Uma equipa do dois peritos técnicos já está a analisar os destroços do avião bimotor de uma empresa de paraquedismo que se despenhou sexta-feira num bairro periférico de Évora.
Perante alguns agentes da PSP, que fizeram vigilância aos destroços da aeronave durante a noite de sexta-feira e madrugada de hoje, e a curiosidade de alguns moradores do bairro de Almeirim, que já se concentram no local, os dois peritos do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves (GPIAA) encontram-se a a observar e a recolher peças do aparelho. A queda do avião provocou a morte de duas pessoas: o piloto e dono da empresa, de 39 anos, e um paraquedista de 30.
O avião da SkyDive, empresa de paraquedismo sediada no Aeródromo Municipal de Évora, a menos de um quilómetro de distância do bairro de Almerim, despenhou-se pouco depois das 19h00 de sexta-feira numa rua daquela urbanizaçao, depois de "raspar" num prédio. No meio dos destroços que se encontram carbonizados no chão, a cauda do aparelho é a parte mais perceptível, por ter ficado menos destruída.
As autoridades avançaram sexta-feira à noite que tanto a casa mais atingida no exterior pelo incêndio e explosão do aparelho como a seguinte eram habitadas, mas os moradores não estavam presentes na altura da queda por se encontrarem de férias.
O proprietário de uma das residências tinha-a disponível para aluguer. Manuel Guerra, de 70 anos, pai da proprietária de uma das moradias (que estava de férias com a família no Algarve) estava em Évora quando foi alertado para o sucedido pela próprio genro.
"Eles é que me avisaram porque eu não sabia de nada. Até julguei que estavam a brincar comigo quando me disseram que estava tudo queimado e havia um avião despenhado", disse.
Os destroços, segundo o comandante Lima Bastos, serão "ainda hoje" transportados para o parque da Câmara Municipal, estando já técnicos da autarquia no terreno a proceder a algumas operações.
Segundo revelou hoje o director do aeródromo municipal o avião da empresa de paraquedismo SkyDive já tinha uma avaria no motor esquerdo antes do acidente. O comandante Lima Bastos disse que durante o voo que acabou no acidente, o piloto do avião comunicou aos paraquedistas que transportava que havia uma "emergência" tendo estes efectuado o salto.
O director do Aeródromo Municipal de Évora, que é também investigador profissional de sinistros com aeronaves, revelou poder já adiantar, contudo, que "houve uma falha de motor". "Como há testemunhas e vários elementos, já poderei pelo menos adiantar que houve uma emergência em voo. Os pára-quedistas saltaram todos e o avião veio em emergência até à pista, com o motor fora de serviço".
Depois, na aterragem, continuou, o piloto do bimotor Beechcraft 99 terá tido "algumas dificuldades" e "o avião 'borregou', ou seja, recolheu o trem e voltou a voar". "Mas, só com aquele motor [o direito a funcionar], aconteceu o que aconteceu", disse, frisando ser "nítido", pelas "hélices do motor esquerdo", que se encontram no meio dos destroços, que "o motor parou".
O comandante Lima Bastos declarou sexta-feira à noite aos jornalistas que o piloto da aeronave que se despenhou no Bairro de Almeirim, a menos de um quilómetro do aeródromo, tinha efectuado uma "manobra proibida" naquela infra-estrutura aeronáutica, ao percorrer toda a pista e virar o aparelho à esquerda. Esse procedimento está proibido no aeródromo, em algumas descolagens, devido à proximidade de casas e do próprio Bairro de Almeirim, explicou na altura, recusando, ainda assim, atribuir a essa manobra a causa do acidente.
Questionado hoje pelos jornalistas, o comandante Lima Bastos manteve que tal manobra é proibida e insistiu que "nunca" culpou o piloto, o qual qualificou como "muito bom". "Tem a falha do motor, vai pela esquerda, o motor [direito] tem mais força de um lado do que do outro e o avião tende a ir para" a direita, precisou.
"Só com um motor, uma pessoa tem dificuldade em manobrar o avião, de seguir em frente, e terá tido o azar de vir nesta direcção [do bairro]", concluiu. O mesmo responsável comparou também este sinistro com o do antigo primeiro-ministro Francisco Sá Carneiro, que morreu a 04 de Dezembro de 1980 quando o avião em que seguia se despenhou em Camarate.
"O caso de Sá carneiro é exactamente isto. O avião descola, tem a falha do motor, vai pela esquerda e acaba no bairro de Camarate. Neste caso é a mesma coisa", opinou.
