação que ressaltam de objectos tão funcionais e atraentes como os ali expostos. Mais caros que os de outros materiais, chapéus, guarda-chuvas, colares, malas, cintos, gravatas e bijuteria variada despertam a atenção e cobiça de quem possui gosto requintado e bolsa bem recheada. Um verdadeiro espectáculo na arte de manipular a cortiça.

A nova loja pertence a José Marques Azeda, 71 anos, natural da freguesia de Torrão, do concelho de Alcácer do Sal. Homem cujo percurso de vida esteve sempre ligado à lavoura, era em 1974 rendeiro de três herdades (cerca de mil hectares), nas cercanias de Vendas Novas, todas elas propriedade da Casa de Bragança. As vicissitudes do processo revolucionário levaram-no a procurar um outro modo de vida, ainda que ligado ao mundo rural.

Foi assim que decidiu estabelecer-se com uma loja de artigos de artesanato e brique-à-braque na rua da Selaria, quando esta começava a despertar para o grande turismo. Na Rua de Diogo Cão, uma transversal, montou pouco depois a “Arte Equestre”, casa suficientemente espaçosa para a apresentação de uma vasta gama de produtos relacionados com a equitação, a caça e o toureio: selas e selins, arreios e outros artigos de apoio às respectivas actividades. A que veio a acrescentar mais tarde outros produtos regionais como louças, cobres e estanhos, as peles e, claro está, os tradicionais capotes alentejanos.

Praticamente deixou a lavoura, embora possua uma pequena quinta nos arredores da cidade que continua a cultivar, e enveredou a tempo inteiro pela profissão de comerciante, dentro dos parâmetros já enunciados. «À beira dos 70 anos tive, talvez por intuição, a melhor ideia da minha vida ao pensar abrir uma loja na rua da Selaria só vocacionada para objectos de cortiça.

Os meus amigos e a família tentaram dissuadir-me deste propósito mas não lhes dei ouvidos e envolvi-me a fundo neste aliciante projecto de cariz ecológico», contou entusiasmado José Azeda.  «Só quem não conhece a fundo a maleabilidade da cortiça, na verdade quase impensável em termos de matéria bruta, poderá duvidar da sua aptidão para se transformar, depois de transformada em pele, naquilo que se quiser», acrescenta o comerciante. Assim se fazem também peças de vestuário que se moldam perfeita e suavemente ao corpo. Por outro lado, a impermeabilidade da cortiça confere a qualquer peça extrema durabilidade, pelo que basta um pano humedecido em água tépida e sabão azul e branco no local afectado para que a sua limpeza e conservação se processe em excelentes condições.

Azeda contactou então com um amigo da vila de Terrugem, próxima de Elvas, especialista no tratamento de pele de cortiça, para o interessar na produção de peças sofisticadas e elegantes, assentes em novos e atraentes modelos. Obtida a sua anuência, lançou-se no negócio e criou a empresa Mont’Sobro - Objectos de Matéria Viva, na dita Rua da Selaria. «O sucesso foi imediato» - enfatizou entusiasmado. Noventa por cento dos seus clientes são estrangeiros, avultando entre eles os japoneses, os russos, os italianos e os brasileiros. «Têm grande poder de compra e isso é o que mais interessa neste comércio».

E se as mulheres preferem a bijuteria, as malas, os sacos, as pulseiras e os artigos de vestuário, os homens centram a sua atenção nos chapéus normais (30 €), à Indiana Jones (59 €) e nos chapéus de chuva (69 €). Ultimamente, Azeda mandou fazer um capote alentejano em pele de cortiça, para uso próprio, mas o êxito foi tão grande que está a pensar em criar uma linha especial de comercialização deste tão tradicional produto alentejano.

Na verdade, a criação inovadora de objectos de decoração e de moda, a partir do aproveitamento da cortiça, vem revelando um dinamismo muito interessante nas áreas dos montados suberícolas. E em Évora a Mont’Sobro não descura esta fileira comercial, contribuindo para o desenvolvimento da economia regional.

