O Tribunal de Évora condenou nesta terça-feira um médico a cinco anos de prisão, considerando provado que burlou 11 colegas em 403 mil euros de salários. O advogado do réu tenciona recorrer e mantém que o seu cliente é inocente.A juíza decidiu, porém, suspender a pena durante dois anos, desde que o réu pague nesse mesmo prazo, o montante devido acrescido de juros desde 2004.
O caso remonta a 2004, quando quase duas dezenas de médicos puseram em causa o comportamento de Jorge Humberto Silva, médico em Évora e administrador da empresa Umbermed, por alegada burla em matéria de salários. O caso arrastou-se no tribunal local nos últimos seis anos, tendo hoje sido conhecida a sentença. A juíza considerou provado que houve burla qualificada, mas suspendeu a pena por dois anos, desde que o réu restitua, em dois anos, os 403 mil euros devidos aos seus colegas, acrescido dos juros a contar desde 2004.
A empresa Umbermed garantia a prestação de serviços médicos ao Hospital do Espírito Santo, em Évora. Nesse sentido, a Umbermed contratou uma série de clínicos que trabalhavam nesse hospital mas receberiam o salário através daquela empresa.
Só que, segundo o tribunal, Jorge Humberto Silva retinha 35 por cento dos ordenados de cada um dos profissionais. Inicialmente, 17 médicos puseram em causa a actuação do administrador da Umbermed, mas apenas 11 avançaram com um processo em tribunal, que demorou seis anos a resolver mas que não terá acabado hoje. Isto porque, em declarações ao PÚBLICO, o advogado que representou Jorge Humberto Silva afirmou que vai recorrer da condenação, tendo reiterado que o seu cliente está inocente.
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