quarta-feira, 12 de outubro de 2016
segunda-feira, 10 de outubro de 2016
domingo, 9 de outubro de 2016
Texto Literário sobre Évora - Afonso X, Rei de Castela e Leão 1221/1284
Como Santa Maria guareceu na cidade de Evora uu ome que era cego.
Muitos que pelos pe*cados | que fazem perden o lume
Guarece Santa Maria, | ca atal é seu costume.
Desto direy un miragre | que fezo a Virgen santa,
Madre de Deus groriosa, | que nos faz mercee tanta
que nos dá saud’ e siso | e ao demo quebranta,
que nos * quer ao inferno | levar, en que nos afume.
Muitos que pelos peccados | que fazen perden o lume…
Un ome bõo avia | en Évora na cidade
que avia seu mancebo, | per com’aprix en verdade,
que lle fazia serviço | lavrando-lle sa herdade,
e a que muitas vegadas | dizia : « Vai e adu-me
Muitos que pelos peccados | que fazen perden o lume…
Tal ou tal cous’; » e el logo | mui de grado o fazia.
E porend’ o ome bõo | atan gran ben lle queria
que a mais de sa fazenda | toda per ele tragia,
ca non lle fazia cousa | de que ouvesse queixume.
Muitos que pelos peccados | que fazen perden o lume…
Onde ll’aveo uu dia | a aquel manceb’ andando
con seus bois ena arada | e mui de grado lavrando,
que cegou d’ ambo-los ollos, | e foron-sse-ll’apertando
Como se fossen apresos | con visco ou con betume.
Muitos que pelos peccados | que fazen perden o lume…
Tan tost’ os que con el eran | pelas mãos lo fillaron
e a casa de seu amo | adestrado o levaron;
e poi-lo viu tan maltreito, | el e os outros choraron,
dizendo: «Rey Jhesu-Cristo, | tu que en Jordan no frume,
Muitos que pelos peccados | que fazen perden o lume…
Sennor, fuste batiçado, | faz que aquest’ ome veja.»
Pois bem a cabo do ano | foron aa grand’ eigreija
que é de Santa Maria, | u gran vertude sobeja
mostra de sãar enfermos, | ond’ an feit’ un gran volume.
Muitos que pelos peccados | que fazen perden o lume…
Ena eigrej’ aquel dia | ardina muitas candeas
que fazian chama crara | sen fumo, non come teas;
enton viu aquel mancebo | e diz: «Non son estas feas.»
E jurou que en tal dia | non comess’ erga legume.
Muitos que pelos peccados | que fazen perden o lume…
In Cantigas de Santa Maria, Coimbra: Ed. Walter Mettmann, 1961.
Informação retirada de ÉVORA NA LITERATURA CONTRIBUIÇÕES PARA UMA ANTOLOGIA
Muitos que pelos pe*cados | que fazem perden o lume
Guarece Santa Maria, | ca atal é seu costume.
Desto direy un miragre | que fezo a Virgen santa,
Madre de Deus groriosa, | que nos faz mercee tanta
que nos dá saud’ e siso | e ao demo quebranta,
que nos * quer ao inferno | levar, en que nos afume.
Muitos que pelos peccados | que fazen perden o lume…
Un ome bõo avia | en Évora na cidade
que avia seu mancebo, | per com’aprix en verdade,
que lle fazia serviço | lavrando-lle sa herdade,
e a que muitas vegadas | dizia : « Vai e adu-me
Muitos que pelos peccados | que fazen perden o lume…
Tal ou tal cous’; » e el logo | mui de grado o fazia.
E porend’ o ome bõo | atan gran ben lle queria
que a mais de sa fazenda | toda per ele tragia,
ca non lle fazia cousa | de que ouvesse queixume.
Muitos que pelos peccados | que fazen perden o lume…
Onde ll’aveo uu dia | a aquel manceb’ andando
con seus bois ena arada | e mui de grado lavrando,
que cegou d’ ambo-los ollos, | e foron-sse-ll’apertando
Como se fossen apresos | con visco ou con betume.
Muitos que pelos peccados | que fazen perden o lume…
Tan tost’ os que con el eran | pelas mãos lo fillaron
e a casa de seu amo | adestrado o levaron;
e poi-lo viu tan maltreito, | el e os outros choraron,
dizendo: «Rey Jhesu-Cristo, | tu que en Jordan no frume,
Muitos que pelos peccados | que fazen perden o lume…
Sennor, fuste batiçado, | faz que aquest’ ome veja.»
