quinta-feira, 22 de março de 2012

Évora Perdida no Tempo - Convento da Graça após o desabamento


Parte do Convento da Graça (de Évora) encontrava-se já em ruína parcial quando, no dia 15 de Março de 1957, sofreu nova derrocada no corpo dos dormitórios, noviciado e enfermaria. Em 1966 o imóvel encontrava-se, ainda, em fase de recuperação (a cargo da Direcção Geral de Edifícios e Monumentos nacionais).
Autor David Freitas
Data Fotografia 1957 dep. - 1966 ant.
Legenda Convento da Graça após o desabamento
Cota DFT179 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

terça-feira, 20 de março de 2012

Ciclos de Música - Até que um pássaro me saia da garganta


Melodea - Temporada de Música 2011 . 2012

Fórum Eugénio de Almeida | 21h30



Até que um pássaro me saia da garganta - 14 de abril

Sete Canções, Sete Poemas



Espetáculo que nasce da ideia de sonorizar musicalmente sete poemas de Eugénio de Andrade, autonomizando cada um numa “peça de câmara” para duas guitarras clássicas e voz (declamada e cantada). O Jazz funde-se com a poesia de Eugénio de Andrade, numa mescla de palavras cantadas e ditas.



José Peixoto - guitarra, música e direção musical

Natália Luiza - dramaturgia

Miguel Seabra - direção cénica e desenho de luz

Teresa Macedo - cantora

Ana Cloe - atriz

Luís Roldão - guitarra



Poemas Eugénio de Andrade



Entrada: 6,00€ | Bilhetes à venda no Fórum Eugénio de Almeida

Évora Perdida no Tempo - Estação elevatória da Barragem da Graça do Divor


Autor David Freitas
Data Fotografia 1967 -
Legenda Estação elevatória da Barragem da Graça do Divor
Cota DFT5211 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

segunda-feira, 19 de março de 2012

Transferência do Museu da Música para Évora “bloqueada este ano” por falta de verbas

O secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, reconheceu que o processo de transferência do Museu Nacional da Música, de Lisboa para Évora, está “claramente bloqueado, este ano”, devido à falta de recursos financeiros.

O governante reiterou, contudo, que continua a ser “intenção” da Secretaria de Estado da Cultura transferir o museu, que funciona na estação do Alto dos Moinhos do Metro de Lisboa, para o Convento de São Bento de Cástris, em Évora.

“São Bento de Cástris é um assunto que nos preocupa mas para o qual, neste momento, de facto, não temos imediatamente fundos para fazer aquilo que gostaríamos de fazer”, admitiu.

O secretário de Estado falava aos jornalistas na Universidade de Évora, depois de proferir uma conferência no âmbito do aniversário da Escola de Ciências Sociais da academia alentejana.

À margem da sessão, Francisco José Viegas lembrou que, aquando de uma visita sua a São Bento de Cástris, afirmou ser adepto da mudança do museu para a cidade alentejana.

“É uma das nossas intenções, como disse quando vim visitar São Bento de Cástris pela primeira vez. Agora, claro, é preciso equacionar muitas outras coisas e isso está tudo em cima da mesa”, afirmou.

Questionado sobre se, devido à falta de fundos, o processo não avança este ano, o governante foi peremptório: “Está bloqueado. Este ano, sim, está claramente bloqueado”, até porque seria necessário “fazer muitas obras”

Também em declarações aos jornalistas, a responsável da Direcção Regional da Cultura do Alentejo (DRCAlen), Aurora Carapinha, revelou que hoje (19) vai ter início uma empreitada para “a recuperação das coberturas de todo o complexo” do Convento de São Bento de Cástris, que tem como objectivo a “mitigação da degradação e a consolidação do edifício”.

As obras, que rondam os 220 mil euros, financiados a 85 por cento por fundos comunitários, através InAlentejo, deverão estar prontas dentro de “seis meses”, disse.

Ao mesmo tempo, frisou Aurora Carapinha, vão prosseguir, naquele espaço, outras obras de conservação e recuperação que a DRCAlen já está a realizar.

A directora regional da Cultura adiantou ainda que, independentemente da transferência do Museu Nacional da Música, está em cima da mesa a hipótese de “uma pequena comunidade de monges, do Brasil”, da ordem beneditina, poder vir a instalar-se numa parte de São Bento de Cástris.

“Todo aquele complexo pode ter várias funcionalidades, tal como [antigamente tinha] qualquer convento. Não pomos de lado essa hipótese”, limitou-se a acrescentar.

Évora Perdida no Tempo - Sala de depósito da Biblioteca Pública de Évora


Autor David Freitas
Data Fotografia 1969 Março 
Legenda Sala de depósito da Biblioteca Pública de Évora
Cota DFT5075 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

domingo, 18 de março de 2012

Precisa-se gestor industrial - Évora

Precisa-se de gestor industrial afim de gerir, organizar fábrica de rações para animais.

O trabalho será com sistema informatico de produção/comando da fábrica, gestão de stocks, emissão de GR, encomendas a fornecedores.

