O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, insistiu esta terça-feira em responsabilizar o Governo, sobretudo o primeiro-ministro, pela "possibilidade da morte antecipada de muitos portugueses", devido à "convergência diabólica" de aumentos no sector da Saúde.
"Ainda a procissão vai no adro", mas a "convergência diabólica do aumento das taxas moderadoras, dos transportes de doentes, dos medicamentos, das dificuldades económicas que os cidadãos têm, particularmente" no Alentejo, "vai ter consequências tremendas na vida das pessoas", alertou.
O líder dos comunistas falava aos jornalistas após uma reunião com a administração do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), seguida de uma visita à unidade hospitalar e de um encontro com comissões de utentes de Saúde do distrito.
O secretário-geral do PCP lembrou já ter feito "uma acusação directa ao primeiro-ministro", Pedro Passos Coelho, de que "é politicamente responsável pela possibilidade da morte antecipada de muitos portugueses por falta de condições de acesso à Saúde".
A acusação de Jerónimo de Sousa foi feita no passado dia 7, durante o debate quinzenal com o primeiro-ministro no Parlamento, quando acusou o Governo de ser responsável pela "morte antecipada de muitos portugueses", em especial idosos, por causa dos cortes na Saúde.
Na altura, Pedro Passos Coelho respondeu: "É a primeira vez que lhe oiço uma afirmação desta natureza. Se a repetir, deixo aqui desde já de antemão um firme repúdio por esse tipo de jogo político".
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