Pois bem a cabo do ano | foron aa grand’ eigreija
que é de Santa Maria, | u gran vertude sobeja
mostra de sãar enfermos, | ond’ an feit’ un gran volume.
Muitos que pelos peccados | que fazen perden o lume…
Ena eigrej’ aquel dia | ardina muitas candeas
que fazian chama crara | sen fumo, non come teas;
enton viu aquel mancebo | e diz: «Non son estas feas.»
E jurou que en tal dia | non comess’ erga legume.
Muitos que pelos peccados | que fazen perden o lume…
In Cantigas de Santa Maria, Coimbra: Ed. Walter Mettmann, 1961.
Informação retirada de ÉVORA NA LITERATURA CONTRIBUIÇÕES PARA UMA ANTOLOGIA
sábado, 8 de outubro de 2016
O mundo da metrologia na Casa da Balança
A Casa da Balança, interessante núcleo museológico da cidade inserido em plena zona da Mouraria, no ancestral Largo do Chão das Covas, merece a visita de quem se interessa pela cultura científica e pelo conhecimento de como se fez a história do sistema de medições e da calibração dos respectivos instrumentos, que garante a sua precisão, tão essencial hoje como outrora nos processos produtivos e nos circuitos comerciais.
Em Portugal foi decisiva a chamada Lei de Almeirim, criada por D. Sebastião em 26 de Janeiro de 1575, na sequência das Cortes do mesmo nome, e que veio a ser conhecida como «de igualamento das medidas dos sólidos e dos líquidos», necessária por haver sido informado «que em uns lugares as medidas são grandes e logo em outros, junto deles, são mais pequenas ou maiores». Com esta reforma fixavam-se as medidas de volume por rasoura, iguais entre si, e proibia-se o cogulo. Paralelamente, criou-se um sistema de medidas para os produtos secos e outro para os produtos líquidos. Podemos acrescentar que as principais unidades de referência para medição passaram a ser a vara, a polegada e o côvado para o comprimento; o arrátel e a onça para o peso; o almude e a canada para os líquidos; e o moio e o alqueire para os secos.
A lei definia também as tarefas dos Afiladores do Senado e distribuía as competências de fiscalização pelo Almotacé Mor, Corregedores e Ouvidores. Para melhor concretização destas medidas, D. Sebastião mandou que fosse efetuada entrega de cópias dos padrões reais por todos os concelhos. O documento inovador alcançou recetividade geral e perdurou, com ligeiras alterações, até meados do século XIX. Contudo, se a lei regularizava a situação no Reino, ela era praticamente desprovida de eficácia em termos internacionais, dado que, como é óbvio, cada Estado possuía unidades de medição diferentes e sem correspondência entre si, provocando sérios embaraços ao desenvolvimento do comércio mundial. Neste contexto, percebe-se que não foi fácil chegar à organização de um método de padronização de pesos e medidas que satisfizesse a todos.
A solução veio a ser encontrada no âmbito da Revolução Francesa, quando foi levada à aprovação da Assembleia Nacional uma proposta de renovação metrológica encontrada no estudo aturado da Natureza e dos seus fenómenos. Aprovado em 1799, o novo sistema tomou por base de comprimento o metro, definido como a décima-milionésima parte do quadrante do meridiano terrestre, calculado na medição do respetivo arco compreendido entre Dunquerque e Barcelona.
Coube à Academia das Ciências de França analisar e afinar o projeto que, em 1799, estabeleceu o Sistema Métrico Decimal. Dois padrões de platina representando o metro e o quilograma foram então depositados nos Arquivos da República para memória das definições encontradas, constituindo desta forma a certificação formal da primeira etapa que levou ao atual Sistema Internacional de Unidades de Medidas.
Depois de várias tentativas de integração de Portugal no Sistema Métrico Decimal, ele acabou por ser introduzido oficialmente no reino através de um decreto de D. Maria II de 13 de Dezembro de 1855. A adesão ao Sistema Internacional implicava a observância de um prazo de dez anos para sua consolidação, dispondo ainda Portugal de igual período de tempo para inserção do novo saber nas escolas públicas e particulares.
Os progressos e as alterações científicas que o desenvolvimento das ciência naturais e a explosão da industrialização vieram a conhecer provocaram atualizações, revisões e modificações das unidades básicas tomadas na padronização e conduziram ao conceito de metrologia, entendido genericamente como o estudo e descrição dos pesos e medidas de todos os povos e épocas. A instalação de um núcleo metrológico em Évora resultou da participação da Câmara Municipal no programa Stratcult, integrado na rede MECINE e criado em 1997.