Texto: José Frota

sexta-feira, 9 de março de 2012

11, 17, 18 e 24 de março: Circuito de Música Antiga na Igreja do Convento dos Remédios

A Câmara Municipal de Évora apresenta na Igreja do Convento dos Remédios, nos próximos dias 11, 17, 18 e 24 de março, mais um programa do Circuito de Música Antiga, do Renascimento e do Barroco, integrado no projeto Oralidades, que contará com as atuações de grupos portugueses e estrangeiros.
O Coro Polifónico Eborae Mvsica atuará no dia 11 de março, domingo, pelas 18 horas, com um programa musical que tem como inspiração “A Quaresma na Escola de Música da Sé de Évora”. O Coro Polifónico Eborae Mvsica foi criado em 1987, e interpreta sobretudo polifonia da Escola de Música da Sé de Évora (sécs. XVI e XVII), sendo dirigido pelo Maestro Pedro Teixeira.
No dia 17 de março, sábado, pelas 21:30, a música estará a cargo da Orquestra Barroca da ESART – Escola Superior de Música de Artes Aplicadas de Castelo Branco (Idanha-a-Nova). Esta formação surgiu como Orquestra de Câmara em 2001, num projeto bem alicerçado no contexto do Curso Superior de Música, merecendo o apreço e o reconhecimento da cidade de Castelo Branco e da região. A Orquestra Barroca da ESART tem seguido um percurso próprio, potenciando por um lado a formação dos alunos e, por outro, a promoção de espetáculos junto das populações onde a oferta cultural é escassa, nomeadamente na área musical.
O grupo de Câmara do Centro Comunitário de "Hadzhi Dimitar" de Sliven, na Bulgária, atua no dia 18 de março, domingo, pelas 18 horas. Este grupo foi fundado em 2001 como um coro de autodidatas. Participa com regularidade em concertos e nas atividades culturais do município de Sliven e o seu repertório inclui obras para coro, tais como a música sacra e as canções do renascimento búlgaro.
O grupo Ravenna Brass Ensemble encerrará o programa deste Circuito de Música Antiga no dia 24 de março, sábado, pelas 18 horas. Este grupo italiano é composto por músicos e alunos do Instituto de Estudos Musicais “G. Verdi” de Ravenna, da Escola de Música A. Peri de Reggio Emilia, do conservatório "B. Maderna" de Cesena e do conservatório Rossini of Pesaro. O seu repertório compõe-se de vários géneros de música polifónica, com especial destaque para o período Renascentista e Barroco.
O Circuito de Música Antiga, do Renascimento e do Barroco é uma iniciativa que integra o Projecto Oralidades, que se traduz num encontro através do qual se partilham linguagens, experiências musicais e artísticas dos diferentes parceiros.
O projecto Oralidades realiza-se ao abrigo do Programa Europeu Cultura 2007-2013 e envolve uma parceria internacional entre os municípios de Évora, Idanha-a-Nova e Mértola (Portugal), Ourense (Espanha), Ravenna (Itália), Birgu (Malta) e Sliven (Bulgária), unidos num vasto programa de cooperação e intercâmbio cultural.

Évora Perdida no Tempo - Páteo do Palácio do Barrocal


Aspecto parcial do páteo do Palácio do Barrocal, na Rua de Serpa Pinto, em Évora. Antiga sede da FNAT, actualmente funcionam aqui os serviços do INATEL

Autor David Freitas
Data Fotografia 1950 - 1960
Legenda Páteo do Palácio do Barrocal
Cota DFT7230 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quinta-feira, 8 de março de 2012

10 de Março: Mário Laginha no Fórum Eugénio de Almeida



Fórum Eugénio de Almeida | 21h30

Mário Laginha - Piano Solo - 10 de março

Canções & Fugas e Mongrel


Mário Laginha apresenta-se a solo, com um reportório composto por temas da sua autoria como Berenice e Um Choro Feliz, bem como alguns dos seus mais recentes projetos: “Canções & Fugas”, trabalho inspirado no universo de Bach, e Mongrel, um tributo à música do compositor Frédéric Chopin. Partindo de obras deste compositor, Laginha criou espaço para a improvisação e procurou “aproximar a música de Chopin” do seu universo musical.



Entrada: 6,00€ | Bilhetes à venda no Fórum Eugénio de Almeida