A queda de um avião da escola de pára-quedismo de Évora Skydive matou ontem o dono da empresa, Eddy Resende, de cerca de 40 anos, e João Silva, de 30, instrutor da mesma escola. A aeronave, ao que tudo indica por problemas mecânicos, caiu a pique e explodiu ao embater num prédio do bairro residencial de Almeirim, pouco depois de ter largado um grupo de pára-quedistas.
O acidente, ocorrido às 19h08, só não provocou uma enorme tragédia entre os moradores porque o piloto (Eddy Resende) conseguiu evitar a colisão do aparelho - um bimotor Beech 99 com capacidade para 20 pára-quedistas - contra as moradias. O avião bateu apenas com uma asa num prédio, provocando estragos nas paredes na sequência do incêndio e explosão.
Por sorte não havia carros estacionados na rua nem moradores. Das duas casas atingidas, uma estava desocupada e os proprietários da outra estão, segundo os vizinhos, de férias. "Não estava ninguém. Nós escapámos por milagre porque a esta hora costumamos parar aqui o carro", disse Engrácia Pinho, moradora numa casa paredes meias com as atingidas pelo avião.
Luís Matos, também morador no bairro localizado a poucas centenas de metros do aeródromo municipal, ainda viu o avião no ar. "Largou pára-quedistas e minutos depois ouvi o estrondo. Foi uma queda a pique".
O responsável do aeródromo de Évora, Lima Bastos, confirmou ao nosso jornal que a aeronave tinha a bordo dois pilotos, estando a ser pilotada pelo dono do avião.
"Levantou voo e lançou alguns pára-quedistas. Quando se preparava aterrar, passou sobre a pista e fez um ângulo de 180 graus para parar na pista inversa, tendo então passado sobre o bairro e caído", explicou.
A governadora civil de Évora, Fernanda Ramos, lamentou as duas mortes. Referiu ainda que o acidente não causou estragos no interior das moradias.
No local estiveram 29 bombeiros de três corporações.
Alexandre M. Silva
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