Em Junho, a Divisão de Cultura e Desporto da autarquia empenhou-se num trabalho de recolha, estudo e inventariação de material diverso no âmbito da metrologia, o qual veio a constituir o fundo patrimonial do que viria a chamar-se a Casa da Balança, velho edifício que servira de armazém de apoio ao extinto mercado hortícola instalado no Largo do Chão das Covas em 1949.
As obras de recuperação do imóvel, executadas sob a orientação do arquiteto João Videira e coordenação de vários serviços municipais, decorreram durante todo o ano de 1998, tendo constado da criação de uma área de exposição, uma reserva de espólio e a instalação de uma estrutura sanitária de apoio ao núcleo, após o que o mesmo foi dado como apto para acolher o espólio reunido, cuja origem se encontra entre os séculos XV e XX e é essencialmente proveniente das coleções da própria Câmara Municipal e do Museu de Évora.
Desde a sua abertura ao público em 1999, com a exposição “ O Mundo do Trabalho e a Oficina de Aferição”, a Casa da Balança tem vindo a integrar outras coleções de entidades públicas, de comerciantes, de industriais, de colecionadores e de particulares. O mais destacado contributo é o de Joaquim Rita Pisco Martins, aferidor municipal em Estremoz e em Évora, o qual esteve na origem da construção da Casa da Balança, e detentor de uma espantosa coleção de equipamentos de metrologia. Mas também António José Carmelo Aires, Gonçalo de Sousa Cabral, Maria Manuel Ferreira Pessoa da Silva, Mário Ceia Alexandre, Nuno Castel-Branco Cordovil, José Maria da Silva, José António Raimundo, José Maria Palma e Rui Arimateia ali depositaram diversos instrumentos de medição para valorização do respetivo espólio.
A afluência de público a esta estrutura de inegável valia didática e pedagógica tem crescido ano a ano, sendo nomeadamente procurada por alunos e professores de escolas dos mais diversos graus de ensino. No ano passado as visitas à Casa da Balança ultrapassaram os cinco milhares e meio de pessoas. Nesta altura está a decorrer o “Cabinet 1799”, o novo projeto educativo do núcleo metrológico, que apresenta no seu animatógrafo «o inesperado e nunca visto livro das histórias do sistema métrico com as aventuras e desventuras dos ilustres sábios geodésicos Pierre Méchin e Jean Delambre no meridiano de Paris, no tempo da revolução francesa». Imperdível uma viagem ao mundo da metrologia, para ilustração de miúdos e graúdos.
Texto: José Frota
Évora Mosaico 11
sexta-feira, 7 de outubro de 2016
quinta-feira, 6 de outubro de 2016
Pablo Vidal
Horário: 22h
Evento: 07 outubro
Localização: Armazém 8
Os Sons do Rock, Tando, Ska, Reggae Sempre novas musicas em cada concerto
Informações Adicionais
Org. Associ'Arte
Contactos: Telef. 933326005 |
Apoios: CME; União de Freguesias Bacelo/ Srª da Saúde; União de Freguesias Malagueira/ Horta das Figueiras; Diário do Sul; Radio Telefonia; Agenda Global; Viral Agenda
Informação retirada daqui
quarta-feira, 5 de outubro de 2016
terça-feira, 4 de outubro de 2016
Espetáculos no Armazém 8 para este fim de semana
Na Sexta 7 de Outubro a exposição de artistas argentinos às 21,30 seguida de um concerto com o argentino Pablo Vidal, que nos trás as sonoridades daquele País da América Latina!
No Sábado 8 de Outubro, continuamos na América Latina e a musica vem de Maceio do Brasil pela voz de Sílvia Nazario!
Um fim de semana em grande com os sons quentes e dançantes da América do Sul!
Contamos convosco para fazer deste fim de semana uma festa em homenagem à alegria!