Perante alguns agentes da PSP, que fizeram vigilância aos destroços da aeronave durante a noite de sexta-feira e madrugada de hoje, e a curiosidade de alguns moradores do bairro de Almeirim, que já se concentram no local, os dois peritos do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves (GPIAA) encontram-se a a observar e a recolher peças do aparelho. A queda do avião provocou a morte de duas pessoas: o piloto e dono da empresa, de 39 anos, e um paraquedista de 30.
O avião da SkyDive, empresa de paraquedismo sediada no Aeródromo Municipal de Évora, a menos de um quilómetro de distância do bairro de Almerim, despenhou-se pouco depois das 19h00 de sexta-feira numa rua daquela urbanizaçao, depois de "raspar" num prédio. No meio dos destroços que se encontram carbonizados no chão, a cauda do aparelho é a parte mais perceptível, por ter ficado menos destruída.
As autoridades avançaram sexta-feira à noite que tanto a casa mais atingida no exterior pelo incêndio e explosão do aparelho como a seguinte eram habitadas, mas os moradores não estavam presentes na altura da queda por se encontrarem de férias.
O proprietário de uma das residências tinha-a disponível para aluguer. Manuel Guerra, de 70 anos, pai da proprietária de uma das moradias (que estava de férias com a família no Algarve) estava em Évora quando foi alertado para o sucedido pela próprio genro.
"Eles é que me avisaram porque eu não sabia de nada. Até julguei que estavam a brincar comigo quando me disseram que estava tudo queimado e havia um avião despenhado", disse.
Os destroços, segundo o comandante Lima Bastos, serão "ainda hoje" transportados para o parque da Câmara Municipal, estando já técnicos da autarquia no terreno a proceder a algumas operações.
Segundo revelou hoje o director do aeródromo municipal o avião da empresa de paraquedismo SkyDive já tinha uma avaria no motor esquerdo antes do acidente. O comandante Lima Bastos disse que durante o voo que acabou no acidente, o piloto do avião comunicou aos paraquedistas que transportava que havia uma "emergência" tendo estes efectuado o salto.
O director do Aeródromo Municipal de Évora, que é também investigador profissional de sinistros com aeronaves, revelou poder já adiantar, contudo, que "houve uma falha de motor". "Como há testemunhas e vários elementos, já poderei pelo menos adiantar que houve uma emergência em voo. Os pára-quedistas saltaram todos e o avião veio em emergência até à pista, com o motor fora de serviço".
Depois, na aterragem, continuou, o piloto do bimotor Beechcraft 99 terá tido "algumas dificuldades" e "o avião 'borregou', ou seja, recolheu o trem e voltou a voar". "Mas, só com aquele motor [o direito a funcionar], aconteceu o que aconteceu", disse, frisando ser "nítido", pelas "hélices do motor esquerdo", que se encontram no meio dos destroços, que "o motor parou".
O comandante Lima Bastos declarou sexta-feira à noite aos jornalistas que o piloto da aeronave que se despenhou no Bairro de Almeirim, a menos de um quilómetro do aeródromo, tinha efectuado uma "manobra proibida" naquela infra-estrutura aeronáutica, ao percorrer toda a pista e virar o aparelho à esquerda. Esse procedimento está proibido no aeródromo, em algumas descolagens, devido à proximidade de casas e do próprio Bairro de Almeirim, explicou na altura, recusando, ainda assim, atribuir a essa manobra a causa do acidente.
Questionado hoje pelos jornalistas, o comandante Lima Bastos manteve que tal manobra é proibida e insistiu que "nunca" culpou o piloto, o qual qualificou como "muito bom". "Tem a falha do motor, vai pela esquerda, o motor [direito] tem mais força de um lado do que do outro e o avião tende a ir para" a direita, precisou.
"Só com um motor, uma pessoa tem dificuldade em manobrar o avião, de seguir em frente, e terá tido o azar de vir nesta direcção [do bairro]", concluiu. O mesmo responsável comparou também este sinistro com o do antigo primeiro-ministro Francisco Sá Carneiro, que morreu a 04 de Dezembro de 1980 quando o avião em que seguia se despenhou em Camarate.
"O caso de Sá carneiro é exactamente isto. O avião descola, tem a falha do motor, vai pela esquerda e acaba no bairro de Camarate. Neste caso é a mesma coisa", opinou.
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