Envio de CV para

sábado, 17 de março de 2012

A arte de encadernar no Atelier Barahona



Por vezes, em lugares inesperados do Centro Histórico, vão abrindo novos espaços comerciais que, contribuindo para a reabilitação da zona onde se inserem, oferecem, de forma singular e original, serviços de que Évora carece, na sua condição de cidade de cultura. É o que acontece com o “Atelier Barahona”, cuja loja se encontra num prédio de dimensões muito acanhadas na rua do Salvador nº. 13, à Porta Nova, em direcção à Praça Luís de Camões, junto ao último pilar visível do arco do Aqueduto, e que se dedica prioritariamente ao encadernamento, douramento e restauro de livros.

O ancestral cubículo pertenceu durante muitas décadas à família Campos Mello, que ali manteve um pequeno comércio de flores e de aves domésticas, para as quais dispunha de produtos alimentares específicos. Mais recentemente foi trespassado a outro negociante, que o escavou no seu interior para o adaptar a outra função. Mas ao encontrar ali restos da antiga defesa citadina e uma parede adjacente ao último pilar do aqueduto, parou as obras, deixou-as escoradas e não mais pensou em utilizá-lo para futuro empreendimento. E aliená-lo não parecia também tarefa fácil, dada a exiguidade do espaço e o fosso que ali fora cavado e não tapado.

Mas a localização era aliciante e o casal Alexandre e Sandrine Barahona decidiram ocupá-lo como pequeno estabelecimento de promoção, mostra e venda dos trabalhos produzidos na oficina, situada noutra zona, assim como para recepção de clientes e contactos com gente interessada nos serviços oferecidos. Recuperado o edifício e eliminado o fosso, através da construção de um forte separador de vidro apoiado em suportes de aço, a loja foi inaugurada a 27 de Novembro de 2009, data do aniversário de Sandrine. Alexandre, pertencente a uma das mais tradicionais famílias eborenses (é neto de Manuel Estanislau Barahona, durante muitas décadas provedor da Santa Casa da Misericórdia de Évora) e Sandrine eram jornalistas em França quando se conheceram. Era ela, porém, a apaixonada pela encadernação, arte maior no seu país a partir do séc. XVI, como resultante do incentivo às artes e ao livro, em fase de crescente procura e difusão. Em Paris e em Barcelona fez Sandrine as suas aprendizagens em encadernação e douração, obtendo o reconhecimento profissional por intermédio da Real Associação de Encadernação de Espanha.

Depois de casados vieram viver para Évora. «Mas aqui é muito difícil viver ou mesmo sobreviver como jornalista» - explicou Alexandre, que entretanto se tornou empresário com interesses espalhados pelo turismo, pela restauração e pela agricultura, para além de prestar apoio à actividade da mulher, que enveredou pelo exercício das suas aptidões e conhecimentos adquiridos, depois de ter comprado todo o equipamento pertencente ao Mestre José Brito, com oficina na Praça de Giraldo desde 1955, tido no final do século como o último encadernador dourador português em actividade e tragicamente desaparecido poucos anos depois na sequência de um acidente de viação.

De José Brito ficou, pois, Sandrine Barahona com os materiais de trabalho e o mister levado a cabo em sóbria oficina. Aí se dedicou à encadernação e douramento de livros utilizando métodos tradicionais, fazendo desde a encadernação clássica à decoração contemporânea, e da encadernação medieval à copta e japonesa. A qualidade do seu labor depressa galgou os limites da região, passando a ter clientes nas zonas de Lisboa, do Porto, de Coimbra e de Aveiro. A criação de um laboratório especial para recuperação de livros fez avolumar a procura dos seus serviços. A Biblioteca Municipal de Elvas e a Biblioteca do Palácio de Vila Viçosa estão entre as instituições que os demandam. Muitos sãos os bibliófilos e os escritores que ali mandam recuperar os livros mais antigos.

Acresce que outras formas acabaram por surgir, quer por iniciativa própria, quer por alvitre de alguns clientes. Conquistou assim alforria a papelaria de luxo, com  a execução artística de postais e ementas, com o fabrico de agendas e álbuns de fotografias, assim como a original produção de caixas (pequenas arcas, baús, cofres e malas, tudo manufacturado) personalizadas e idealizadas por quem as encomenda. Faltava pois uma loja, colocada em local estratégico, onde tudo isto pudesse ser exposto para ganhar superior visibilidade e promoção.

Foi desta forma que surgiu o “Atelier Barahona”. Mas o que sobretudo há a realçar em tudo isto é que, ao ocupar o lugar deixado vazio pela morte de Mestre Brito, Sandrine Barahona não deixou morrer em Évora uma arte cultural única no país e uma profissão em vias de extinção. O “Atelier Barahona” é uma loja que honra a cidade.


Texto: José Frota

sexta-feira, 16 de março de 2012

Show Cooking na Praça de Giraldo


Dia 17 de março, pelos chef’s António Nobre, responsável pelos restaurantes do grupo hoteleiro Mar d’ Ar, e Luís Mourão, do Convento do Espinheiro.