Nove alunos hospitalizados em Évora
Nove alunos da Escola Básica Manuel Ferreira Patrício, em Évora, com sintomas de "ligeira indisposição", foram assistidos hoje no hospital da cidade, por precaução, disse à agência Lusa a delegada de saúde do Alentejo. "Não se trata de uma intoxicação alimentar. As crianças sentiram-se ligeiramente indispostas e, por precaução, foram ao hospital", explicou Filomena Araújo, delegada de saúde regional do Alentejo. Segundo a médica, sete alunos, entre os 10 e os 12 anos, foram transportados para as urgências do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) pelos bombeiros e dois pelos próprios pais, tendo todos eles tido alta hospitalar durante a tarde. A delegada de saúde referiu que entre os alunos que foram assistidos no hospital "não se verificou nada em comum relacionado com alimentação", adiantando que as autoridades vão estar atentas à situação. Fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Évora adiantou à Lusa que o alerta foi dado às 12:29, indicando que as operações de socorro envolveram os Bombeiros de Évora e de Arraiolos, a proteção civil municipal e uma viatura médica de emergência e reanimação (VMER). A Lusa contactou a escola, mas ninguém da direção esteve disponível para prestar esclarecimentos.
Informação retirada daqui
Embarcação do Inferno, de Gil Vicente
Horário: quartas a sábados às 21:30; domingos às 16:00
Inicio do Evento: 06 outubro
Fim do Evento: 30 outubro
Localização: Teatro Garcia de Resende
O Cendrev e A Escola da Noite partilham há muito o gosto pela obra de Gil Vicente, que é uma marca incontornável nos respetivos reportórios. Chegou agora a vez de apresentarem em coprodução o mais conhecido e emblemático texto de Vicente – o “Auto de Moralidade da Embarcação do Inferno”, também conhecido como “Auto da Barca do Inferno”. No ano em que se comemoram os 500 anos sobre a primeira apresentação desta peça, as duas companhias juntam as suas equipas para celebrar um dos momentos mais importantes da história do teatro português. Encenação: António Augusto Barros e José Russo | interpretação: Ana Meira, Igor Lebreaud, Jorge Baião, José Russo, Maria João Robalo, Miguel Magalhães, Rosário Gonzaga e Rui Nuno |Cenografia: João Mendes Ribeiro e Luísa Bebiano | Figurinos, bonecos e imagem gráfica: Ana Rosa Assunção | Música: Luís Pedro Madeira | Desenho de luz: António Rebocho.
Informações Adicionais
Org. Cendrev e A Escola da Noite
Contactos: telef.266703112 |
Apoio: Câmara Municipal de Évora, Jornal Diário do Sul, Rádio Telefonia e Jornal Registo
Preço: Normal: 6€ | Sindicato dos Professores da Zona Sul (SPZS): 4€ | Descontos 50%: Estudantes, maiores de 65 anos, Reformados/Pensionistas, Funcionários da C.M.Évora, Crianças até aos 12 anos: 3€| Preço para Grupos Escolares e outros (para mais de 12 pessoas): 3 Euros | Cartão PassaporTeatro (estudante): 3€ | Cartão Passaporteatro Sénior: 35 € (Assinatura Anual) | Sessões Grupos Escolares (3.º Ciclo do Ensino Básico e Ensino Secundário) de 12 a 28 de Outubro: quartas às 15:00, quintas e sextas-feiras às 10:30 e 15:00 - 3€/aluno
Informação retirada daqui
segunda-feira, 3 de outubro de 2016
Ventos Del Sur - Exposiçao colectiva de artistas argentinos e uruguaios
Horário: 21h30
Fim do Evento: 15 dezembro
Localização: Armazém 8
Ventos Del Sur Exposição coletiva de artistas argentinos ira estar patente ao publico ate 15 de Dezembro
Performance - El Tango Es Fado com Yuco Fabian
Informações Adicionais
Org. Associ'Arte | Atelier Carvao
Contactos: Telef. 933326005 |
Apoios: CME; União de Freguesias Bacelo/ Srª da Saúde; União de Freguesias Malagueira/ Horta das Figueiras; Diário do Sul; Radio Telefonia; Agenda Global; Viral Agenda
Entrada Livre
Informação retirada daqui
domingo, 2 de outubro de 2016
Full-Time Teacher for Évora
PERFIL DO CANDIDATO
• Native English Speakers (preferential)
• Aged 22-40 (preferential)
• Communicative, dynamic, motivated, team spirit & professional
• Vocation for teaching
• CELTA or Degree and CAP
• Teaching experience preferential
We offer the following conditions:
Wall Street English offers excellent conditions and career possibilities,
training and constant professional development.
Please send your application letter+CV to 'evora@wsenglish.pt' and 'sm.evora@wsenglish.pt' till 15-10-2016.
sábado, 1 de outubro de 2016
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