A Praça de Giraldo, em Évora, vai ser palco no próximo sábado, dia 17 de março, de um “show cooking” pelos chef’s António Nobre, responsável pelos restaurantes do grupo hoteleiro Mar d’ Ar, e Luís Mourão, do Convento do Espinheiro, numa iniciativa integrada na edição deste ano da Rota de Sabores Tradicionais.

A Câmara Municipal de Évora pretende com esta iniciativa trazer para a rua a arte de cozinhar mas ao vivo, “num espetáculo” que se quer interativo entre os cozinheiros e o público, havendo lugar à troca de opiniões e naturalmente à degustação dos pratos confecionados.

O “Show Cooking” – a arte de cozinhar ao vivo, da Rota de Sabores Tradicionais vai estar presente no tabuleiro da Praça de Giraldo entre as 10h00 e as 16h00, contando com o apoio da empresa Evoracor (cozinhas Teka), Azeites do Alentejo e da Associação Comercial de Évora.

Esta iniciativa da Rota de Sabores Tradicionais culminará com a realização de uma conferência temática (16h00), na sede da Associação Comercial do Distrito de Évora, com o apoio da ASAE, subordinada ao tema “A Colher de Pau e a Couve de Bruxelas”.

Évora Perdida no Tempo - Largo Joaquim António de Aguiar


Largo Joaquim António de Aguiar (Jardim das Canas). O Largo sofreu várias remodelações, tendo sido calcetado em 1947.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1947 -
Legenda Largo Joaquim António de Aguiar
Cota DFT6384 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME

quinta-feira, 15 de março de 2012

Aldeia da Terra

A trabalharem há 12 anos na escultura de bonecos em terracota, Tiago Cabeça e Magda Ventura já criaram peças que venderam para vários pontos do mundo. “São peças únicas. Como a maior parte delas foi feita por encomenda, rapidamente desapareceram para casa dos seus donos. É claro que ficámos contentes mas também com pena de as ver partir”, diz o artesão.

Continuando a produzir peças para venda – a Oficina da Terra tornou-se num local de referência para quem percorre o centro histórico de Évora – decidiram colocar as mãos na massa, dar uma quantas voltas na burocracia e avançar com a construção de uma aldeia totalmente feita em terracota. Com 160 edifícios e 200 personagens, a Aldeia da Terra – Jardim das Esculturas abriu portas numa quinta localizada nas proximidades de Arraiolos.

Para a inauguração não houve corta-fitas com a presença de ministros ou secretários de Estado. Mas lá apareceram dezenas de populares construídos em barro, como o “velho” fotógrafo “a-la-minute” pronto a registar para a posteridade a imagem de um casamento, o calceteiro ou o taberneiro, o polícia, os bombeiros, enfim, personagens que povoam o dia-a-dia de uma aldeia alentejana. É claro que todos apresentam o ar divertido e irrequieto dos bonecos esculpidos por Tiago Cabeça e Magda Ventura. E que a aldeia, tendo o tradicional moinho, casas e igrejas, também foi dotada de um “moderno” aeroporto, inevitáveis obras de construção civil e até um submarino, por “imperativo de defesa”.

“Lembrámo-nos de fazer um local de exposição permanente com caricaturas de profissões, hobbies, gostos. Esta ideia, que já germinava há bastantes anos, está agora a materializar-se na construção de uma aldeia cheia de barro e de bom humor”, refere Tiago Cabeça.

O projecto foi considerado de interesse cultural e turístico pelo Ministério da Cultura e pela Entidade Regional de Turismo do Alentejo e co-financiado pelo Programa de Desenvolvimento Rural (Proder), além de contar com o apoio da Câmara Municipal de Arraiolos, apostada em criar um novo pólo capaz de levar mais visitantes ao concelho.

Além da aldeia, propriamente dita, o espaço passou a acolher a oficina dos artesãos e está preparado para que cada visitante possa criar a sua própria peça.

Luís Godinho

Interior da Sé de Évora

quarta-feira, 14 de março de 2012

Igreja de São Tiago


A igreja de São Tiago fica situada no Largo Alexandre Herculano, freguesia de Santo Antão, em Évora. Foi sede de uma antiga freguesia da cidade, extinta em 1840.
Embora remontando a épocas mais recuadas, a igreja de São Tiago foi reconstruída no século XVII, conservando porém alguns vestígios da época manuelina, como são exemplo as ameias ainda visíveis na ala sul do templo. O interior, de uma só nave encontra-se profundamente decorado ao gosto da época barroca. A abóbada está revestida de pinturas a fresco, enquanto as paredes laterais se encontram revestidas de painéis de azulejos da autoria do célebre ceramista Gabriel del Barco, representando cenas bíblicas.

Évora Perdida no Tempo - Largo da Porta Nova


Largo da Porta Nova antes da demolição do edifício que obstruía a rua do Salvador.

Autor David Freitas
Data Fotografia 1951 ant. -
Legenda Largo da Porta Nova
Cota DFT6392 - Propriedade Arquivo Fotográfico CME